Profano

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AMOR PROFANO

E sob à meia luz d'aquele quarto escuro
Os dois corpos bailavam...
Em cima da cama.
Como se fossem...
Dois cisnes apaixonados no paraíso
Do amor.
Navegando
Lentamente nos sabores que ambos
Compartilhavam...
Num degustar que somente eles sentiam no entrelaçar
Dos seus templos sagrados.
Onde o amor profano eternizava-se entre ambos
Corações.

Sagrado e Profano convivem harmoniosamente em meu ser.
O verdadeiro equilíbrio consiste em conciliar paralelos.

todas suas mentiras são cortes
em sua linguá seu desejo profano...
em suas correntes sentimentos de anjos...
que clamar por prazer na escuridão.

Eu queria ser
engano e acertar,
do meu dizer não ser profano
ver e enxergar,
sentir poder tocar
ser as lágrimas
e não chorar.

Eu queria viver
sem esperar,
renascer a cada ano
melhorar não ser humano,
sofrer sem me importar
errar e ser perfeito
sorrir tímido e me alegrar.

Eu queria ser a linha reta
e a poesia nela escrita
ser a coisa certa,
o princípio meio e fim
ser a vida e o exitir,
alguém que não sou
além de mim
ser melhor do que nunca fui
ser amor e sentir isso enfim.

Eu queria o que me falta
ser minha prisão e alforria
da guerra a paz
a música a flauta,
da senssação a brisa
o querer o poder e mais,
da tristeza alegria
ser o coração
a emoção e o sofrer jamais.

Eu queria ser doce
com sabor de para sempre,
o presente
que alguém te trouxe,
a imensidão de um espaço
cheio de nada contente,
ser amigo da solidão
ser a perfeição
não ser gente.

Como eu quero um pouco mais desse teu cálice profano, como eu quero um pouco mais desse vicio que envenena a minha santidade oca.

Poetas em um mundo profano.

Coração Literário.

Jovial e insano, sagrado, mas profano, amor ou ódio, poetar as coisas bonitas, como fazer chorar em momentos inesperados surpresas que são certas e certezas inesperadamente absurdas, assim bate um coração literário e a cada curva do destino a mudança se torna indispensável, como as manhãs e o sol que brilha imponente.
Não tem como temer o amanhecer ou chorar sem saber por que, viver uma ilusão fantasista criada por alguém com tanta verdade que até parece à vida de outrem, a ilusão de sentir o verbo e tecer cada página torna-se um bem tão precioso quanto viajar sem motivo ou voar sem ter asas, num vôo magistral e mágico como flutuar no vazio ou tocar o imenso céu anil.
Tal arte de compor está no sangue e viaja pelo intelecto chegando até o coração que responde como uma ferramenta de sensações sem precedentes, levando emoção ao carente e fazendo-se amar o indiferente.
Sentir o amor na pele, viver ele e o ver florescer, ouvir a voz de uma dama ao menos por ilusão, sentir o suave bater do seu coração, as histórias acontecem assim, com começos meios e afins, uma viagem sem volta e muitas com retorno gratificante, como vencer um gigante ou sentir no emocional aquele mundo tão interessante, ter duas vidas e vivê-las com tanta intensidade, obter a chance de errar duas vezes, mas poder amar mais de uma vez.
Tomar uma vida para si, viver ela e odiar os covardes vilões, ouvir o grunhir dos canhões ou lutar contra imensos dragões, enganar, mentir e ainda sair são ou tornar-se vilão, sofrer, sorrir, chorar, sentir e amar, desejar tudo e nunca ter nada, vagar sozinho por toda a madrugada e não ver o sol nascer, sentir o amanhecer tão belo e as flores de setembro com perfume de primavera, lançar-se ao infinito e voltar a ser o que já era.
Assim vive um coração literário, ele busca, procura e anseia, sente medo, ama e odeia, mas também compartilha com seu mundo as coisas alheias, faz da amargura a ternura e da despedida o retorno e na presença faz saudade, no amor a castidade, sente aperto no coração, mas almeja um simples aperto de mão, a felicidade e o amor pela liberdade, como um pássaro escapando do alçapão.
Ah! Essa prosa poética sai do coração, conforta quem escreve sabendo que não devaneia só, pois não existe tal solidão que tenha participação ao menos do solitário que ao voltar uma página confortou-se em não entender tal raciocínio, infelizmente, a maioria assaz atrás do pão e outras diversões, menosprezam tais escritas, verdadeiros cultivos nos íntimos jardins, manifestações da alma.

“O amor é um sentimento belo, profano, doloroso, inebriante e suas variantes são insinuantes.”

Sou feito do que há de mais belo e mais profano na vida...

DA PAIXÃO AO FOGO

Enlevado afeto que ao profano sente
O beijo em fogo no queimar a pele,
Que no fulgir paixão em corpo vele
O desejo arder no cumprir da gente!

E findar ardor que não for contente
No aventurar de luz, e, por aquele,
Se desdenhe em sede ao ardil mobele
No enlevar em flor o beijar ardente!

Que do suposto, aventura se vigore!
No acender a chama em mais primor,
De eloquente a cobardia se devore!

E no exaltar tão mais profundo ardor,
Que em disfarce gentil, implore
No emular mais alto, (o vosso amor!)

A vida é exatamente assim,

essa mistura,

entre o SAGRADO e o PROFANO.

luz e escuridão

Amor e ódio

Medo e coragem

Emoção e razão

Somos feitos de contradições.

É preciso tomar cuidado com

os excessos…

Na medida certa, tudo fica

interessante !!

Nossas mentes nos libertam do que o mais profano sistema criou, nenhuma prisão, nem calabouço desde o mais profundo que sejas, jamais poderá nos enclausurar, por mais nosso brilho ofuscar...

Você é meu poema vivo de amor sagrado e profano. Um amor de almas antigo e sempre renovado.

O ser humano é esse ser dúbio, que transita com maestria entre o sagrado e o profano.

o amor profano,
e assim delicioso tocar cada parte do seu corpo,
deleitando sobre tudo as gostas de desejo,
alem do amor a dor do desejos secretos,
na magia do teu corpo, muitos gemidos,
sentimentos impuros, devoram a alma
até que a morte seja único destino.

Expectativas são fatores causados por ânsias externas, profano sistema cumulativo, bloqueado pelo fato de não saberem de onde nem para onde se vai.

vivemos a ambivalência de desejarmos o sagrado e o profano.

⁠Às vezes,
não é silêncio.
É só um grito profano
de tudo que não foi dito.

A ingenuidade da malícia

Era ele o malandrão, papava todas, muito mais engano, um sujeito profano, eu nem me importava o quanto o professor de religião cuidava da natureza essencial, mas a canetinha surrupiada era um mal, e aquela moedinha também não faria mal, pois bem a malandragem maliciosa que pensava ser poderosa, burlando os conceitos da ética e moral, despretensiosa juventude, que acompanhou por muito tempo, transformou se em lamento aquela tempestiva passagem, um carro sem engrenagem, um asno, quanta bobagem eu ria, mas virou pranto essa milícia a ingenuidade da malícia que machucou a própria dor, mas preencher o interior da sensata primícia, os céus, o culto, a missa.

⁠Em meio à escuridão, profano eu canto,
Palavras impuras, quebrando o encanto,
Um poema escuro, sem rimas santas,
Desafiando os deuses e suas tantas.

Aqui, não há espaço para a santidade,
Nem para sermões, nem para moralidade,
Liberto-me das amarras do divino,
Para trilhar um caminho clandestino.

Versos ousados, cheios de pecado,
Na imundice da vida, meu ser é banhado,
Ergo meu olhar para as sombras sinistras,
Onde o prazer se esconde nas noites bruxas.

Desafio as normas, os dogmas, tabus,
Realço os desejos mais obscuros, nus,
Com letras impregnadas de luxúria,
Desperto a alma de práticas impuras.

O céu e o inferno são apenas fachada,
Na carne e na alma, a verdade é desvairada,
Transpiro exploração, transgressão,
Semeando o caos por toda a criação.

Então, venham, perdidos e condenados,
Acarinhem meus versos profanados,
Aninhem-se no abismo dos meus versos,
Onde o sagrado vira um mero inverso.

Neste poema profano, liberta-se o ser,
Desnudando a alma, sem medo de sofrer,
Pois na imundice, no impuro, no profundo,
Encontro a verdade que me faz fecundo.
-R.C.O