Quando Morremos Sorrimos
Deixa-se de ser um menino para tornar-se homem quando se faz uso de consciência e humildade para entender e corrigir erros como rito de passagem.
Injustiça é quando nos sabemos competentes para realizar algo grandioso e somos arrancados do posto porque outros não aceitam que o façamos.
Falta de nobreza é quando nos sabemos incompetentes para realizar qualquer coisa, e permanecemos no posto para impedir que alguém capaz possa fazê-lo.
O que se chama de "profeta do caos"? É quando se antecipa a catástrofe antes mesmo que se configure uma mudança que não se admite!
Quando a resistência ao repensar rejeita tudo o que se mostre diferente da verdade que elegemos, o nome dado a isso é inflexibilidade ou radicalismo.
Mas quando a análise de nossa verdade não altera a sua lógica mais básica nos planos físico, mental ou espiritual, o nome que se dá a isso é inteligência.
Quando se tem vários filhos as neuroses dos pais acabam sendo diluídas entre os irmãos, tipo um processo chamado na medicina de “vírus atenuado”. Mas quando se teve um único, todas as esquisitices acabam desabando sobre um só. Portanto, apesar de meu filho hoje se declarar ateu, o simples fato dele ter sobrevivido a mim e à mãe dele e, ainda por cima, são, é a prova mais viva e cabal de que Deus realmente existe, e de que milagres acontecem.
Quando muito jovem e impetuoso na ânsia de “levantar bandeiras” que deixassem clara a minha posição em relação a um tema, não poucas vezes me percebi atropelado pelos partidários da idéia, que se apropriavam dela como os seus legítimos defensores e pretensos “seguidores”. Não foram poucas as ocasiões em que percebi que o rumo que deram àquilo que eu concebera se colocava cada vez mais distante do que eu buscara ao lhe dar origem, mas que agora muitos se julgavam “donos” da minha verdade, e se assenhoravam da sua condução, já totalmente distorcida em relação à proposta original. Em vez de seu criador, eu agora me percebia tutelado pelos meus próprios liderados.
Foi assim que entendi uma história que ouvira contar sobre Carl Max que, ao perceber no que os pretensos “marxistas” da época – teoricamente seus “seguidores” – haviam transformado a sua ideologia, criada com o objetivo de buscar uma forma mais justa de condução dos povos, já no leito de morte teria declarado: “Tudo que sei é que não sou marxista!”. Verdadeira ou não essa versão, ela se mostra, no mínimo, como uma lição que nos previne contra rumos que nos escapam ao controle. Daí porque desisti em definitivo de levantar bandeiras como ideologia definitiva. Escolhi preservar minha capacidade de analisar todos os lados e mudar de opinião quantas vezes se fizer necessário para me aproximar da realidade, e não da versão dada a ela pelo lado que a tomou como sua.
Quando nos vemos atacados em nossas fragilidades com afirmativas que, por mais que o desejássemos, não as podemos contestar, é possível descobrir que, independente da inadequação da forma utilizada, algumas verdades nossas precisam ser assumidas para que possamos crescer. O inaceitável é quando não nos permitimos enxergar o que se mostra “real” apenas para nós mesmos – malgrado a origem da fonte e a ótica de abordagem – e nos privamos assim de aprender com as lições que a vida nos oferta com muito menor ônus do que o de simular o que não somos.
Possivelmente um sofrimento dos mais dolorosos é quando descobrimos que tivemos nas mãos a chance de sermos felizes e a desperdiçamos, por conta de razões bem menores. E essa dor se faz tão maior quanto sua irreversibilidade, posto que, sem o remédio, se transforma num mal crônico e incurável.
Quando me sinto extremamente fragilizado por um tempo maior do que o razoável para me sentir dessa forma tenho que me questionar se é a vida mesmo que está me batendo muito forte, ou se sou eu que estou me posicionando de forma inadequada frente a ela. Muitas vezes não é o mundo que é tão ruim quanto parece, mas nós é que somos fracos demais para amenizar os impactos que outros rebatem sem maiores dificuldades. Esse entendimento é fundamental para uma decisão que pode fazer toda a diferença: devo concentrar minha energia para mudar o contexto à minha volta ou o que tem que ser mudada é minha postura interior de reação? A solução pode estar na resposta a esta pergunta!
Somos responsáveis por aquilo que cativamos, e mais ainda pelo que destruimos quando ajudamos a construir imagens do que não somos. (Inspirado em Saint-Exupéry)
Quando não se sabe separar assuntos verticais dos horizontais, um deles acaba sempre por se transformar num grande problema.
Quando uma situação indesejada persiste mais do que o necessário é sinal de que está faltando uma posição clara ou uma decisão. Se a posição, uma vez colocada de forma inequívoca, não tiver sido suficiente, a decisão precisa ser firme e definitiva, ou o bem maior que se pretende preservar estará comprometido.
A derrota ou a vitória nós a trazemos na alma, não nas ações. Só nos vencem quando nos sentimos vencidos. A derrota, portanto, é uma concessão a nós mesmos, não uma contingência.
Quando o resultado que obtemos está aquém do potencial que reconhecemos em nós mesmos, a inteligência pode vir a se constituir em infortúnio, pois nos permite ter o alcance da dimensão exata da nossa incompetência para administrar nossa própria vida.
Mas quando o assunto é política
Houve uma época em que tudo
Ou era oito ou era oitenta
Ou era sim ou era não
Hoje já existe o talvez
O talvez sim o talvez não
Hoje já existe o meio termo
O depende, o quase isso, o mais ou menos
Mas quando o assunto é política
Ninguém pode ficar em cima do muro.
“Há uma espécie de tristeza que surge quando se sabe demais, quando se vê o mundo como realmente é.
É a tristeza de compreender que a vida não é uma grande aventura, mas uma série de pequenos e insignificantes momentos, que o amor não é um conto de fadas, mas uma emoção frágil e fugaz, que a felicidade não é um estado permanente, mas um raro e fugaz vislumbre de algo a que nunca poderemos nos agarrar.
E nessa compreensão há uma profunda solidão.”
— Anthony Barreto Oliveira
Quando olho profundamente nas sombras, vejo uma inspiração maligna tentando me influenciar.
O preço de minha vitória é uma experiência de profunda agonia!
Na minha maior ambição, descobri a minha pior perda ...
Na busca mais importante da minha vida, encontrei a meu maior sofrimento.
Agora o sofrimento é minha única motivação.
No sacrifício eu alcançarei o equilíbrio e a compensação de absolutamente tudo.
Conhecimento é uma maldição maior que seu uso.
A loucura começa quando a pesssoa tenta se convencer das proprias mentiras para justificar as cagadas que faz na vida!
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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