Posias de Amor Querido
Há um buraco negro em meu peito,
um abismo que devora a luz que sou,
deixando a minha alma inquieta, fora da órbita.
Um universo na minha mente se expande,
planetas de pensamentos que colidem e se metamorfoseiam;
tanta imensidão não cabe neste corpo tão diminuto,
que agoniza sob o peso da própria grandeza.
Meus amores e sonhos, infinitos na sua finitude,
são tão distantes quanto as estrelas que piscam longínquas.
Ah... metafísica! Em nenhum mundo encontro disposição,
apenas o fardo de estar indisposto,
cansado de aqui, cansado de lá,
Alá me acuda, ou Deus, que fiz eu aos deuses?
Estou cansado de teologia,
cansado de qualquer lugar que me aprisione.
Na calçada onde o concreto se racha,
Sob passos apressados, vejo figuras:
Mendigos, esses monumentos esculpidos pela dor e pelo abandono,
Partes da paisagem, sombras de aversas.
Estátuas esquecidas em praças que ignoramos,
Com rostos e histórias, mas nós, indiferentes,
Passamos como se o tempo não os reclamasse,
Mergulhando na rotina, nas horas lentas.
Hoje me interrogo: o que é ser visível?
A roupa que visto, o bem que acumulo,
É só camuflagem, armadura que me isola.
Sob essa fachada, frágil e cativa,
Sinto a tênue linha entre ser e não ser. Vida miserável...
Eu, que me nomeio alguém, sou apenas um rosto entre muitas máscaras,
Um nome sem significado na memória do mundo.
Se eu me apagasse, quantos chorariam a ausência?
A vida seguiria, indiferente às minhas lutas.
Um mendigo cai, e a rua devora o corpo,
Com a mesma indiferença que o ignorou em vida.
Passam as gentes, a calçada permanece,
E a vida avança, sem pausas, sem lamentos.
A invisibilidade é pena pesada;
E eu, tão próximo desse triste destino,
Percebo que o meu endereço é só um nome,
Uma casa, talvez, mas não um lar.
Fernando disse sabiamente: “Hoje não há mendigo que eu não inveje,
Só por não ser eu.” Na imensidão citadina,
Todos somos mendigos, de afeto, de memória, de um sentido,
Buscando ser vistos, mesmo que por um breve instante,
Nessa profunda solidão que é viver.
A vida pode ser repleta de dificuldades e dúvidas, mas a fé em Deus e em nós mesmos nos proporciona um suporte inabalável. Não importa quão difícil a jornada possa parecer, lembre-se de que é na adversidade que a fé se fortalece e nos impulsiona a buscar soluções. Acredite em sua capacidade de superar qualquer obstáculo, pois a confiança em si mesmo é o primeiro passo para alcançar grandes conquistas.
Edna de Andrade
A vida é um constante aprendizado. E a cada desafio superado, a cada semente regada com fé, nos tornamos mais fortes e resilientes. A colheita abençoada é o resultado do nosso trabalho árduo, mas, acima de tudo, da bênção divina que nos acompanha em cada passo.
Portanto, mesmo quando a escuridão parecer tomar conta da jornada, lembre-se de que Deus está presente, guiando-nos e abençoando a nossa colheita. Não desista das sementes dos seus sonhos, pois, quando regadas com fé, elas têm o poder de florescer e tornar a vida um verdadeiro jardim de oportunidades e realizações.
Edna de Andrade
Era uma vez, em um dia qualquer, um sonho meu que parecia tão claro. Eu havia planejado cada passo, trilhando um caminho que parecia perfeito. Mas, como você já deve saber, a vida é cheia de surpresas.
Você já sentiu essa sensação? Aquela voz interna que sussurra: "Ei, talvez seja hora de mudar o rumo!" No começo, resisti. Sabe como é: o medo do desconhecido, o apego aos planos. Mas o tempo passou e percebi que estava apenas me arrastando, sem entusiasmo. Foi difícil, mas entendi que mudar de direção não era um sinal de fraqueza, mas sim de coragem.
Uma certa manhã, enquanto observava o sol nascer, tive uma inspiração: A vida é curta demais para viver o que não nos faz vibrar! E assim, fiz uma pausa. Respirei fundo e deixei as incertezas me guiarem para algo novo. Como um barco à deriva que finalmente encontra um novo rumo.
E o que eu descobri? Cada mudança trouxe um frescor, um novo aprendizado, pessoas incríveis e oportunidades que nunca imaginei! Olhei para trás e vi que cada desvio valeu a pena. A mudança não somente me levou aonde eu estava buscando, mas também a lugares que nunca soube que existiam.
Agora, quero saber de você! Alguma vez você sentiu que era hora de mudar mas ficou com medo? Ou já seguiu adiante e encontrou algo maravilhoso ao longo do caminho? Compartilha aqui nos comentários! Vamos trocar experiências e nos inspirar!
Lembre-se: Às vezes, a mudança é o que precisamos para dar aquele passo que faz toda a diferença. E se você está pensando em mudar de direção, não tenha medo! A vida te espera de braços abertos.
- Edna de Andrade
Há caminhos que não se medem pelos passos,
mas pela leveza que deixam na alma.
E há dias em que a gente não precisa chegar a lugar algum…
Só respirar fundo, colher o agora,
e deixar que a beleza das pequenas coisas
faça morada no peito.
- Edna de Andrade
[O coração] é o relógio da vida. Quem não o consulta, anda naturalmente fora do tempo.
O futuro nunca se engana.
Aprenda que pouco vale mais do que muito, jamais corra atrás de pessoas que só lembram de você quando precisam de sua ajuda, as vezes precisamos pararmos de sermos idiotas, tome cuidado com pessoas tóxicas, elas fingem se importar com seus sentimentos ruins para se aproveitar disso e no final apunhalar você.
Passagem do ano
Passagem
O último dia do ano
não é o último dia do tempo.
Outros dias virão
e novas coxas e ventres te comunicarão o calor da vida.
Beijarás bocas, rasgarás papéis,
farás viagens e tantas celebrações
de aniversário, formatura, promoção, glória, doce morte com sinfonia e coral,
que o tempo ficará repleto e não ouvirás o clamor,
os irreparáveis uivos
do lobo, na solidão.
O último dia do tempo
não é o último dia de tudo.
Fica sempre uma franja de vida
onde se sentam dois homens.
Um homem e seu contrário,
uma mulher e seu pé,
um corpo e sua memória,
um olho e seu brilho,
uma voz e seu eco,
e quem sabe até se Deus…
Recebe com simplicidade este presente do acaso.
Mereceste viver mais um ano.
Desejarias viver sempre e esgotar a borra dos séculos.
Teu pai morreu, teu avô também.
Em ti mesmo muita coisa já expirou, outras espreitam a morte,
mas estás vivo. Ainda uma vez estás vivo,
e de copo na mão
esperas amanhecer.
O recurso de se embriagar.
O recurso da dança e do grito,
o recurso da bola colorida,
o recurso de Kant e da poesia,
todos eles… e nenhum resolve.
Surge a manhã de um novo ano.
As coisas estão limpas, ordenadas.
O corpo gasto renova-se em espuma.
Todos os sentidos alerta funcionam.
A boca está comendo vida.
A boca está entupida de vida.
A vida escorre da boca,
lambuza as mãos, a calçada.
A vida é gorda, oleosa, mortal, sub-reptícia.
Quando eu morrer, pode até me esquecer, eu não vou me aborrecer, mas não me massacre pois, eu não vou poder me defender.
Choro e perco o sono
Num desespero afônico
Abandono-me às horas, sentindo o calor de uma ferida acesa.
Em mim, o precipício entre sim e não faz-me sentir desejos interinos.
Perco o tino, desafino sem clareza; sem espaço.
Num compasso, desafino e divago sobre meus desejos mais censurados.
O poeta, disse, outrora: ''Viver é melhor que sonhar''.
Mas o que seriam os sonhos senão uma coleção em desvãos daquilo que não tenho coragem de viver?
Não sei se você já se deu conta, mas você vai ter que se aguentar até o fim. Você será espectador de você mesmo. Você vai ser observador das próprias condutas até morrer. É bem mais legal se você se encantar com você mesmo.
Soneto de Natal
Um homem, – era aquela noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno, –
Ao relembrar os dias de pequeno,
E a viva dança, e a lépida cantiga,
Quis transportar ao verso doce e ameno
As sensações da sua idade antiga,
Naquela mesma velha noite amiga,
Noite cristã, berço do Nazareno.
Escolheu o soneto... A folha branca
Pede-lhe a inspiração; mas, frouxa e manca.
A pena não acode ao gesto seu.
E, em vão lutando contra o metro adverso,
Só lhe saiu este pequeno verso:
“Mudaria o Natal ou mudei eu?”
Mais uma madrugada
Em que a insônia
O abismo sem fim me engole,
Mais um finito tempo .
Entre espaço e pensamentos
Corroe, roendo
As minhas borboletas no estômago
Que hoje não passam de cinzas .
Que amargam a minha boca
Que me causam enjôos
Mais um dia em que a única coisa que muda
É o meu humor.
Voltar aos braços daquele que te feriu é como deitar-se sobre ponta de uma faca, você sabe que irá te trazer uma ferida.
"A MAIOR LUTA QUE TRAVAMOS É CONOSCO --- desde da hora que acordamos até honorário de dormir, escolhemos opções nem sempre inteligentes, as vezes por preguiça ou impaciência e essas opções nos levam a resultados desagradáveis. Por isso, melhor mesmo é colocar o racional em evidência para depois não se arrepender, mesmo sabendo que pensar ê privilegio de poucos"
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