Quando a Gente Cresce Descobre Mario Quintana
Passei pela minha vida
Um astro doido a sonhar.
Na ânsia de ultrapassar,
Nem dei pela minha vida...
Para mim é sempre ontem,
Não tenho amanhã nem hoje:
O tempo que aos outros foge
Cai sobre mim feito ontem.
O pobre moço das ânsias...
Tu, sim, tu eras alguém!
E foi por isso também
Que te abismaste nas ânsias.
A grande ave dourada
Bateu asas para os céus,
Mas fechou-as saciada
Ao ver que ganhava os céus.
Como se chora um amante,
Assim me choro a mim mesmo:
Eu fui amante inconstante
Que se traíu a si mesmo.
Passado, presente e futuro
O passado é o conjunto de folhas, as quais escrevi minha história, algumas até já me esqueci, outras, grifei, não quero perdê-las, preciso lembrá-las, elas contam a estória que escolhi lembrar. Algumas folhas arranquei, melhor esquecê-las, outras escolhi não escrever nada.
O presente é o que escrevo, o que vivo, o que sinto e o que penso, com certeza sofre influência das folhas passadas, mas mudei, me reinventei e talvez nem escreva mais como nas primeiras páginas, o importante é que continuo escrevendo.
O futuro me espera como folhas brancas, aguardando o que ei de me tornar, o que ei de escrever, ou talvez nem escreva tanto, o ritmo diminuirá com certeza, ninguém deseja viver tudo o que tem de viver, pois se as páginas se esgotam, a história termina, o livro é esquecido....
Coração poligâmico
Quem diz que o coração só tem lugar pra um amor não sabe o que é amar. Apaixono-me diariamente, seja por um olhar, um gesto, uma confissão, ou pela simples existência de alguém. Amo pessoas que não conheço e algumas que nem existem, amores nascem e morrem dentro de mim sem que ninguém saiba. Permita-se, jamais possua um coração monogâmico.
O Amargo da Vida
A medida que crescemos e os anos se vão, o lado doce da vida cede o lugar para o amargo. Quando nascemos, a vida logo nos presenteia com o leite materno, além do seu sabor adocicado ele nos remete a uma fase da vida a qual recebemos o máximo de amor e cuidado. Na infância, preferimos frutas, doces e sorvetes, não gostamos de fígado e outros alimentos de forte sabor. No início da vida adulta o refrigerante dá lugar a cerveja, alguns anos atrás tal bebida seria impalatável, mas hoje desce com suave prazer e o bife de fígado já nos é apreciado. Chegada a velhice, algumas vezes seremos obrigados a abandonar os doces por orientação médica e nossa alimentação será mais "amarga" do que nunca.
Assim como acontece com nossa alimentação acontece com nossa vida, recebemos muito amor durante a infância e esse amor diminui gradualmente a medida que a idade avança, muitas vezes o doce do amor é substituído pelo amargo dos problemas, das contas, da louca vida que vivemos, e como acontece com o paladar, não há doçura que vença em meio a tanta amargura.
As pessoas abrem um jornal, vão ao cinema, ligam a tevê ou compram um livro para se entreter, no sentido mais ligeiro da palavra, não para martirizar o cérebro com preocupações, problemas, dúvidas.
Fora dos Padrões
Ela não se encaixava nos padrões, não era portadora daquela beleza que está escancarada e todos notam de primeira, será necessário muitos encontros, momentos vividos e situações inusitadas para que percebamos o que está escondido por de trás de cada trejeito, arrumar de cabelo e olhar despretensioso que ela nos lança, a beleza que ninguém consegue explicar é a mais sedutora de todas.
Se acabou não era amor?
Tenho certeza que em algum momento de sua vida você já ouviu essa frase como prova que o amor é indissolúvel e eterno, confesso que até acho a frase bonita e de certo fundo poético, mas não concordo com isso. Quer dizer que se uma pessoa vive com a outra durante 10 anos se dando muito bem, vivendo bons momentos e por algum motivo (ou motivos) um cansa do outro e resolvem se separar, o amor nunca existiu? Ah, pelo amor de Deus, prefiro dizer que o amor não resistiu, e se está infeliz qual o motivo de continuar com a outra pessoa? A felicidade de fazer o outro infeliz é tentadora, mas não é suficiente pra ficar atrelado ao outro, como se diz por aí "até que a morte os separem", pior do que morrer é não viver, se for pra brigar se matriculem numa academia de MMA. Se sua felicidade depende de outra pessoa que não você mesmo, você é "dodói" da cabeça.
Mais um dia chega ao fim
Agora já começando a escurecer
Com o pôr do sol, que foi tão agradável todo o dia
Começa a desabrochar o luar
Com toda sua beleza sobrenatural
Sinto que a noite será ainda mais bela
Apesar da escuridão
Que invade a noite adentro
Pois terá uma lua bela a iluminar
Começo a analisar o porquê de tudo
Como foi o dia, seus prazeres e suas decepções
O porquê de tantas guerras, tantos conflitos
O porquê de ter mais um dia de vida
Penso em que proveitos tirei por ter sentido
Mais uma vez o calor do sol
Ter respirado esse ar, tão necessário
Apesar de já todo poluído
Agradeço a um ser supremo, Deus
Por ter me dado forças para vencer
Mais um dia de tantas injustiças, desajustes
A esse Deus que tanto confio e amo
Recordo de tudo que me ocorreu durante o dia
Daquele que me pediu um pedaço de pão
Da criança que me chamou para brincar
E que me pediram tantas coisas
Até mesmo um pai que não bebesse
Daqueles homens fardados
Que injustamente maltratavam
Menores de dura sobrevivência
E que andam a pedir( ou roubar) pelas ruas
De desavenças que existem
Entre tantos casais, dos drogados
Que escolheram o caminho do álcool e das drogas
Das mulheres e dos homens que hoje
Fracassaram e se prostituíram
Da desumanidade dos políticos
Que tomam medidas que lhes enriquecem
E maltratam a classe dos trabalhadores
Dos bóias-frias, que são impostos a trabalhar
Sob a pena de capangas
Do operário que morreu, por falta de segurança
Em seu próprio trabalho
E peço a Deus, o onipotente
Que ilumina a cada dia
O coração dessas pessoas, e ensina-lhes
A serem um pouco mais humanos.
São flores aos milhões entre ruínas
Meu peito feito campo de batalha
Cada alvorada que me ensinas
Oiro em pó que o vento espalha
A contas com o bem que tu me fazes
A contas com o mal por que passei
Com tantas guerras que travei
Já não sei fazer as pazes
Cá dentro inquietação, inquietação
É só inquietação, inquietação
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Há sempre qualquer coisa que está pra acontecer
Qualquer coisa que eu devia perceber
Porquê, não sei
Porquê, não sei
Porquê, não sei ainda
Ensinas-me fazer tantas perguntas
Na volta das respostas que eu trazia
Quantas promessas eu faria
Se as cumprisse todas juntas
Não largues esta mão no torvelinho
Pois falta sempre pouco para chegar
Eu não meti o barco ao mar
Pra ficar pelo caminho
Temos fantasmas tão educados
Que adormecemos no seu ombro
Somos vazios despovoados
De personagens de assombro
Dão-nos a capa do evangelho
E um pacote de tabaco
Dão-nos um pente e um espelho
Pra pentearmos um macaco
Dão-nos um cravo preso à cabeça
E uma cabeça presa à cintura
Para que o corpo não pareça
A forma da alma que o procura
Não cantes alegrias a fingir
Se alguma dor existir
A roer dentro da toca
Deixa a tristeza sair
Pois só se aprende a sorrir
Com a verdade na boca
Eu quero desnascer, ir-me embora, sem sequer ter que me ir embora. Mãe, por favor, tudo menos a casa em vez de mim, outro maldito que não sou senão este tempo que decorre entre fugir de me encontrar e de me encontrar fugindo, de quê mãe? Diz, são coisas que se me perguntem? Não pode haver razão para tanto sofrimento.
"[...] é preciso ver que a vida é sempre nova, e nós, de certo modo, outros, cada dia que passa. Não prestemos tanta atenção ao que se repete. Procuremos o novo no que se repete, e o encontraremos."
Todas as coisas oferecem novidades, embora repetidas. Saber perdurar entre ambas é a melhor lição que nos oferece a vida, pois os excessos, neste como em muitos casos, só nos pode levar a aborrecimentos.
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