Quanto mais me Conheco Fernando Pessoa

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As palavras traem o que a gente sente.

Pensando melhor, continuavam sem saber, fazia muitos anos, se a realidade seria mesmo meio mágica ou apenas levemente paranóica, dependendo da disposição de cada um para escarafunchar a ferida.

Isso é amor. / — Será? Tem coisas, tem coisas que ele escreve que parecem. Não sei, parecem verdade, entende? Ele me toca, mexe comigo.

Só quem já teve um dragão em casa pode saber como essa casa parece deserta depois que ele parte.

De repente – ou não de repente, mas tão aos pouquinhos, e tão igual todo dia que era como se fosse assim, num piscar de olhos, num virar de página – passou-se muito tempo.

Quero dividir meus erros, loucuras, beijos, chocolates... Apague minhas interrogações.

A maioria dos homens preferem pensar que mulheres estejam pensando o que eles querem que estejam pensando.

Meu Deus como a gente se trai nessas memórias.

Não te castiga assim, está tudo em paz. Nunca houve cães. É como uma cantiga de ninar nas cinzas do fim do mundo.

"Odeio amar, não é engraçado? Amanhã tento de novo. Amar só é bom se doer. Parou de chover. Não sei qual o Deus padroeiro das cartas - mas de qualquer maneira a noite de hoje foi dedicada a ele. Hoje eu queria que alguém me dissesse que eu não precisava me preocupar - como no Last Picture Show - um ombro, uma mão. Desculpe tanta sede, tanta insatisfação. Amanhã, amanhã recomeço. Te espero, te gosto, te beijo."

Tudo neles era recíproco - e o medo de se ferirem cresceu junto para explodir num silêncio súbito.

Minha filosofia de vida é simples: pisa nos outros antes que te pisem.

"... como se tivesse retomado a um anterior estado de pureza depois de muitas marcas."

Não era amor.
Uma vitória louca, uma vitória doente. Não era amor. Aquilo era solidão e loucura, podridão e morte. Não era um caso de amor. Amor não tem nada a ver com isso. Ela era uma parasita. Ela o matou porque era uma parasita. Porque não conseguia viver sozinha. Ela o sugou como um vampiro, até a ultima gota, para que pudesse exibir ao mundo aquelas flores roxas e amarelas. Aquelas flores imundas. Aquelas flores nojentas. Amor não mata. Não destrói, não é assim. Aquilo era outra coisa. Aquilo é ódio.

Caio Fernando Abreu
"Caixinha de música", Morangos mofados

Eu não estou disposto a sofrer, desculpa.

Somos o resultado das escolhas que fazemos ao longo de nossa existência.

E exigimos o eterno do perecível, loucos.

Onde será que isso começa? Procuro o fio, há só a meada.

Eu cavo
Tu cavas
Ele cava
Nós cavamos
Vós cavais
Eles cavam.

Não é bonito; mas é profundo

E de repente me sentia protegido, você sabe como: a vida toda, esses pedacinhos desconexos, se armavam de outro jeito, fazendo sentido.