Por Trás de um grande Homem

É uma doença natural no homem acreditar que possui a verdade.

Como é que um homem sem as virtudes que lhe são próprias pode cultivar a música?

O homem é a criatura que, para afirmar o seu ser e a sua diferença, nega.

Todo o homem recebe duas espécies de educação: a que lhe é dada pelos outros, e, muito mais importante, a que ele dá a si mesmo.

O homem chega inexperiente a cada idade da vida.

De todos os animais, o homem é aquele a quem mais custa viver em rebanho.

Se o homem nasceu livre, deve governar-se; se ele tem tiranos, deve destroná-los.

O homem verdadeiramente livre apenas quer o que pode e faz o que lhe agrada.

O homem razoável se adapta ao mundo; o irascível tenta adaptar o mundo a si próprio. Assim, o progresso depende do homem irascível.

Não deve o homem, pelo maior amigo, esquecer os favores recebidos do menor.

Na vida de um homem não há dois momentos de prazer parecidos, tal como não há duas folhas na mesma árvore exatamente iguais.

O homem livre, no que pensa menos é na morte, e a sua sabedoria é uma meditação, não da morte, mas da vida.

O homem mais forte do mundo é o mais solitário.

A maior felicidade que pode acontecer a um grande homem é ele, cem anos após a sua morte, ainda ter inimigos.

O animal é tão ou mais sábio do que o homem: conhece a medida da sua necessidade, enquanto o homem a ignora.

Um homem verdadeiro faz o que quer, não o que deve.

Triste é o homem que só ama as coisas quando as perde.

Existem em todo o homem, a todo o momento, duas postulações simultâneas, uma a Deus, outra a Satanás. A invocação a Deus, ou espiritualidade, é um desejo de elevar-se; aquela a Satanás, ou animalidade, é uma alegria de precipitar-se no abismo.

A vida do homem divide-se em cinco períodos: infância, adolescência, mocidade, virilidade e velhice. No primeiro período o homem ama a mulher como mãe; no segundo, como irmã; no terceiro, como amante; no quarto, como esposa; no quinto, como filha.

O homem sereno procura serenidade para si e para os outros.