Por que eu te Amo e nada vai Tira Voce de Mim
A vida, a integridade física e a dignidade humana não deveriam ser relativizadas. Quando a cultura mutila corpos e apaga vidas, cruza a linha entre o humano e o inaceitável.
A Inteligência Artificial (IA) tem sua vozes, mas a sua é única. Seja autêntico, isso é raro e precioso.
Benê Morais
"Às margens da linha que separa duas nações, educadores constroem pontes de saberes. Mesmo diante da ausência de políticas públicas eficazes, da diversidade linguística e das desigualdades sociais, a gestão escolar resiste, acolhe e reinventa o direito de aprender."
O coro e o desaforo do moço fazem parte da idade, mas não podem ser soltos ao gosto.
Exigem um esboço — de limites, de rumo, de estrada —, pois sem norte, a juventude se perde na própria pisada.
Cabe ao adulto, com firmeza, tato e sabedoria, ser guia, para que o impulso não vire ruína; sem freio, a juventude se atropela na própria sina.
Há horas em que explicar é em vão, argumentar, dispersão, e defender, provocação. Melhor apenas fazer — o silêncio, às vezes, convence mais que a razão.
Nem tudo precisa ser dito.
Nem todo gesto precisa defesa.
Nem toda ação pede explicação.
Às vezes, basta fazer — e deixar que o tempo cuide do entendimento.
Nem sempre vale responder, defender ou esclarecer — às vezes, basta fazer.
O tempo acalma, o gesto fala, e o outro talvez só precise de tempo para compreender.
Quando o outro não está pronto para escutar, explicar vira barulho, e defender, desgaste. Melhor ceder e deixar o tempo esclarecer.
O público invade o privado, e o privado transborda no público — a fronteira se apaga, a vaidade se propaga.
Perde-se o abrigo, dilui-se o limite: a autonomia cede à patrulha social, a família se dobra ao discurso oficial.
A mercantilização do eu faz da autenticidade uma raridade, transforma a intimidade em produto e reduz a privacidade a luxo esquecido.
Oferecimento à Encruzilhada
Ao Senhor das Encruzilhadas,
Exú, Mensageiro, Guardião das Estradas,
Que abre os caminhos com seu falo e tridente
Receba nosso humilde coração.
Sua chama vermelha, viva a brilhar,
Traz o movimento, faz desatar
Os nós da vida, o que está parado,
Por seu axé somos libertados.
À sua esquerda, todo o Povo da Rua,
Sábios Guardiões da noite e da lua:
Pombagiras de força e beleza,
com sua certeza,
Exus-Malês de firme proteção,
Que trabalham na luz da intenção.
Aos que zelam nas calçadas e esquinas,
Nas sombras, nas festas, nas cantinas,
Obrigado pela mão estendida,
Pela justiça na virada da vida,
Pelo conselho no ouvido atento,
Pelo trabalho santo e constante.
Aos que são ponte entre os dois mundos,
Justos, leais, jamais rotundos,
Que desfazem demanda e feitiço,
Com firmeza, humor e carinho.
Povo de rua, de chão e pedreira,
De garrafa, charuto e cerveja,
Sua presença é farol e abrigo,
Sua força, um brado antigo.
Por toda ajuda, por todo amparo,
Por todo trabalho claro e raro,
Nossa gratidão, forte e sincera,
Que ecoe na noite inteira!
Laroyê, Exú! Salve o Povo da Rua!
Que sua luz nunca se apague ou fuja.
Ase, oh Guardiões da verdadeira lei,
Que seu axé brilhe sempre! Laroyê!
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O Amor Simples
Não é templo de mármore,
Nem soneto entalhado em ouro.
É a água clara no copo,
Quando a sede te corta o coração.
É a semente que não discute a terra,
Apenas abre mão de ser semente.
É a raiz que se faz escura e forte,
Para que o galho alcance o sol.
Não te pede versos, nem suspiros,
Nem joias de palavras raras.
Pedir-te-á as mãos vazias,
E o silêncio que sabe escutar o vento.
Será às vezes macio como a lã
Que envolve o frio dos teus ossos.
Outras vezes, áspero como a raiz
Que desfaz a pedra no caminho.
Não se mede em promessas altas,
Mas no pão repartido ao meio,
Na lenha recolhida no outono
Para o lume do inverno teu.
Quando vier, não trará coroas,
Nem vestes bordadas de desejo.
Virá descalço, como a chuva no chão seco,
E dirá apenas: "Eis-me aqui.
Sou a sombra que te segue,
E o vento que te chama para além."
Esperança Calculada
Não é semente lançada ao vento cego,
Nem flor que busca o sol em terra árida.
É algo mais profundo, um movimento interno,
Uma aposta fria, quase absurda.
Surge quando o eco de um olhar perdido
Ressoa nas paredes do já vivido,
Quando o toque, um dia, foi porto e não viagem,
E deixou cicatriz de doce passagem.
É a sombra de um porto que se crê verdadeiro
Num oceano vasto de talvez e talvez não.
É sustentar, com mãos trêmulas, o castelo
De um "sempre" que o tempo pode desmanchar.
É a memória viva de um instante
Que se recusa a ser só lembrança.
É o fio invisível que persiste em costurar
Os rasgões que o desencontro veio a fazer.
É crer que aquele abraço, denso e raro,
Não foi acidente no caminho vazio,
Mas um ponto fixo, um norte descoberto
Numa cartografia de afeto puro.
É a chama que se alimenta não de lenha,
Mas do próprio ardor que a sustenta,
Sabendo que o combustível é finito,
E ainda assim, arder com gosto infinito.
É apostar no humano, frágil e complexo,
No amor que é escolha, dia após dia,
Mesmo quando a lógica fria desmonta
A arquitetura frágil dessa ponte.
É a coragem nua, despojada,
De crer no fundo que o encontro foi real,
E que, apesar do risco e da incerteza,
Vale a pena manter a chama acesa.
É a esperança que não espera milagres,
Mas tece, no silêncio, sua própria teia:
A de que o amor mais puro, quando chega,
Não se dissolve, mesmo quando parte.
Pois sua essência fica, marca indelével,
Um cálice vazio que ainda guarda o mel.
“Minha convicção é maior do que os meus desejos, porque a vontade passa, mas o que acredito permanece.”
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