Quando as Coisas Pioram
Nostagia de um amor que me animasse. É isso que me torna desajeitada, a falta de prazer. Desejo de amor. Desejo de amar.
O segredo, dizia Chang, o china da loja, não é descobrir o que as pessoas escondem, e sim entender o que elas mostram.
fronteiras
são criação do homem
só nos separam fisicamente
não deixem que elas nos
coloquem uns contra os outros
Para aprender sobre o sonho americano, deveríamos ler sobre imigrantes, a classe trabalhadora, mães negras, ou, no mínimo, alguém que não tenha uma mansão.
Sabe o que a minha mãe sacrificou pra vir pra este país? O que ela teve que fazer para que eu possa cursar a faculdade? Tem muita pressão em cima de mim e não tenho a liberdade de correr os mesmos riscos que você.
Como devemos agir no auge do sofrimento para evitar o desespero e a prostração?
Entrego... Confio... Recebo... Agradeço...
- Eu entrego... a Deus os conflitos pelos quais estou passando e imagino não poder suportar, por achá-los grandes demais. Entrego para poder dividir com Deus o peso que faz meus ombros se curvarem.
- Eu confio... no auxílio divino, com fé e esperança, na certeza que ele virá; mas não desanimo e não deixo de lutar para vencer as causas que geram meu sofrimento. Confio que Deus não permite nenhuma dor que meus ombros não possam agüentar. Confio na sua justiça e no seu amor por mim, que sou sua criatura.
- Eu recebo... com coragem e compreensão o que for do meu merecimento. Entendo que nem sempre o que julgo ser melhor para mim é realmente o melhor para minha evolução espiritual. Nem sempre o que quero é o que preciso, e por ter consciência disso deixo o meu coração livre para receber o que meu Criador me reservou.
- Eu agradeço... por saber que Deus quer o melhor e o mais produtivo para o meu crescimento moral e espiritual. Agradeço as aflições por saber que estão ligadas aos meus débitos do passado, e que vencê-las é a única maneira de quitar meus erros e enganos, cometidos contra a lei. Tudo é feito visando a evolução do ser.
"A luta por um coração melhor é constante e árdua; mas é só através desse coração mais amoroso que o mundo será modificado, que o mal será anulado e o bem reinará em todo o seu esplendor. Modificar o mundo é antes de tudo modificar-se a si mesmo. Cabe a todos contribuir para essa transformação, que somente acontecerá se o próprio homem se transformar.
A paz irá acontecer na proporção que o homem aprender a dar nova forma ao seu caráter, mudar seus conceitos insignificantes e enganosos; extirpar o preconceito, a ambição e o egoismo que o leva à condição primária."
Sei que, fora destas paredes, o mundo está passando por um furacão, e que, em resposta a isso, jovens, especialmente meninas, estão expressando seu descontentamento sobre tudo a toda hora.
Nos disseram a vida toda, de uma forma ou de outra, que os feitos dos homens são mais importantes. Esqueçam isso.
Dia desses você volta e redescobre esperança no meio da dor. E me conta que era impossível ter visto antes porque a gente não enxerga bem quando é escuro. Me diz que não sabe pra onde ir, mas que agora a sensação é diferente: você quer ir. Talvez queira ir pra um lugar que não parecia claro, exato, bacana ou coisa e tal. Mas as suas coordenadas mudaram, tua tatuagem é outra, teus modos descobriram um novo jeito depois de drenar a angústia de um coração partido no passado.
"Se eu te confiasse um segredo e jurasse no pé do seu ouvido – antes de tirar a pólvora, colocar essa frase e te dar um tiro – contando pra você que nosso amor não passa de obsessão?"
Uma vez, alguém disse que, pra que pudesse ter laços bonitos na vida, ela precisava desfazer os nós. E foi nesse instante, moço, que entendeu que você era um nó. Apesar de não se verem com tanta frequência e nem conseguirem rotular a espécie de relacionamento que vocês levavam, ela precisava se desfazer disso pra se sentir livre. Ela estava ali pra isso, pra te desfazer de vez.
E olha, não esquenta muito a cabeça com a vida, porque talvez você também esteja nessa jornada e nem saiba. Nem vale se martirizar tanto por deixar alguém pra trás, porque se for amor, você volta. Se não for, você continua buscando alguma coisa, alguma resposta, mas nem vem sentir culpa por isso.
Desculpa por tocar a campainha sem pedir permissão. Se eu soubesse que intrusos não eram permitidos, eu nunca teria atravessado a rua pra conhecer um pouco mais sobre você. Eu não teria me levantado rápido depois de beber um pouco além da conta porque eu sei bem como eu costumo ficar tonta quando a dose é forte demais pra mim. Eu nunca fui de gostos amargos, mas os destilados puros sempre me fizeram sentir da forma adequada diante de você: com a garganta em chamas. Doida pra deixar a etiqueta convencional de lado e despejar meio litro de acusações e declarações para um completo desconhecido. Tentada a revelar o que nenhuma amiga minha sabe ou sequer sonhou sobre mim. Mas acabou que você virou o meu segredo mais sórdido e desculpa por isso também. Desculpa por ter achado que você ficaria por mim quando nem eu mesma teria ficado.
Desculpa se eu fui insistente e você não gostou. É que você parecia ser o único que entendia a minha carência específica – de você – e os meus medos de escuro. Desculpa pelo travesseiro duro e por todas aquelas vezes em que eu tive que parar o carro pra ir ao banheiro. Não achei que os meus modos fossem incomodar. Papai e mamãe sempre me ensinaram a não deixar estranhos entrarem, mas você seria o meu adorável estranho em pouco tempo. Ah, e obrigada pelo abajur roxo. É a minha cor preferida, o meu objeto preferido e o meu dia preferido no mundo. Me faltou delicadeza em recebê-lo porque eu sempre tremi demais nas bases quando eu tinha algum contato com você. Mas eu guardo os cacos numa caixinha dentro do armário. Os cacos do abajur e os meus também.
Desculpa por ter feito você perder alguns jogos do seu time pra cuidar de mim. Nunca soube jogar futebol e acho que teria entendido se você me explicasse o que era impedimento. Desculpa se eu avancei demais na área. É que você me deu corda e nem percebeu que eu tinha medo de altura e nenhum equilíbrio pra andar nela. Eu sei que caí algumas vezes, mas achei que entenderia o meu lado se ouvisse de mim que não era amor. Até era. Ou foi por um tempo. E quando não era mais, eu já não queria só o resto. Eu sei que eu deveria ter falado isso e que podia ter sido mais justa. Desculpa por deixar a luz apagada e a casa vazia bem na hora em que pedi pra você ficar por mim.
Desculpa por ter sido omissa comigo mesma. E eu só te peço desculpas porque eu sei que, depois de mim, o maior prejudicado foi você. Você me reproduzia em megafone e fazia com que o meu corpo se reverberasse por aí. Desculpa por ter sido idiota e por achar que, na vida, a gente consegue mudar alguém pra transformar um esboço numa versão mais bem planejada de alguém que a gente quer amar. Desculpa por não ter amado você de verdade – e foi só porque eu pensei que amaria os seus jeitos descomplicados quando eu conseguisse moldá-los aos meus. Desculpa por ir embora em silêncio, mas é que eu me envergonho muito por ter feito a gente perder tanto tempo um com o outro. Desculpa por pedir desculpas o tempo todo. Mas esse é mais um dos meus modos de tentar amenizar o prejuízo e os danos que eu causo por aí. Ah, e me desculpa por ser assim e por espalhar a desordem até numa carta.
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