Presença da Ausência
Vou te dar um tempo !
um tempo com a minha ausência
assim, quem sabe, descubra que
a minha presença te faz falta !
Não é a ausência
É a presença
Não é a indiferença
É a convivência
Não é a desistência
É a assistência
Não é a malevolência
É a benevolência
Não é a aparência
É a essência ...
É disso que o mundo precisa
Fazer da existência ...
Abrangência !
Saudade é privilégio
Daquele que sabe amar
Transforma ausência em presença
E não cansa de esperar
Mas as vezes o coração aperta
Quando ela é grande demais
E o peito da gente chora
A falta que o outro faz.
O silêncio não é ausência de som, é presença de sentido.
Nele, a alma se escuta.
As respostas não chegam de fora, mas de dentro.
Quanto mais barulho, menos clareza.
A sabedoria não grita, sussurra.
E só quem se aquieta a ouve.
Que o passado passe e o presente se ausente, pois quero ser vidente do meu próprio destino e reinventar o caminho que me faz só, somente.
A solidão não é ausência de companhia, mas a presença radical de si mesmo — e poucos suportam tal intimidade sem máscaras.
A fé não é ausência de perguntas, é presença de confiança.
Mesmo sem entender, você se entrega.
Mesmo sem ver, você acredita.
E, no tempo certo, o que parecia silêncio vira resposta clara como o sol ao meio-dia.
“Escolhas negligentes não nascem do mal, mas da ausência: ausência de presença, de consciência, de coragem para olhar o que realmente importa.”
Solitude
Um espaço inteiro se abre dentro de mim
não é ausência, é presença silenciosa
um abrigo onde o eco respira devagar
e cada pensamento se deita como sombra
Caminho por corredores sem janelas
as paredes não pesam, apenas acolhem
o vazio não me fere, apenas sustenta
como se o nada fosse uma forma de colo
Há um mar profundo sem ondas
sua superfície é espelho imóvel
e nele me encontro sem pedir companhia
somente eu e a transparência do tempo
Solitude é a árvore sem folhas no inverno
que mesmo nua guarda a seiva escondida
não busca olhar, não implora estação
ela simplesmente é, inteira na espera
O vento passa sem pressa pela memória
levando consigo fragmentos esquecidos
e o que resta é uma quietude intacta
onde até a dor aprende a descansar
No escuro há uma claridade discreta
como vela que não brilha para ninguém
iluminando apenas o íntimo do ser
onde habita um segredo impossível de calar
A ausência de vozes não é castigo
mas convite para escutar o indizível
o som de um coração que pulsa sozinho
em ritmo diferente da multidão
E nessa vastidão que parece deserta
descubro raízes invisíveis sob meus pés
elas me prendem, mas também me libertam
pois só na solidão percebo o infinito
Então, aprendo a caminhar sem medo
com a sombra como única companheira
a cada passo o mundo perde contorno
mas dentro de mim nasce um horizonte novo
Solitude é jardim sem visitantes
florescem nele cores que ninguém vê
mas eu as recolho como oferenda
ao silêncio que me guarda e me molda
É também um templo sem portas abertas
onde o altar é feito de silêncio puro
ali não se fazem preces, apenas respirações
e cada suspiro é aceito como oração
Quando o dia se alonga e tudo cansa
a solitude me veste como túnica invisível
e mesmo no meio da cidade ruidosa
sou capaz de escutar apenas meu dentro
Ela é o livro que ninguém folheia
mas que guarda histórias intermináveis
linhas escritas pela mão da espera
e capítulos feitos de pausas infinitas
Entre seus muros, o tempo se dilui
não há relógios que interrompam sua maré
o instante se prolonga até o infinito
como se o universo parasse para ouvir
Solitude é uma estrada sem destino
mas não é vazia, está repleta de ecos
cada passo gravado no chão invisível
se transforma em testemunha silenciosa
E quando penso estar perdido demais
descubro nela um mapa secreto
feito de cicatrizes, lembranças e gestos
que me guia de volta ao meu próprio ser
Assim, aceito sua presença como guia
não como cárcere, mas como vastidão
um lugar onde aprendo a ser inteiro
mesmo quando nada ao redor me acompanha.
A verdadeira saudade transforma a partida em presença e a ausência em aprendizagem.
É por isso que asaudade de quem partiu não é a pior; é a que nos mantém vivos na memória, nos ensina a valorizar o que tivemos e transforma a ausência em presença no coração.
O Silêncio que Fala
Há um silêncio que não é ausência, mas presença.
Ele não grita, não exige, não se impõe.
Apenas está — como o vento que passa e deixa o cheiro da terra molhada.
Nesse silêncio mora Deus.
Não o Deus das fórmulas, dos dogmas, das vestes pesadas.
Mas o Deus que sussurra no coração inquieto,
que se revela na lágrima que cai sem explicação,
e na esperança que insiste em nascer mesmo em solo árido.
A vida não é feita de respostas prontas.
Ela é feita de perguntas que nos moldam,
de encontros que nos desconstroem,
de fé que não cabe em palavras,
mas pulsa em gestos, em olhares, em escolhas silenciosas.
Não é preciso entender tudo.
É preciso sentir — e permitir que o sentir nos transforme.
Porque às vezes, o maior milagre não é a cura,
mas a coragem de continuar mesmo sem ela.
Celebre a Vida: Não Espere Pela Ausência
A vida é um presente precioso e, muitas vezes, nos perdemos na correria do dia a dia, adiando o que realmente importa. Temos o costume de guardar as palavras bonitas, os abraços demorados e os momentos de pura alegria, como se tivéssemos todo o tempo do mundo. Mas a verdade inegável é que o único tempo que realmente temos é o agora.
Não espere que a ausência de alguém que você ama chegue para só então você se dar conta do quanto essa pessoa era especial. A dor da perda é inevitável, mas o arrependimento por não ter feito mais, dito mais ou simplesmente vivido mais com quem está perto pode ser muito mais pesado. Não troque o peso de um "eu devia ter feito" pela leveza de um "que bom que eu fiz".
Comemore a vida com quem você ama enquanto ela está pulsando.
Então, quem você vai procurar para celebrar um momento hoje?
A paz de Deus não é ausência de dor,
mas a presença divina no meio dela,
um amor que guarda, cura e renova,
fazendo nossa alma florescer outra vez.
Amar dói porque importa
Amar dói,
não pela ausência,
mas pela presença que se esconde.
Dói quando o outro silencia,
e o coração faz barulho demais.
É olhar uma mensagem e pensar
será que eu disse algo errado?
É sentir o tempo passar devagar,
medindo segundos no som da notificação que não vem.
Amar é reparar no que mudou,
no jeito, no tom, no “oi” mais curto.
É ver nas entrelinhas o que talvez nem exista,
e ainda assim, sentir como se fosse real.
Dói, porque você quer ser leve,
mas o amor te prende nas asas do medo.
Dói, porque você se importa demais
num mundo que às vezes sente de menos.
Mas amar, ah, amar,
é continuar tentando,
mesmo com o coração trêmulo,
na esperança de que o outro,
um dia,
olhe pra você com o mesmo cuidado
com que você o observa em silêncio.
O amor verdadeiro não cobra presença, entende ausência.
Não exige explicação, oferece oração.
Quando aprendemos a acolher, em vez de julgar, o coração encontra descanso.
