Quarto Privacidade

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Soneto torto sobre flores e desespero

Nosso quarto sem você é um mar de solidão
Onde me afogo na cama vazia
As flores do jardim, uma a uma na escuridão
Também esperam o raiar do novo dia.

A aurora renova a esperança
Que o sol que nos move e ilumina
Porto feliz onde meu coração descansa
Presenteie-nos com sua silhueta divina.

O crepúsculo vespertino no horizonte que venero
Recolhe mais um dia de espera, de dor lenta que lacera
Ao meu suave modo me desespero.

As ondas da noite fria
Me carregam novamente para o mar de solidão
Onde me afogo na cama vazia na espera do novo dia.

Se tranque no quarto e tire a máscara, vá tentando ser você mesmo, até que um dia consiga sair da mentira que você mesmo acreditou.

Eu voltei para o meu quarto e desabei na cama de baixo, pensando que se as pessoas fossem chuva, eu era garoa e ela era um furacão.

John Green
Quem é Você, Alasca? John Green, WMF Martins Fontes, 2013

Enchi a cara. Amanheci na farra. Fui pra casa, entrei no meu quarto e chorei ao fechar a porta. E tudo isso porque bares são lotados de pessoas vazias e somente o seu calor trazia a paz que meu coração precisa.

“Por um instante a morte soltou-se a si mesma, expandindo-se até às paredes, encheu o quarto todo e alongou-se como um fluido até à sala contígua, aí uma parte de si deteve-se a olhar o caderno que estava aberto sobre uma cadeira, era a suite número seis opus mil e doze em ré maior de Johann Sebastian Bach composta em Cöthen e não precisou de ter aprendido música para saber que ela havia sido escrita, como a nona sinfonia de Beethoven, na tonalidade da alegria, da unidade entre os homens, da amizade e do amor. Então aconteceu algo nunca visto, algo não imaginável, a morte deixou-se cair de joelhos, era toda ela, agora, um corpo refeito, e por isso é que tinha joelhos, e pernas, e pés, e braços, e mãos, e uma cara que entre as mãos escondia, e uns ombros que tremiam não se sabe porquê, chorar não será, não se pode pedir tanto a quem sempre deixa um rasto de lágrimas por onde passa, mas nenhuma delas que seja sua. Assim como estava, nem visível nem invisível, em esqueleto nem mulher, levantou-se do chão como um sopro e entrou no quarto.”

(José Saramago, “As intermitências da morte”)

O Moribundo

Ao olhar para janela do quarto, pode-se ver lá fora a luz que invade o espaço vazio.
Um espaço de um mundo sombrio de um moribundo qualquer que só sonhava em ser feliz.
Tinha uma vida de inveja a muitos mortais, mas o que faltava a ele não eram coisas reais.
Queria tudo o que pensava que todo mundo tinha, mas só sonhava com aquilo no seu mundo de mentirinha.
Até que não suportou mais não receber o que a vida lhe prometeu, de tanto pensar naquilo se perdeu completamente do seu eu.

Ele disse chega!
Não quero mais essa lambança, lembro dos meus tempos de criança, onde eu parecia feliz.
Sonhava com um futuro onde o mundo me quis.
Agora nada faz sentido, o que eu quero parece irreal.
Talvez isso porque eu não seja um normal.

Na redoma onde se esconde surgem pensamentos não filtrados.
Todo dia na sua cama tem seus sonhos torturados.
Cada vez que algo parece perto e fácil ele consegue e comemora, mas mal ele sabe que em pouco tempo isso vai embora.
Cada vez seus prazeres diminuem até não restar mais nada, tudo que ele gostava agora é uma cena congelada.
O mundo perfeito do moribundo fica em sonhos, enquanto vive o nada em um mundo de demônios.

Ele disse chega!
Não quero mais essa lambança, lembro dos meus tempos de criança, onde eu parecia feliz.
Sonhava com um futuro onde o mundo me quis.
Agora nada faz sentido, o que eu quero parece irreal.
Talvez isso porque eu não seja um normal.

Hoje queria poder escutar minha voz, mas tá difícil. O silêncio no meu quarto é tão profundo que, por mais que grite, não escuto. Minha mente foge de mim, com medo de não poder mais pensar, meus ombros cansados do peso que a vida colocou sobre eles. Mas sei que tudo na vida passa, passa o tempo, passa as pessoas, passa sentimentos, só não passa o amor de Deus por mim.

E na parede do meu quarto ainda está o seu retrato.

Nando Reis

Nota: Trecho da letra da música "Gostava Tanto de Você" de Tim Maia

poema nos meus 43 anos

(Tradução: Jorge Wanderley)

terminar sozinho
no túmulo de um quarto
sem cigarros
nem bebida—
careca como uma lâmpada,
barrigudo,
grisalho,
e feliz por ter um quarto.
…de manhã

eles estão lá fora
ganhando dinheiro:
juízes, carpinteiros,
encanadores , médicos,
jornaleiros, guardas,
barbeiros, lavadores de carro,
dentistas, floristas,
garçonetes, cozinheiros,
motoristas de táxi…
e você se vira
para o lado pra pegar o sol
nas costas e não
direto nos olhos.

Quarto escuro, respiro fundo me aventuro, no meu pequeno mundo, questiono as respostas a cada segundo

Voltaire disse que a metafísica consiste em procurar, num quarto escuro, um gato preto que não está lá. O amor não é diferente. O amor consiste em procurar, num vazio coração, sentimentos pequenos que vertem lágrimas em nossos olhos. Mesmo que esses sentimentos não existam.

Coração Traiçoeiro

Dentro do seu quarto , deitada em seus lençóis macios de seda branca Korina se espreguiça lentamente fazendo seus músculos jovens e fortes saltarem no corpo.
Abre os olhos seu olhar está languido e doce.
E num gesto característico de sua mãe ela se levanta deixando a camisola cair ao chão ,
expondo seu corpo nu como veio ao mundo. A Senhora de Hades caminha pelo quarto em busca de algo que acho que nem ela mesmo sabia o que era. Ou espera...
Se aproxima do criado mudo e visualiza seu celular, nenhuma chamada, nenhum recado....nada, ninguém.
Num suspiro ela o joga sobre a cama e segue para o banho.
Quando sai já vem com um andar mais seguro e passa pelo espelho simplesmente o ignorando.
Abre o armário e pega um vestido vermelho de linho e seus sapatos cor de uva.
Solta os cabelos que ainda serão penteados pelo seu personal hair ... chama seus cães e eles entram de imediato.
- Quero meu café no quarto!
Seu café já chegou senhora, responde um deles. Que providencia colocar na mesa que fica na ante sala.
Korina sentasse e quando vai se servir seu celular toca, fazendo-a derramar a xícara do café.
Seu coração dispara e ela atende sem olhar o número.
-Bom dia menina Korina!
-Mister Gordam?!?!
-Porque a surpresa? Te atrapalho?
- Não, não,não...quer dizer, uma surpresa sim mas...
-Quero te ver hoje, almoçamos?
A voz de Korina quase não sai... a emoção está a flor da pele, seu desejo por Mister Gordam é crescente e quase explode de alegria ao dizer sim.
Chame o personal hair, ordena aos seus cães .
Adentra a suite , fecha a porta e solta suspiros e gritinhos de felicidade.
Olha para o espelho e pede desculpas a mãe.
Me perdoe mãe, este homem não deve ser meu pai, não pode ser meu pai!!
Estou apaixonada! O que faço?
Abraça a almofada que está sobre sua cama e e se joga sobre ela sorrindo enquanto lagrimas correndo dos seus olhos.

nesse v. disse Jesus;
Fecha a porta do teu quarto Logo se inicia entre você e "Raboni" a conexão com preciosa sensibilidade aquele silencio profundo nEle segue o diálogo particular vigiando os maus pensamentos orando em Espírito sem cessar.

Poema nos meus 43 anos

Terminar sozinho
no túmulo de um quarto
sem cigarros
nem bebida—
careca como uma lâmpada,
barrigudo,
grisalho,
e feliz por ter um quarto.
…de manhã

eles estão lá fora
ganhando dinheiro:
juízes, carpinteiros,
encanadores , médicos,
jornaleiros, guardas,
barbeiros, lavadores de carro,
dentistas, floristas,
garçonetes, cozinheiros,
motoristas de táxi…
e você se vira
para o lado pra pegar o sol
nas costas e não
direto nos olhos.

Narração da katy:
eu apenas observando da porta do quarto de demi, john dando beijo de boa noite depois que demi havia adormecido...
então ele apenas sem dizer nada, me pega pelo braço e sai me arrastando para a sala, meu coração começou a bater acelerado, fomos nos beijando e nos esfregando até o sofa, sentia sua mão passando por todo meu corpo, fomos arrancando as roupas um do outro devagar, até sobrar apenas uma única peça de roupa para cada um, logo ele sem dizer uma palavra retira de mim a única e última veste que me cobria com a boca, nessa hora reparo que a janela da sala estava aberta, sentia o ar gélido da noite em mim e ao mesmo tempo o calor dele sobre meu corpo...

A Morte

Em frente à janela
De meu quarto,
Sentada em minha cama,
Eu espero o meu fim.
Creio que muito longe
Já não está.
Eu consigo vê-la no horizonte dos prédios
Que bloqueiam a minha visão do céu.
Eu a vejo, sim.
Eu a vejo em frente a mim
E dentro de mim.
Eu a vejo em minha pele
E em meu coração.
A vejo em minha mente
E em todos os lugares.
Eu consigo senti-la.
Eu sinto sua presença.
Em poucos instantes,
Talvez segundos,
Nós nos encontraremos.
Você e eu.
Morte.

Saudades daquele Tempo
Deitado no quarto olho por sobre a janela e vejo o céu cinza da chuva que acabara de cair. Então começo a lembrar da minha infância, da minha antiga casa, onde eu e meus irmãos fomos criados com todo esmero e carinho de nossos pais.
Lembro-me daquele grande quintal onde brincávamos o dia inteiro com nossos primos, amigos e vizinhos. Terra abençoada era aquela. Tudo que era plantado vingava, e tudo com um sabor a mais. Tangerina, laranja, cacau, açaí... Ah o açaí!!! Como era doce. Chego até a sentir o gosto em minha boca neste exato momento em que escrevo. Lembro como se fosse ontem meu pai me chamando daquele jeitinho dele: Leaaanndroooo... Me chamava para apanhar um cacho de açaí parou que acabara de ver naquela árvore perto da cerca do vizinho (a mesma que eu pulava quando fazia alguma travessura), mas não tirávamos o seu vinho, e sim ruíamos com farinha como originais caboclinhos.
Tínhamos duas árvores de manga: uma dita “comum” e a outra “bacuri”. A primeira ficava logo na entrada do quintal, a segunda nos fundos, perto das pupunheiras. Ambas com frutos de sabores inigualáveis.
E aquelas pupunheiras... Altas, mas não nos impedia de colher seus frutos. Parece que estou vendo meu irmão catando ripas para amarra-las umas as outras e fazendo um gancho de ferro para alcançar os cachos.
Nossa casa não era muito grande, mas o suficiente para acolher todos nós. Adorava ouvir o barulho da chuva caindo no telhado, o som do vento batendo nas folhas das árvores,
Um dia um grande escritor disse as seguintes palavras: “Não importa que a tenham demolido, a gente continua morando na velha casa em que nasceu”. De veras creio nisso, continuo morando sim, mas eu meu coração, em meus pensamentos.
Não vou dizer que sinto falta, porque hoje sou feliz com tudo que tenho, mas sim que sinto eterna saudade daquele tempo, daquela casinha de madeira na Rua Lauro Sodré, onde passei mais da metade da minha vida, onde meus pais deram duro e não mediram esforços para nos criar, onde eu e meus irmãos aprendemos o verdadeiro valor que tem uma família.
São tantos momentos bons. Coisas simples que não damos importância no momento em que a vivemos, mas depois de tempos percebemos o quão foram importantes em nossas vidas. É como se flores se abrissem aos nossos olhos... E isso se chama Felicidade!!
(Leandro Maciel, Moju, 2014)

Título: Menina sem igual.

Autores: Daniel Muzitano e Ricardo Teixeira.

No teu quarto navego a bruma de teus seios tão quentes,
nunca vi nada assim, assim, tão eloquente.
Teu corpo, teu gosto, teu cheiro,
são assim, para mim tão diferentes.

Menina de olhos castanhos, castanhos presentes,
em meus sonhos abarco teu beijo, poesias ardentes.
Teu choro, teus olhos, tuas lágrimas,
me fazem assim, um presente sem fim.

Refrão

Menina sem igual,
teu papel é minha escrita.
Teu cabelo reluz,
as cores mais lindas.

(2X)

AMOR PROFANO

E sob à meia luz d'aquele quarto escuro
Os dois corpos bailavam...
Em cima da cama.
Como se fossem...
Dois cisnes apaixonados no paraíso
Do amor.
Navegando
Lentamente nos sabores que ambos
Compartilhavam...
Num degustar que somente eles sentiam no entrelaçar
Dos seus templos sagrados.
Onde o amor profano eternizava-se entre ambos
Corações.

Na calada da noite aqui sozinha em meu quarto debaixo desse edredom quentinho estou pensando em você.
Que vontade de estar coladinha aqui com você,meu corpo te deseja,meu coração bate tão forte e a cabeça não para de pensar em você.
Fecho meus olhos e vejo seu rosto sorrindo para mim e dizendo que me ama.
Nos meus sonhos, das poucas horas que consigo dormir, vejo e sinto teu corpo junto ao meu.
Poxa,porque somos proibidos?
A vida foi feita para ser abraçada,e ficaria melhor se você estivesse aqui do meu lado.
Tenho percebido uma frieza de sua parte a qual está me fazendo muito mal… Tenho ficado à esperar sempre por um Bom dia,Boa Tarde,Boa noite,uma mensagem de texto no meu celular,uma atenção qualquer.
Mas vejo que sempre que te cobro isso ,você me dá desculpas e pedi para eu entender você.
Sendo assim,nunca mais vou te cobrar nada,nem tenho esse direito.
Mas saiba,que você desperta em mim sensações inexplicáveis,eu me perco em pensamentos.
Hoje, dentro de mim eu transporto uma paixão que não consigo nem explicar.
Nunca imaginei que isso pudesse acontecer comigo,mas aconteceu, confesso que tentei conter essa paixão mas o meu coração bateu mais forte.