Poetisa
Por onde você passa
goiveiros surgem do nada,
Meu amor bonito,
o meu coração levaste contigo
e a cada dia me encontro
sempre mais poética e apaixonada,
serei sempre a sua poetisa adorada,
E para os meus braços amorosos tu
haverá de fazer a tua vida dedicada.
O oceano do teu amor
mora gigante em mim
mesmo que no instante
da maré inconstante
e deste desafio gigante.
Não existem correntes
do oceano para quem
nasceu peixe travesso,
e filha da Rainha do Mar
que sabe como nadar.
Manjar, canjica, uvas,
espumante, velas,
flores brancas e uma
cesta de oferendas
não tenho como ofertar.
Como quem pula
a terceira onda a poesia
oferto para a Sereia
tomar conta e a magia
da paixão nos aproximar.
Peço para nós um lugar
bonito no coração de Oyá
aonde quer que a gente vá,
que o destino seja gentil
e ajude o amor nos encontrar.
Com toques de seda,
lábios de veludo,
acendendo a candeia
do desejo profundo
e falando sério
ainda não te seduzi
do jeito que quero.
Com toda a poesia
e mistério que você
sabe que nela há,
ando em preparação
para o amor que virá.
Com o queixo caído
não vou te deixar,
porque teus lábios
estarão ocupados
gostosamente a beijar.
Mesmo que por timidez
de um vagaroso instante
ainda não se pronuncie,
Você embalando o ritmo
romântico deste fandango
pela poesia na tua mente
que dança te chamando,
é um sinal que está se apaixonando.
Tô ouvindo aquele
xote que fala
de beijo no cangote,
Quero você na cintura
feito laçarote
provocando rebuliço,
Pode parecer poesia,
eu cai no seu feitiço.
Não é nenhum segredo
que tenho desejo
de te devorar aos beijos,
Você virá para mim
no passo charmoso
da mazurca galopeada,
Eu sei que por ti
também sou desejada,
e a poesia só tem
sido mesmo a entrada
daquilo que não há mais
como não ficar alvoroçada.
Chemtrails cruzando
o céu neste anoitecer,
O ar anda pesado
no meio dessa gente
que se cala ou fala
com você como
não fosse meritório
de receber o mínimo
de respeito e educação.
Balão espião que
atravessou as fronteiras
da Soberania
_metáfora lúcida,
e sem poesia nenhuma
para o cardápio do dia.
Não estamos em época
de São João,
O trem para a roça
descarrilhou
e ninguém anda fazendo
questão de colocar
de novo no trilho:
O transtorno para muitos
tem sido o objetivo.
O melhor que posso
fazer daqui adiante
nesta estranha vida
é conversar sozinha
ou nas entrelinhas
esperando pelo fim do mundo.
(Não consigo viver de mentiras).
Tudo aquilo que caça o romantismo acaba com o sonho.
Quando o romantismo e o sonho acabam, as sociedades entram num estado existencial muito perigoso.
É preciso se conscientizar e mudar o pensamento daquilo que nos afasta dos dois.
As fitas coloridas girando
no mastro pelas nossas
mãos dançamos a poesia
o passo da feiticeira
vida que por ironia
nos colocou amarrados
de corpo, alma e coração.
A música intensa tocava,
Você sensual me olhava,
As fitas coloridas giravam,
Os mastro não mais enxergava,
Só em você me concentrava,
Dançávamos o passoda Rede de Pescador,
Para vibrar o amor que chamava.
Nesta quarta-feira
de cinzas batizei
a minha inspiração
ao som de chorinho,
Para que renasça
este ano inteirinho;
Quero que no próximo
ano o seu Carnaval
seja celebrado comigo,
Sou eu o seu amor
e a poesia do destino.
Do samba o pagode nasceu
deste sangue africano
que no Brasil aqui floresceu,
E a paz e o amor nas rodas
fez a gente se encontrar,
O meu coração não
para nenhum minuto
de pagodear em busca do teu,
Meu truque lindo do destino
que ainda haverá de ser meu.
Os Caboclos de Lança
fazem a saudação,
Sou o teu Maracatu
de Baque Solto
dançando seu coração.
Catirinas cantam
versos de paixão,
Mateus e Catita
levantam o pó do chão.
Reis e Rainhas
dos nossos destinos
soltos neste engenhão,
e entre as Arreimás
não perco a sua atenção.
Com direito a Luminista,
Sombrinha e uma chuvinha,
eis o Maracatu de Baque Solto
festejante neste sertão.
Do Valete a Dama,
das Índias e das Iabás,
das Princesas e Príncipes,
com direito a Símbolo,
Banderista e a nossa companhia
todos dançando a mesma folia.
Olhando no fundo
dos olhos dançando
mazurca juntos
sob a luz da Lua,
Sentindo quentura
do amor e do desejo,
Sonho inabalável,
Poesia, paixão e doçura
que não cabem na coreografia.
De joelhos olhando
para mim durante
o Balão Caído,
Não será a última
vez que você vai
dançar comigo,
Você daqui
para frente só
dançará comigo,
O teu coração
se rendeu a poesia
e ao meu feitiço.
Algo vem dizendo
que chegou o tempo
do amor em rebento,
Com a melodia e a poesia
contidas nas tuas palavras
que carregam pelos braços
como estivéssemos
em pleno baile dançando
a valsa do passeio,
Não há nada que disfarce
que só cresce o desejo.
O lenço girando na sua mão,
as esporas tocando o chão,
Você sabe que eu quero
ouvir a batida do seu coração,
Nesta valsa do lenço
vamos rodopiando pelo salão,
O quê eu tanto nessa
vida desejo é te cobrir dos pés
a cabeça com os meus beijos,
Embarcados não somos passageiros,
e nem nunca na vida seremos.
Tempos onde tudo
se tornava poesia,
os pares, os copos
e as facas se trocavam.
Todos dançavam
com a faca maruja
riscando o chão
e amolando no ar.
Tempos que só
se parava de dançar
quando a bebida
do copo acabar.
Tempos onde todos
sabiam se divertir,
e encontravam o seu par
para o coração entregar.
De baque solto
sou eu maracatu,
Todas em uma
para te fazer mais
doce que melado
e com engenho
a cada novo desejo.
De baque virado
sou eu maracatu,
Rainha coroada
para viver contigo
sempre apaixonada.
De baque doido
sou eu maracatu,
Ora virado e ora solto,
ocupando o seu sonho
e deste amor te dando orgulho.
O céu estrelado
anuncia a poesia
campeira nas mãos
do biriva todinha
de prenda dançarei
a roseira a noite inteira,
Ele tem certeza
que eu o quero,
Espero que da mesma
maneira que ele me queira.