Prosa Poetica Vinicius de Moraes
luarada poética
Que Lua é essa?
Tão linda, que me convida a visitá-la.
Queria Lua, ter uma escada que pudesse chegar perto de ti....
Queria poder em um salto me segurar na primeira estrela para poder contemplar de perto toda sua beleza.
Lua cheia de segredos
Lua cheia de desejos...conte-me tudo...
De repente, vejo se envolver entre os lençóis da noite e ali conversa com estrelas...
Assim me hipnotiza com seus mistérios, que apenas ao vê-la, alivio minha alma.
O poeta é um fingidor.
Mas não há mau em fingir.
Se não tiver liberdade poética,
Pra sobressair a ética,
Das condições do existir.
Me atire a pedra, bem mirada,
O primeiro camarada
Que nunca precisou fingir.
Alguns fingem por ambição,
Outros por educação
Pra driblar situação.
Até dor, faz-se existir.
Meu fingimento é poesia,
Finjo a dor e a alegria,
Finjo enredo, alegoria
Finjo até que outro dia,
A gente possa enfim fingir.
AMAR É TUDO
Não há poética maior que encante
Nem há maior sentir que se iguale
A essa sensação que o prazer cante
O amor. Deste doce e gracioso vale
E se sabemos que é correspondido
Amigo, n’alma é só aquele acalanto
Portanto, se tem sustento e sentido
Se divertido, ah! contenta-se tanto
Já nas controvérsias, tem sua parte
Vário aparte, pois, é afeto humano
E não apenas um simples encarte
É poesia, ação, e nenhum engano
Quando o sentimento nele se farte
Então ame, ama, sem sê-lo profano
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
04, junho, 2021, 08’00” – Araguari, MG
S’ERRA
S’erra meu soneto, em rimar-vos tanto
Em verso tenso e saudoso, em vos ver
S’erra a poética inquieta, em não haver
E te ter ao lado, faz-lhe ceder ao pranto
S’erra o poeta, na lira dar-te em canto
Pra vós, e na inspiração mais escrever
S’erra cada verso, em assim te conter
É vazio, solidão, a prosa sem encanto
S’erra compor o longevo, sem apesar
De tantas vezes no engano, enganado
Faz desta ilusão sentimentos divididos
S’erra o lhano verso ao amor versejar
Que das promessas são votos cridos
Nestes erros, errar! qual o culpado? ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
2021, setembro, 11, 10’01” – Araguari, MG
Ferreirando
POÉTICA CONFISSÃO
Leia-te nos meus lhanos versos singelos
Que o meu coração tem para te poetar
São talhados com tão aguçados cutelos
Da minha inspiração, para lhe ofertar...
Tem amor nos detalhes, e nos paralelos
Do desejo, almejo, e sentimento a arder
Deixa dar-te em pensamentos donzelos
Encanto, tal o luar dum impar anoitecer
Estes foram feitos para ter-te sensação
Afagos, beijos, e muita, muita emoção
Pois, o verso guarda o amor enamorado
Então, amo-te demais, e mais a paixão
E, em prosas puras para ti, essa canção:
- a poética confissão de um apaixonado!
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
19/09/2021, 05’38” – Araguari, MG
ARTE POÉTICA
Escrever um poema
é como apanhar um peixe
com as mãos
nunca pesquei assim um peixe
mas posso falar assim
sei que nem tudo o que vem às mãos
é peixe
o peixe debate-se
tenta escapar-se
escapa-se
eu persisto
luto corpo a corpo
com o peixe
ou morremos os dois
ou nos salvamos os dois
tenho de estar atenta
tenho medo de não chegar ao fim
é uma questão de vida ou de morte
quando chego ao fim
descubro que precisei de apanhar o peixe
para me livrar do peixe
livro-me do peixe com o alívio
que não sei dizer
Ignorância Poética
Mamãe me contou,
Que ficou fascinada,
Quando pequeno, eu lhe disse:
"Quero falar, mas não consigo,
ainda não sei as palavras".
Hoje, cresci e tento escrever poesia,
continuo sem saber me expressar.
Minha mãe agora é você, o meu leitor.
Meu poema, a minha mente de criança:
Sem vocabulário,
Sem rima,
Sem métrica,
Uma tentativa de analogia,
E no final das contas, sem dizer nada.
ALMA POÉTICA
Minha alma poética está de mãos dadas
com a sua alma também.
Com a sua e de mais ninguém. Te quero pra vida toda,
não somente por momentos. Te amar com todas as minhas forças,
Com todo meu sentimento,
Te abraçar uma noite completa,
No cheiro suave das violetas!
Entrelaçando meu corpo no seu;
e ao raiar o sol
que Seu mundo seja eu!
Você é a alma que me segura,
me abraça, me cura e me aquece,
Reacendendo minha sede poética
em tua boca, junto
aos beijos de seus lábios
com amor e alegria
No espírito da sabedoria
À beira-mar o vento e a maresia!
Venha, meu amor, deixe sua mão
Segurar a minha,
enquanto nossos corações
escrevem a mais linda poesia!
Licença Poética
Boa tarde!
Cheguei nesse evento meio atordoado.
Peço agora a todos, uma licença poética,
Preciso me alinhar ,
Preciso saber de fato o que me trouxe aqui.
Acabei de passar no jardim.
Nele ,
Uma meiga Donzela que estava coletando flores me olhou.
Até agora o seu cheiro está aqui em mim.
Ela com sorriso criança me disse;
Vá!
Leve esse cheiro meu.
Não precisa pedir licença.
Saia como você chegou.
Chegou devagarinho e conseguiu extrair de mim.
O cheiro do meu amor,
Ficou em ti.
Vá....
Autor:Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.
EM TRAVESSIA...
Com licença poética, posso subverter
e ser o que inventar...
ter todas as palavras para delirar...
E nesses delírios poéticos,
o céu é o deslimite... um jardim
de lírios e estrelas...
A vida vira metáfora
pelas palavras afora...
anoitece e amanhece
a qualquer delírio...
Os delírios são rios de palavras
ensandecidas
tecidas em rendas de
sentimentos e
atravessamentos...
Poética da gratidão
Gratidão é elo
a nos (re)ligar a nós mesmos,
ao outro e ao universo
Gratidão é o mais belo poema
escrito com a pena do coração
da alma do corpo inteiro
Gratidão não carece rima
já é coisa rica
repleta de verso
frente e verso
verte abundância
exala amor
em concordância
com a abundância
a gratidão faz bem ao coração
a gratidão faz bem à alma
a gratidão faz bem ao corpo todo
humaniza e harmoniza
baliza nossa divindade
uma infinidade de possibilidades
amorosas e harmoniosas
se abre em todo nosso ser
Ser luz
dentro e fora da gente
luz que ilumina e anima
tudo e tod@s
Namastê!
Luzerna Poética
Linda a qualquer hora
do dia e da noite,
embalada pelo coral
da passarada no Meio Oeste
És minha Luzerna amada
deste solo catarinense.
Minha Luzerna poética,
és filha radiosa que esplende
neste Vale do Rio do Peixe,
e herdeira do Contestado
que mantém o peito apaixonado.
Linda a todo momento
é a minha Luzerna poética
que sempre encontra
abraçar a conciliação,
e faz um paraíso sublime
deste distante rincão.
Linda Luzerna poética
que me leva ao som da fanfarra
e da risada da juventude
ao Trapiche do destino
para caminhar contigo.
Minha Luzerna amada,
na cachoeira Linha Dois Irmãos
tenho a minh'alma lavada,
minha poesia cidade,
habitante poema do coração
e embaladora alegre canção.
Com os cabelos cobertos
de flores e escrevendo
poesia por onde em ti passo,
minha Luzerna adorada,
peço sempre aos franciscanos
que intercedam junto a Deus
para que sejamos abençoados.
Mafra Poética
Mafra da minha História,
minha Mafra poética,
O balançar das araucárias
do meu destino falam
das minhas memórias
que um dia hei de contar,
Nunca deixei de te amar
nesta vida mesmo longe
de ti tendo que caminhar.
Poética Mafra poética,
por tudo o quê fostes,
és e para sempre serás,
Tudo de ti em mim
para sempre sobreviverás.
Mafra poética e amorosa,
quando fecho os olhos
ou vejo uma nectarina,
Recordo que há muita
História a ser contada
nesta Bela e Santa Catarina.
SEM INSPIRAÇÃO
Às vezes uma poética me entala
Nesta lacuna em que eu ando
Sofro, cá no cerrado, quando
A saudade dentro do peito fala
Inspirações sufoquei nefando
Sem as trovas numa luz sincera
Ah! Cada rima com força quisera
No senso, e não o cântico calando
Sinto que nas quimeras fui rude
Choro cada outrora desta sandice
Já alquebrado, foi-se a juventude
Os versos que não criei por tolice
Por desventura escrever não pude
E assim tornar a prosa na mesmice
© Luciano Spagnol- poeta do cerrado
Cerrado goiano, 09 de dezembro, 2019
Olavobilaquiando
Voos de fantasia...
Busco-te numa estrela poética
Em estrofes... rabiscos...versos e rimas...
Convoco o vento forte...
Para que me leve nas suas asas
e nesses meus voos de fantasia
saboreio o vai e vem das marés...
E volto a sonhar e te vejo
E fico encantada...enamorada
Ao ver o sol deitar-se...
E neste entardecer
Fico a recitar poesias loucas
Com palavras cheias de paixão...
As palavras dançam...numa harmonia encenada
Nossos corpos unidos...na minha visão de ilusão!
O fraseador
O poder da palavra poética está além da ideia. A sutileza do verbo é algo a ser mensurado com carinho e cuidado, sem ser quadrado. O resto é mera panaceia. É como “faca de dois gumes” agudos, poderosa, podendo trazer a paz airosa, ou a guerra subliminar, portanto, cortante de ambos os lados; ideias as quais advêm de além-cume, cujo azedume deve ser trasladado à fino perfume. Se for preciso seja normal ao mudar de ideia para que o bem suplante o mal.
Dizem que o amanuense deve ter nascido assim; uns dizem ter sido acometido por fatores congênitos advindo de negros querubins, outros, ter sido atacado pelo vicio de escrever, comparam-no a um jogador inveterado de doer, viciado em carteado, jogador de futebol alienado, de pseudovivaldino em cassino, de esquizofrênico das letras, enfim: de sonhador, sofredor de frenesim, afinado em complexo feminino, quiçá, um cigano transtornado em ladino ou afim, quiçá, exilado beduíno num deserto dependurado prá lá de Marrakesh longe de Bangladesh...
Amanuense é o escriturário da literatura extrafísica, que deve funcionar como filtro de pensamentos difusos, haja vista a grande responsabilidade indutora de suas palavras, recebidas dos orbes astrais. O mal e o bem são ideias que plasmam nas vidas reais, se a inspiração for boa, com certeza as obras também o serão. E se for maligna os atos as contraporão.
Pensando bem, o seu inocente jogo pode não ser prejudicial, bem como pode fazer muito mal, já que faz uso duma arma fatal, a mais forte que existe: a palavra sutil, a única que subsiste; mesmo que seja chiste da vida mortal; que tem o poder de induzir sem muito refletir, encaminhando à lavagem mental do seu leitor ideal e tudo isso se dá pelas suas frases escritas dentro da boa ou má inspiração restrita... Com o passar dos anos o poeta percebe que uma força estranha o domina, porém, começa a entender que essa força tem nome: Missão ou Sina que fascina, quiçá, seja divina. Então pensa consigo mesmo e analisa os fatos históricos dos sistemas caóticos: Haja vista o rumo da humanidade a qual segue peremptoriamente seus antigos líderes políticos, religiosos ou idealistas, e seus preceitos grafados em velhos pergaminhos de muita idade dentro de extensiva lista, e não há quase nada que se possa fazer para mudar o seu caminho, pois, entrega a própria vida em nome de sua visão mesquinha adquirida...
Disseram por aí, há milênios, que existem céus de eternas e gloriosas vidas, e infernos onustos de arsenais robustos, e o medo toma conta dessas cabeças bruscas as quais dentro de suas conveniências convexas agem de acordo com seus condicionamentos mentais anexos. Ao final vemos que a história registra a destruição do homem com seus conceitos e preceitos de tacanhos ideais imperfeitos.
O fraseador que se preza procura a auto-conscientização de suas escritas, para não se auto-corromper, até porque, deve crer piamente na responsabilidade do que tem de escrever. A mente humana é muito sensível à indução. Se a mente religiosa for talhada para matar ou morrer até de fome em nome de seu deus, com certeza o fará sem problema de consciência tal a ambivalência que considera nobre ao mais perfeito ateu. Temos visto isso ocorrer nos meios religiosos, e porque estamos falando de religiosidade neste contexto de simplicidade, simplesmente porque se não há o consenso do bem nesse ambiente santificado pelo desejo de ganhar a salvação de Deus qual a tem muito além, então quem dirá fora desse metiê à mercê do aquém...
O fraseador continua um pensador inveterado sem se importar com o que digam a seu respeito, certo ou errado, pois, aprendeu a cumprir sua missão de trazer ânimo, saúde e alegria à alma malfadada pelo seu pseudopecado e, que a considera de direito.
Assim crê em sua verdade extrassensorial, muito embora, não passe de mais um mero aprendiz de sua musa inspiradora real...
jbcampos
De forma poética
Passo uma idéia patética
Pro papel, busco inspiração, olho pro céu.
Um tonel de solidão
Em todos os cantos
Cada qual na sua função
Escondendo os prantos.
Letras tortas, papel reciclado
Falo de poesia sem sentir
Faltam sentimentos em todos os lados
Ódio ou frieza, não sei distinguir.
" licença poética"
Me cai bem:
Um beijo roubado.
Uma tarde de verão.
Uma noite estrelada.
Me cai bem:
Uma taça de vinho,
Um amor platônico,
Um amor ridículo,
Amar sozinho.
Me cai bem:
Um não bem dado.
Um perfume de bebê.
Uma caixa de chocolate.
Um cafezinho.
Me cai bem:
Surfar no Hawaii.
Namorar Saturno,
Casar com a lua.
Ficar com vênus...
Entretanto.
Me cai mal:
Quando me chamas "amigo"
Quando arde meu peito o ciúme.
Quando dizes meu irmão: te amo!
Me cai mal:
Quando raia o dia e ainda respiro.
Quando de tanto tédio minha alma chora.
Quando em meu coração minha fé se põe ao longe.
Quando sem esperança já não creio no
Futuro.
Todavia não desisto de sonhar...
Sonhando vou vivendo,
isso é tudo que tenho
E isto ...
Me cai muito bem !
Olhos de Ressaca
“Retórica dos namorados, dá-me uma comparação exata e poética para dizer o que foram aqueles olhos de Capitu. Não me acode imagem capaz de dizer, sem quebra da dignidade do estilo, o que eles foram e me fizeram. Olhos de ressaca? Vá, de ressaca. É o que me dá idéia daquela feição nova. Traziam não sei que fluido misterioso e enérgico, uma força que arrastava para dentro, como a vaga que se retira da praia, nos dias de ressaca. Para não ser arrastado, agarrei-me às outras partes vizinhas, às orelhas, aos braços, aos cabelos espalhados pelos ombros; mas tão depressa buscava as pupilas, a onda que saía delas vinha crescendo, cava e escura, ameaçando envolver-me, puxar-me e tragar-me. Quantos minutos gastamos naquele jogo? Só os relógios do céu terão marcado esse tempo infinito e breve. A eternidade tem as suas pêndulas; nem por não acabar nunca deixa de querer saber a duração das felicidades e dos suplícios.”
(D.Casmurro,Machado de Assis)
Não sei dizer o que seus olhos dizem nem o que pretendem mais ela me hipnotiza quando me olha nos olhos consegue tudo o que quer seu desejo transborda, e quando me olha nos olhos não resisto caio nas suas garras,sereia que não canta mais sustenta seu olhar e faz com que sinta o desejo mais puro e ardente é como se eu fosse um vulcão adormecido e ela fizesse com que eu entre em erupção eu quero possuí-la seus olhos me dizem o que devo fazer , me orientam eu sei exatamente o ela quer...
Conheço sua tática espera o melhor momento fica longe de mim sorri e morde os lábios, depois me olha nos olhos e vai falando com voz manhosa e mansa pedindo pra que eu fique sei que não devo , sei que é errado mais ela faz com que eu esqueça isso com seus olhos de Capitu “essa menina vai acabar com minha vida penso” mais nada importa quando seus lábios tocam os meus quando sua língua dança em minha boca quando seus seios fartos se comprimem contra os meus e á quero mais e mais ai percebo que cai na magia de seus olhos não sei como parar e vou até o fim...
E quando vou embora lá estão seus olhos cheios de lagrimas pondo toda a sua imensidão pra fora... ela me encanta, me envolve e mesmo assim eu vou deixando ela mais ferida que antes sei que suas lagrimas nunca vão secar nunca vou conseguir controlar isso,minha menina com seus olhos de Capitu...
Se você soubesse o quanto queria me perder em seu mar, e naufragar nele até o fim de meus dias perdida em seus carinhos até que meus cabelos se tornassem grisalhos até que nossas crianças fossem adultas e nossos pais nos observassem do paraíso,sei que quando digo que te amo não acredita mais ,mas eu sempre a digo para mim mesmo como uma oração para nunca esquecer do meu amor por você que é tão despreocupado e livre, calmo e turbulento sempre quando penso que ele acabou lá esta a chama novamente uso de todas as minhas forças para não tombar diante dele e então me chama de “Covarde” mais saiba uso de toda a minha coragem para deixar você viver minha menina...
Permitindo-me a licença poética, digo, o Reino de Deus é assim...
Distraído em meu mundo particular de erros, um ser perfeito com uma natureza diferente da minha vem a minha procura, se introduz na minha realidade e me convida a viver em seu “planeta”, eu respondo, “sim, o que devo fazer?” “Venha apenas, o que tinha de ser feito eu já fiz, Eu sou o caminho para outra vida em um mundo novo”. Eu aceito. Mas não é agora, essa vida tem de ser vivida, o caminho deve ser trilhado. Porque morrer por Cristo é fácil, mas viver por Cristo é difícil.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp