Quando o Inverno Chegar
Desejo
Quero debruçar-me na janela
e colher pérolas de orvalho
nas manhãs frias de inverno
quero montar um lindo colar
de contas gélidas, cristalinas
para presentear minha mãe
Quero abraçar-me a um cipreste
e sentir o cheiro da minha infância
numa manhã de natal
quero pintar um lindo desenho
de giz cera e aquarela
para presentear minha avó
Quero um desejo de criança:
nunca ser gente grande!
Domingo de inverno
A chama do candeeiro guarda silêncio
enquanto os ponteiros do relógio
musicam as horas tardias
As noites dominicais
são sempre monótonas
O cortinado encandeia o clarão da lua
e matiza de cores sombrias
as velhas paredes do quarto
As noites invernosas
são sempre enfadonhas
Apanho um bloco de rascunhos
preenchido de frases mortas
e rabiscos sem sentido
A poesia nem sempre
surge na forma de versos
Confortado num velho cobertor de lã
versejo em pensamentos
sentimentos de tristeza
Os domingos de inverno
sempre inspiram melancolia
Um dia as estações mudam então as folhas vão embora e o que era inverno se torna verão, o que era improvável torna-se real, as lágrimas tornam-se em riso e o impossível acontece.
Ela se sensibiliza pela dor do outro, faz o sol resplandecer no inverno, ela é um lírio entre os espinhos, que exala seu cheiro de amor, seu acalento,
das rosas, ela é a mais bela e perfeita, dentre as flores de um vale!!
Ecos de uma Nova Estação
É inverno, e sinto o frio se aproximar.
Há um sussurro gelado que dança nas folhas que restam,
como se as árvores se vestissem de ausências,
despindo-se de folhas, como almas diante do inevitável.
Suas sombras alongam-se,
guardiãs de um silêncio que só o inverno traz.
Os pássaros emigram,
levando sonhos e canções para terras distantes,
enquanto nós, aqui, envoltos em mantos e lembranças,
esperamos a temperatura cair,
como quem espera o nascer de um poema.
Os bancos do parque, agora vazios,
guardam histórias de verões passados,
memórias aquecidas pelos sorrisos que se foram,
tal qual lembranças escondidas em caixas de sapatos.
E há, sempre, a estátua do herói,
imóvel em seu bronze e sua glória,
silenciosa testemunha de nossa transição,
do calor para o gélido aconchego das novas manhãs.
Nas ruas, a pressa dos passos se transforma em lentidão,
como se o frio pedisse um compasso diferente,
um momento para refletir,
para sentir a terra e o tempo.
Internamente, ecos de uma nova estação.
Chove bastante aqui dentro,
venta forte e inverno-me.
Mas, ao invés de praguejar, varro as folhas caídas,
agradeço o beijo da brisa,
e tento preservar os galhos,
até o meu próximo florescer.
mudam as estações e trazem o inverno, também a vida muda trazendo frio
na estação final.......................
Eu tive uma grande chance para florescer
Mas você é o meu sol, e infelizmente eu estava no inverno.
Estou em estado de dormência…
Há Flores quente do verão e Flores fria do inverno e ambas admiram uma às outras..mas seu próprio ambiente fazerá com que o outro morra com o tempo; então devem criar um ambiente para se viver bem, o chamado equilíbrio.
Sonha amor vida nuvem, inverno, sonhos, sonhos eu quero ver enxergar o porquê de tamanha imensa paixão nunca imaginei estar com você mais agora sonho a distancia é maior que corações mais foi o tempo amigo dono do destino trouxe presentes inexplicáveis som, riso, sorrisos ao vento assim que sinto o quanto vale a pena querer, sonha, conseguir, amor será não sei mas quero construir, conquista, sonhos vencer, querer, poder, dizer o quanto eu amo você.
O, dia perfeito, invisível aos meus olhos descoberta, jóia coisa que não sei um dia vai se tornar o mais importante da minha pacata vida não sei como, o motivo porque aconteceu mais hoje à felicidade é maior do que tudo será que encontrei não sei mais o tempo é ele que vai me explicar se vai durar uma fração de segundos ou não sei talvez o tempo suficiente pra ser inesquecível.
Vou tentar não me apegar pra depois não sofre ilusão talvez seja oh, vida me ensina me explica o motivo de eu querer tanto encontra alguém vida, espetáculos, imensidão, sonhos questões sempre perguntas sem respostas.
Aurora do Inverno
Em cada inverno, frio e fundo,
Há um broto em verde canto.
Sob o gelo, quieto o mundo,
Pulsa um coração de encanto.
Por trás do véu da noite escura,
Risos de luz se desvelam.
A aurora, doce e pura,
Com seus raios nos revelam.
Não há dor que não se acabe,
Nem noite que não termine.
A esperança é como um cravo
Fura o asfalto e nos redime.
Por mais densa que seja a sombra,
O sol nascente a desfaz.
A vida é sempre uma onda
Que retorna, leva e traz.
RPC 12/06/2025
Roberval Pedro Culpi
A religião é como um cobertor miseravelmente curto diante do inverno eterno da alma humana — cobre uma parte insignificante do corpo, enquanto o que realmente importa permanece nu, exposto ao gelo cruel da solidão que nada, nem mesmo a fé, consegue aquecer.
POESIA JOÃO CORAGEM
O inverno chegou cedo,
No junho se anunciou.
O varzedo inundou
No crescente da lagoa.
A Mirim pouco perdoa,
Transbordando campo afora.
Maracha, canal estoura,
Tudo virado em aguada.
E a palha ainda deitada
Da última colheita
Espera a junta e o arado
Pra semear o grão dourado
Do arroz que brota da terra.
Que lida dura da granja,
Que amadrinha frio e calor,
No lombo do aguador,
Por vezes abrindo porteira
Lá pros lados da fronteira,
Vivendo pelas bolantas.
Bombacha e arrastando tamanca,
Chapéu tapeado na testa,
O pouco que ainda resta
Pra quem tem a pá sobre o ombro.
Da vida que deu um tombo
Nesse destino matreiro,
A vida de lavoureiro
Foi só o que aprendeu.
Mas nunca se arrependeu,
Pois nem tempo dá pra isso.
O pensamento é um insosso
Que se mata de pequeno,
E o sonho é um veneno
Pra quem madruga em geada.
Colchão de palha amassada
No catre feito de estopa,
A gageta enchendo a boca
Com café preto passado
E o palheiro enrolado,
Olhando o horizonte a esmo,
Se enxergando ele mesmo
Num amanhã sem futuro.
Candeeiro ainda no escuro,
Antes do romper do dia,
Nessa crua judiaria
Que a pobreza faz morada.
A mulher prepara a boia
No velho fogão de barro.
Mal tem tempo pro amargo,
Tamanho amargo da vida.
Tantas crias já paridas
Naquele resto de mundo,
Onde Deus deixou o fundo,
Qual a rapa da panela.
E o choro, se vem à goela,
É preciso engolir.
O pão precisa dormir,
O mondongo vai pra fervura,
Alimento das criaturas
Que nem sabem da vida,
Daquela toada sofrida.
Onde o minuano assovia
E o alambrado se perdia,
No estenderete de trapo,
Das roupas feitas de saco
Que a filharada vestia.
Que sina, João Coragem,
E sua junta de boi:
Pergunta onde Deus foi,
Que te esqueceu nessa costa.
Qual foi a tua aposta
Que perdeste de saída,
E ainda te levou a vida
Que era só o que sobrava.
Nem morrer tu sonhava,
Não tinha tempo de sonhar.
A lagoa vai baixar,
O arroz será dourado,
Teu nome naquela terra
Pra sempre será lembrado.
Renato Jaguarão.
"O inverno” chegou, ele sempre chega. A noite chega mais cedo,Traz chuva, traz fuga, traz frutos , traz paz… A ausência de calor vem…E eu que sempre tive as extremidades frias , busco minhas meias, e com elas tenho não só os pés , mas a alma aquecida… Os lençóis e as meias coloridas são companheiros inseparáveis , cobrem meu corpo, minha alma, diminuem toda a entropia…Eu , animal homeotérmico, ou não seria tanto assim? Às vezes fujo de mim, fujo de quem é fugaz, mordaz… Prefiro os sonhos, prefiro a Pasárgada de Manuel… Não , não sou aquela que sou, nem sou quem eu fui, nem o que serei… Em verdade, em verdade te digo, já não sei mais! E tudo segue na mais completa “paz”... Nunca é tarde demais….
Há amizades que florescem na primavera da abundância, mas murcham no inverno da escassez, apenas as verdadeiras resistem a todas as estações da vida.
"As árvores meditam no
Inverno.
Graças a isto florescem na
Primavera
Dão sombra no
Verão e
se desnudam no vento do
Outono.
Amamos as flores,
mas arrancamos.
Amamos as árvores,
mas cortamos.
E ainda não entendemos o
medo que algumas pessoas
sentem quando escutam:
Eu te amo " ❤
Quem é Ela?
Tem o abraço quente como o verão,
Para aquecer os corações em dias de inverno!
Ela veste as cores da primavera,
E seu sorriso, faz cair as folhas da inveja como no outono!
