Prosa Poetica Vinicius de Moraes
A cada um sempre foi dado conforme pede, mesmo que esse “pedir” seja inconsciente, não julgamos, não damos opinião a respeito de vossas escolhas, apenas permitimos e amamos a cada um de vocês em cada uma delas e com isso vamos acompanhando-os em sua jornada de expansão.
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Emoções
“Na carência de mim mesmo me esvazio na busco de um outro, no entanto procurando sempre a mim mesmo.”
Que a paz infindável de nossos domínios de luz esteja em vossos corações e entendimento na plenitude do completo, na alegria do um e no poder do eterno.
Nossos corações se enchem de alegria quando a alma humana, embora limitada e superficialmente nos convoca. Somos parte de uma energia ampla que existe e nos expandimos a cada chamado de um espírito, seja em vossa esfera, ou seja, em planos longínquos deste cosmos. A chama da vida que se mantém acessa em cada um de nós é aquilo que por onde nos comunicamos e esta comunicação se abrange de várias formas e etapas. Conversamos (vamos dizer assim) com você agora através de uma etapa consciente de comunicação, pois a troca de conhecimentos visando um crescimento e frutos além do receptor, ou seja, visando o benefício de muitos, não pode ocorrer de forma inconsciente, uma vez que usamos de meios telepáticos que utilizam parte da consciência consciente do receptor.
Esta comunicação consciente de primeira etapa é aquela que visa o ensinamento, mas existem outros tipos de comunicações inconscientes em vós, que ainda são as mais eficazes. Elas não necessitam passar por um filtro de idéias, crenças e limites intelectuais e científicos podendo ser recebida e captada em quase cem por cento de sua originalidade, porém por causa dos termos aqui citados de limitação do canal receptor, esta comunicação não soa de forma legível e compreensível aos sentidos físicos. Ela se manifesta em sua parte mental inconsciente que não se comunica em termos gramaticais ou intenções lingüísticas, mas se comunica pelo meio mais poderoso e compreensível que possuem, suas emoções.
Queremos falar sobre emoções com vocês, porque a cada dia vemos a importância deste termo em vossos diálogos e observações. As emoções não são nada mais e nada menos que as expressões da alma, é a forma mais clara e límpida de comunicação que a consciência espiritual de vocês tem de se comunicar com vocês e com o Universo como um todo.
Suas palavras e intenções gramaticais nem sempre ou quase nunca conseguem traduzir aquilo que sentem, mas o íntimo da alma consegue perfeitamente fazê-lo através de suas emoções. Por isso as emoções são o sinal mais receptivo para o Universo, por que são os mais puros e tangíveis.
Energia, quando falamos de energia, estamos falando de emoções apesar de um modo limitado de compreendê-la. Logicamente energia se trata de mais do que isso, mas para esferas como a de vocês, “emoções” é a palavra que mais se sinônima com isso. Então esta será sempre uma regra a ser lembrada por vocês quando quiserem se compreender, abracem suas emoções positivas e logo estarão em conexão com vossa essência energética. As emoções são o caminho mais fácil e o mais pleno, visto de vosso ângulo para se chegar à plenitude de sua completude cósmica.
Falem e sintam vossas emoções e entendam que parte do todo que vibra a sua volta sente e se comunica com o restante do todo que envolve o todo. É assim que as vibrações se lêem e se entendem. As comunicações ocorrem de forma simples e a resposta delas também, esta compreensão aqui citada se encaixa no termo: ”o semelhante atrai o semelhante”, vibrações reconhecem vibrações e a felicidade também. Convoque a vida plena e feliz que faz parte de seus sonhos, convoque esta energia através de vossas faculdades físicas, mentais e emocionais que o Universo reconhecerá e trará nem que seja de uma dimensão infinitamente longe, vibrações semelhantes para que se fundam a esta e se manifestem como acontecimentos a sua volta.
Isso faz parte de um ensinamento Universal que todas as civilizações terão de aprender e continuarão aprendendo sempre. O conhecimento e evolução Universal é extremamente amplo, mas simples, pois se trata do que agora falamos e vibramos a vocês. Se receberem isso e compreenderem que são espíritos criadores e eternos, se amarem a si mesmos e se adorarem como o “Tudo” os adora, então já estão no caminho pleno da evolução e tudo começa a unir-se a isso em sua realidade física, vamos dizer assim.
Muitos se preocupam com o estado planetário e com o estado da atmosfera seca que envolve vocês neste momento. Desejamos que saibam que a natureza muitas vezes trabalha de modos incompreensíveis para vocês e que ela jamais trabalhará sob a lógica ou desejo humano. Não há absolutamente nada que não esteja no controle dela, no entanto como resposta, dizemos que cada oração e cada emitir de energias de vocês que se fazem no âmbito consciente ou não, se agrega a energia planetária e funciona como uma doação, onde a própria natureza decide como investir a energia no momento.
Nada é em vão, a escassez de umidade sofrida por vocês tem um motivo espiritual. É hora de olharem para cima e de aceitarem a idéia de que não estão sós! Como a humanidade verá o que seu olho não pode ver se diante dela não houver acontecimentos que suas mãos não podem conter? Tudo o que tem ocorrido na Terra é uma forma da própria Terra sacudir a compreensão humana a fim de compreendam que todos somos uma consciência e que há muitos em volta de seu globo velando por vocês. Quando a Humanidade alcançar este estado de aceitação e consciência, a natureza que hoje vos sacode vos acolherá em paz. O mundo como tudo o que existe caminha para isso, não há outro fim, mesmo na violência ou na guerra o fim é sempre paz, mas se podem optar pelo caminho de flores, por que prosseguir pelo caminho dos espinhos? Por tanto é escolha individual de cada um. Haja Luz!
Elohins por Vinícius Francis
“Esta importante mensagem me foi dada nos dias em que o Brasil e outros países enfrentaram uma crise atmosférica de baixa umidade do ar. Passamos semanas convivendo com um ar seco e poluído, principalmente nas grandes cidades. Os Elohins voluntariamente me trouxeram o entendimento espiritual do que estava ocorrendo, pois sabiam que muitos oravam e emitiam boas energias a favor da Terra. Esta elucidação veio para mim como uma forma de mostrar que todas as nossas vibrações emitidas por esta causa eram de conhecimento de todos os seres de luz que velam por nosso orbe e que junto conosco eles apóiam de forma ímpar a evolução.”
Texto para Meditação:
Emoções, esta palavra profunda faz parte da vida de todos nós humanos e também de toda a vida no Universo. Tudo o que vive de alguma forma sente alguma coisa, ainda que seja por instinto. Esta palavra, ou melhor, esta característica natural de cada um é muitas vezes não compreendida de forma satisfatória ou completa.
As pessoas talvez não param para pensar a respeito do poder e da real finalidade das emoções. Já se imaginou viver uma vida onde você não sente absolutamente nada? Como seria este mundo se não houvesse “emoções” ou sentimentos? Não haveria música, pois ela expressa emoção, não haveria dons porque os mesmos expressam emoção, não haveria relacionamentos, pois eles expressam emoção e nem mesmo haveria guerra, pois ela também expressa emoção.
Pensando nisso chegamos à conclusão de que a vida baseia-se simplesmente em “emoção”. Não há vida sem sentimentos e não há razão para existir sem eles. Tudo o que fazemos ou deixamos de fazer nos provoca involuntariamente algum tipo de emoção.
Ninguém foge disso em lugar algum. Todas as nossas buscas, internas ou externas giram em torno disso, mesmo que não percebamos.
Então, quando entendemos que a vida baseia-se em “sentir”, entendemos o porquê de a Lei da atração funcionar assim. Se não “sentir” não atrai. Tudo no Universo foi projetado a partir de emoções, logo tudo o que existe tem uma emoção própria ou vibração própria. É lógico compreendermos que precisamos ativar a emoção “daquilo” em nós para ter “aquilo”.
Quando você se bate de frente com a importância do que você sente, você percebe o que está fazendo com sua vida. Você simplesmente tem recebido e volta todas as coisas que tem “sentido”. A vida tem se encarregado de materializar cuidadosamente a sua volta todas as suas emoções através do filtro chamado “crenças”. Então se deseja uma vida mais feliz e satisfatória, assuma estas emoções em você, jamais poderá ter algo que vibra numa emoção “X” se você mesmo está na freqüência “Y”, é lógico não?
Façamos uma reflexão a respeito: por que as pessoas preferem assistir um filme no cinema? Por que elas preferem assistir a um jogo no estádio? Ou por que elas preferem jantar num restaurante às vezes? A resposta é única para todas as perguntas acima, elas dirão: Por que é mais emocionante! Agora fica mais claro que todos realmente buscamos “emoções” o tempo todo e de forma inconsciente.
As “emoções” são tão importantes que as conexões com o plano espiritual ou não-físico se dão através dela. É irônico imaginar a ignorância do homem ao tentar captar seres de outros mundos ou dimensões usando simples tecnologia humana. Jamais chegarão a um resultado satisfatório, ainda que descubram algo assim, porque as maiores descobertas e conexões com qualquer coisa que existes se dão nas “emoções”.
Conhecemos a frase de Jesus que diz: “é necessário ver para crer”, podemos entender de outra forma que também nos levará ao entendimento certo: “è necessário sentir para ver”.
Quando sentimos algo em nós mostramos para nós mesmos e para o Universo que aquilo é vivo, logo em resposta veremos aquilo se manifestar. Tudo aquilo que eu sinto de forma consistente em mim eu dou vida e se sustento esta vida dentro de mim, ela se manifesta no âmbito físico.
Sinta, sinta e sinta, é o que o Universo tem a dizer para você. Ao ler isto você tem a opção de entender deliberadamente que o grande objetivo do espírito é “sentir”. As coisas que se manifestam a nossa volta são apenas conseqüências daquilo que vibramos e podemos através disso conhecer que vibramos aquilo que sentimos.
Coloque as “coisas” da vida que deseja no lugar certo, para que serve poder comer tudo o que existe de gostoso no mundo se você não pode sentir gosto de nada? Então o que mais tem valor é sua capacidade de sentir gosto. Cultive o prazer de viver e observe os resultados.
http://os-filhos-da-alva.blogspot.com.br/2011/03/emocoes.html
"O mundo gira
e nas suas voltas
nós vamos aprendendo com os fracassos
e o passado
se torna saudade
e o futuro incerto
ansiedade
há tanto medo entre os homens
e uma busca incessante do amor
a vida vai se gastando
e o que nos espera depois
é um mistério
a velhice nos alcança
e o arrependimento nos persegue
o mundo gira
a vida passa
se gasta
se perde
e de uma forma nada educada
nos obriga a deixá-la
e se tornamos motivo de tristeza
de saudade
somos colocado a sete palmos de baixo da terra
pondo fim a nossa viagem
dando lugar
para que novos passageiros
possam embarcar
o mundo gira..."
Eu ainda amo você
Conviver e se contentar com suas lembranças,
Confesso que está fazendo um estrago enorme.
O terrível despertar,
Me faz lembrar
Que em em qualquer esquinas dessas
Eu posso me esbarrar com você
E tenho que preencher meu rosto,
Com um sorriso falso
Pra mostrar que estou bem sem você.
Mas é de fato uma ingenuidade,
Basta olhar nos meus olhos
Que você vai ver que não ando nada bem.
Ao anoitecer,
O arrependimento me toma
E me faz lamentar
O porque de não ter me jogado ao seus pés
E ter implorado a sua volta.
Se eu tivesse a coragem de te falar que te amo
Te falaria
E se eu tivesse que sentir essa dor novamente
Só pra matar essa saudade
Eu sentiria.
Estou rendido aos desejos que sinto por você
E os meus sentimentos,
Que eram tão egoístas e cuidadosos
Estão acorrentados as suas lembranças.
O tempo ameniza, claro
Mas já não sei se posso esperar
Não sei se me jogo desse prédio
Ou vou até a tua casa.
Mas os dois caminhos são incertos
Estou naufragando no mar da solidão.
TODOS PENDURADOS NO VARAL
O varal convida a escrever
É importante para o crescimento do mundo
Novidades literárias a se ler
Livro, um espaço apenas teu,
Mas com ele você divide o segundo
Escritor desde pequeno
Rimador por um acaso
Divulgação eu to fazendo
Esta arte é um descaso
E o mundo não ta vendo
Ao leitor meu poema to levando
Mas o mundo é coisa grande
Dificuldade pra lançar to encontrando
O mais vendido quero tornar nem que por um instante
A alegria e o deslumbre de monta-lo to conhecendo
O prazer de vê-lo sendo lido por alguém to passando
Que bom que sou do meio literário toda nova era dos rimadores vou vivendo
E a cada novo dia um poema inédito vou admirando
Agora dicas em poucas palavras eu vou dar
É fácil, preste atenção.
Pra fazer uma estrofe
É assim: 1° com 3° e 2° com a 4°, pronto,
agora é só rimar
Agora é sua vez, vamos praticar, sem enrrolação.
A crônica também é fácil de fazer
Ela se da no dia-a-dia
Sem o menor problema, ela se desenha no seu lazer.
Mas nunca esqueça, sempre com alegria.
07/09/12
Todos os direitos autorais reservados ao autor
A depressão e a euforia são duas sensações falsas, produzidas por minhas expectativas e alimentadas por meu ego.
Ambas, se não administradas corretamente pela minha racionalidade, podem ser muito persuasivas e nocivas, visto que, apenas em minha mente reside todo o teatro desse espetáculo que, a princípio, me parece ser tudo aquilo que importa no mundo naquele momento.
São minhas maiores inimigas.
Todavia, a vida me ensinou que haverá sempre um novo amanhecer, um novo despertar, novos desafios, novas conquistas, novas alegrias, assim como novos obstáculos e novas desilusões...
Assim é a estrada, assim é o caminho para asanidade e para a Salvação.
Afinal, quem de nós saberia reconhecer a felicidade, se não houvesse experimentado também o gosto amargo da tristeza.
A esperança é a maior, a mais difícil e, sobretudo, a mais importante vitória que o ser humano pode conquistar sobre a alma.
procurar o foco, o auge de nós mesmos, a plenitude. conseguir garimpar tão fundo a nossa solidão, a ponto de encontrar tesouros vislumbrantes. encontrar em nós mesmos os motivos de ficar, e os de partir sem chorar. aprender o devir, os teoremas, as teorias, os desesperos. o foco é conversar com o medo. ser transparente o bastante pra chorar sem manipular nossa alma, sem corromper nossos desejos. o foco é sentar junto com nossos demônios e fumar tomando café e chegando a um acordo maduro. o foco é não ter força quando precisamos ser fracos e recorrer a um amigo, é não levantar quando o chão for mais atrativo. correr e tropeçar quando for preciso. poupe seus olhos de muralhas e veja a bela tempestade que vem vindo, tão quieta… e o que a gente faz? ossos do ofício: dançamos aos olhos da tragédia. tudo que somos não é mais, e economizar a vida é o maior dos desperdícios.
Levou consigo as petúnias que um dia se abriram e logo murcharam. Levou a neblina o pretenso braço desguarnecido de euforia e sobretudo capturou o que não foi nem inventara e tampouco fez de conta que eram contas silenciáveis. Deixou somente um fio contrastando com a erosão para não ser totalmente estéril e ouvir em sua quase declinação. “Não seja um inseto dos destinos. Foi brevíssima e dúctil a docilidade com que numa farta ironia satirizou a indumentária como um lapso mordaz. Não me sobrecarregue com adjetivos como se fossem graças disponíveis em que não mora nenhuma gramática. Nesse quase mensurável êxtase aceito que partas sem partilhar-me silêncios ou livros ou cetins. Sou dos cortes não cerzidos mas polidos pela simbologia pelo gesto isento de tragédia. Sou uma concepção atípica um cajado sem declínios”
A arte é uma força eterna que transcende as fronteiras do tempo e do espaço. As obras dos grandes artistas são testemunhas silenciosas de nossa história coletiva, oferecendo-nos uma visão única do passado e uma inspiração para o futuro (trecho do livro Prosas, Poemas, Poesias: Declarações de Amor de Miguel Dantè Machado)
Não que minha intensidade devesse ser motivo de incômodo, mas peço perdão de qualquer forma. Apenas é que sou poesia e vivo poeta. Não existe outra forma de ser, sem ser intensidade. Mal-afortunado é o que me definiria, se eu fosse sequer capaz de pensar em dizer que poderia viver sem o amor, ou melhor, sem o amor intenso, que, pelo visto, são duas coisas diferentes. Teria ainda menos sorte, se, além de capaz de pensar isso, eu fosse capaz de dizer. Logo eu, que tanto grito o silêncio e, ainda sim, é possível enxergar amor nas minhas palavras não ditas.
Meu melhor remédio é a palavra. Através dela eu me liberto de pensamentos rígidos e encontro soluções que saem de meus dedos. A palavra é para mim uma flor delicada, cujo aroma energiza o ambiente e torna tudo possível. Aquela dor pesada que comprimia o meu peito é agora parte do passado. Sinto-me bem como um pássaro fluindo no ar. Observo a natureza e sua grandeza e me sinto grande, porque sou também natureza. E tudo transborda em mim, prosperidade, paz, energia. Tudo segue seu ciclo. Silenciosamente agradeço esse estado de espírito, que me transporta para o que há de melhor em mim. Percebi que não sinto mais tristeza. Sinto o coração aconchegado. E uma gratidão suave envolve meu universo. Evoco símbolos como árvores. E me vejo frondosa, proporcionando grande sombra que alivia o sol ardente. Sinto-me ave, porque voo em meu inconsciente e a serenidade é uma realidade palpável. Assim, posso escrever sem ferir as palavras, sem evocar sentimentos ardilosos. Tudo é paz em mim e a paz é uma força poderosa, que com delicadeza anuncia que tudo está bem. Estou viva e isso me basta. Não anseio e nem me desespero. Apenas sinto que a vida está completa e a vida em si basta. Sinto amor, porque é um sentimento. Mas não necessito do amor, se ele brota de mim mesma. Vou andando pela estrada é conhecido, mas novamente penso e reflito. Quão grande é o universo que piso. E se falo de paz, é porque a paz está em mim.
Como um antigo museu, com seus achados e descobertas, assim também é minha linguagem. Palavras que desvelam pensamentos ocultos, em que palavra puxa palavra e dançam na busca de significados. As palavras são peixes dourados, escorregadios, habitantes da nevoa marítima. Questiono e eu mesma respondo, como o sol que nasce na serra. Eu sou uma pessoa curiosa e conheço os frutos de cada árvore. Sou simples e clara como um feixe de luz.Caminho estradas em que desconheço o seu fim. Apenas caminho, porque tenho pernas e desejo de descobrimento. Posso me aquecer ao sol e esquecer toda complexidade do meu ser. Hoje o dia está farto e caminho entre entre a paz e a malemolencia. Busco imagens traduzam meu estado de espírito. E seria algo fluido como a massa de um pão, que alimenta e perpétua a tradição. O pão que nutre o corpo é a história. Sou eu assim leve e densa, mas busco água profundas que me desconstruam e me mostrem outra fase de mim mesma. Mas o tempo passa suave e não vejo o caminhar das horas. Sou como um relógio, que gira e volta ao mesmo ponto. Mas transcendo é destruo o tempo na palma da minha mão. Posso assim viver o eterno que há em mim. Eu, dona de mim. Num tempo paralelo, em que só existem letras e palavras.
Crianças de todos os sonhos. Alimento intergeracional. Terra mãe de peito generoso, acolhendo todas as criaturas em seu manto protetor. Lá vem a luz violeta, com suas frases encantadas, moldando o planeta, o desejo de todos os cometas. A história nos filetes dos troncos das árvores. Nossas impressões digitais. Reino das plantas. Reino dos animais. Terra sagrada, eu te reverencio, nos cantos urbanos, nos casebres do sertão. Cuidai de nós, dos olhos dos teus filhos, que te olham com Divino amor.
Havia uma árvore no meio da janela. Não havia nenhuma comida na panela. Só a multidão se esfacela no ônibus lotado rumo à favela. Choveu muito e há lama na rua. Os pés se sujam como em uma gravura. As sombrinhas se dobram como em uma pintura. Mas os transeuntes não acham graça. Pagam caro a passagem de cada dia. A alta carestia da vida. Mas é preciso viver por que o sangue pulsa. E as crianças pedem pão. E pedem circo. E pedem amor. Os homens querem respeito, querem ser chamados de senhor. As formigam tem fama de que muito trabalham. Carregam folhas. E ignoram a extinção das abelhas. Nos conventos existem freiras que não se casam. Os franciscanos fazem voto de pobreza. Enquanto outros preferem a realeza. Há quem ame os felinos. Há quem mostre os caninos. O mar é um lugar misterioso. É cheio de água. O humano é um ser muito peculiar. Toda hora enche o peito de ar. E eu tento memorizar quantas vezes o beija flor bate as asas quando está parado no ar. Essa vida é um sopro. É uma galinha que nasceu antes do ovo.
A dor me escapa e se esconde para além de mim mesma. Liberta da opressão, posso expressar com lirismo todos os sentidos ofuscados. Sou calma e a calma é o meu jeito de estar no mundo. Prezo passos mansos, mãos delicadas e palavras sussuradas. Nada que desperte a natureza, tão coerente em seu ritmo. Posso ser um pássaro, uma flor, um fruto. Posso ser um ser integral em comunhão com tudo que me cerca. Admiro a paciência das árvores, crescendo lentamente. Não quero ferir o silêncio. Por isso meus dedos são suaves e não fazem alarde.
Cansada do eu, dispo-me do ego e me entrego nas palavras subconscientes. Posso ser uma pedra preciosa, bela e inquebrável. Mas essa imagem bonita diz pouco quando escurece e a noite traz sons do universo. O dia foi longo como um trem rasgando a estrada. E se escrevo é porque transbordo do eu farto de mim. E me entrego a imagens. A flor é bela e delicada, mas além de seu aroma não sinto mais nada. Depositei em você sonhos de unificação, mas o amor resultou inútil. E me sinto uma pedra, que não simboliza nada. A pedra pode ser o instrumento de uma força descomunal que busco em mim. Uma rocha imutável, sujeita aos ventos, ao sol, E a chuva. O que fazer para aliviar esse desaninimo que me exaure? Talvez pintar um quadro, mas a pintura resultou inútil, se a olho e nada sinto. Esse é uma prosa poética que fala sobre energia, aliás, a falta dela dela. Então como palavras repetidas, imagens gastas e você que é ilusão. Se pelo menos o amor batesse a porta com suas mil promessas. Eu acreditaria, pois tenho fome de ideais. Mas na poltrona de minha sala só encontro vazios e um cansaço de existir. Se ao menos o tarot falasse a verdade, mas sou de touro, e isso não diz nada. Quero promessas, materializações. Eu farta de inventar motivos, significados. Eu não me basto. É como dizer para o universo 'por que tantas estrelas se não posso tocá-las e nem compreendê-las. Noite escura, vento que sopra. E nada me diz.
No silêncio profundo da noite escura, tudo é densidade e ausência. Cai a noite cortante, como uma faca a cortar amenidades. Eu no meu quarto sou apenas um instrumento da noite que pode ser música ou ruído. Quando olho sua imagem em um retrato, penso quão longe estamos um do outro. É inútil insistir. O tempo nos distanciou como a noite e o dia, que se encontram fuzgamente na aurora e no crepúsculo. Já não cabe questionar quem errou. Não há erros. A natureza cumpre seu ciclo. E o nosso destino é estar separados. Isso me dói, mas me impele a aceitar os fatos como os fatos são. Com tantas pessoas no mundo, porque o universo ia querer nossas mãos entrelaçadas? Recolho-me a minha condição humana. Eu posso querer o que quero, mas não posso ter o que quero. Isso me impele a uma aceitação dolorosa dos limites do eu. Fico com a lembrança terna do teu ser tão grave. Na sua gravidade encontro respostas para o meu silêncio. Agrada-me mais a sua seriedade do que o seu sorriso, porque em seu rosto sério encontro contrastes e inquietações. Mas você para mim é lembrança em palavras. E ainda assim me alimento do ser que um dia amei. Falar de amor é sempre um solo delicado, dividido entre a prosa e a poesia. A prosa fria, desmistificada. E a poesia buscando o cadenciar de palavras que exprimem verdade. Eu não ia falar de amor. Falaria sobre o universo e suas complexidades. Mas me vi mortalmente terrena, e o peito é a ausência do seu. A eterna incompletude. O amor idealizado encontra sempre as melhores palavras. Tem uma potência maior que o amor concretizado. Ao concretizar, somos humanos demais para manter a chama. Mas digo isso ao meu coração, e ele se nega a aceitar a verdade. Ele quer você aqui presente, seus pelos e sua pele. Seu jeito sério que me faz querer decifrar o que tanto te cala. É um poema de amor. E o amor flerta sempre com o ridículo. E é ridículo amar uma imagem que nunca mais verei. Mas o amor tem esse talento inato de desconhecer fronteiras. É noite e pesa em meu ser essa ausência. E te amo, sem nada esperar.
O silêncio é uma palavra não dita. O silêncio é um olhar desencontrado. O silêncio corta minha pele. O silêncio é a explicação que nunca veio. O silêncio é uma resposta sem palavras. O silêncio diz. O silêncio cala. Cala fundo em minha alma. Excesso de silêncio se chama vazio. E o vazio é uma vida sem sentido. Por isso corta minha pele, minhas veias e meu entendimento. Quando a linguagem se cala, pode ser um fim, ou uma pausa. O silêncio também é musica. Sem o silêncio tudo seria ruído. Um ruído estridente como uma multidão alvoroçados. O silêncio é solidão. O silêncio é a falta que você me faz. É me lembrar é nada mais. O silêncio que não alcançará o seu som. Como o ponto de uma reta. Incompleta. O silêncio fala alto em minha vida. Como uma sina. Espero palavras sonoras, como uma confidência dita a meio tom. Entre mim e o que espero há uma distância. Silenciosa. Como os minutos que nos ignoram.
O mundo é feito daquilo que vemos e daquilo que nossa visão não alcança. O reino do invisível paira no ar como uma entidade. Em momentos de sonho ou transcendência podemos vislumbrar um átomo de sua existência, mas não podemos manipular o invisível com as mãos. O invisível é o que é: invisível. E possuem raízes nas palavras impronunciaveis, na gramatica aleatória do infindável. Está lá no invisível tudo que você quis dizer e calou. O invisível é o silêncio do não dito, perdido para sempre na vontade calada. Mora no reino do invisível aquela dor impronunciavel, que afogou dentro de nós. Mora aquele amor inalcansavel, aquela saudade que rasga o peito, mas se apresenta contida, como se fosse muito bem educada. Moram no Reino do invisível nossas loucuras mais esdrúxulas, explosivas, mas que se apresentam como um manso cordeirinho. Nunca chegava ao fim essa lista, mas é nas raízes do invisível que transformamos toda nossa subversão em conformidade. No mundo real eu sou um gatinho. No Reino do invisível eu sou uma pantera. Tantas coisas falaria desse Reino e de mim. Mas por basta, no Reino do invisível eu grito e canto. Mas no Reino do agora eu sou apenas uma pacata cidadã.
Zé o poeta burro, sem saber ler e escrever vivia sentado ao muro, ouvindo da noite seus murmúrios, apaixonado o poeta burro, sem palavras ou sussurros, de atos calados e astutos, confiante e de olhar distante, zé burro assim como era chamado, afastado de tudo e influenciado por nada, assim me lembro dele e da poesia calada que fazia e eu digo burro mesmo é quem não lhe entendia
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