Preciso e Gosto de Intensidade

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"No Brasil é preciso explicar, desenhar, depois explicar o desenho e desenhar a explicação."

É preciso exigir de cada um o que cada um pode dar.

Deus é capaz de trocar reinos por ti,
abrir mares para que possas atravessar
e se preciso fosse daria novamente a vida por ti!
Deus só não é capaz de deixar de te amar...

Como no xadrez, há vezes em que, para ganhar, é preciso sacrificar uma peça.

RECEITA DE MULHER

As muito feias que me perdoem
Mas beleza é fundamental. É preciso
Que haja qualquer coisa de flor em tudo isso
Qualquer coisa de dança, qualquer coisa de haute couture
Em tudo isso (ou então
Que a mulher se socialize elegantemente em azul, como na República Popular Chinesa).
Não há meio-termo possível. É preciso
Que tudo isso seja belo. É preciso que súbito
Tenha-se a impressão de ver uma garça apenas pousada e que um rosto
Adquira de vez em quando essa cor só encontrável no terceiro minuto da aurora.
É preciso que tudo isso seja sem ser, mas que se reflita e desabroche
No olhar dos homens. É preciso, é absolutamente preciso
Que seja tudo belo e inesperado. É preciso que umas pálpebras cerradas
Lembrem um verso de Éluard e que se acaricie nuns braços
Alguma coisa além da carne: que se os toque
Como o âmbar de uma tarde. Ah, deixai-me dizer-vos
Que é preciso que a mulher que ali está como a corola ante o pássaro
Seja bela ou tenha pelo menos um rosto que lembre um templo e
Seja leve como um resto de nuvem: mas que seja uma nuvem
Com olhos e nádegas. Nádegas é importantíssimo. Olhos então
Nem se fala, que olhe com certa maldade inocente. Uma boca
Fresca (nunca úmida!) é também de extrema pertinência.
É preciso que as extremidades sejam magras; que uns ossos
Despontem, sobretudo a rótula no cruzar das pernas, e as pontas pélvicas
No enlaçar de uma cintura semovente.
Gravíssimo é porém o problema das saboneteiras: uma mulher sem saboneteiras
É como um rio sem pontes. Indispensável.
Que haja uma hipótese de barriguinha, e em seguida
A mulher se alteie em cálice, e que seus seios
Sejam uma expressão greco-romana, mas que gótica ou barroca
E possam iluminar o escuro com uma capacidade mínima de cinco velas.
Sobremodo pertinaz é estarem a caveira e a coluna vertebral
Levemente à mostra; e que exista um grande latifúndio dorsal!
Os membros que terminem como hastes, mas que haja um certo volume de coxas
E que elas sejam lisas, lisas como a pétala e cobertas de suavíssima penugem
No entanto, sensível à carícia em sentido contrário. É aconselhável na axila uma doce relva com aroma próprio
Apenas sensível (um mínimo de produtos farmacêuticos!).
Preferíveis sem dúvida os pescoços longos
De forma que a cabeça dê por vezes a impressão
De nada ter a ver com o corpo, e a mulher não lembre
Flores sem mistério. Pés e mãos devem conter elementos góticos
Discretos. A pele deve ser frescas nas mãos, nos braços, no dorso, e na face
Mas que as concavidades e reentrâncias tenham uma temperatura nunca inferior
A 37 graus centígrados, podendo eventualmente provocar queimaduras
Do primeiro grau. Os olhos, que sejam de preferência grandes
E de rotação pelo menos tão lenta quanto a da Terra; e
Que se coloquem sempre para lá de um invisível muro de paixão
Que é preciso ultrapassar. Que a mulher seja em princípio alta
Ou, caso baixa, que tenha a atitude mental dos altos píncaros.
Ah, que a mulher de sempre a impressão de que se fechar os olhos
Ao abri-los ela não estará mais presente
Com seu sorriso e suas tramas. Que ela surja, não venha; parta, não vá
E que possua uma certa capacidade de emudecer subitamente e nos fazer beber
O fel da dúvida. Oh, sobretudo
Que ela não perca nunca, não importa em que mundo
Não importa em que circunstâncias, a sua infinita volubilidade
De pássaro; e que acariciada no fundo de si mesma
Transforme-se em fera sem perder sua graça de ave; e que exale sempre
O impossível perfume; e destile sempre
O embriagante mel; e cante sempre o inaudível canto
Da sua combustão; e não deixe de ser nunca a eterna dançarina
Do efêmero; e em sua incalculável imperfeição
Constitua a coisa mais bela e mais perfeita de toda a criação imunerável.

Vinicius de Moraes
Antologia poética

Cansei de esperar suas decisões, quero mais , preciso de mais. Migalhas? Não, obrigada, não as quero. Sou incrivelmente mais valiosa e exigente, você não pode me dar o que mais solicito: carinho, atenção, e respeito.
Não a nada mais para se fazer, a não ser partir...e deixá-lo decidir o que é melhor para você, simplesmente não posso continuar neste jogo perdido, em que você comprou o juiz ,e já decorou todas as minhas jogadas, cada passo que dou você já tem o que argumentar.
Não importa o que eu diga, você não se importa.Triste ? Não estou, estou presenciando um momento de analise da minha vida, e que é preciso tomar decisões certas, felizmente você não parte dela, pois não posso aceitar a permanência da pessoa que me escolheu para sofrer, e que insiste danadamente em fazer isso.Sofrer não mais.
Quero ser feliz, criar caminhos e seguir minha trilha.
Gostar de você até gosto, mas travo uma briga com meu coração todos os dias por escolher você, isto é cruel comigo, e enquanto mais ele continuar nesta fixação lutarei com toda força que sei que tenho. Desistir disso, não vou, porque na realidade o que mais preciso é desistir de você!

É preciso que eu suporte duas ou três lagartas se eu quiser conhecer as borboletas...

Antoine de Saint-Exupéry
O Pequeno Príncipe

Nas horas graves, os olhos ficam cegos; é preciso, então, enxergar com o coração.

Silêncio Amoroso
Preciso do teu silêncio
cúmplice sobre minhas falhas.
Não fale.
Um sopro, a menor vogal pode me desamparar.
E se eu abrir a boca minha alma vai rachar.
O silêncio, aprendo, pode construir. É um modo
denso/tenso - de coexistir.
Calar, às vezes, é fina forma de amar.

A oportunidade, ela não bate em sua porta. É preciso se dedicar e se esforçar porque ela chega no seu colo.

Eu sei que é difícil esperar, mas Deus tem um tempo, para agir e para curar. Só é preciso confiar... não desista do amor, não desista de amar, não entrega a dor porque ela um dia vai passar.

Não é preciso fazer cartas enormes
Não é preciso falar bonito, com palavras complicadas, e seguindo o português rigidamente.
Não é preciso dar flores, chocolate ou ursinhos de pelúcia.
Nem mesmo fazer músicas românticas.
Do que adiantaria tudo isso sem o verdadeiro amor? De nada adiantaria.
Fazer essas coisas ajuda? Ajuda, agradam bastante.
Porém, não existe no mundo um agrado melhor ao coração de uma mulher do que o amor verdadeiro, um amor 100% sincero.
Amar com toda sua força, abrir mão de suas coisas por uma pessoa, abrir mão até mesmo de sua própria vida.
Esquecer certas vontades, parar com certas manias.
Nunca se abandonando.
Apenas melhorar para a felicidade de seu amor,
e com o sorriso de seu amor, consequentemente, sua felicidade.
Amar vai além de versos, de frases, palavras, ou presentes.
O amor verdadeiro é demonstrado com atitudes, olhares e algumas palavras vindas de seu coração.
Falar de amor nunca é fácil, pois ele irá sempre muito mais do que achamos que seja, sempre será mais do que podemos dizer, ou do que podemos expressar.
Se um dia eu não disser “te amo”, não se preocupe.
Eu apenas não saberei expressar em meras palavras o quanto é grande o que sinto por ti.
Só lhe peço que quando houver alguma dúvida, olhe dentro dos meus olhos e veja.
Veja o quanto eu te amo.
Que a razão do meu viver é você.

É preciso viver muito tempo para se tornar um homem.
Entrelaça-se lentamente a rede das amizades e das ternuras.
Aprende-se lentamente. A obra compõe-se devagar.
É preciso viver muito tempo para que a pessoa se cumpra.

Para enfrentar um inimigo eficazmente é preciso conhecê-lo como ele é na REALIDADE

E o passado é como o último morto que é preciso esquecer para ter vida.

É preciso ter muito mais coragem pro amor do que pra guerra.

Para apalpar as intimidades do mundo
é preciso saber
que o esplendor da manhã
não se abre com faca.

- O espelho... está partido.
- Sim,eu sei. Gosto dele assim. Faz-me parecer do modo como me sinto.

Gosto de Comunicação e Filosofia. Amo muito os dois. Adoro relacioná-los, estabelecer insights que nenhum outro comunicador ponderou. É um amor visceral que já me custou bons empregos em escolas de comunicação que idolatram técnicos americanos e condenam qualquer tipo de reflexão crítica. Tornar-se um reprodutor acéfalo de discursos vindos de além-mar é o componente indispensável na formação da elite brasileira. Um amor platônico por aquilo que vem do norte do planeta e não do que pode ser feito aqui.

Amor por Filosofia, amor por Comunicação, amor por estrangeiros. Amor, amor e amor. Amar é tudo de bom. Não só por ele mesmo. Mas porque torna tudo mais interessante. Assim, se alguém preferir falar de futebol, de política ou de dinheiro é porque os ama.

Por isso escrevo e falo sobre o assunto. Mas a que afeto corresponde esta palavra tão recorrente?

Amor pode ser desejo. Quando estamos apaixonados. Gostaríamos que a vítima da nossa paixão permanecesse ao nosso lado todo o tempo. Como não dá, pensamos nela sem parar. Amamos o que desejamos, quando desejamos, enquanto desejarmos. E podemos desejar quase tudo. Desde uma pessoa até uma groselha bem gelada. Para desejar, basta não ter. Sempre que desejamos, é porque algo nos falta. Desejamos o que não temos, o que não somos, o que não podemos fazer. Assim, o desejo é sempre pelo que faz falta. E o amor, também.

Claro que você se deu conta das consequências deste entendimento. Ou você ama e deseja o que não tem, ou tem, mas aí, sem desejo, sem amor. Paradoxo platônico da existência. Ora, se a felicidade para você e para mim implica ter o que se quer ter, então, o amor não será feliz nunca. Aragon é poeta. Não há amor feliz para ele. Eu sou professor de Ética na Comunicação, ou seja, um pobre desgraçado na definição afetiva daquele filósofo e do Estado que me paga.

Mas Platão e seus tristes seguidores não têm sempre razão. Porque amor pode ser também alegria. É o que nos propõe Aristóteles, seu mais conhecido aluno. E alegria é diferente de desejo. Porque sempre acontece no encontro, na presença. O mundo alegra quando está bem diante de você. Não é como o objeto do desejo, confinado nos seus devaneios. O amor aristotélico é pelo mundo como ele é. Não pelo mundo como gostaríamos que fosse.

E você, andando na rua, declara sem medo de errar: gostei mais desta mulher do que gosto da minha. Afeto carnal. Inclinação erótica. Tesão. Eu prefiro um amor na alegria pelo que tenho do que no desejo pela mulher de capital estético exuberante e apetecível que me falta. Eu, no seu lugar caro leitor, teria cautela. Porque se seu cônjuge for adepto da mesma concepção, amará sempre o que encontrar. Na mais estrita presença. E aí, de duas uma. Ou você ocupa todos os seus espaços e se torna onipresente para ele, ou ele te amará só de vez em quando. Nos instantes de encontro. No resto do tempo ele amará a secretária, a copeira, o personal, o zelador e o que mais lhe alegrar pelo mundo.

Por isso, é melhor que os dois tenham razão. Para que o amor seja rico. E possamos amar na falta, desejando o que não temos, e também na presença, alegrando-nos com o que já se encontra à nossa disposição. É como dar aulas e sustentar uma família, um conflito afetivo entre minha alegria e a responsabilidade orçamentária com meus entes queridos. É bem verdade que não desejamos tudo e que nem tudo nos alegra. Mas não é nenhum problema, pois nossa capacidade de amar não é mesmo tão grande. Amemos no desejo e na alegria, e isto já nos converterá em grandes e refinados amantes.

Espero que nesse ano você, leitor, cultive mais inclinações amorosas do que suas obrigações ordinárias. Rotinas desagradáveis muitas vezes são importantes, mas não são fundamentais. O amor não é tão ruim como nos faz ver Platão. É possível ser prudente, sábio, e, mesmo assim, cultivar amores na vida. Optar pelo amor em detrimento da estabilidade já conhecida pode ser bom. Ser um pouco mais afetivo e um pouco menos racional. Pense nisso.

Agrada-nos o homem sincero, porque nos poupa o trabalho de o estudarmos para o conhecermos.