Que Menino Lindo Bonito Garoto
“Poema da decisão”
Menino de coração ou de cabeça? Escolha!
Quem dera que o homem olhasse para seu próximo como uma criança olha para outra. Ela não vê cor, forma, posição social… Ela vê um potencial amigo, um semelhante, e não prejulga, não discrimina e não teme, só se aproxima, é o prazer da companhia.
Ney P. Batista
Nov/05/2021
Um menino que não lia mas sabia imaginar
Não escrevia suas histórias mas sabia recitar
Criando seu próprio caminho pela arte do sonhar
Um pequeno garotinho sem medo de errar.
Sem muito conhecer fazia algo parecer que existia naquele instante mesmo sendo irrelevante para quem o via fazer.
E assim é a vida de quem ama viver.
E com um toque do destino um pequeno garotinho começa a aprender que mesmo sem recurso a vida segue o curso e vai nos formando alguém muito além de nossas histórias.
...
Há dezesseis anos eu me descobri pai de menino. Sempre tive muita intuição, principalmente durante minhas horas de quietude. Portanto, não só intuí o gênero como também já sabia que ele seria enviado e curado por Deus. Assim como da primeira vez, também foi algo muito natural, orgânico e incondicional. Minha disponibilidade para amar meu filho e o seu universo foi e sempre será infinita, e nossa história já começou prematuramente. Foram apenas sete meses de gestação e quase um mês na UTI Neonatal para ganho de peso.
Quase que por um lapso, abandonei as trevas do egoísmo e caminhei na direção da luz do altruísmo. Me despedi dos meus recifes egocêntricos novamente, e saí gritando para o mundo que Deus agora tinha confiado um de seus anjinhos aos meus ensinamentos. Já era mais maduro na ocasião, mesmo assim evitei lançar os dados e deixei Ele me mostrar o caminho, assim como fiz no nascimento da minha primogênita.
Quando algo mágico acontece pela segunda vez e alguém – também mais importante que você próprio - cai nos seus braços, você se reinventa de novo, se recomeça mais uma vez. Foi aí que me vi com a responsabilidade dobrada – e mais calejado – me preparei para o que estava por vir.
Depois de algum tempo você entende a diferença entre andar de mãos dadas e andar de mãos algemadas. Entende que amar não significa cobrar, prender ou até mesmo se apoiar em um estereótipo falido. Entende que presença nem sempre significa liberdade. E entende também que amor não é algo angariado contratualmente. Ninguém é livre parcialmente. A parcialidade aqui pode colocar o “ter” na frente do “ser”, e assim como anseio para sua irmã (e já escrevi isto para ela), desejo profundamente que o meu menino seja tudo que ele sempre sonhou. Pois é, resolvi colocar a liberdade na frente do amor, e por mais que este espaço me consuma, meu consolo é muito maior ao ver o quanto você está crescendo lindo, inteligente e responsável.
Hoje no dia do seu aniversário, afirmo que minha saudade virou orgulho e que meu coração (assim como a porta da minha casa), também estão escancarados para a essência e o amor do meu eterno Raphael.
Pense o que quiser pensar de mim;
Sou assim, com convicções fortes, personalidade imutável; menino forjado no Mucuri, preparado para um mundo inóspito, imune das diatribes, das incursões maliciosas, firme no propósito de trilhar por caminhos do bem e da paz, amante do arrebol, das coisas boas da vida.
Vou te caçando
Pele
Corpo inteiro
Teus olhos no meu sofá
Seduz
Olhos maroto
Menino zangado
Atrevido
Bagunça meus desejos
Proibido
04/06/2022
Você só vira homem quando mata o menino dentro de si, isso é se liberta das ilusões que a sociedade o condicionou a vida inteira.
O poeta da terra vive num emaranhado de emoções, o menino do Mucuri exala na epiderme o néctar da liberdade.
O sonho de um menino vive na mente de um homem que não se importou com o tempo. Apenas acreditou em realizar.
Eternamente Humano e Menino
As ovelhas não trazem aos seus pastores sua forragem para exibir o quanto comeram, antes, a digerem interiormente e exteriormente produzem lã e leite. A quão baixo um tema poderia chegar à filosófico. Um doutor, talvez em Fiódor Dostoiévski, quando passo, sempre errante, em cada passo que se somam em passos e se forjam em um caminho, este, eu sem graça, impalpável, quando todos têm um "eu" para chamar de seu, me sinto deserdado. Não há quem possa apontar o dedo para mim, e me mostrar a posição onde me encontro, e me limpo o nariz com o braço esquerdo. O mesmo, que me ensina a olhar para as coisas e me mostra como as pedras são engraçadas, quando a gente as tem na mão e olha devagar para elas. Damo-nos tão bem com o outro, na companhia de tudo e de todos, como a mão direita e esquerda.
"Havia um menino pequeno em muletas. Eu não sei o nome dele e suspeito que nunca vou. Mas nunca vou esquecer o rosto dele, seu sorriso, sua tristeza. Ele é um dos milhões roubados de esperança e dignidade por Charlatans discutidos neste livro. Onde quer que e quem quer que seja, peço desculpas a ele por não ter sido capaz de protegê-lo de tal experiência. Eu humildemente dedico a este livro para ele e para os muitos outros que sofreram porque o resto de nós começou a cuidar muito tarde."
Um pouco de poesia e vida 13
Um homem, um rapaz, um menino.
Uma galáxia feroz.
Enigmático povo.
A terra é perseguida.
Tal ela ferida.
Quem são, ou é o algoz.
Aiaiai milenar espíritos.
Tantos deuses adorados.
Ciência avançada.
Tecnologia cobiçada.
Religião e política.
Bicho de sete cabeças.
Ferindo, deprimindo, coagindo.
Sim, o que causa tais enfermidades.
Ansiosos e depressivos.
Vou falar, pelo mundo e no Brasil bipolar.
Eu, você, cuide do teu quintal.
Grite socorro, se preciso, estenda no varal.
Pra Deus ouvir, alguém invisível está a perseguir.
Sinais e frequências, tantas tendências.
O pânico, o medo é um começo, que eles vem a persuadir.
Giovane Silva Santos
Quando menino, mal podia divagar nas nuvens sem ser derrubado pela realidade.Hoje, sou velho, posso divagar livremente, mas não há nuvens.(Walter Sasso)
POR QUE POLITIZAR (AZUL-MENINO/ROSA MENINA)?
Não levemos o mundo tão a sério... Muitas vezes a felicidade mora na ingenuidade de uma criança, que, eventualmente levamos à nossa vida adulta: Assim como distinguimos em marketing, o outubro rosa (saúde da mulher), o novembro azul (saúde do homem), como simples identificador de gênero... Aliás, entre as cores: hoje, se tem consagrado o arco-íris na identificação das siglas LGBTQIA+... Ora! como é complicada e incoerente esta geração PAULO FREIRE cheia de MI MI MI...Pronto falei! 😍😍😍 "sirpaultavares"
Então me vi ali, dentro daquela pequena história de rimas sutis e cheias de apereza sobre o menino sonhador que colecionava sonhos, metas, objetivos e que vivia efervecido pelo calor de cada um dos projetos que alimentava em seu peito;
PAUSA
Balde de água fria, mais um não. E AGORA? O menino sonhador que tanto planejou acabou, de novo, mais uma vez, perdendo a chance que mudaria tudo e aquele era um momento de se questionar: E eu? E quando? E como? E nunca?
E de sonho em sonho o menino sonhador foi se agarrando e seguindo e indo até não conseguir mais, era o que ele achava mas também nem tem como dizer o fim, porque no fim, o fim, não tem fim, porque está tudo apenas no começo.
Ai Senhor -
Ai Senhor que destino
que turbilhão de incertezas
desses tempos de menino
de loucuras e tristezas.
Ai Senhor que tormento
me enlaça o coração
me afoga o pensamento
e me tolda a razão.
Ai Senhor que lamento
me escorre o corpo todo
que a morte e o sentimento
me afogam no lôdo.
Ó Senhor que te não vejo
neste caminho perdido
fui traido com um beijo
porque me tens tão esquecido.
Menino de Ouro
Me chamo César. “Desde menor, a minha escola é minha favela.
Não tem recuperação pra quem for reprovado nela. A minha matemática soma só resultado, diminuir aqui já é motivo pra ser cobrado. Criminoso, moleque mulherengo, maquinado, bem trajado, se mal elemento.” Sempre fui um moleque jogado no mundão, não tenho sentimentos, muito menos amor no coração. Nunca liguei muito pra isso, amor pra mim nunca existiu. Ele é só uma forma de fazer as pessoas sofrerem e se humilharem por outra pessoa. Nunca tentei a sorte pra ver se o amor dava certo pra mim, mas pra que eu iria tentar? Eu não queria sofrer como outras pessoas.
E eu já tinha muitos problemas na vida, às vezes eu achava que tinha nascido pra sofrer. Vários bagulhos na mente, passava a noite em claro até o sol nascer. Meu pai foi embora quando eu tinha 13 anos, só restamos eu, minha mãe e meus irmãos. Eu tinha que trabalhar pra colocar comida na mesa, mas na favela não tem muitas opções, então com 15 anos me joguei no crime. Com menos de um mês estava cheio de dinheiro no bolso, mas isso me trouxe mais problemas do que solução. Comecei a usar drogas pra esquecer de tudo. Alguns iriam me julgar, porque é só isso que as pessoas sabem fazer: julgar e julgar. Mas, por outro lado, alguns iriam se identificar. Eu me achava um covarde por usar drogas pra correr dos meus problemas, mas também, o que eu podia fazer? Meu pensamento sempre foi de que minha vida não valia a pena.
Mais um dia completo e a noite está caindo. Estou tentando dormir, mais uma vez eu não consigo. Acho que vou sair, tá rolando baile logo ali embaixo. Não, pera aí, tô ouvindo tiros. Tá tendo operação policial na favela, tenho que ficar em casa mesmo, não posso sair. Meus olhos tão pesando, já são 30 horas acordado, mas agora já não dá pra dormir. Deu 6 horas da manhã, já lavei o rosto. Vou tomar meu café e sair pro movimento. Andando entre os becos da favela vejo um corpo estirado no chão. É mais um inocente que morreu ontem na operação. Eu paro e penso “será que vou acabar assim também?” “será que esse é o destino de todos os moradores da favela?”.
É irmão, a vida aqui não é fácil. Vou seguir meu caminho, pois estou mais do que atrasado pro meu plantão. Chegando lá no movimento, os amigos falam que aquela vida não era pra mim, que eu era uma boa pessoa, que eu tinha que continuar escrevendo sim, porque era o que eu sempre gostei de fazer. Mas eu não queria escutar, só queria fazer o meu dinheiro sem ninguém me atrasar.
Hoje à noite tem baile, mas não quero sair. Só quero tentar dormir. Celular toca, é ligação de um parceiro:
- Qual é, mano? Vamos pro baile?
- Não dá, mano. Tenho muitas coisas pra fazer.
- Deixar essas coisas pra amanhã. Vamos pro baile, vai ser legal.
- Tá bom, vamos. Passa aqui na minha casa pra gente ir.
Estava em cima da hora. Tomei um banho bem rápido, me arrumei e fiquei esperando. Meu amigo chegou e partimos pro baile. Eu estava distraído, no meio de tanto tumulto, esbarrei em uma menina e pedi desculpas. Ela também tentou se desculpar, mas disse que estava assim tão apressada porque iria pra casa. Notei que ela estava sozinha e me ofereci para levá-la. Ela disse que só iria aceitar porque conhecia o meu amigo e nós conversamos muito no caminho. Chegando no portão de sua casa, ela me deu um beijo e desejou boa noite. Depois fui pra casa e não achei que essa menina iria ficar na minha cabeça, era só mais um rolo e bola pra frente.
No outro dia logo cedo meu celular toca. É uma ligação de um número desconhecido.
- Oi, tudo bem? Sou aquela menina da noite passada, consegui seu número com seu amigo.
Nos falamos por muito tempo, e com vários dias de conversa nós já sabíamos tudo sobre a vida um do outro. Por mais que eu não ligasse pro amor ou sentimentos, essa menina ganhou minha atenção e minha confiança fácil. Ela era diferente, eu não sabia se o que eu estava sentindo era amor. Tudo isso era tão novo e estranho pra mim. Eu falei pra ela que eu tinha o sonho de ser escritor e ajudar todos ao meu redor. Ela me disse que eu era um menino de ouro, de coração bom e puro e que via brilho em mim. Que eu era capaz de realizar todos os meus sonhos.
Eu pedi pra ela contar mais um pouco sobre sua vida e ela me disse que usava alguns tipos de drogas. Eu prometi que nós iríamos sair dessa juntos. Com o tempo ela conseguiu me ajudar a sair do crime e das drogas, eu queria fazer o mesmo que ela fez por mim, mas eu fui esquecendo de quem me ajudou, chegamos até a perder contato.
Um dia ela conseguiu achar meu contato e voltamos a nos falar. Ela me convidou pra ir pra sua casa, disse que estava triste e precisava desabafar. Chegando lá, nós conversamos sobre muitas coisas. Ela estava na mesma vida, mas pior que antes, pois agora estava envolvida com facção. Começou a chorar na minha frente e disse que o maior desgosto da vida dela era quando ela foi presa e viu sua mãe e seu pai chorando igual uma criança. Eu falei pra ela se acalmar, que dessa vez eu iria ajuda, que agora eu vim pra ficar, eu iria fazer o mesmo que ela fez por mim um dia, ajudá-la a sair daquela vida. Eu consegui deixá-la calma e falei que iria pra casa. Ela pediu pra eu não ir, disse que estava com medo e me pediu pra ficar lá. Acabei ficando e caindo no sono, mas logo cedo saí de fininho pra não acordá-la.
Fui pro trabalho e horas depois meu amigo chegou com a notícia de que ela havia sido assassinada. Eu não consegui fazer o mesmo que ela fez por mim, não tive tempo de tentar. “O destino não nos quis a gente junto pra sempre, mas foi um privilégio me encontrar com você” nesse mundo. Tudo aconteceu tão rápido e de repente, mas foi o suficiente pra eu nunca esquecer. Se eu viver outras vidas, vou lembrar de dela. Sempre que estou triste ou querendo desistir, lembro o que ela me falava, que eu sou o menino de ouro e que sou forte, de coração bom e puro. E tudo que eu faço de bom hoje, todas as coisas que conquisto, paro e penso o quanto ela ficaria orgulhosa em me ver vencendo.
Jesus, o menino e a cruz
Havia um certo menino que queria muito ver a Jesus, porque tinha dúvidas acerca da sua salvação. Certo dia, ele se depara com Jesus e aproximando-se dele de forma bem-humorada diz:
— Bom dia, Senhor Jesus! O mesmo, de bom ânimo responde:
— Bom dia, bom menino!
Sem titubear o menino pergunta: — Tens tu a resposta para a minha inquietante pergunta? Sim — respondeu Jesus. Tenho as respostas de todas as dúvidas do homem.
Senhor, então se eu obedecer a todos os mandamentos da palavra de Deus sendo fiel cumpridor, tu me salvas?
Jesus respondeu:
— Não, não salvo. Assustado, indaga o menino:
— Como não, Senhor?
— Não mesmo! Mas se olhares para a cruz eu te salvo — respondeu Jesus.
Quimeras de um menino do Vale
Aprendi ao longo da vida no Vale do Mucuri que não existe nenhum discurso 100% inocente; há sempre uma carga ideológica em todo o discurso; com maior ou menor intensidade, sempre vai existir um colorido ideológico velado. O que não se pode conceber é a intensidade dessa carga influenciar nas decisões tomadas; com tristeza, e profunda decepção, o que se percebe hoje são decisões tomadas a luz de militâncias emotivas capazes de contaminar a justiça dessas decisões em quaisquer setores da sociedade. Isenção e imparcialidade são conceitos que se perderam no tempo; são valores que ficaram na ternura de outrora; reminiscências que saem do túnel do tempo, provocando saudades, sofrimentos nostálgicos; na atualidade, o interesse do jogo político passou a ser uma tônica na sociedade de alma politizada, de interesses escusos em detrimento da coletividade. Por certo, como consequência de tudo isso, vivemos numa incruenta guerra de vaidades em meio a canhões deflagrando ódio e desamor; uma sociedade tomada pela indústria de rancores e violências gratuitas. Sonhos e quimeras são combustíveis da vida; alimentam a esperança num futuro improvável, invisível, apenas mantém de pé os desejos de realizações num mundo de fantasias e de sentimentos que brotam do âmago visceral para abastecer o corpo de elementos volitivos e sensações de prazer. Somos projetos inacabados rabiscados do passado; cuidar do passado representa uma perspectiva de dias melhores do futuro; cada dia representa um capítulo deste livro chamado vida; e assim, sonhamos por uma sociedade mais justa e equânime, de essência igualitária. Anseia-se por um mundo mais justo, fraterno, sem guerras, sem derramamento de sangue; por que a paz é mais importante que os conflitos armados; a paz é sinônimo de amor; a guerra é manifestação de desprezo e ódio. Nesse processo evolutivo, da inocência à maturidade, várias páginas são escritas, entre quedas e o ato de levantar, sacudir a poeira e aprender com as derrotas; aprende-se desde logo que na vida é melhor renunciar a cargos e funções, puramente fugazes, a viver subjugado e vinculado à esquemas não ortodoxos que arranham os nossos valores inegociáveis. Viver em paz espiritual é sempre melhor que viver momentos de puro deleite, pois é sempre preferível regozijar-se da paz eterna que andar nos holofotes efêmeros da vida.
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