Quanto mais me Conheco Fernando Pessoa

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Apenas um aviso que eu deixo bem simples: se quiser, me procura você.

A gente enfeita o cotidiano — tudo se ajeita. Menos a morte.

Te procuro em outro corpo, juro que um dia te encontro.

Sim, existir é incompreensível e excitante.

Só queria ser feliz. Gorda, burra, alienada e completamente feliz.

Não tenho culpa, estou apenas sentindo sem controle, não me entenda mal, não me entenda bem.

Eu conheci razoavelmente bem Clarice Lispector. Ela era infelicíssima, Zézim. A primeira vez que conversamos eu chorei depois a noite inteira, porque ela inteirinha me doía, porque parecia se doer também, de tanta compreensão sangrada de tudo. Te falo nela porque Clarice, pra mim, é o que mais conheço de GRANDIOSO, literariamente falando. E morreu sozinha, sacaneada, desamada, incompreendida, com fama de "meio doida”. Porque se entregou completamente ao seu trabalho de criar. Mergulhou na sua própria trip e foi inventando caminhos, na maior solidão.

‎Meu coração surrado deu de arrancar o curativo, deu de cutucar o machucado...

Andei pensando coisas. O que é raro, dirão os irônicos. Ou “o que foi?” – perguntariam os complacentes. Para estes últimos, quem sabe, escrevo. E repito: andei pensando coisas sobre amor, essa palavra sagrada. O que mais me deteve, do que pensei, era assim: a perda do amor é igual à perda da morte. Só que dói mais. Quando morre alguém que você ama, você se dói inteiro(a)- mas a morte é inevitável, portanto normal. Quando você perde alguém que você ama, e esse amor – essa pessoa – continua vivo(a), há então uma morte anormal.

Silêncio, ando obcecado por silêncio. Um silêncio que te permita ouvir o ruído do vento. E o bater do coração.

Vou te procurar entre as estrelas e os satélites distraídos, que confusos me ditaram caminhos errados e esparsos.

Endureci um pouco, desacreditei muito das coisas, sobretudo das pessoas e suas boas intenções. Dar um rolé em cima disso não vai ser nada fácil.

Ela sorriu, então um dos cantos da boca ergueu-se fazendo subir também uma das sobrancelhas, enquanto o olho quase fechava, embora brilhasse mais intenso assim, por entre as pálpebras meio inchadas, quase invisível. Tinha um pouco de criança quando sorria desse jeito. E de demônio. Demônio astuto, pensou.

Até com a minha carne eu construía um cavalo branco para aquele príncipe. Mas ele não queria, acho que ele não queria. Eu não tive tempo de dizer que quando a gente precisa que alguém fique a gente constrói qualquer coisa, até um castelo.

E aí você tem que agir como se não se importasse.

Preciso de você para dizer eu te amo outra e outra vez. Como se fosse possível, como se fosse verdade, como se fosse ontem e amanhã.

Claro, o dia de amanhã cuidará do dia de amanhã e tudo chegará no tempo exato. Mas e o dia de hoje?

Carinho, com letra maiúscula, é uma das coisas em falta no mercado.

...não tem jeito, companheiro, nos perdemos no meio da estrada e nunca tivemos mapa algum.

Me perguntam, assim, o que tu achas de tal coisa. Pô, eu não sei o quê que eu acho. Na hora eu acho uma coisa, meia hora depois eu posso achar outra. Eu não tenho opinião definida sobre nada. Não acho que isso seja insegurança. Acho que é abertura, acho que tudo é passível de uma outra interpretação.