Quarto Privacidade
Me lembro bem daquela manhã de domingo,
dormimos no quarto sua irmã, mas não me entendam mal, não aconteceu nada, ou pelo menos não me lembro, mas lembro do seu bilhete dizendo “volto logo” e meu coração dispara só de pensar o quanto eu estava feliz, esse logo chegou e como um anjo você apareceu, camisa branca, abriu a porta do quarto e eu os meus olhos, não sei quem chegou primeiro, se foram os raios de sol vindo de algum lugar da casa ou o seu rosto angelical me sorrindo, na verdade acho que foi um empate, vocês entraram juntos, pareciam uma coisa só. Você me deu bom dia, eu não respondi, não com palavras, eu apenas abri um sorriso te convidando pra chegar mais perto, e você se aproximou, parecia adivinhar, as vezes achava que você lia meus pensamentos ou os controlavam. Cada passo que você dava até mim eu me inclinava pra você, por fim lá estava você entre minhas pernas, de pés na minha frente, me olhando de cima como um Deus, e nesse momento eu parecia ler seu pensamento, “abra os botões da minha camisa” eu ouvi e obedeci, cada botão que eu abria era como se um mundo novo se abrisse pra mim, então eu os abrir e explorei. Hoje sou só um viajante cansado que perdeu suas terras, escrevo da minha cama, sem sol, sem botões, sem você.
Ao se levantar, se observou no espelho do quarto, vendo nada de especial naquele adolescente genérico de um ensino médio genérico.
Erga sua cabeça não deixes que ninguém saibas o que seu coração está sentindo,que apenas seu quarto e seu travesseiro saibam de suas tristezas e angustias. Que seus medos sejam apenas do escuro,que seus olhos escondam a verdade,que seu sorriso, possa ser um reagente contra a tristeza que está hoje pesando na sua mente, aprenda a lutar contra esse sentimento,assim como uma criança que está dando os primeiros passos,se for preciso vá até o fundo do poço, sentasse lá no fundo,conheças o silêncio que lá o faz,aprenda a escutar a voz da razão,e observe que lá no fundo,no escuro,naquele silêncio,só existe você. E então quando se cansar de ficar olhando as paredes a sua volta,irás perceber uma luz que lá de cima virá,e então vais entender que é hora de subir até a superfície para voltar a vida.
Quarto mandamento da lei de Deus: Honrar pai e mãe. Quem não os honra, também não honrará aos próprios filhos, e nem a ninguém mais.
Brisa que arrebata as janelas de meu quarto..
Seria teu nome a uivar no vento?
Sem hora nem convite,
adentra enxerido,
invadindo, tomando posse.
Me acompanha à loucura,
somente o pensar da tua presença,
Não cessa…
Não emudece…
Só cresce...
Pensar em ti,
me abala o emocional,
palpita o peito,
falta o ar,
e escorrem lágrimas.
Saudade pertinaz,
que criou raízes…
Trancou sentimentos,
amor e desejo,
que nenhum outro beijo despertará..
Onde estarás,
será que me ouve?
Resta-me a demência,
amnésia…
Afugentando de minha consciência
que o talvez não existe..
além do além.
Brisa que arrebata as janelas de meu quarto..
Seria teu nome a uivar no vento?
Sem hora nem convite,
adentra enxerido,
invadindo, tomando posse.
FREYA
Voando no Pégasos entrarei pela janela do seu quarto escuro,
Minha imaginação também voa alto,
Voando no Pégasos sou poderosa,
Voo através dos meus sonhos mais loucos até você,
Pégasos não fará barulho com suas asas,
É o meu cavalo alado que me leva aos lugares mais longes do prazer,
Ele me conduziu hoje até você,
Por entre devaneios cheios de frenesi,
Invadirei teus sonhos,
Serei Freya deusa do sexo,da luxúria, da beleza, do ouro...
Entre beijos e carinhos te possuirei em sonhos,
Nesse mar de devaneios, acordarás,
Me pegarás no colo,
Como criança me embalarás até o raiar do dia,
Depois meu cavalo branco me conduzirá por entre nuvens,
E tu, louco de amor gritarás o meu nome,
Ouvirei o eco por entre vales e montanhas,
Mas só a noite voltarei a te encantar...
Eu cresci trancado num quarto com livros de Marx e pepetela
alimentado com parágrafos de Nélson Mandela.
foi esta a fonte do ódio que agora já não escondo
este é o som que eu inalei voz de Zeca Afonso
Ninguém me separa deste Guevara que eu tenho em mim
e podes ver na minha cara a raiva de Lenine
eu choro este sangue que devora o espírito
e choca os mais sensíveis, e torna-me num monstro como Estaline
Você foi má comigo
Magoou meu coração
E me deixou
Sozinho
Duas enchentes de formavam
No meu quarto
Enquanto você
Comprava cigarros
O tempo levou
Carregou com peso
Nós estávamos caindo
No silêncio profundo
Naquele quarto escuro
Diminuindo o ritmo
Não pude encontrar
Saída mais leve
Corri contra o vento
Pra poder caber
Me desmanchei em segredo
Tentando entender
Clareando o caminho inteiro
Deixar ir, deixar ir
Chuva forte
Vem sem avisar
Invadindo a alma
Você sabe que eu posso ir mais alto
Te olhando de longe
Minha janela sem trava
Está sempre aberta
"No escuro do meu quarto
A única coisa que consigo
Senti é a tristeza dentro de
Mim surgi.
Os espinhos me furam,
As pessoas me censuram
Me sinto tão só
Digno de dar dó.
Sinto que o o mundo me discrimina
Mas,talvez essa seja minha cima
Viver numa eterna solidão.
Meu quarto virou meu refúgio
Meu único lugar para chorar,
Sem ninguém me julgar"
Vestida de palavras
Era uma vez... (e toda vez, nas difusas da imaginação,
começa assim) um quarto, e ele guardava um espelho grande que se agarrava à parede revelando as verdades.
Do lado impertinente e absoluto, descansado sobre a cômoda, um relógio quieto, mas veloz.
Sobre a cama, derramando intensidade, um vestido vermelho
que o tempo do relógio desbotou, mas o espelho mostrava que ele tinha ainda encanto guardado em lembranças.
Hesitante, perambulando pelo quarto, a mulher ia, de um
lado, ao outro, querendo enganar o relógio, fingindo sua aparente angústia ao espelho que apreciava o vestido, e ele se incumbia de carregar sonhos.
Frente ao espelho descortinou sua nudez, sua brancura. Abriu a lateral do criado-mudo e retirou um pote de creme. Espalhou sobre sua pele para acetinar o trincado do tempo a disfarçar e enganar o espelho por minutos naquele dia.
Recolheu o vestido sobre a cama e se cobriu dele. VERMELHO corajoso ajustado em seu corpo, abraçando os parágrafos de suas curvas, sem brigar por espaço.
Olhou para o relógio, o tempo, ele sim, brigava com ela,
apertava sua alma, não a largava nem um minuto sozinha para decidir e refletir.
Enérgicas são as horas, mostram o compasso.
Ela se mirou vestida ao espelho, olhou o pote abandonado sobre a mesa de cabeceira.
Abriu a porta e saiu do seu mundo, pôs na bolsa a sua
fantasia e decidiu acima das horas, dos segundos e minutos e não enganou a si mesma.
Lembrou-se de alguma frase, riu, saboreou, se revestiu dele,
Fernando Pessoa:
“Mas eu não tenho problemas, tenho só mistérios.”
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury
Vejo os outros
Encontrando soluções
Mas me vejo sempre perdida
Buscando achar a saída
Em um quarto escuro, fundo e mudo
Disfarço pra ninguém perceber
Mas por dentro quero morrer
Com a tristeza que corroí a alma
A flor da pele
Destrói e me dá vida
Lentamente me encontro sem rumo
As vezes são tantos
Que eles não sabem
O que eu guardo, escondo é a verdade
Disfarço pra ninguém perceber
Mas por dentro quero morrer
Com a tristeza que corroí a alma
A flor da pele
Destrói e me dá vida
Vontade que eu não teria
De ser e viver pra fazer
Passado presente constante
Que volta sempre em torno de mim
Dá voltas sempre em torno de mim
E volta sempre em torno de mim
O quarto está terrivelmente escuro, pois a persiana não deixa passar o menor rastro de luz, não há um só ponto luminoso vermelho de uma televisão esperando ser ligada, nenhum equipamento eletrônico em modo de espera, mas Alina sentiu que éhora de acordar, seu sono já não é imagens e sons, mas apenasuma bruma densa onde o corpo parece afundar, e então o alarme do despertador disparou, é um toque que ela tinha escolhidopensando num despertar leve e calmo, mas o som era histéricocomo qualquer outro que escapa do celular, e a luz do aparelho
começou a piscar de forma epilética, e com o braço Alina conseguiu alcançar o monstro e apertar o botão de soneca, permitindo mais dez minutos de sono que sabia que não teria, pois nuncaconsegue voltar a dormir depois do escândalo do despertador.
Ei moça, sei que chora escondida em seu quarto quase toda noite, sei que não se sente capaz, que queria ser mais bonita, mais inteligente, mais responsável talvez, mas saiba que eu gosto de você assim mesmo bagunçada, atrapalhada e infantil, te acho a menina mais linda do mundo e sinto sua falta o tempo todo, sonho acordado esperando você chegar com seu sorriso lindo, sua alegria, espontaneidade, sua loukura, garota me apaixono por ti todos os dias, mesmo que saiba que não liga para o amor, eu sei que na madrugada é para mim que manda suas msm, e sei que sou eu que te impeço de não se deitar para sempre, sou seu, mesmo que não seja minha.
|• Em um belo dia, a moça olhou para o lado de fora através da janela em seu quarto, o dia estava nublado, frio e gélido
mas isso não a assustou, o tempo estava apenas parecido com o seu coração.
- Ela sábia que, mudanças precisariam serem feitas, e que deveria aquecer o seu coração e deixar a primavera entrar novamente em sua vida...
