Quarto Privacidade

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Poucos são os que tem privacidade para ficar tristes. Nesse mundo de vigília e patrulha constantes, é um luxo poder sofrer sem ter ninguém nos observando.

Martha Medeiros
Coisas da vida. Porto Alegre: L&PM Pocket, 2009.

Nota: Trecho da crônica O primeiro quarto.

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O estudo da metafísica consiste em procurar, num quarto escuro, um gato preto que não está lá.

Desconhecido

Nota: A analogia do gato preto em um quarto escuro vem sendo utilizada relacionada a diferentes temas desde 1840.

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Um homem rouba o primeiro beijo, implora o segundo, exige o terceiro, recebe o quarto, aceita o quinto, e suporta os restantes.

Quarto duplo significa que duas pessoas podem ficar pelo preço de uma, que tem de pagar o dobro se estiver sozinha.

luz amarela no quarto dela
ali se espera
que um sonho entre pela janela

Pão e um gole de leite são vitórias! / Um quarto quente: uma batalha vencida! / Para te fazer crescer / Devo combater dia e noite.

Passamos três quartos da vida a preparar a felicidade. Mas quantos gozam o último quarto?

Uma maneira de preservar sua própria imagem é não deixar que o mundo invada sua casa. Foi um modo que encontrei de preservar ao máximo meus valores.

Antes de tentar arrumar o mundo tente arrumar seu próprio quarto.

Charles Sykes

Nota: Apesar de muitas vezes atribuído, de forma errônea a Bill Gates, trata-se de um trecho adaptado do texto de Charles Sykes.

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Quando abro a cada manhã a janela do meu quarto
É como se abrisse o mesmo livro
Numa página nova...

Mario Quintana
Poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2006.

Eu moro em mim mesmo. Não faz mal que o quarto seja pequeno. É bom, assim tenho menos lugares para perder as minhas coisas.

Meu quarto. A melhor coisa que havia ali era a cama. Gostava de ficar ali deitado por horas, mesmo durante o dia, com as cobertas puxadas até o queixo. Era bom ficar ali, nada acontecia por ali, nenhuma pessoa, nada.

Tu, porém, quando orares, entra no teu quarto e, fechada a porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará.

A vida, meu amor, é uma grande sedução onde tudo o que existe se seduz. Aquele quarto que estava deserto e por isso primariamente vivo. Eu chegara ao nada, e o nada era vivo e úmido.

Clarice Lispector
A paixão segundo G.H. Rio de Janeiro: Rocco, 1998.

Minha alma é um quarto onde os objetos mais estranhos estão colocados, um ao lado do outro, sem ordem, sem nenhuma intenção de fazer sentido.

Feche a porta do seu quarto
Porque se toca o telefone pode ser alguém
Com quem você quer falar
Por horas e horas e horas.

Quando o Sol Bater na Janela do Teu Quarto

Quando o sol bater
Na janela do teu quarto,
Lembra e vê
Que o caminho é um só,

Porque esperar
Se podemos começar
Tudo de novo?
Agora mesmo.

A humanidade é desumana
Mas ainda temos chance,
O sol nasce pra todos,
Só não sabe quem não quer.

Até bem pouco tempo atrás,
Poderíamos mudar o mundo,
Quem roubou nossa coragem?
Tudo é dor,
E toda dor vem do desejo,
De não sentimos dor.

A gente finge que arruma o guarda-roupa, arruma o quarto, arruma a bagunça. Tira aquele tanto de coisa que não serve, porque ocupar espaço com coisas velhas não dá. As coisas novas querem entrar, tanta coisa bonita nas lojas por aí. Mas a gente nunca tira tudo. Sempre as esconde aqui, esconde ali, finge para si mesmo que ainda serve. A gente sabe. Que está curta, pequeno, apertado. É que a gente queria tanto. Tanto. Acredito que arrumar a bagunça da vida é como arrumar a bagunça do quarto. Tirar tudo, rever roupas e sapatos, experimentar e ver o que ainda serve, jogar fora algumas coisas, outras separar para doação. Isso pode servir melhor para outra pessoa. Hora de deixar ir. Alguém precisa mais do que você. Se livrar. Deixar pra trás. Algumas coisas não servem mais. Você sabe. Chega. Porque guardar roupa velha dentro da gaveta é como ocupar o coração com alguém que não lhe serve. Perda de espaço, tempo, paciência e sentimento. Tem tanta gente interessante por aí querendo entrar. Deixa. Deixa entrar: na vida, no coração, na cabeça.

Karine Rosa

Nota: Trecho da crônica "Sapato velho", publicada em 12 de julho de 2009. A autoria do texto tem vindo a ser erroneamente atribuída a Caio Fernando Abreu e Tati Bernardi.

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o anjo pousa de leve
no quarto onde a moça pura
remenda a roupa dos pobres

Muitas vezes a inteligência é incómoda como uma lamparina no quarto.