Procuro uma Mulher
Uma mulher forte deve ser capaz de eliminar todas as "impurezas" e lapidar no homem as suas maiores qualidades.
Palpite
Julia é uma mulher que tem lá suas feridas, umas já fechadas, e outras bem escondidas; tem sempre um sorriso no rosto, independente de como esteja por dentro; é apaixonada por música, cinema, Vinícius de Moraes e brigadeiro; tenta não se arriscar tanto quando o assunto é coração – embora não tenha muito sucesso quando tenta evitar –; ama o sol e adora um dia de chuva, daqueles pra ficar embaixo do cobertor, vendo filme.
Rodrigo é egoísta, talvez até demais; não é daqueles que contam a sua vida de primeira e diz “acabou”, ele é completamente o contrário; às vezes surpreende como ele é tão complicado e difícil de entender; gosta do sol, mas prefere uma boa chuva; não é lá muito preocupado com o futuro; gosta de observar os sorrisos dos olhos – diz que é o mais sincero – e adora soltar umas cantadas ao pé do ouvido só pra poder ver um sorriso envergonhado.
Embora possa não parecer – ao menos nesse pedacinho contado de cada um -, eles são umas das pessoas mais parecidas que eu já vi... A maior diferença é que Rodrigo tem uma namorada, e o maior problema foi o destino tê-los apresentados na hora errada.
Ou não, vai ver que era pra ser assim mesmo: um amor incomum, que dispensa explicações; que só de olhar, você já entende. É exatamente como Rodrigo definiu: esse amor deles é uma espécie de amor-amizade.
Bem, eles se conheceram num bar, e Julia nunca pensou que isso viesse dar em algum lugar, muito menos nessa amizade que eles têm hoje... Afinal, a primeira coisa que Rodrigo disse para ela foi logo uma reprovação. Ele a viu pedindo cachaça, olhou estranhamente, e deve ter pensado algo como “porque diabos uma mulher ia pedir cachaça? Ela parece tão frágil! Deve estar é querendo afogar as mágoas na cana mesmo”, quando falou:
- Cachaça? Mas que coisa feia, rapaz!
Julia o olhou com uma cara um tanto quanto desprezível, em relação ao comentário dele, mas logo abriu um sorriso e soltou sem nem pensar:
- Mas o que é que tem de feio? Nunca visse uma mulher beber cachaça não, foi? Hahahaha.
- Claro que já, mas é que você parece tão...
- Frágil? Eu sabia que tu tinha pensado alguma coisa desse tipo...
- Bem, era o que eu ia dizer... Mas é que não sei explicar, eu acho que não combina muito bem contigo. Além do mais que cerveja é bem melhor, não acha não?
- Hahahaha, eu não gosto muito de cerveja não, ainda tô aprendendo a gostar. Mas e aí, me conta o que tu pensou quando me viu pedindo cachaça?
E daí em diante, começaram a conversar sem nem saber o quão especial um seria para o outro.
Aos poucos, foram se descobrindo... Era como se em cada dia, Rodrigo contasse um capítulo de sua vida – o engraçado é que ele ainda não acabou o seu “livro” até hoje – e Julia contasse um pedacinho do que ela era. Descobriram gostos iguais para tudo: pra música, pra sentimento, pra escrever, pra olhos e pra sorrisos. O tempo passava rápido para eles, quando na verdade passava tão lento que só fazia uns três meses que eles se conheciam... E mesmo assim, já tinham um laço tão forte como alguém que se conhece há anos.
Num dia, sem nem ter porquê, discutiram que sobre o destino. Disseram que ele havia se atrasado, que havia feito as coisas numa ordem inversa, que eles deviam ter se conhecido antes, só pra ter mais tempo. Mudaram de assunto. Falaram sobre alguns textos, uns filmes e sobre o clima. Caíram no assunto “nós”. Discordaram e concordaram, ficaram sem resposta e sem saber o que dizer. Por fim, chegaram numa conclusão: que deixasse a vida levar, porque o que tivesse de acontecer, iria acontecer de todo jeito.
Ficaram por quase uma semana sem se falar – o que era muito para eles -, até que Rodrigo ligou pra Julia e cantou:
- “Tô com saudade de você, debaixo do meu cobertor. De te arrancar suspiros...”
- “... Fazer amor.” Que música mais indecente pra cantar pra mim, num acha não? Hahahaha.
- Hahahahaha, acho não. Tô com saudade de você... Vamos sair? Agora?
- Agora? Às onze e meia da noite?
- É, agora! Bora pra aquele bar, onde a gente se conheceu?
- Tá bom... Vou só trocar de roupa e a gente se encontra lá em quinze minutos, tá?
- Tá certo, não demora!
- Relaxa. Beijo.
Julia desligou o telefone e ficou só ouvindo o barulho que seu coração fazia... Ou era amor, ou era saudade. Ela só não sabia bem do que se tratava.
Quando Julia desligou, Rodrigo correu pro banho. Não conseguia parar de pensar no tamanho da saudade que tava sentindo. Saudade do sorriso dela... Das conversas, do carinho. Saudade deles dois.
Julia chegou, e cinco minutos depois, Rodrigo também. Sentaram-se, ele pediu uma cerveja e falou:
- Cachaça, senhorita?
- Hahahaha, não, engraçadinho. Para você que não sabe, agora eu tomo cerveja – e o olhou desprezando o comentário dele de novo.
Parecia que estava tudo igual. O mesmo lugar, o sentimento, eles, a amizade... Tudo estava como era pra ser. Ficaram por lá até quase uma hora da manhã, e nesse tempo, conversaram muito; tanto, que não sei como eles ainda tinham do que falar.
Foram juntos até o carro, estava chovendo. Antes que Julia entrasse em seu carro, Rodrigo a puxou e sussurrou no ouvido dela:
- Me diz como é que você conseguiu me viciar assim, desse jeito, me diz?
- Só te digo uma coisa. Ou melhor, duas. Uma: nem venha com isso agora... Pare. E outra: eu tenho um palpite. Sobre a gente.
- Como é que eu posso parar com você sorrindo pra mim desse jeito e com seus olhos âmbar me olhando assim?
- São verdes, já disse.
- Pra quê tu insiste que são verdes? Âmbar é muito mais bonito.
- Então tá bom, eu deixo que eles sejam âmbar só pra tu.
- Hahahaha, obrigado. Me diz aí, qual é o teu palpite?
- “Eu sinto a falta de você, me sinto só... E aí, será que você volta? Tudo à minha volta é triste... E aí, o amor pode acontecer. De novo, pra você, palpite.” Era esse.
Rodrigo puxou-a pra mais perto e disse, perto da boca dela:
- “Tô com saudade de você, do nosso banho de chuva, do calor na minha pele, da língua na tua”. E esse era o meu pra você.
Beijou-a.
Na cabeça de Julia vinham milhares de coisas para serem gritadas, mas ela só conseguia mesmo era pensar que acabava de descobrir se era amor ou se era saudade. E não era nenhum dos dois.
Rodrigo não conseguia pensar em mais nada, só na chuva fria e o beijo que o esquentava por dentro, e na vontade de ter Julia sempre por perto.
Soltaram-se. Julia o olhou com os olhos cheios da confusão que brotara na sua cabeça, mas com a certeza que vinha de dentro do seu coração e disse:
- Como é que tu conseguiu roubar um pedaço do meu coração assim, tão facilmente?
- Eu sempre fui um bom ladrão.
- Ridículo.
O silêncio fez-se presente por uns dois minutos, e eles sabiam o que havia acontecido ali. Além de ficarem ensopados de água, eles de descobriram o que sentiam. Julia sabia que precisava dele, e Rodrigo sabia que precisava dela; eles eram como um vício, um para o outro.
Rodrigo beijou-a na testa, e já ia embora quando Julia disse:
- Entenda só uma coisa: Eu nunca vou deixá-lo ir.
O resto ficou subentendido, como um parênteses em aberto na cabeça de cada um.
Mulher!
Mulher como tu és bela
Carinhosa pura e sincera
Trabalhadora e por tudo espera
Mulher como tu és linda
Dedicada, sorridente divertida
E a tudo se dedica
Mulher como tu sofres
Com o preconceito
Com amor e com a dor
Com um parto, com um calo no sapato
Mulher como tu és forte
Trabalhadora, estudante
E sua alegria é constante
Mulher tu sofre e luta
Porque no seu sangue de guerreira e lutadora
Você mulher já é mais que vencedora.
A mulher vive em busca de um homem que a preencha em todos os requisitos. Se um dia o encontrar, não tardará a deixá-lo. Perceberá que o homem que desceu do céu para adorá-la precisaria, antes, ter feito um estágio no inferno. Só por precaução.
Sou o sagrado e o profano,
um haleto e um alcano,
a mulher e a amante,
a ouvinte e a falante,
o céu e o inferno,
o ultrapassado e o moderno,
a pergunta e a resposta,
substância simples e composta...
Sou o paradoxo e a redundância,
o conhecimento e a ignorância,
a escassez e a abundância,
a bondade e a perversidade,
a confiança e a deslealdade,
o mito e a realidade,
o viciante e o saudável,
a solução e o incurável,
o descaso e a compaixão,
conceito e contradição...
Sou o certo e o errado,
o infinito e o limitado,
a virtude e o pecado,
o carbono e o hidrogênio,
um ser humano normal e um gênio...
Sou a entrada e o prato principal,
a páscoa e o natal,
a queda e a ascensão,
a emoção e a razão,
o desejo e a indiferença,
a saúde e a doença,
a fome e a gula,
o remédio e a bula,
o veneno e a cura,
a criadora e a criatura...
Sou, enfim, os dois lados da moeda,
o sim e o não, pois pra mim não há definição.
Surpreendentemente surpreendente.
Uma eterna caixinha de surpresas...
Louvação
A mulher na nuvem
Mulher parideira de antanho
O corpo libidinoso da mulher perquerindo sua odisséia
Mulher enfeitada voa com seu perfume
E fuma
E bebe sua graça ou a desgraça
Mulher deitada
O ventre que convida
O ócio de quem é amada
A cor de quem cativa
Mulher debaixo das paredes
Ao sol de todos os anos
Víbora
Meu anjo por segundos
Mulher irreprimida
Ave de asas cortantes
A mesma de antes
A mesma no sempre
Mulher de veludo
O poro
A lua
Mulher sol e lua
Mulher entre sonhos
Mulher mulher mulher
Hino
O vasto acumular de espantos
Grito
Dengue
Mulher de todo o sempre
Nas nuvens
Na cor dos meus sentidos
Mulher dos olhos
Explêndida
Mulher mãe do mundo
Deste e de outros mundos
Doce como um favo
Jardim
Abelha...
"sabes o que é que significa voltar para casa à noite e encontrar uma mulher que lhe dá amor, afecto e ternura?
Significa que você entrou na casa errada"
Mulher do Vizinho
Quando passo na calçada
Do vizinho aqui do lado
Olho sempre a casa dele
Pelo portão enferrujado
Que mulher maravilhosa
Que tem o meu vizinho
E agora o que eu faço?
Pois desejo a mulher do vizinho
Que mora aqui do lado
Sou muito amigo meu do vizinho
Mas prefiro a mulher dele
E agora Jesus Cristo
Eu fiquei contra a parede
Não sei mais o que fazer
Tenho vontade de pegá-la
Dar um beijo em sua boca
Mas não posso atormentá-la
Ela é mulher do meu vizinho
De um amigo tão fiel
Não posso trair tua confiança
Pois não sou um cara cruel
É melhor deixar pra lá
Pois este sentimento vai passar
E uma amizade desta
Não encontro em qualquer lugar
Paixão estonteante faz uma mulher ser bela o bastante para os olhos alheios ficarem admirados. Ela requebra e rebola a essência feminina sem vergonha. Pisa firme com o ar blasé, despudorado e quem sabe obsceno. Uma mulher que tem em si uma paixão forte, sabe que simplesmente está arrasando, perturbando e incendiando o macho que lhe devora.
Quando você viver uma grande paixão, ela vai fazer um estrago positivo em suas curvas. Você vai subir nas alturas, descer e pisar em um chão de fumaça e o céu vai estar bem perto dos seus olhos...
Tem gente que morre de medo de sentir as coisas boas da vida. Foge da felicidade, não gosta de rir alto e dar gargalhadas sonoras. Olhos brilhando? Palavras soltas? Tem gente que foge de momentos libidinais. Têm medo de serem presas pela gostosura do reino da ilimitada e adoecida paixão. Nunca tenha medo de se lançar a uma paixão. Ela pode ser o melhor capítulo da história de sua vida... Você sabe que é a pura verdade quando uma grande paixão estonteante assume o controle de sua vida... Uma delícia. Coisa viril que se fixa dentro da estrutura. Quem pode derrubar a fêmea que está todinha ocupada por um prazer como esse?
A beleza de uma mulher apaixonada é tão forte que o homem fica sem saber o que fazer com ela. Furacões à parte, ainda não inventaram um aparelho para medir a intensidade da "dor", sensação seja ela que for, que invade a tão estonteante paixão. Os homens, tadinhos deles, ficam sem ação diante dessa performance feminina que abate o mais musculoso dos mortais masculinos. Sobem e descem em cada pedacinho seu, dizem quase enlouquecidos: “Não sei por onde começar”.
Mulher que vive paixões pode explicar o explodir de emoções que o corpo vivencia.
Mulher
Mulher coisa divina
pois tu me deste a vida
Mulher não sei o que seria
de mim se não existisse você
Muitas vezes razão do meu sofrer
Durmo e acordo pensando em você
Mulher junto somos muito mais que
dois amigos, você me completa seus
olhos são meu paraiso!
Te amo! te adoro!
Mulher quero colo, e por você
muitas vezes choro
Ah! mulher igual a você só
mesmo outra mulher.
Sabemos que somos adolescentes quando, deixamos a amizade entre homem e mulher, virar um instinto carnal.
A proporção homem/mulher é irrelevante. Se tem homem com cinco mulheres tem mulher com cinco homens.
Sinta em mim
A presença da paz
Que você precisa
E verás que sou
Muito mais
Que uma mulher
Apaixonada,
Simplismente alma gêmea,
De corpo e alma...
O melhor poder dos homens não está em ganhar as eleições, é ganhar para sempre o amor de sua mulher.
Não sei se melo o cigarro, ou se inundo a minha sina. O desabrochar diário de uma mulher que circula numa estrada por um homem e suas caronas. Ele entende minha velocidade e reajo às emoçoes que nunca foram engradadas. A janela do carona nunca que foi totalmente limpa. Quem viaja nas estradas da vida de um sentimento, entende que o grosso de um amor de qualquer jeito é visto lindamente de qualquer maneira. Amor beira de estrada, acostumado a dormir ao relento, sem frescura. Durmo apenas com o seu corpo, cobrindo o meu, num banco de trás de qualquer medo e com o freio de mão de qualquer angústia engatado. Lavo o único vestido de sinceridade que tenho e penduro em cima do teto da nossa estabilidade. Quando acordo, saio da traseira e vou pra frente de todas as minhas alegrias abotoadas, de um vestido florido, com cheiro de amanhecer. Amar só se for em exagero, só se for sentindo na cara um tornado de amor inteiro, deixando qualquer tralha pelo caminho.
Embalagem de amor vazio, vai pro entulho!
[o nosso amor é cheio]
Sai do meio!
Rebeca
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