Provérbios Árabes
"Cospe a pedrinha, Mansur!"
(*) Frase que se tornou proverbial. Mansur era um "boca-suja", sacristão de um bispo, que tentava inutilmente corrigir-lhe a linguagem, permeada de palavrões. Até que lhe ocorreu a idéia de que Mansur mantivesse uma pedrinha na boca para ajudá-lo a lembrar-se de evitar expressões indecorosas. Num certo dia de intenso calor, o bispo percorria a estrada - a pé, acompanhado por Mansur -, em visitas pastorais, quando ouviu uma velha que com insistência chamava por ele, do alto de um morro. Quando os dois acabaram de subir a penosa encosta, a velha explicou que o chamara para abençoar sua ninhada de pintinhos... O bispo, passando o lenço na testa, voltou-se para Mansur (também ele furioso...), dizendo: "Tudo bem, Mansur, pode cuspir a pedrinha!"
"Se te perguntarem: "Viste um asno cinza?",
responde: "Nem cinza, nem preto, nem branco. Não vi asno nenhum!"
Significado: Corte pela base. Com a resposta categórica, evita-se perda de tempo e também outras complicações, como a de o interlocutor querer verificar, em seu estábulo, se o asno dele (ou, eventualmente, algum parecido...) está lá, etc.
E a fera olhou a face da bela,
e ela ficou em suas mãos,
e a parti desse dia, a fera estava condenada à morte.