Prosa Poetica Vinicius de Moraes

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Me distancio por alguns segundos da realidade
e começo então a imaginar
que estou á procura do bosque da verdade
com medo do que encontrar quando chegar lá

Avisto uma trilha pedregosa
coisas com espinhas, coisas traiçoeiras
que são de longe inofensivas e de perto, perigosas
assim como as declinações de curvas derradeiras

Olho para trás só pra ver o meu progresso
e viro-me depois para enfrentar de frente
o que me espera é tão oculto, tão incerto
são os ofícios da pequena semente

Cercada por ruídos tenebrosos da insegurança
dando papo á minha imaginação
que ri dessa inocente ignorância
e me tripudia. Eis aqui, o verídico truão!

Em cada obstáculo, uma nova queda
em cada queda, uma nova superação
em cada superação, uma nova meta
em cada meta, uma nova mutação

Atitude negrusca, atitude alvura
inconstante maneira de lidar
com essa arriscável e deleitosa loucura
que me faz querer errar e acertar

A noite se ilumina com as estrelas reluzentes
e guia meus pensamentos e dúvidas
desprendendo uma obsoleta carência dependente
que fazia de mim, tão sombria e enxuta

É um andar solitário, de passos confiantes
uma pequena ação, de grande conquista
é refutar sentimentos limitantes
e deixar de ser uma parasita

A estrada é longa e estreita
esburacada, com lama de decepção
persistir é o ingrediente secreto da receita
pra não fraquejar diante de uma frustração

Tenho que fazer a minha rota
onde estou e para onde quero ir
perceber minha felicidade, perceber o que importa
experimentar a liberdade e finalmente, sentir

O ilusionismo tenho que tolher
excluir toda fantasia acumulada
deixar a infantilidade e aos poucos, crescer
ser estavelmente realizada

E pra quem disse que sou desvairada
que devia ficar no conforto e não me arriscar
digo que fatiguei de ser regrada
e decidi que quero destemida, me rebelar

Inserida por thaisbenvenutimoraes

Que vergonha eu sinto de ser humano. Humanos matam a própria espécie só para mostrar sua força, matam outras espécies para mostrarem que são mais evoluídos, matam crianças por motivações banais. Que vergonha eu sinto, dor que eu sinto, quando eu vejo noticias de que filhos matam seus pais e pais matam seus filho, que vagabundos matam pais de famílias. Vejo nuvens de sangue no céu, gotas de sangue caem do céu o tempo todo, dói saber que nos Humanos por mais que evoluídos ainda morremos por propósitos inúteis, propósitos falsos, propósitos nojentos que só me azem sentir mais vergonha de ser Humano.
Muitos Humanos sucumbem perante 3 coisinhas:
1° Dinheiro
2° Poder
3° Prazer.
Claro Humanos tem muitas qualidades também, não posso negar isso também, temos qualidades muito boas, porém elas não são muito praticadas. Temos que olhar mais o mundo com o olho esquerdo fechado e o olho direito aberto e pensar, depois olhar o mundo com o olho direito fechado e o esquerdo aberto e pensar, para tentarmos ter dois pontos de vista diferentes e depois fechar os dois olhos e pensar no que conseguimos perceber, para assim abrimos os dois olhos e percebermos melhor o que está ao nosso redor.

Inserida por JonathanCaciano

Exagerada toda vida, sim... sou eu, sempre fui do tipo que se ama,a ama mesmo, sabe, não consigo esconder nem ter falsos amores e valores, grito meus sentimentos, vistos que sempre puros e verdadeiros... não tive muitos amores, mais estes q me tiveram sem dúvidas foram amados e muito amados, nunca ouvi dizer que amor se acaba, quando ele é verdadeiro, continua vivo mesmo que seja só em uma lembrança, uma música, um sorriso despercebido! Eu sofro muito por gostar demais e tá hoje não encontrei quem compartilhasse esse sentimento comigo, as pessoas pra mim não são facilmente substituídas. Eu me apego demais as pessoas, e sim, sofro com isso pois vivo num mundo onde pessoas descartam pessoas, não tenho muitos amigos, mas tenho os melhores... Não sou perfeita e estou longe de ser, aliás onde mora a perfeição... sabe nem quero saber! Só quero ter a certeza de que estou seguindo meus instintos, meus princípios meus valores, amando, sofrendo e tendo forças para amar novamente, sorrir novamente... Mas sendo sempre Eu, para que no final eu não me arrependa de nada, e que eu possa dizer que valeu a pena sim, e eu nunca deixei de ser EU!
A.M.A
30 dias pros meus 22!

Inserida por AlineMoraesAlcantara

Pegue suas lembranças boas
Enterre no seu coração,
pois só lá que vão continuar existindo.
Sua vaidade não tinha limites,
você vivia em seu mundinho imaginário.
Vivendo de falsas alegrias,
vivendo longe de todos,
vivendo falsos momentos.
Assim mato minhas ilusões
e volto a sorrir para um mundo verdadeiro,
onde homens matam homens para provar que são mais fortes.
Um mundo em que seus próprios habitantes o destruíram por causa de sua ganancia e totalitarismo.

Minha missão é protege-la de tudo
proteger até de si mesma.
Não posso falhar,
os humanos falham muito eu também,
mas com ela não vou falhar.

Confusas minhas que só os loucos entendem,
minhas essas loucas palavras.
Palavras as vezes que poucos loucos entendem.
''Vivo feliz neste mundo infeliz''.
Ironia da vida falar está frase entre aspas.

Inserida por JonathanCaciano

Esperança
Algo difícil de se falar
algo difícil de se praticar.
Poucos tem e muitos querem
querem por quê não acreditam em si mesmos
Esperança só tem quem corre atras do que tem quer,
aqueles que não tem esperança são nada
nada esses que são ''mortos vivos''
vivem por nada e nunca percebem isso
vivem infelizes
Já quem tem esperança
vive com a realidade
vive com coragem
coragem de continuar lutando pelo o que acreditam.

Inserida por JonathanCaciano

Olhando para o nada e vendo tudo
tudo o que pretendo fazer
tudo que não consegui fazer

Vi também aqueles
meus pensamentos antigos
meus sonhos
minhas preocupações
preocupações essas que me fazem gritar
gritar de ainda não conseguir o que eu quero

Ideias que a sociedade reprimiu quando eu falei
ideias que podem mudar o mundo
mais para a sociedade nada disso importa
desde que para eles estejam confortável
nada mais deve ser mudado
pois sou contrário a esse conforto
conforto de desigualdade
conforto de guerras para fins políticos e religiosos
conforto de que todos devem ser igual perante toda a sociedade
sociedade chata que só olha o que quer e esconde o que não quer para seu bom gosto

Sociedade que precisa ser mudada
mudada para algo que agrade a todos e não a poucos
poucos esses que vão fazer de tudo e plantar ideias sem fundamentos na cabeça das pessoas,
essas pessoas precisam abrir os olhos e perceberem que estão sendo enganadas
enganadas por governos que se julgam honestos e que roubam descaradamente

Inserida por JonathanCaciano

E daí então você resolve gritar
tão alto que ardem os tímpanos do senhoril ao lado
tão absurdamente agudo que caem vidros fragmentados
no chão você vê sangue
vê desespero e agonia
entendera agora o motivo
estava aprisionada, era assim que se sentia

Alguns a julgaram como insana
mas somente uma se preocupou em saber
não era brincadeira, queria mesmo resolver
se aproximou e com voz calma, enfim perguntou
está livre de teus medos
teu passado e tuas mentiras
está realmente livre de teus impudicos pensamentos?

Momentos passam mas tua resposta é silenciosa
sabia que ela estava certa
e ficou perplexa com essa descoberta
as palavras exatas sumiram pela atmosfera
e só conseguiu dizer "Não sei!"
pensou consigo: " Como posso enlouquecer com algo
que nunca, nem ao menos reparei?"

Não era isso o que a moça lisura queria escutar
mas sabia que era verdadeira
libertou de si mesma essa visão de prisioneira
não precisava de escândalos
nem loucuras ou intrigas
precisava de alguém com audição aberta
para que pudesse ser ouvida

Toda ansiedade para logo sair voando
começou a aquietar, aquietando e aquietou
foi aos poucos vencendo o que há tanto tempo, a perturbou
mas como não encontrava uma saída
decidiu por ora, se desesperar
dias e noites em claro, só planejando
o que fazer para ser livre e se soltar

Quando voltou em sã consciência
quis fazer de novo, diferente
quis limpar a alma, o coração e a mente
essa mulher, agora tem liberdade
pra dizer o que pensa e ser o que quiser ser
se antes era insegura e agia por impulso
hoje é aquela que deixa o fluxo da água, correr

Inserida por thaisbenvenutimoraes

EXILADO DE MIM MESMO

Na atração da acrópole
Gastei exorbitâncias;
O vazio e a solidão apavora...

Há de faltar-me a morte,
E estarei eternamente tentando me encontrar.

Contando com a sorte,
Viverei nos confins da minha infância:

Exilado de mim mesmo,
Em jardins suspensos,
Sobre geografia inconstante.

Só as fantasias megalômanas,
aborrecem-me.

Mas anjos bacanas me confortam.

Ouvi o som de muitas águas,
No relâmpago do trovão.

Em meio à roda de luz,
Beijei medalhas;
E transpus
O exílio de mim mesmo.

04.11.16

Inserida por NemilsonVdeMoraes

FOLHA SECA

Folha Seca desprendida do galho,
Caída no chão, tocada pelo vento,
Molhada pelo orvalho;
Ao relento.

Pisada, desprezível...
Foco de nenhum olhar.
Sem a seiva,
Sem a vida,
Sem direção...

É sem graça o seu mover.

Pobre folha!...
Sem forças de locomoção,
Sem atração,
Sem qualidade nutritiva...

Segue, enriquecida com os minerais que possui; Essenciais à vida de seres, macros e micros.

Pela terra, viaja no seu curso natural, acompanhada de outros materiais, no ciclo dos nutrientes...

E em cada estágio da sua trajetória metamorfósica,carrega consigo, particularidades única; de importância múltiplas.

Sim!...

E, quanto aos sentimentos e a beleza; pode haver, em uma folha seca e morta?

Pode!...

Depende da sensibilidade de quem a ver.

Vi recentemente numa folha seca, caída, o encanto de uma formatação que me lembrou a exuberância de carnudos lábios de uma aparência sedutora.

Tremia emocionada sobre o piso do asfalto...

Ofegante e com arritimia cardíaca, suava frio;

Respirava a delícia de um perfume, exalado de algum ser alado...

Até sentir na sua textura o toque das patas acetinadas; o afago, e o beijo caliente de uma linda e solitária borboleta.

09.10.2014

Inserida por NemilsonVdeMoraes

Devemos dar um bom testemunho de vida durante a nossa existência; pois as gerações que virão após a nossa saberão o que fizemos ou deixamos de fazer, por um mundo melhor. Assim, se fizermos o bem agora não envergonharemos nosso sangue e dormiremos o sono eterno, sem nenhum pesar na consciência.

21.11.16

Inserida por NemilsonVdeMoraes

NOSSO AMOR

POEMA

Que bom, você tocar meu coração!...
Na hora mais oportuna, sendo receptiva... Nos afeiçoamos.Tudo aconteceu tão de repente...agradecido e feliz, canto até hoje: "Solidão nunca mais".
Há respeito mútuo na nossa relação...
Em nossas maneiras estão presentes o carinho,a delicadeza, a admiração;
Nossas palavras são doces,
e nossos momentos, cheios de ternura e emoção...
Nosso amor é fogo que não consome,
É tempestade que passa e não destrói;
Edificação que não cai,
Rocha inabalável...
É convívio que não dói.
Nosso amor é vida que não morre,
É aço que a ferrugem não corrói;
É prazer que não acaba mais,
É água que corre da fonte...
É flor que não murcha,
É coisa que não sai.
Não posso desfazer de tamanha conquista.
Foram tantas alegrias vividas nestes anos...
Esse sentimento divino enraizou em nós, para ficar.
Graças a Deus que as lutas vêm; mas logo passam, porque o amor tudo suporta!

(29.11.16)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

VEJO...

Vejo em teu olhar fixo, no infinito, mistérios indecifráveis;
mas, um deles, me revelaste: a supremacia das imagens, transpostas à tua retina. Isso transpareceu em teu semblante.
O conjunto dos elementos representados nesta foto, no plano inferior; se ofuscaram diante do teu imenso brilho!
Vejo retraída e tímida à tua volta, a exuberância da natureza...
Em teus longos cabelos pretos, sedosos e bonitos...
Vejo o esmero do Mestre em seu ofício; seu gosto pela cor e pelo belo, não me espanta.
A celeste técnica usada no trabalho; e a liberdade do traço do artista,no desenho, me encanta.
E no conjunto da obra, vejo em ti, a grandeza da arte, produzida pela mão divina.

(26.11.16)

Inserida por NemilsonVdeMoraes

UM MOMENTO NO PARAÍSO

CRÔNICA

Por um tempo, não ouvi e nem inspirei as impurezas, sonoras e do ar, da metrópole; provenientes dos motores veiculares - na sua grande maioria -,no processo da queima incessante de combustíveis fósseis. Foi um investimento compensador aquele meu: estar naquele Parque Natural.Tudo era novidades por lá,mesmo sendo eu de origem interiorana,mateira.
Notei uma leveza em meu corpo!...E uma folga em minh'alma!... quando pus meus pés naquele santuário.
Provei do doce das frutas e do prazer das massas; e matei a cede na fonte da água da vida.
Abracei o jequitibá, e como os povos indígenas,naquele instante,fiz meus pedidos a Deus; e olhando para a copa do mesmo,me vi mais perto do céu.
Guardei em meu arquivo pessoal,o registro das imagens das palmeiras-juçara, que fornecem ao homem o palmito...
E as achei bonitas!...
Morri de dó delas, ao saber que, são sacrificadas por tão pouco!...
Recebi a paz do silêncio e o frescor da mata, em cheiro suave da terra molhada pelas águas, que regam aquele paraíso, nos períodos chuvosos.
Andei... Andei...O tempo todo; pisando em tapete de folhas das árvores que desprenderam dos galhos no tempo certo, e forraram o chão para mim.
Mas, o paraíso não estava completo: senti muita falta dos pássaros e de meus amores... que também alçaram voos para outros lugares... Andam arredios.
Conheci o pau-brasil que deu o nome ao meu país; revi o umbuzeiro,o pau-ferro...o jacarandá,o cedro; e no caminho, me encantei com a beleza das flores!... A densa floresta do Instituto Agronômico, some de vista e é um encanto só!...controla o microclima urbano e preserva a flora e a fauna; serve de lazer para a população e de estudos para a comunidade científica; dentre outras atribuições.
Sentindo meu organismo a implorar por mais energia; no turno da tarde,lanchei com os cursistas,coordenadores do BH Itinerante,edição XXXIII; e com os idosos - do grupo de trabalho -, rodeado de crianças por todos os lados,da Escola Santa Maria.
Dei pitangas aos peixes, que fizeram a maior festa; no lago turvo, pelas águas da chuva; vi minha canoa do tempo de menino, ancorada no porto da minha infância.
Beijei o coração de Cora Coralina,que estava em sua poesia, preso no saquinho de sementes, que ganhei da cursista Berta Vieira,minha eterna professora!
E quando a lua banhou de prata meu corpo inteiro;repousei no hotel das abelhas solitárias.

(24.11.16).

Inserida por NemilsonVdeMoraes

FELIZ DIA DOS PROFESSORES! (1)

A gente não pode romper na vida: no saber, no ser... No crescimento pessoal; se não tivermos a força e o suporte desses abnegados seres: professores e professoras.
Sou eternamente grato a eles; tanto os do passado como os do presente.
Pois, fizeram e fazem-me sentir uma pessoa melhor a cada dia!
Expresso aqui o meu carinho e admiração; respeito e gratidão a todos os mestres da nossa pátria amada Brasil!

Parabéns pelo seu dia!

15.10.16

Inserida por NemilsonVdeMoraes

É POSSÍVEL SONHAR

Minas Gerais é mesmo um chão de talentos...

No seguimento cultural os mineiros emergem,dos mais variados setores; e nas vocações que forem chamados; brilham.

Livres ou no cárcere; adultos ou crianças; graduados ou sem instrução. Isso não importa: os amantes das artes desta terra só querem mesmo - cada um ao seu modo -, arvorar a bandeira da cultura.

Contar suas histórias e compartilhar seus saberes e sentimentos; propagar uma cultura de paz, levar o entretenimento...a alegria; onde o povo estiver.

Iniciei falando que:

“Somente o amor pelas letras é que pode nos trazer tanta emoção...”.

Realmente, presenciar a realização daquele sonho foi muito emocionante!...

A antologia literária de autoria dos alunos da E.E.C.L e convidados, editado pela Editora Literato está na sua segunda edição.

Estiviram presentes na solenidade oficial, representantes de vários órgãos, e seguimentos da sociedade.

Eu, tive a graça e a honra de estar na oportunidade representando duas entidades culturais da cidade e da região metropolitana de BH: ANELCA/ALB/MG/RMBH.

Tendo a oportunidade da fala... disse que: "aquele projeto foi uma semente que vingou..."

“A literatura nevense, mineira e brasileira,se tornam mais ricas a partir desta obra”.

Palavras do parceiro no projeto “Viajando na Leitura” prof. M.J.de Moraes,no prefácio da obra literária,em questão.

Estou viajando na leitura de “É possível Sonhar” e percebendo a grandeza da obra, através dos textos maravilhosos que aqueles alunos produziram.

Posso concluir que,o corpo físico de uma pessoa,tendo privações de liberdade ou pouca instrução; não impede a liberdade dele, de se expressar, e produzir coisas belas por meio da sua escrita, ou outra arte qualquer.

Porque o imaginário e a inspiração não estão limitados à quatro paredes; ou outra coisa qualquer.

Não podemos nunca perder a esperança de dias melhores para a população carcerária.

A educação,e as mais variadas formas de artes,são ferramentas poderosas na formação de uma sociedade mais justa, consistente e consciente do seu papel.

Parabéns alunos e E. E. Cesar Lombroso; parabéns aos parceiros neste projeto modelo, de ressocialização de pessoas em conflito com a justiça.

Todo projeto de promoção humana,que trabalha a auto estima das pessoas, é de grande relevância. E a semente que cai nesse terreno germina,cresce,vinga...e perdura a vida inteira.

Por isso sempre digo:é possível sonhar...

04.11.16

Inserida por NemilsonVdeMoraes

A ESPERANÇA
........................

Não há esperança sem o mover da ação.Na medida que se faz algo rumo ao desejado, a esperança toma formas definidas; se aproxima e renova as forças daquele que luta.A caminhada torna-se mais leve, interessante, e menos angustiante.A visão holística se aguça e dá pra se ver o invisível.

06.12.14

Inserida por NemilsonVdeMoraes

EU VI DEUS...

Deus estava na flor, na bioindústria natural,
no inseto polinizador...
Na força do operário;

No mel da abelha, na matéria prima...
Na água da fonte,no rio a correr,
na centelha que ilumina,
o meu viver.

Vi Deus na estrela d'alva, na Natureza;
na união da família, na fé, e no café da manhã,
em volta da mesa.

O vi, no templo: no sermão do pregador,
na oração e no louvor... E, no evento da dor, estava no cântico dolente da despedida...

Vi Deus arrependido, desolado, chorando,
por ter dado tanta autonomia ao homem;
Inclusive, para pecar (desobedecê-lo).

Mas, vi um Deus alegre sorridente: onde numa grande festa, Ele, de braços abertos, recepcionava um povo de vestes brancas... Iluminado pelo perdão!

12.07.16

Inserida por NemilsonVdeMoraes

QUE SERIA DE MIM?

Que seria de mim?
Se não fosse o teu olhar
de misericórdia...

Se não fosse o doce da tua palavra
para atenuar o amargo do meu fel.

Que seria de mim?
Se o prazer na tua Lei me faltasse,
e se a tua vontade não se cumprisse em meu querer...

Se eu não pudesse contemplar
o teu sorriso de felicidade, com o meu proceder

Que seria de mim?
Se a vida não me desse à oportunidade,
e o prazer de estar ligado em teu corpo...

Se no meu caminhar, me perdesse
no labirinto da ilusão.

Que seria de mim?
Se a minha busca por ti
fosse em vão;
e minh’alma cansada,
não alcançasse o perdão...

Se não me aceitasse como um dos teus filhos;
e, se eu,não o reconheceste como Pai.

Que seria de mim?
Se não fosse o teu imensurável amor...
E o teu sacrifício por mim

- 25.07.15

Inserida por NemilsonVdeMoraes

Sinceramente eu não tenho problema com o passado de ninguém
Cada vida que se apresenta a mim eu tenho como nova.
Conte-me as suas histórias e eu serei grato por tamanha confiança.
Fale-me sobre o seu presente e eu o abraçarei com graciosidade.
E o futuro? ah, o futuro é o próximo minuto, a próxima história, o próximo abraço...

Inserida por DyegoMoraes

RIVAL

O papai sempre gostava de dizer que “doido não tem juízo.” Eu, já digo que tem sim: apenas, em muitos momentos, “lhes faltam alguns parafusos.”

Há muitas histórias envolvendo esses personagens, com sofrimento mental; nas cidades grandes e pequenas, nesse mundão sem fim. Muitas delas, tristes; outras, engraçadas... Outras, nem tanto.

Em Campos Belos, conheci Rival; forte, de estatura mediana, usava cabelos longos, que nunca viam água. Ainda não totalmente brancos, afinal de contas ele só tinha cinqüenta anos; com uma pequena margem de erro, para mais ou para menos. E, uma imensa barba fechada.

Andava calmamente pelas ruas da cidade, sempre mastigando alguma coisa que a gente não sabia o que era. Andava e parava, ao longo de qualquer percurso que viesse a fazer.

Nessas paradas que fazia, geralmente eram para observar algo que lhes chamava à atenção; e sempre tinha uma coisa ou outra. Olhava os mínimos detalhes de tudo, com muito critério. - Como se tivesse mesmo fazendo uma vistoria minuciosa. E, em muitos casos, parecia discordar de algumas irregularidades que via: ao coçar, e balançar a cabeça negativamente, quando o objeto da observação não atendesse suas expectativas.

Morava num quartinho isolado na residência de um parente de primeiro grau, na Rua Sete de Setembro, próximo do açougue do Juá.

No final dos anos setenta e início dos anos oitenta, houve uma exploração de Aroeira muito intensa na região. Tempos depois, eu soube que a aroeira fora extinta no Nordeste goiano.

Paulo (in memoriam), o genro do Seu Farina (o italiano do Restaurante), trabalhava no transporte e comercialização dessa nobre madeira; e geralmente o fazia no Sul do Estado de Goiás; Minas Gerais e São Paulo. Em forma de mourões e laxas, muito usados em currais e cercas; pela sua potencial resistência em se decompor, na natureza.

Um belo dia...

Como de costume, Rival, subiu a Rua BH Foreman, atravessou a Av. Desembargador Rivadávia, e chegou ao calçadão em frente à Prefeitura Municipal.

Parou, e colocou a mão direita atrás da orelha, em forma de concha, para ouvir melhor o sino repicando a sua frente, na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição.

Era o sacristão chamando os fiéis, para a “encomendação de um corpo.”

O curioso é que, naquele dia, ele não atendeu o apelo religioso, apesar de nunca ter perdido um enterro na cidade (tinha essa boa fama); mas, aproximou-se da Paróquia, e tomou a benção ao Seu Vigário, que estava posicionado à frente do Templo, recebendo o povo, para a cerimônia fúnebre.

Riscou o dedo polegar direito na testa, três vezes, e inclinou-se levemente para frente, em sinal de respeito ao Pároco, ao Santuário e ao falecido. Beijou um enorme crucifixo metálico, preso num cordão feito de argolas, de lacres de latinhas de alumínio; confeccionados artesanalmente, pelos presos da cadeia púbica local;

Olhava ao longe, o esquife num ataúde com a Bandeira do Brasil sobre ele, próximo ao altar; era um filho ilustre que havia “partido antes do combinado.”

Rogou a Deus por ele em silêncio, estendendo as mãos unidas,uma a outra, e levantadas verticalmente, rumo ao céus.

Deu as costas ao Reverendo, sem se despedir, e desceu a Rua do Comércio, enxugando com a manga da camisa, algumas lágrimas que insistiam em descer, lentamente dos seus olhos castanhos, se escondendo no emaranhado de sua barba; resultante do impacto da perda irreparável. – O Pároco lhe dissera o nome do falecido anteriormente.

Teve fome...

Já era meio dia e ele ainda não havia forrado o estomago.
Entrou na padaria de Zé Padeiro. Pediu um lanche, sem dinheiro. – “Não preciso de dinheiro: tudo o que vocês vêem, são meus...” deixava isso bem claro nas poucas conversas que tinha com as pessoas,digamos,normais.

A atendente lhe deu um pão dormido, sem manteiga mesmo - como sempre o fazia, e um café num copo descartável.

- “Capricha senhora!... É para dois tomar.” A moça colocou mais um pouquinho.
E ficou sem entender: pois não o viu acompanhado de mais ninguém!...

Ao retornar a sua casa, pelas mesmas pisadas, parou diante do caminhão em que Paulo trabalhava; que estava encostado junto ao meio fio, logo à frente; e conversava seriamente com ele. Sim! Com o caminhão.
Que estava cheio de laxas de Aroeira. Com uma ponta de eixo quebrado. Na porta do Armazém de Seu Natã.

O proprietário do caminhão, já havia pedido ao papai que desse uma olhada no mesmo; pois, teria que se deslocar até a Capital Federal, para comprar a referida peça. Pois não a encontrava na região, para repô-la.

Ainda que as faculdades mentais de Rival não funcionasse cem por cento; ele tinha um coração piedoso. Com certeza, aquilo era um Reflexo da criação que recebera de seus pais. Que por sua vez, eram pessoas muito religiosas e bondosas.

O sol estava a pino e não havia uma nuvem sequer, nos céus, para atenuar a sua intensidade.

Rival, por sua vez, continuava parado em frente ao caminhão, dando andamento na prosa...

Depois de ter observado por muito tempo aquela situação; de todos os ângulos possíveis. Continuava olhando, olhando,olhando... E, balançava a cabeça de um lado para o outro. Como quem não concordando com aquela situação.

E conversava baixinho, de maneira que só o caminhão ouvia:
- “Isso que estão fazendo com você é um absurdo, é uma desumanidade muito grande! Como é que pode tanto descaso, com um ser tão indefeso!”...

Falava com sigo mesmo:
- “Coitadinho!... quanta judiação!... Quanto tempo sem comer e sem beber; já cheirando mal, e cheio de poeira, com esse calor tremendo que está fazendo, não pôde até agora, tomar um banho para refrescar; como tem sofrido!”...

“Não tenho mais tempo a perder: tenho mesmo de fazer alguma coisa.” Pensava ele.

E, lhe sobreveio uma iluminura, procedente do seu coração grandioso: então, deu o seu lanche para o caminhão comer.
Antes de despedir-se, balbuciou quase imperceptivelmente, algumas palavras:
- “Tenha um bom apetite! Voltarei amanhã para ti ver.” E, foi-se embora balançando a cabeça, desaprovando aquele estado de coisas.

Repetiu o gesto de alimentá-lo, durante mais de quinze dias.

Todos os dias, sempre nos mesmos horários, ele deixava próximo à placa, um pão e um cafezinho, para o aquele pobre e faminto caminhão, alimentar-se; porque a “fome é negra”.

- 13.04.16

Inserida por NemilsonVdeMoraes

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