Professor Carlos Drumond de Andrade

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As prioridades, definem em muito o que queremos ser ou o que somos em nossas vidas. É uma questão de bom senso que vale para toda uma vida e que perdura por muitas gerações.

Tenho a felicidade de escrever os meus melhores versos. Melhor do que isso não posso fazer.

Mário de Andrade
ANDRADE, M. 50 poemas e um Prefácio interessantíssimo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2013.

Nota: Trecho de "Prefácio Interessantíssimo"

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Se você nunca vem sorrir comigo, não venha chorar quando eu morrer.

Diz homem, diz criança, diz estrela.
Repete as sílabas
onde a luz é feliz e se demora.

Volta a dizer: homem, mulher, criança.
Onde a beleza é mais nova.

⁠A vida nem sempre segue o rumo que desejamos. Encontramos obstáculos inesperados e decepções pelo caminho. Porém, em meio ao caos, é necessário recomeçar. Novamente e quantas vezes forem necessárias. Não desista quando as lágrimas teimarem em cair. Acalme seu coração, reflita sobre suas escolhas e tenha coragem para dar novos passos.

O recomeço traz consigo esperança e oportunidade de fazer diferente. Nem sempre é fácil sair da zona de conforto e enfrentar o desconhecido, mas é nesse desapego que encontramos maturidade e crescimento pessoal. Não se prenda ao passado nem às mágoas que já não podem ser mudadas. Concentre-se no presente, abra-se para novas possibilidades e decole novamente.

Seja flexível, resiliente e saiba que, independente das dificuldades que possam surgir, você tem a capacidade de superá-las. Não se limite pelo medo de falhar. Abrace a vida de braços abertos, sempre prontos para novos começos...

- Edna de Andrade

-Porque insiste em causar seu próprio sofrimento?
-Pois meus Demônios me fortalecem. Mas só com a paz dos Anjos que posso ver o mundo.

Balada do Esplanada

Ontem à noite
Eu procurei
Ver se aprendia
Como é que se fazia
Uma balada
Antes de ir
Pro meu hotel.

É que este
Coração
Já se cansou
De viver só
E quer então
Morar contigo
No Esplanada.

Eu qu'ria
Poder
Encher
Este papel
De versos lindos
É tão distinto
Ser menestrel

No futuro
As gerações
Que passariam
Diriam
É o hotel
Do menestrel

Pra m'inspirar
Abro a janela
Como um jornal
Vou fazer
A balada
Do Esplanada
E ficar sendo
O menestrel
De meu hotel

Mas não há poesia
Num hotel
Mesmo sendo
'Splanada
Ou Grand-Hotel

Há poesia
Na dor
Na flor
No beija-flor
No elevador

Oswald de Andrade
ANDRADE, O. Obras completas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.

Procura a maravilha.

Onde um beijo sabe
a barcos e bruma.

No brilho redondo
e jovem dos joelhos.

Na noite inclinada
de melancolia.

Procura.

Procura a maravilha.

Eugénio de Andrade
ANDRADE, E., Obscuro Domínio, 1972

⁠Confiar em Deus é acreditar que Ele está sempre ao nosso lado, guiando nossos passos e nos dando forças para superar os obstáculos. Quando depositamos nossa confiança Nele, encontramos um apoio inabalável, um refúgio nas dificuldades e um conforto em meio às incertezas.

Ao confiar em Deus, somos capazes de olhar além das nossas limitações e encontrar forças que nem sabíamos que tínhamos. Ele nos capacita a lutar contra nossos medos, a enfrentar nossas fraquezas e a nos superar cada vez mais.

Que possamos sempre lembrar que com Deus, somos capazes de conquistar o impossível e nos tornar a melhor versão de nós mesmos...

- Edna de Andrade

"Toda a poesia é luminosa,
até a mais obscura.
O leitor é que tem às vezes,
em lugar de sol,
nevoeiro dentro de si.
E o nevoeiro nunca deixa ver claro.
Se regressar outra vez e outra vez
e outra vez a essas sílabas acesas
ficará cego de tanta claridade.
Abençoado seja se lá chegar."

Reinvenção

Mudar sua personalidade não é tão simples, nem tão rápido quanto cortar o cabelo.
Principalmente quando se tenta mudar para melhor...
Não corte quatro dedos da sua personalidade antiga e anseie que todos percebam instantaneamente ao anoitecer.
Essa recriação mental e consequentemente comportamental, depende inteiramente de um processo chamado "tempo".

Pequenas mudanças acarretarão mudanças maiores;
E uma hora isso será visível!
Se não visível perante todos;
visível a você mesmo.

Escapulário

No Pão de Açúcar
De Cada Dia
Dai-nos Senhor
A Poesia
De Cada Dia.

Oswald de Andrade
ANDRADE, O. Obras completas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1972.

Lobo em pele de cordeiro

Um dia sonhei que uma entidade do mal tentava me seduzir para que fosse um dos seus seguidores. Mas, ela não tinha aparência do mal. Era um homem formoso, montado em um lindo cavalo branco, parecia irradiar bondade e procurava demonstrar que era uma entidade do bem.
Todavia, aquela entidade não conseguiu me enganar, pois sabia muito bem que as aparências enganam.
Acordei quando, desesperadamente, procurava fugir.
Somente quando tomamos conhecimento do íntimo de uma pessoa podemos definir se ela quer realmente nosso bem. Aliás, crescemos ouvindo nossos pais ou amigos dizendo:
_ Tome cuidado com o lobo em pele de cordeiro.

A insônia causa solidão na madrugada.
Os pensamentos fluem naturalmente.
Fatos são lembrados, felizes ou infelizes.
Ao invés de forçar o sono que não aparece,
Leia um livro, assista um bom filme,
Veja as mensagens e imagens virtuais,
Curta, compartilhe, comente, publique.
Aproveite todos os momentos da sua vida.
Aliás, você merece ser feliz.

O medroso

A assombração apagou a candeia
Depois no escuro veio com a mão
Pertinho dele
Ver se o coração ainda batia.

Oswald de Andrade
ANDRADE, O. Poesias reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971

Fim e começo

A noite caiu com licença da Câmara
Se a noite não caíse
Que seriam dos lampiões?

Oswald de Andrade
ANDRADE, O. Poesias reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971

Poema da cachoeira

É a mesma estação rente do trem
Toda de pedra furadinha
Meu pai morou alguns anos aqui
Trabalhando
Um dia liquidou
Ativo passivo
Cinco galinhas
E deram-lhe uma passagem de presente
Para que eu nascesse em São Paulo
Como não houvesse estrada de rodagem
Ele foi na de ferro
Comprando frutas pelo caminho

Oswald de Andrade
ANDRADE, O. Poesias reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971

Digestão

A couve mineira tem gosto de bife inglês
Depois do café e da pinga
O gozo de acender a palha
Enrolando o fumo
De Barbacena ou de Goiás
Cigarro cavado
Conversa sentada

Oswald de Andrade
ANDRADE, O. Poesias reunidas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1971

"As pessoas só reconhecerão que você é uma pessoa boa, quando você tiver a oportunidade pra fazer o mal e fizer o bem."

"Fräulein" era pras pequenas a definição daquela moça... antipática? Não. Nem antipática nem simpática: elemento. Mecanismo novo da casa. Mal imaginam por enquanto que será o ponteiro do relógio familiar.
Fräulein... nome esquisito! nunca vi! Que bonitas assombrações havia de gerar na imaginação das crianças! Era só deixar ele descansar um pouco na ramaria baralhada, mesmo inda com poucas folhas, das associações infantis, que nem semente que dorme os primeiros tempos e espera. Então espigaria em brotos fantásticos, floradas maravilhosas como nunca ninguém viu. Porém as crianças nada mais enxergariam entre as asas daquela mosca azul... Elza lhes fizera repetir muitas vezes, vezes por demais a palavra! Metodicamente a dissecara. "Fräulein" significava só isto e não outra coisa. E elas perderam todo gosto com a repetição. A mosca sucumbira, rota, nojenta, vil. E baça.

Mário de Andrade
ANDRADE, M., Amar, Verbo Intransitivo, 1927

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