Quando Morremos Sorrimos
Quando conheci você,
Existiu um lugar,
Um tempo
E um sentimento.
O lugar era perfeito,
O tempo era inesquecível,
O sentimento era nada a mais que a amizade.
Mas o tempo foi passando...
O lugar foi mudando...
E o sentimento aumentando.
Logo percebi que...
Com sua voz suave
Você me fazia cantar,
Com seus gestos meigos
Você me fazia sonhar,
Com seus lindos olhos verdes
Você me fazia delirar,
Com seu doce coração
Você me fazia te amar.
O tempo ficará pra sempre marcado,
O lugar será eternamente lembrado
E o sentimento jamais acabado...
SOBERANO
Quando nascemos, a vida abre aspas
Para o nosso bem mais precioso... o tempo.
E então o tempo dispara
O tempo não pára
O tempo acelera
O tempo não espera
O tempo inspira
O tempo conspira
O tempo escraviza
O tempo liberta...
Faz esquecer
Faz relembrar
Faz amadurecer
Faz envelhecer
Faz apodrecer...
Mas o tempo endurece
O tempo amolece
O tempo padece
O tempo clareia
O tempo escurece
O tempo acolhe
O tempo não escolhe
O tempo precede
O tempo impede
O tempo socorre
O tempo consola
O tempo permite
O tempo decide
O tempo amanhece
O tempo entardece
O tempo anoitece
O tempo revolta
O tempo conforma
O tempo não volta
O tempo é passado
O tempo é futuro
O tempo é presente (sempre)
O tempo é bondoso
O tempo é maldoso
O tempo acompanha
O tempo abandona
O tempo aprisiona
O tempo é uma zona
O tempo nos passa...
E a vida então... fecha aspas.
Sabe quando você acha que conhece alguém? Mais do que qualquer um no mundo? Você sabe que entende a pessoa, porque a enxerga de verdade. E então você tenta se aproximar, e ela... desaparece. Você achava que pertenciam uma à outra. Achava que ela era sua, mas não é. Você quer protegê-la, mas não pode.
Verdadeiros amigos, quando se encontram, mesmo depois de muitos anos levam uma conversa como se tivessem começado ontem. Foi o que senti ao te reencontrar.
“Quando chega um amigo damos adeus à solidão. E agora o verbo compartilhar adquire um significado novo e definitivo. Bate as asas que eu não tenho coragem de voar até o outro coração que me completa e a vida não será a mesma depois de sua chegada.”
Quando a gente conversa
Contando casos, besteiras
Tanta coisa em comum
Deixando escapar segredos
E eu não sei que hora dizer
Me dá um medo, que medo
Não deixe que a força de uma impressão tire o seu equilíbrio quando ela se abater sobre você pela primeira vez; diga apenas: Espere um momento; deixe-me ver quem você é e o que representa. Deixe-me testá-la.
Espera-me. Até quando, não sei.
Um dia, voltarei.
Espera-me pelas manhãs vazias,
nas tardes longas e nas noites frias,
e, outra vez, quando o calor voltar.
Aí, nunca deixes de me esperar!
Espera-me, ainda que, aos portais,
as minhas cartas já não cheguem mais.
Ainda que o Ontem seja esquecido
e o Amanhã já não tiver sentido.
Espera-me depois que, no meu lar,
todos se cansem de me esperar.
Até que o meu cachorro e o meu jardim
não mais estejam a esperar por mim!
Espera-me. Até quando, não sei.
Um dia, voltarei.
Não dês ouvidos nunca, por favor,
àqueles que te dizem que o amor
não poderá os mortos reviver
e que é chegado o tempo de esquecer.
Espera-me, ainda que os meus pais
acreditem que eu não existo mais.
Deixa que o meu irmão e o meu amigo
lembrem que, um dia, brincaram comigo
e, sentados em frente da lareira,
suponham que acabou a brincadeira…
Deixa-os beberem seus vinhos amargos
e, magoados, sombrios, em gestos largos,
falarem de Heroísmo ou de Glória,
erguendo vivas à minha memória.
Espera-me tranquila, sem sofrer.
Não te sentes, também, para beber!
Espera-me. Até quando, não sei.
Um dia, voltarei.
Esperando-me, tu serás mais forte;
sendo esperado, eu vencerei a morte.
Sei que aqueles que não me esperaram
– que gastaram o amor e não amaram –
suspirando, talvez digam de mim:
“Pobre soldado! Foi melhor assim!”
esses, que nada sabem esperar,
não poderão jamais imaginar
que das chamas eternas me salvaste
simplesmente porque me esperaste!
Só nós dois sabemos o sentido
de alguém poder morrer sem ter morrido!
Foi porque tu, puríssima criança,
tu me esperaste além da esperança,
para aquilo que eu fui e ainda sou,
como nunca, ninguém, me esperou!
Quando a raposa tem algum interesse ela pode se tornar dócil para conseguir o que quer. Quando isso acaba, ela mostra os dentes e enfia as garras e come o seu coração.
Savannah Curtis: Já reparou como a lua é grande quando está surgindo, e como fica pequena quando está no alto do céu?
John Tyree: É só o seu ponto de vista. Não importa onde esteja no céu, ou onde você esteja no mundo, se levantar a mão e fechar um dos olhos… ela nunca é maior do que seu polegar.
Na carta de John: A lua está cheia, algo que me faz pensar em você. Pois sei que não importa o que estou fazendo, e onde estou, esta lua será sempre do mesmo tamanho da sua… do outro lado do mundo.
E quando estiveres consolado ( a gente sempre se consola), tu ficarás contente por me teres conhecido.
Palavras são pequenas para expressar o que sinto...
Palavras são grandes e pesadas quando não sabemos usalas...
No entanto no momento não tenho outra forma de lhe mostrar o quanto te amo senão por palavras!
EU TE AMO
Na encruzilhada silenciosa do destino,
quando as estrelas se multiplicaram,
duas sombras errantes se encontraram.
A primeira falou:
-Nasci de um beijo de luz, sou força, vida,
alma e esplendor....
Trago em mim toda a sede do desejo,
Toda a ânsia do Universo.
Eu sou o Amor!
O Mundo sinto enxágüe em meus pés!
Sou delírio, loucura...
E tu, quem és?
A segunda:
-Eu nasci de uma lágrima.
Sou flama do teu incêndio que devora.
Vivo dos olhos tristes de quem ama,
para os olhos nevoentos de quem chora.
Dizem que vim ao mundo para ser boa,
para dar do meu sangue a quem queira.
Sou a Saudade, a tua companheira,
que punge, que consola e que perdoa...
Na encruzilhada silenciosa do Destino,
as duas sombras comovidas se abraçaram,
e, desde então, o Amor e a Saudade
nunca mais se separaram.
Nota: Adaptação do poema As Duas Sombras.
Quando você abre o livro, é como num teatro: ali está a cortina. Você a arrasta para o lado, e a apresentação começa.
