Por Voce eu Pegaria mil vezes

Hoje tive aquela vontade chorar. E eu só queria um colo para consolar minha cabeça, um colo, que me fizesse sentir que o mundo lá fora é inexistente e que as coisas vão mudar.

Eu tinha medo do que podia se tornar. Ficava, preocupada, insegura, achando que tudo iria dar errado. E acabou dando errado, tudo aconteceu como eu não esperava. A vida pode ser lamentável às vezes, mas aos pouco ela sabe auto-regenerasse.

Definitivamente eu não sei me desfazer das pessoas que amo, eu não sei deixar ninguém partir, eu não sei excluir, deletar, escolher. Detesto o “adeus” e prefiro dizer “até logo”. Pois um adeus significa “esquecer”, até logo significa “eu vou te ver de novo”.

É tão difícil não me importar, tentar não chorar, tentar esquecer. Quanto mais eu tento expulsar esses pensamentos, mais eles dominam minha mente, e as lembranças de você, atropelam minha memória a ponto de torturar. Às vezes desejo fugir, fazer algo, tentar alguma coisa. Mas o que posso fazer? Por mais que eu tente negar, eu preciso de você. Preciso da sua presença, do seu abraço e de você me dizendo: Calma, vai ficar tudo bem.

Eu necessariamente detesto a hora de dormir, porque a última coisa que faço é dormir. Por mais que eu tente te ignorar, tente não me importar, você é última pessoa que penso antes de pegar no sono, e ao acordar você é a primeira pessoa com quem penso em estar. Você preenche meus pensamentos de uma forma torturante e depois sempre me decepciono, pois sei que os momentos que crio na mente, nunca se tornarão realidade.

E eu só preciso de um ombro para encostar minha cabeça, preciso de alguém que enxugue minhas lágrimas, alguém que se importe comigo o suficiente, para dizer que não estou sozinha, dizer que fugir não é a melhor opção. Alguém que não desista de mim, mesmo quando desisto de mim mesma.

Não, eu não “estou bem”. Eu não sei bem o que sinto. Eu sinto um vazio, uma dor sem sentido, sinto falta de algo que nunca vi, sinta falta de momentos que nunca aconteceram, sinto sua falta. Mais e daí? Você se importa?

Eu choro. Choro para tentar amenizar a dor, para tentar diminuir os males e me abraço na esperança de que meu sofrimento possa cessar. As pessoas não sabem, mais a solidão é subestimada.

Mudaria algo se eu dissesse que não desistir por sua causa? Se eu dissesse que ainda estou aqui por você?

Eu tenho medo, medo de muitas coisas. Medo de cometer os mesmos erros, de me machucar, de me perder de novo, e de perder você. Mas, de tudo isso, o que me assusta mais é não ter você aqui. Por que sem você, não tem por quê. Entende? Você entende do que eu estou falando? Estou dizendo que preciso de você. Por favor, não me deixe, me ajuda, você não sabe o quanto eu preciso de você novamente. Não vê que só você pode curar minha dor?

Errado ou certo. Alívio ou dor. Preto ou Branco. Se eu fechar meus olhos, tudo é o mesmo.

E lá estava eu de novo, fingindo que nada tinha acontecido, segurando as lágrimas e forçando o riso.

Certo ou errado. Preto ou Branco. Quando eu fecho os olhos tudo é o mesmo.

E mesmo depois de tudo, ou talvez por causa de tudo, eu não quero te tirar do meu coração, quero mudar as coisas e me colocar no seu.

Eu sinto a sua falta a cada instante que não posso estar perto, a cada instante que eu não possa estar presente, mesmo quando você não queira. A solidão divide o espaço apertado entre a saudade, a sua ausência, e a dor já tornou meu coração frágil demais para continuar suportando. Eu preciso você.

É Irrefutável. Quando a dor parece ter amenizado por um instante, ela volta ainda mais forte. Eu sou vulnerável, quando se trata de se machucar – para os outros, pode passar despercebido – mais só você sabe o quanto aquilo magoa, o quanto aquilo não cicatriza, que só em esbarrar dói.

E mesmo depois de tudo, ou talvez por causa de tudo, eu nunca vou deixar de me importar.

Medite para amar mais, para perdoar mais, para liberar o seu próprio EU do ressentimento, da amargura e do ódio.

⁠Ficar sozinho é um antídoto, um período de liberdade para eu ser quem sou e não o que sou obrigado a ser. Estar sozinho é o que tem me mantido a salvo da loucura e principalmente de outras pessoas.

Mas eu tenho necessidade de solidão, isto é, de curar-me, de tornar a ser o que fui, de respirar uma atmosfera livre, leve, forte...