Que o Ventos nos Leve
Rosa dos ventos
Aos quatro cardeais, trago-lhes as boas novas
Nos ventos do cerrado, à Nordeste,
Veio a última rosa.
Trouxe consigo, mais duas pétalas honrosas
Essências perdidas no momento...
Porém, no cálice do tempo, puseram-se a prova!
Enfim, aos dezesseis sentidos, o enigma aflora
Na essência das capitais, caídas sobre o ferro vibrante
O intrínseco silêncio do recomeço, sobre o fim, toma o agora
E a invalidez das últimas rosas, dá lugar a suavidade do momento
A nova flora.
Os ventos
Os ventos do passado,
Não sopram mais,
São apenas brisas, que refrescam a memória, quando a saudade dessa história,
Levam o meu barco pra esse cais.
Saudade boa,de um tempo que não volta, apenas a mente povoa,fazendo-me viajar, nas asas de uma lembrança morta.
Lembranças e sonhos,
Esperanças e ilusões,
Fizeram-me um velho tristonho,
Hospedeiro de aflições.
Aflições e sofrimentos,
O tempo e o vento,
Louca busca por sentimentos,
Perdida em algum lugar do pensamento.
Pensamento de uma busca,
De uma cor incusa,
Do cheiro da sua blusa,
Do nosso suor e de nossa bagunça.
Deixada em nosso melhor momento,
Onde houve explosão de sentimentos,
Prazer, êxtase e encantamentos,
Viajando pelo tempo nas asas do vento.
Queria mas não tenho,
Tenho e não quero,
O que não preciso eu retenho,
O necessário eu espero.
A vida é um mistério,
Os inteligentes conseguem entender,
Às vezes se reclusa em um monastério,
Tempo necessário para aprender.
Aprender e ensinar,
Sina de mestre e discípulo,
Reter e disciplinar,
Escrever a cada dia,um novo capítulo.
Respeito...
Apreciado por muitos...
Praticado por poucos...
Gritado aos sete ventos...
Mas tantos ouvidos moucos...
A vida é como um mar, nem sempre é calmaria. Muitas vezes, são fortes ventos e temporais. Mas, sempre estou com as mãos firmes no leme. É assim que atravesso as grandes ondas que as vezes querem me deixar à deriva. Focado em minha bússola interior, a qual me mostra quando é hora de mudar e seguir em outra direção...!
Saudade
Saudade do tempo, dos ventos, dos abraços ao relento, saudade das raízes, das pessoas felizes, das noites incríveis, dos sonhos inesquecíveis, saudade do poeta, das festas, das amizades discretas,saudade [...]
Doce ilusão, que os ventos levem até você o mais nobre perfume...de flor e de amor. E que ao sentir você se entorpeça, de saudade.
Flávia Abib
Sinto o teu beijo,
Vejo o balançar das flores empurradas pelos ventos,
Sinto o teu beijo,
Escuto o barulho da correnteza de um rio descendo em meio as curvas de uma floresta,
Sinto o teu beijo,
Observo o Sol nascendo mais uma vez espalhando fotossíntese e transformando a paisagem,
Eu sinto.
MASMORRA (soneto)
A vida expira assim como os ventos
Tal a dor e alegria do pensamento:
Fugaz, vagos clarões, sentimentos
Nas venturas, ausentes, eu invento
Vidas que não tem vida, lamentos
De pó, para o pó somos momento
Em vantagens e em detrimentos
Num sopro espalhado a portento
Mas, as sensações sem ter vida
Desengana, extermina e alucina
São almas vazias, e com rancor
Calam as quimeras, põe de saída
A ilusão, numa inércia assassina
Expropriando o coração do amor!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
30/01/2020, 09’35” – Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Ventos adversos me bambeiam, mas a quem pensa que cairei, engana-se, pois meu alicerce é sobre a Rocha.
“Deus é a potência motriz que conduz os ventos e as tempestades da vida, integrando a razão do porquê de cada acontecimento aleatório em nosso espaço amostral. ”
CHOROSO SONETO
Daqui deste rincão do cerrado
Quisera de a saudade apartar
Mas os ventos só põem a chiar
Quimeras percas no passado
Não sou um poeta de chorar
Mas choro um choro calado
Amiúde e assim comportado
Paliando soluços no poetar
Tão menos viver pontificado
No sofrer, brado, quero voar
Lanço meu olhar ao ilimitado
E pelo ar vai o desejo represado
Liberando as fontes do amar
Livres e do suspiro desgarrado
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano
novembro
a nuvem de chuva está prenha
a lua na noite longa enche de luz
novembro, aos ventos, ordenha
amareladas folhas que nos seduz
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
novembro de 2016
Cerrado goiano
"Mais ventos em nossas velas, menos âncoras em nossas vidas. Que a nossa força e vontade de vencer sejam bem maiores que os medos que nos estagnam."
Entrada nos Salões de Odin.
As águias sobrevoam meus irmãos.
Os ventos do campo de batalha
Sussurram o nosso nome.
Dez mil, lado a lado.
Ombro a ombro, homem a homem.
Não sei se verei, a luz das estrelas mais uma vez.
Minha família e irmãos dependem de mim.
Por eles eu erguerei a espada e cobrirei o solo em sangue.
Tomarei o cálice da dor, pagarei o preço da paz.
As chamas da fúria eclodirão em nossos corações.
Sobre corpos cairão nossos escudos retalhados,
As lâminas das espadas assobiarão pelos ares.
Explodindo em poder os inimigos que encontrar.
Me despeço da vida para entrar na glória.
E meu nome é cantado em todas as províncias.
A minha visão é turva e não sinto meus membros.
Em meio a vazia escuridão, vejo uma luz se aproximar.
Em paz e música angelical.
A silhueta de uma Valquíria se forma em meio às luzes.
Leva-me Valquíria! Leva-me Valquíria!
Conduza-me aos salões de Odin.
Lá meu trono está reservado.
Em breve reencontrarei.
Meus irmãos que já se foram e os que estão a chegar.
Glória e paz eternais. Glória e paz eternais.
Sabes... Aqueles momentos quando estamos sozinhos, do nada os ventos levam os nossos pensamentos tão altos e por alguns minutos queremos o impossível...
Sim, eu tenho muitos pensamentos desses e são sobre ti.
Imagino-nos juntos e felizes. Sempre!
Fecho os olhos, desejo baixinho e torço para que se tornem realidade. Mas são apenas imaginações, não posso me deixar levar!
Tu não sabes ler o meu coração, nem interpretar a minha alma.
És um autêntico íman, admito.
Mas o universo não conspira a nosso favor.
Os ventos não sopram na nossa direcção.
E o céu não nos acolhe na sua noite estrelada!
Sabes porquê?
Porque tu és o que eu quero e eu sou o que tu não mereces.
Por isso, vou apenas me limitar em te visitar mas sombras da minha imaginação, no aconchego da noite calada e fria, na companhia do silêncio e de uma chávena de chá.
Abstração
Era uma noite escura e velas resistiam aos ventos intensos violentos da memória. Nas gavetas as sensações da imaginação criavam um passado que sucumbiu na tempestade da perturbação intempestiva e inoportuna.
O que haveria do outro lado do absoluto esquecimento de cenas, agora vazias de vida, vítima de versos talvez revoltos, escrotos ou singelos, quem sabe, esculpidos e tingidos de paz, pureza, leveza?
Cenas criadas, concebidas, fantasiadas remeteram a uma multiplicidade de sentidos, imagens, talvez geradas e abortadas de um juízo errôneo, irrefletido.
Qual deus, qual nada, qual tudo lhe suprimiu, subtraiu a memória como um larápio poderoso que sublimou, apropriou-se daquele passado na gaveta vazia.
E a lágrima perdeu-se no curso natural, devastada pela letargia do tempo olvido, pela tempestade profunda e prolongada da memória enlutada do esquecimento. Lágrima a deriva, nem verso, nem rima, nem nada.
(Bia Pardini)
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