Por Tras da Janela

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Em minhas viagens de ônibus sempre pensei que estava só... Estava enganado, olhava para janela e lá estava ela, a lua, me seguindo por todo caminho até chegar em casa.

Inserida por FranciscoWallas

Oh bela, como é formosa essa donzela
Desgraça a minha poder observar somente pela janela
Quando passa cheia de graça a desfilar
Até os pássaros interrompem seu cantar
Só de imaginar meu coração chega a parar

Seu cabelo brilhava mais do que o sol
E seus olhos iluminavam como um farol
Menina de beleza sem igual mundo afora
Sonho meu, minha mãe te chamar de nora
Caso impossível, meu coração chora

Se Deus me permitisse a felicidade
De Bela faria minha outra metade
Mas dela não recebo nem um olhar
Então na solidão sigo aqui a imaginar
Nos meus sonhos de ninar

Inserida por Brendowncruz

Insanidade -nov/1992
Que o sol entre pela janela
Invadindo, clareando e aquecendo
Seres que se encontram adormecidos.
Que tire da inércia pensamentos mórbidos,
e situações mal resolvidas.
E do fundo da alma...
Um tempo de despertar
Que traga de volta ao mundo
Aqueles que não julgamos
e, que vivem na insanidade
Mais do que aqueles que julgamos insanos
Por essa mesma sociedade.

Inserida por soniajac20

FECHEI A TRAMELA

Da janela onde eu te abria o segredo do meu
Melhor sentimento e meu maior pensamento,
Já que tu me querias tipo um brinquedo pra o
Momento, um passatempo pra matar o tempo!
Guria da Poesia Gaúcha

Inserida por GuriaPoesia

Ver você pela primeira vez , foi como olhar para a janela do paraíso .

Inserida por jonasazin

A janela aberta permite a vista
do resquício do que fora uma manhã.

O tempo descansa e sossega
o dia que o sol entrega
à uma outra noite sem cor.

A vida já não é tão viva...

Os sonhos mais parecem prantos...

Tanta gente e tanta reza...

Tantas vozes e tantas preces...

Quando o que falta é só um pouco
de mais humor...

Inserida por dohrds

A chuva escorria na janela
Minhas lágrimas no meu rosto
Sempre que olho pra nossa cama
Lembro de como és o teu rosto.

Inserida por Larissaloraschi

E quando eu escrever
Eu vou tranca minha porta
E fechar a minha janela
Porque a conexão que vem lá de fora
Passa uma borracha em tudo de bom
Que tem dentro de mim.

Inserida por Larissaloraschi

Da janela de onde eu moro vejo o Brazil



evangelista da silva


Da janela de onde eu moro vejo o Brazil
Um garoto maltrapilho entregue a desordem
Adotado pelo narcotraficante de alhures...

Da janela de onde eu moro vejo o Brazil
Bêbado, vomitando e cheio de crack, - alucinado
Entregue às mãos podres dos desgraçados.

Da janela de onde eu moro vejo o Brazil
Acorrentado para nunca mais libertar-se dos algozes
Entrincheirados conduzem o nosso povo à desgraça.

Da janela de onde eu moro vejo o Brazil
Estuprado e condenado à prostituição faminto e só.
E assim, conduzido à tortura, certamente, morrerá.

Da janela de onde moro eu vejo o Brazil

Desmaiado sugam-lhe o sangue e vida

Na estúpida violência de roubar a nossa beleza e viver!

Bahia, 13 de maio de 2019.
às 19h 30min.

Inserida por Rjevangelista

Lembrança de Infância



evangelista da silva



Aqui do alto à janela vejo o Uni(verso)
Encoberto de nimbus sobre a minha cabeça
A desfazer-se em chuvas, e choros e gemidos.

Ainda ontem, e faz muito tempo...
Eu sentia este ventinho frio e a cara do tempo nublada,
Cheia de solidão. Mas eu, somente eu, era amado e...

Ao lado da minha avó sentia-me amparado
E forte, e consolado, e cheio de calor...
O amor tudo pode. Assim foi o meu tempo de menino.

Recordar é a maior das razões de viver...
Faz dezenas de anos que não revivo cena tão igual.
Estou no passado ao lado da minha avó esperando a hora de dormir...

Como hoje uma lâmpada acende, não é preciso apagar o candeeiro...
Já não tenho mais a coragem de encarar a luz,
Visto que a minha avó já não dorme ao meu lado.

Santo Antônio de Jesus, 03/12/2018.
Às 18h 12min

Inserida por Rjevangelista

Eu e nós outros



evangelista da silva


Recolho-me!......

Da janela vejo o silêncio mórbido das ruas.
Encontro-me frente a frente à tv.
Observo o carnaval.

Um surto psicótico explode!...
E as almas decaídas aprisionam os possessos
Endiabrando os corpos em estereótipos catatônicos
Que são conduzidos aos infernos.

É carnaval!...

A maioria dos mortais se desequilibram
Enquanto atentos outros usurpam o transe infernal.
E tudo acontece nesse instante:
Cenas macabras desfilam em sangue e mortes... Dessa forma a infelicidade aumenta:
Torturas, toxicodependência, e melancolia.

É carnaval!...

Das prisões às avenidas
Favelas e nobres bairros...
É um urro agonizante de desrealizações.
E, nesta fúria satânica e neutralizante,
Onde tudo se confunde,
Vê-se alegorias, fantasias, arte, circo e palhaçadas!...
Religião, zoada e perturbação musical.

Sim, é carnaval!...

Nesses instantes esquizofrênicos
Ninguém para nada serve
A não ser para lambuzar-se em merda.

Vai-se indo mais um carnaval!...

E neste frenesi torporizado
Entre o real e o imaginário,
Os manipuladores da emoção
Deformam a realidade.
Vendem felicidade e beleza.
Pregam em tudo, pureza e simplicidade
Enquanto a turba agitada e enlouquecida
Agita-se em movimentos bruscos
Ouvindo um som que vem dos infernos
Criando a sinfonia perturbadora das notas musicais.

Santo Antônio de Jesus, 27 de fevereiro de 2017.

Às 16h 03min.

Inserida por Rjevangelista

Nem a mesma rua,
Nem as mesmas casas,
nem as mesmas flores na janela.
As flores eram agora outras,
e outro também eram o seu perfume.
Meus pés pisavam outra rua,
Meus olhos, contemplavam outras faces.
Eles também eram outros.
Talvez mais duros, talvez mais frios.
Talvez por que não viu sua face,
Talvez por que não viu suas flores.
Senti areia sobre minhas córneas,
espinhos no meu coração,
e sob meus pés, paralelepípedos.

Inserida por onne

A janela

Eu posso ver as luzes da cidade
As almas que vagam penosas por lealdade
A lua que quase passa despercebida
E a rua que dá mil voltas sem saída.

Eu vejo a vida da minha janela
Procura e acha mais do que procura como Anabela
Daquele livro, daquela autora.
Do parapeito da cortina bem feitora.

O chão daqui é tão convidativo
A viagem por um desejo impulsivo
Visto assim que até então controlável
Como a luz latente da janela inviolável.

Inserida por letsti

⁠Que a luz do teu olhar,
pela janela que se vê
e pela leitura que assim faço, possa eternizar os passos
de uma alma que escreve aquilo que o coração canta... Canta o amor, canta a flor, canta a vida mas sem dor
Por que o canto em cada canto
Não cabe o triste, mas no entanto
Cabe a vida, cabe o pranto
De alegria e de amor

(Pezão da Timba)

Inserida por PezaodaTimba

Esse bem e esse mal que sou eu

É melhor abir a janela do tempo
e tentar respirar um pouco de ar puro
antes que a poluição dos meus assuntos
consuma de vez os meus tormentos...

Mas para que fingir
todo esse conservadorismo?

Mas para que preferir um pseudo moralismo?

Saiba que o normalismo
não me convêm,
e nem contém
a medida certa de loucura
que me faz viver assim
como sou,
para mim tão bem...

Inserida por dohrds

⁠"Não coloque um sapatinho na janela do quintal, coloque um bota".

Inserida por RoneiPortodaRocha

⁠Em minha casa, é claro, o sol cheirava a incenso. O reflexo batia na janela através das folhas do jambeiro. Chegava de mala e cuia com o início da manhã e só se despedia quando todos nos recolhíamos para o banho das seis. Nem quando a chuva garoava ele nos deixava por muito tempo, escondia-se de mansinho, só pra deixar a chuva regar o jambeiro.

Inserida por jacksondamata

⁠um belo dia, uma garota

um dia
a luz que bateu na janela da minha alma
e clareou meus pensamentos
foi a do teu sorriso

e que então
permitiu-me me banhar
nas águas dos teus olhos
tais águas que purificaram meu espírito

bendita seja a sua voz
que agracia meu coração
e me alegra com teu chamdo
para então

no fim da tarde
me deleitar no teu abraço
a agradecer por
um belo dia, uma garota
ter me salvado
da infelicidade de antes não conhecê-la

Inserida por carrluz

⁠PÓ DO TEMPO

Reabre-se a janela coberta pelo pó do Tempo, e no cenário do que um dia foi jardim, o mato alto e seco sufoca sementes. Estéreis árvores, mas ainda com a imponência da juventude, abrigam pequenos pássaros na quietude de uma tarde resgatada nos porões da infância. Visível é a saudade, diante da velha porta que convida ao pulo sobre os buracos do assoalho - feridas vivas que corroem a casa em ruínas - e as lembranças fazem-se bem-vindas. O vento acaricia o rosto e o corpo se deixa flutuar num balanço que ganha o céu. Sob sons distantes e silvos de cigarras, desfilam dias de alegria e inocência. Porém, voa o Tempo espalhando no concreto o sal dos dias. Mas também nos dizem do aceno dos amigos de jornada, os quais mantém vicejante a flor da amizade e só por isso já vale à pena seguir. Mais um olhar e se avistam frestas enormes na janela - o sol irradia esperança, essa passageira oculta na jornada da vida.

Inserida por HelenadaRosa

Eu amanhecera meio triste,
Mas ao abrir a janela e me deparar
Com aquele dia escandalosamente lindo,
Corri e pedi desculpa pra Deus, afinal não foi
A primeira vez que cometi este erro por causa
Deste meu jeito tão sem jeito, por eu deixar um
Pequeno defeito dominar, domar, cegar e anular
Meus grandes acertos, efeitos e feitos bem feitos!
Guria da Poesia Gaúcha

Inserida por GuriaPoesia