Quanto mais me Conheco Fernando Pessoa

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Que você me guarde na memória, mais do que nas fotos. Que termine com a sensação de ter me degustado por completo, mas como quem sai da mesa antes da sobremesa: com a impressão que poderia ter se fartado um pouco mais. E que, até o último dia da sua vida, você espalhe delicadamente a nossa história, para poucos ouvintes.

Quanto mais conheço a humanidade mais eu amo os meus cachorros...

Quanto mais eu conheço o mundo, mais eu estou convencida de que eu nunca verei um homem a quem eu realmente possa amar. Eu exijo tanto!

Jane Austen
Austen, J. "Razão e Sensibilidade", 1811

Estou me afastando.
Afinal, quanto mais te conheço, mais te amo.

Nem o presidente nem os ministros são acrobatas de circo para fazer piruetas, receber aplausos e desaparecer nos bastidores.

Chega dessa república do nhem-nhem-nhem.

Saio do cinema:
a nuvem de primavera
é outra sessão.

Poema do amigo aprendiz

Quero ser o teu amigo. Nem demais e nem de menos.
Nem tão longe e nem tão perto.
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida,
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade, sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente, nem presente por demais.
Simplesmente, calmamente, ser-te paz.
É bonito ser amigo, mas confesso é tão difícil aprender!
E por isso eu te suplico paciência.
Vou encher este teu rosto de lembranças,
Dá-me tempo, de acertar nossas distâncias...

Padre Zezinho

Nota: Trecho adaptado da música "Saudação de Amigo", do Padre Zezinho. A autoria do texto tem vindo a ser erroneamente atribuída a Fernando Pessoa.

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Tenho feito descobertas importantes, por exemplo: o pecado é simplesmente tudo o que Cristo não fez.

Fernando Sabino
Lispector, Clarice. Correspondências. Rio de Janeiro: Rocco, 2002.

Nota: Trecho de carta endereçada a Clarice Lispector, de 10 de junho de 1946.

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Os olhos mentem dia e noite a dor da gente.

Pra dilatarmos a alma
Temos que nos desfazer
Pra nos tornarmos imortais
A gente tem que aprender a morrer
Com tudo aquilo que fomos
E tudo aquilo que somos nós

Que o teu afeto me afetou é fato
Agora faça me um favor
Um favor... por favor

O poeta pena quando cai o pano
E o pano cai
Acordes em oferta, cordel em promoção
A Prosa presa em papel de bala
Música rara em liquidação

Já me disseram que sou bom de chegada e ruim de saída. Devo reconhecer que é verdade. Mas a culpa não é minha.

- Você está nervoso, cansado, é isso.
- Cansado desta vida. Vontade de me mudar para do Rio, ir para um lugar sossegado, ter um filho, criá-lo longe daqui, constituir uma família, compreende? Levar uma vida decente. Não nasci para isso. Só você, que me conhece melhor, pode me compreender. Nós somos diferentes um do outro, eu sei; mas você sabe que eu não nasci pra isso. Eu queria ser um homem simples, direito... Um homem como meu pai.

E pra minha poesia é o ponto final
É o ponto em que recomeço,
Recanto e despeço da magia que balança o mundo

Bailarina, soldado de chumbo

Perto é estar perto sem estar.

Quem tem medo assimila toda forma de expressão como protesto!

Me faça rir, me faça feliz

Não sei se ela entendeu. Isabel já não me entendia, nem eu a ela: era um mistério para mim. Eu não sabia se ela havia mudado, ou se eu é que ia me tornando outro homem.