Quando Morremos Sorrimos
Quando te vi, amei-te já muito antes.
Tornei a achar-te quando te encontrei.
Nasci pra ti antes de haver o mundo.
Não há coisa feliz ou hora alegre
Que eu tenha tido pela vida fora,
Que não o fosse porque te previa,
Porque dormias nela tu futuro.
Eu vim aqui esta noite porque, quando você se dá conta de que quer passar o resto da sua vida com alguém, você quer que o resto de sua vida comece o quanto antes.
E eu sou como um boomerang, quando eu acerto é para matar... Como um boomerang tudo vai voltar, e a ferida que você me fez, é em você que vai sangrar...
Quando ele sorri desarmado, limitado e impotente, para todas as minhas dúvidas, inconstâncias e chatices, eu sei que é daquele sorriso que minha alma precisava. Ele não faz muito pela minha angústia existencial, até por não saber. E consegue tudo de mim. Consegue até o que ninguém nunca conseguiu: me deixar leve. (…) Eu quero parar com tudo isso, ele é um menino que não pode acompanhar minha louca linha de raciocínio meio poeta, meio neurótica, meio madura. Eu quero colocar um fim neste tormento de desejar tanto quem ainda tem tanto para desejar por aí. E aí eu me pergunto: pra quê? Se está tão bom, se é tão simples. Ele me ensinou que a vida pode ser simples, e tão boa.
Como o tempo custa a passar quando a gente espera!
Principalmente quando venta.
Parece que o vento maneia o tempo.
De vez em quando eu não sei o que fazer comigo mesmo e com o meu gênio. É um saco estar sorrindo e dois minutos depois chorando.
~ Soneto 29 ~
Quando, malquisto da fortuna e do homem,
Comigo a sós lamento o meu estado,
E lanço aos céus os ais que me consomem,
E olhando para mim maldigo o fado;
Vendo outro ser mais rico de esperança,
Invejando seu porte e os seus amigos;
Se invejo de um a arte, outro a bonança,
Descontente dos sonhos mais antigos;
Se, desprezado e cheio de amargura,
Penso um momento em vós logo, feliz,
Como a ave que abre as asas para a altura,
Esqueço a lama que o meu ser maldiz:
Pois tão doce é lembrar o que valeis
Que está sorte eu não troco nem com reis.
A morte é a libertação total: a morte é quando a gente pode, afinal, estar deitado de sapatos...
Eu aprendi que sempre posso fazer uma prece por alguém quando não tenho forças para ajudá-lo de alguma outra forma.
Quando você é chato e mesmo assim eu te beijo, não é porque sou paciente. É porque estou me despedindo.
Procure sempre uma ocupação; quando o tiver não pense em outra coisa além de procurar fazê-lo bem feito.
Quem não ama a solidão, também não ama a liberdade: apenas quando se está só é que se está livre.
A palavra morre
Quando é dita,
Alguém diz.
Eu digo que ela começa
A viver
Naquele dia.
