Por Tras da Janela
O sangue bronze infinito mar-horizonte
A triste mortalidade que supera o seu poder
derrete-se diante da fúria, fúria que o dia perdura
Cuja a dor pode a cálida aragem de estio superar o meu amor
O destroços ataque dos exaustivos dias, noite dolorida seguida de madrugadas chorosas
Sólidas lagrimas são indevassáveis
portões do coração-aço poupam o tempo da ruína
Ó temível pensamento! Onde se esconderá?
A joia mais magnífica do gélido abraço do tempo
Quem promove a destruição de sua beleza
negra tinta possa resplandecer o meu amor.
Cansado de tudo isto, uma morte pacífica imploro por que não impeça que nasça tão destinado sofredor
E a virginal virtude rudemente pisoteada, erroneamente desgraçada, a força desarmada pelo vacilante, loucura controlada cativo na tenda à insanidade
afastaria o tempo ao morrer para não abandonar o meu amor
Viver sabendo da sua existência que a dor desatina no peito solidão pois que vivas e não demoras
Por Charlanes Oliviera Santos
Da Janela
Debruçada feito namoradeira.
Esperando acalmar os absurdos,
De uma pandemia que se rasteja,
À Terra interna sem pena.
A janela não é mais sua janela
Sim porta para outros mundos.
Jorge Jacinto da Silva Jr.
Um Olhar
Janela da alma
Estrelas gêmeas
Batem palmas
Ao te ver plena
Quase silenciosa
Em instante único se faz
Para mim obra valiosa
Seu ímpeto íntimo olhar.
O pássaro está à sair, finalmente sua liberdade chegou; gaiola aberta, janela aberta e o dono a dormir.
Aproxima-se da porta da gaiola, olha para trás e vê sua comida, sua água, seu brinquedo que adora bicar, seu balanço que ao balançar parece estar a voar;
mas voltou o olhar a frente, e, de um salto planado chegou a janela ausente
E ao observar, decidiu a gaiola voltar.
Da janela do presente
observa-se o presente
com os olhos do passado.
Da janela do presente
observa-sse o futuro
como extensão do passado.
Quando somos o presente,
não há futuro e passado,
porque só há o presente
observando o presente.
Oh! Saudade!
Pousaste o olhar
na janela dos meus olhos
e fizeste da minha alma
o rebordo de uma fotografia.
Pela janela do meu carro
O sinal estava fechando e eu fui desacelerando. À minha frente duas motos já estavam paradas.
Na faixa de pedestres, indo para o lado esquerdo, atravessou um mulher muito bonita, corpinho de violão, daquelas que "param o trânsito".
Um dos motoqueiros não hesitou e levou automaticamente o pescoço e a cabeça para o lado esquerdo, acompanhando os passos da beldade. O outro motoqueiro logo em seguida fez o mesmo movimento e não perdeu a oportunidade de admirar aquela beleza.
E quem disse que homem disfarça essas coisas?
O mais interessante é que durante aquele pouco tempo entre sinal amarelo e vermelho os dois trocaram figurinhas.
Minha imaginação:
- Pô, cara, viu só aquela mulher como é gostosa?
- Pois é, ô mulherão!
Durante o papo um deles balançava a cabeça confirmando algo.
Acho até que já se tornaram melhores amigos.
P.S.: Vou começar a aproveitar essas histórias e criar contos do cotidiano. Rsrs
A Chave Aquarela
Na tentação do desejo
olho pela janela do pecado
pensando no azul que será
quando o acaso vier a nosso lado
riscando as ruinas escuras
com o brilho de tanto amor
contradizendo o que fora escrito
recriando um unico destino imutavel
utilizando assim cada particula de vontade
que um dia ficou armazenada
na timida ausencia de decisão
irisar a luz desses sonhos em um branco papel
inundando o medo em um beco sem saida
acreditando em cada momento que fora
desacreditado pela ignorãncia de virtude alheia
assim vivenciar uma nova meta de vida
pontuar as linhas rabiscadas e dar um novo começo
acreditar na palavra amor quando lhe vier em sua direção
agindo com polidez , sendo culto , civilizado e cortez
olhar com novos olhos a policromia que a vida ofereçe
tirar da frente a nevoa que ilustra o orgulho
assim imergir o que a de bom em sua existênçia
tornar visivel cada sentimentos , mostrando ao mundo
esqueçer o medo em cima de uma pedra no alto de uma montanha
deixando assim alienado ao vento que forte derrubara
então assim expulsar essa energia negativa aos céus
vitalizando o seu timido ser com forças divinas
desprendendo do receio que te prendes
concretizando as paredes fracas da confiança
fortalecendo seu ser interior com a palavra fé
arrebentando com as teias da ilusão
que te priva de teus sonhos
olhar a escória que existe em todo lugar
compartilhando paz , com um gesto de carinho
realizando talvez o pouco desejo do proximo
mergulhando de vez na crença do poder superior de Deus ,
verás novos frutos nascer com intensidade
seras então a resposta do que procuras
o inverso do que te fez sofrer , o carisma viras a ti
um novo mundo recomeçaras , que Deus te abençoe . Amém
E a chuva já não cai com o mesmo furror... Da janela do meu quarto vejo ela tocar o chão, calma , pretensiosa e sútil. Enquanto isso, em minha mente há uma tempestade de pensamentos. Daí me vêm lembranças, e com elas a saudade do meu bem. E eu continuo ali a olhar a sinfonia da chuva, e a contar as horas pra poder te ver , pra poder dizer o quanto sinto sua falta, o quanto te quero pertinho de mim e em breve segundos, poder olhar em seus olhos e dizer o quanto Te amo.
A chuva finalmente para, o céu se aquieta, e volto a rotina, mas continuo a esperar-te... E saiba que não me canso... te espero nas manhãs de chuva , nas tarde de sol, ou nas noites de inverno e sei que vem, você sempre vem e me faz tão bem , e me faz sentir eternamente sua.
Lembrança III
É tarde de outono,
O oceano, da janela do apartamento, se apresenta mais cinzento.
O homem nada todos os dias no mesmo lugar,
Deve ser norma do seu médico, pois água está fria.
Mergulha e, em cada braçada quando,
A cabeça vem à tona para respirar
É você a nadar no meu mar.
Corro à varanda
Fixo bem os olhos para distinguir quem realmente é,
Leva tempo para decifrar.
O cérebro está condicionado
Para enxergar o que desejo
Que deveria além do horizonte estar.
Depois de algumas horas
Com olhos a transmitir ao cérebro a real imagem,
Conscientiza a interpretação,
É outra pessoa a se exercitar e, já caminhando,
Ele sai do meio da nuance preguiçosa da estação.
Achei que seria possível ser você vindo a nado,
Mas você já cá está a nadar em outro mar.
Talvez, mesmo sendo outono,
Seja um mar mais significante e mais brilhante
Que o mar que lhe tenho a ofertar.
Acordei.
Acordei, despreguicei e me levantei
Abri a janela pela primeira vez
Deixei a luz do sol iluminar o quarto
E recuperar meu coração quase quebrado
Me dei um novo motivo para abrir um sorriso
E apagar o que havia de ruim dentro de mim
Olho pela janela e vejo tudo que não ví
Quanta coisa não viví
Me escondendo em mim
Mas acordei, despreguicei e me levantei
Abri a janela pela primeira vez
E me permito ser feliz desta vez.
Kaline Silva
Nostalgia
Da janela aberta
vejo so sonhos que tive,
as viagens que não fizemos,
os passeios que lamentamos,
e os sentimentos que contive.
É irônico,
mas as melhores lembranças que tenho,
daqueles inefáveis momentos,
são o desespero, a insegurança e abandono.
A nostalgia,
assim tão terna, assim amiga,
é a prova que tudo não passou de ilusão,
mas sinceramente
espero que nesse verão
o céu não se turve,
enegrecendo as nuvens
e levando com a chuva minha paixão.
"Pássaro que canta em minha janela
trazendo mensagem Divina,
não vá embora agora,
quero lhe fazer uma pergunta.
Quando dele me aproximo,
só uma coisa escuto,
o bater de suas asas
que pra longe o leva sem rumo
Olhando aquele singelo voo
fixo o olhar no céu azul
e percebo,
que O Mistério
é mais profundo".
Solitária janela
Aquartelei minha alma a eternidade.
Escrevi o amor nas arestas do coração.
Em perene partida semeei o adeus
num pedaço de chão.
Ah! Quanta saudade.
Olho para trás aquela solitária janela.
Triste e abandonada.
Espelho das horas quietas.
Lenta a vida carrega.
Acendo o tênue pavio em espera.
Trafega, navega nos meus desertos e mares.
De carona na vida
ilha-me os sentimentos tragados.
O homem ignorante olha pela janela a noite vêem apenas um amontoado de estrelas que bilha na escuridão, o homem sábio discerne pela a experiência e pelo conhecimento inspirado das coisas divinas e humana.
Ali da janela externa, notei que andava bem mais
ausente, mas decerto presente, mais perto, interna,
terna e eterna somente na sua mente!
Guria da Poesia Gaúcha
Bela lua
A lua surgiu de manso e em soluço entrou pela janela;
abriu a fechadura da alma. Ao relento adormeceu.
Soterrou a desesperança quando o meu sol pousou em ti.
