Estou no soprar dos ventos
O vento sopra
Levando embora todo calor
Eu sei que amo agora
Nem sei o porquê de tamanha dor.
Tento aos poucos não encontrar
Tamanho problema pra junto estar
Amar alguém que não se pode amar
E estar junto do penhasco pronto pra saltar.
Se um dia a saudade bater liga,
Se o vento soprar, mi chama,
Quando a chuva fechar o ceu
Eu o abrirei para dizer o quão eu vivo por te
Nenhua distancia sera eterna
Nenhuma saudade ser infernal
Mas o amor que sinto sera eterna
Finjir que nada sinto e viver na fantasia
A solidão me visita mais uma vez na hora da minha reflexão. Sopra o vento lá fora e eu tento sentir seu cheiro solto pelo ar. Ouço o barulho tépido que se lança nessas janelas fechadas. Notas que cabem numa melodia. Música que embala meu sonho despertando meu corpo para os desencontros da saudade.
Quero que saiba que o vento
Continua a soprar
E eu pedi a ele
pra lhe acariciar
Para te contar
que longe de ti não sei ficar
Peço para que você
Escolha me amar!
A chama de toda vela se apaga
E todo vento que sopra
Passa por mim sem ser visto
Mas eu posso ver, sentir e ouvir
As coisas que o vento move
A brisa no rosto
O ruído do sopro
Na alegria da chama da vela
Que faz festa e que dança
Sempre que o vento passar por ela
Sem saber se cera e pavio
Vão poder queimar até o fim
de vez em quando ela chora
E lá fora, feliz a folha balança
Sabendo que o verde amarela
Em seu tempo, toda folha cai
Pode ser que um sopro mais forte
Precipite a folha, apague a vela
A existência da dúvida
Incerteza constante
Vem por graça nesta vida
Bruxuleante, a vela desconhece
Em qual instante
Há de extinguir-se a chama
Senão, nenhum vento
Seria bom o suficiente
Por mais tempo a folha tivesse
Se houvesse certeza
Nada nunca seria o bastante.
Edson Ricardo Paiva
No lugar onde eu moro
O vento sopra de noite
Quero-quero canta de dia
Às vezes os papeis se invertem
E o vento sopra de dia
Quer-quero canta de noite
Horas há, também
Em que tudo se mistura
E o vento e o quero-quero
Sopram e cantam noite e dia
E ambos se divertem
em me ver
na dúvida mais pura
Abrindo a janela
e fechando as cortinas
Abrindo as cortinas
e fechando a janela
Centenas de vezes ao dia
e às vezes
Também de noite.
Edson Ricardo Paiva.
O vento sopra, tentando me abalar,
Mas Tua mão vem me segurar.
Se eu afundar, Tu me levantas,
És fiel, Tua graça me alcança.
