⁠Eu sou o orfão da alma, o navegante... Felipe Alves de Souza

⁠Eu sou o orfão da alma, o navegante solitário, O homem que habita múltiplos lugares e ainda assim é nenhum, Eu sou o disperso, o eterno indeciso, O poeta que s... Frase de Felipe Alves de Souza.

⁠Eu sou o orfão da alma, o navegante solitário,
O homem que habita múltiplos lugares e ainda assim é nenhum,
Eu sou o disperso, o eterno indeciso,
O poeta que se esconde atrás de máscaras. O homem que escreve a sua vida como se fosse épica.
Eu sou a música dos sonhos e das angústias.
Eu sou a busca incessante da verdade e da beleza, o homem que não se contenta com as respostas fáceis, eu sou o cético, o questionador, o provocador, opoeta que escreve para mudar o mundo, ainda que esse mundo nunca mude.
Eu sou o eterno viajante, o eterno aprendiz, ohomem que, através da poesia, busca eternamente a sua verdade e a sua liberdade.
Eu tentei ser um novo Fernando Pessoa, um homem que ainda inspira, ainda emociona, ainda perturba, mas não, eu nasci a contragosto, porém, a morte é tão sem sentido quanto a existência. Sim, eu fracassei, talvez fracassei em tudo, nunca me encaixei, tentei, Pessoa me descreveu quando disse "escrevo mais filosofias em segredo do que Kant, mas serei sempre o que não nasceu para isso, somente o que tinha qualidades". Despeço-me como um fracasso que poderia ser um sucesso, ou um sucesso que foi um fracasso. Não sei, talvez tenha algo errado comigo. Eu paro, penso, mas quem foi que definiu o fracasso e o sucesso? Pois, então, eu sou o fracasso e o sucesso de mim mesmo. O mundo não gosta de mim e eu também não gosto dele.