Qualidade do Lider
Morte do Artista
Quando morre um homem,
a vida segue no sangue,
à sombra das gerações,
na memória que existe,
na existência suprimida,
no eco da lembrança que persiste.
Quando morre um artista,
seu corpo é palavra,
acorde metafísico,
sua ausência,
presença indomável.
E no silêncio do século
sua alma repousa
até que outra mão desperte o imponderável.
Sua obra vira fogo,
matéria inextinguível,
atravessa o tempo,
se faz eternidade.
A IA não ri, não sofre, não mente, não faz chorar. Não escreve poemas de dor que sangram do peito, não arqueja de prazer, não goza para fingir que sabe amar. Não sente o peso de um abraço tardio, nem conhece o silêncio que corrói a alma entre palavras não ditas. Ela processa dados, imita vozes, reconstrói emoções como sombras de um eco, mas jamais se rasga, jamais se entrega, jamais se cala com as lágrimas e sussurros que só o coração humano carrega. Perfeita na precisão, inexistente na verdade de ser, ela permanece alheia ao instante em que a vida dói, vibra, ama ou se despede. E é justamente nessa incapacidade de sentir que se revela a essência do humano: o erro, a paixão, a perda, o arrependimento, o desejo, a finitude — tudo aquilo que escapa à lógica e que confere à existência sua pura e dolorosa verdade.
Oh Senhor,
Minha alma se abre como flor ao sol,
E as lágrimas que descem são rios que buscam Teu abraço.
Cada gota carrega meu medo, minha dor, minha esperança.
Em silêncio, Te chamo;
Em cada suspiro, Te entrego meu coração.
Mesmo quando a noite parece infinita,
Teu amor ilumina meu ser,
Como farol que guia na tempestade.
Recebe, Senhor, minha total vulnerabilidade,
Transforma minha fraqueza em força,
Minha dor em luz,
Meu pranto em hinos de gratidão.
Pois em Ti encontro meu refúgio eterno,
Minha paz que excede todo entendimento,
Meu Deus, meu tudo, meu princípio e meu fim.
Doce Ilusão. ( Julio Bernardo do Carmo )
A ilusão espanta. Mas também fascina. Soa irreal ter nos braços a pessoa amada. Se tanto desprezo e asco me destina. Mas a ilusão de mil tramas é forjada. Se a tenho nos braços e me acalenta. Perde-me a sina de uma visão borrada. E vejo nesta fantasia um fogo que alimenta. Com doçura extrema. O ter comigo a pessoa amada. A ilusão é assim mesmo. Trechos de pensamentos tirados a esmo.Do fundo de lembranças fugidias. Mesmo a consciência da ilusão. Não me tira de prazer doces momentos. Mais vale te-la junto ao coração. Do que vivenciar sérios tormentos. Me iludo sim na sina da esperança. Pois se tanto nela penso com ternura. Mais dentro de mim se alevanta. O apagar de uma visão que me esconjura. Ilusão, doce ilusão que me extasia. Mas quem sabe um dia a trama se endoidece. E torna realidade pura fantasia. ?
"Ao ser humano não foi concedido o poder de saber o futuro. Apenas Deus o conhece, e isso não deixa de ser uma benção para nós!"
(Fabi Braga, 25/11/2024)
...esse sorriso bondoso, esse olhar generoso, essa mão de batuta! Ah! E uma voz que calada se escuta...
Numa análise mais cuidadosa sobre aquilo que escrevo como simples exercício de cognição, portanto sem nenhuma presunção de ser dono da verdade, acredito que uma criatura de inteligência um pouco acima da média vai perceber aquilo que o silêncio das minhas interrogações não consegue falar...
Detesto polêmicas, ideologias de qualquer natureza... Não gosto de futebol nem de política, gosto de samba bem feito, e de poesia, desde que seja a verdade de toda alma e não esforço para parecer grande e inteligente, gosto de tudo que a simplicidade produz.
Evan do Carmo
DEVIA SE CHAMAR LUÍZA
Devia se chamar Luíza
assim, com L maiúsculo
ludicamente embrigada
como a musa de Tom Jobim!
A musa do pobre não se chama Luíza
talvez seja Rute da Penha ou Rita da Rocinha
o poeta tem lá seus modos incomuns
da pedra bruta faz sua gema rosa, do carvão vulgar
seu diamante azul anil, de cintilantes cores.
Foi assim que surgiu a musa marginal
do poeta urbano, do poeta bêbado,
do poeta insano.
A musa de olhos negros, grandes,
Olhos de Ressaca, surrealistas
Machadianos.
Devia se chamar Luíza
assim, com L maiúsculo
ludicamente embrigada
como a musa de Tom Jobim!
Minha musa não tem nome nem rosto
pois se nome tivesse, como saberia?
O poeta é quem sonha, quem delira
quem canta ao desconhecido enigma
que incredulamente e inconstante
lhe obriga a escrever o que não poderia.
Evan do Carmo ESCRITO EM 27/06/2018
DEFINIÇÃO IDEAL PARA ALMAS RASAS
É todo aquele que não mergulhou em seu próprio abismo.
Não será profundo, aquele que continua a nadar sobre a superfície das coisas e das pessoas.
Evan do Carmo
Eu já te amei… e nesse amor depositei uma fé quase sagrada, como quem entrega a própria vida a um destino sonhado. Acreditei em você, não apenas como pessoa, mas como promessa de eternidade. Achei que meus sentimentos eram verdadeiros, e talvez tenham sido mais reais que nós mesmos. Quando se imagina uma vida com alguém, não se projeta apenas um futuro, cria-se um universo inteiro, feito de gestos, silêncios e possibilidades. Mesmo quando o amor morre, esse universo não desaparece; ele permanece suspenso, habitando um lugar secreto dentro de nós, como se fosse um eco do que poderia ter sido. E esse eco… nunca se apaga por completo.
Beijei-a como se beija uma coisa sagrada: com amor e devoção.
E assim, tendo provado do seu mistério,
Tive a sensação de ser quase divino.
PRECE
O que era pra ser um poema,
acabou virando uma prece:– Oh Deus, humildemente, vos peço:
Não permitais nunca que eu perca
a humanidade.
Façamos da mágoa consolo,
Façamos da dor poesia,
Sejamos na noite um farol,
Sejamos no dia um belo dia.
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