Poetas Brasileiros

Cerca de 4256 frases e pensamentos: Poetas Brasileiros

E são coisas vivas as palavras
e vibram da alegria do corpo que as gritou
têm mesmo o seu perfume, o gosto
da carne
que nunca se entrega realmente
nem na cama
senão a si própria
à sua própria vertigem.

Inserida por rodkalenninfe

Eu não acreditava que o bronze/prata v era um inferno, até ir duo com um bronze.

Inserida por Stalkers

O homem está na cidade
como uma coisa está em outra
e a cidade está no homem
que está em outra cidade

mas variados são os modos
como uma coisa
está em outra coisa:
o homem, por exemplo, não está na cidade
como uma árvore está

em qualquer outra
nem como uma árvore
está em qualquer uma de suas folhas
(mesmo rolando longe dela)
O homem não está na cidade
como uma árvore está num livro
quando um vento ali a flolheia

a cidade está no homem
mas não da mesma maneira
que uma pássaro está numa árvore
não da mesma maneira que uma pássaro
(a imagem dele)
está/va na água
e nem da mesma maneira
que o susto do pássaro
está no pássaro que eu escrevo

a cidade está no homem
quase como a árvore voa
no pássaro que a deixa

cada coisa está em outra
de sua própria maneira
e de maneira distinta
de como está em si mesma

a cidade não está no homem
do mesmo modo que em suas
quitandas praças e ruas

Inserida por rodkalenninfe

Ah a Jessica é a Jessica.

Inserida por sayonss

Para viver um grande amor é muito, muito importante viver sempre junto e até ser, se possível, um só defunto — pra não morrer de dor.

Inserida por Crobalv

"E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? E agora, você? Você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama, protesta? E agora, José? Está sem mulher, está sem discurso, está sem carinho. Já não pode beber, já não pode fumar, cuspir já não pode. A noite esfriou, o dia não veio, o bonde não veio, o riso não veio, não veio a utopia e tudo acabou e tudo fugiu e tudo mofou, e agora, José?

Inserida por grasypiton

"A religião ocupa espaço infinito dentro do homem,
sem que este perca as limitações humanas."

Inserida por evelynda96

Eu to imaginando oque você tá realmente imaginando e não oque você tá me dizendo que ta imaginando que eu sei que você não ta imaginando isso xD

Inserida por Ina-13

⁠O empresário é um intelectual que, em vez de escrever poesias, monta empresas.

Inserida por bentojbbass

⁠"Aqui, além, pelo mundo
ossos, nomes, letras, poeira...
onde, os rostos? onde, as almas?
Nem os herdeiros recordam
rastro nenhum pelo chão (...)
choramos esse mistério
esse esquema sobre-humano
a força, o jogo, o acidente"

Inserida por dia_marti

⁠"De coração votado a iguais perigos,
vivendo as mesmas dores e esperanças,
a voz ouvi de amigos e inimigos"

Inserida por dia_marti

museu da inconfidência

São palavras no chão
e memória nos autos.
As casas inda restam,
os amores, mais não.

E restam poucas roupas,
sobrepeliz de pároco,
a vara de um juiz,
anjos, púrpuras, ecos.

Macia flor de olvido,
sem aroma governas
o tempo ingovernável.
Muros pranteiam. Só.

Toda história é remorso.

Carlos Drummond de Andrade
Antologia poética. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.
Inserida por Doug83

Não posso mover meus passos
por esse atroz labirinto
de esquecimento e cegueira
em que amores e ódios vão

Inserida por dia_marti

⁠"Tudo me fala e entendo : escuto as rosas
e os girassóis destes jardins, que um dia
foram terras e areias dolorosas
por onde o passo da ambição rugia;
por onde se arrastava esquartejado,
o mártir sem direito de agonia"

Inserida por dia_marti

⁠"Que é feito de vós, ó sombras
que o tempo leva de rastos?"

Inserida por dia_marti

Precisamos descobrir o Brasill!
Escondidos atrás das florestas,
com água dos rios no meio,
o Brasil está dormindo, coitado.

Inserida por francisca_santos_1

Tua orelha num frêmito desnuda-se:
O que seria
O que seria que te disse o vento?

Inserida por chico_andrade

NASCER DE NOVO

Nascer: findou o sono das entranhas.
Surge o concreto,
a dor de formas repartidas.
Tão doce era viver
sem alma, no regaço
do cofre maternal, sombrio e cálido.
Agora,
na revelação frontal do dia,
a consciência do limite,
o nervo exposto dos problemas.
Sondamos, inquirimos
sem resposta:
Nada se ajusta, deste lado,
à placidez do outro?
É tudo guerra, dúvida
no exílio?
O incerto e suas lajes
criptográficas?
Viver é torturar-se, consumir-se
à míngua de qualquer razão de vida?

Eis que um segundo nascimento,
não adivinhado, sem anúncio,
resgata o sofrimento do primeiro,
e o tempo se redoura.
Amor, este é o seu nome.
Amor, a descoberta
de sentido no absurdo de existir.
O real veste nova realidade,
a linguagem encontra seu motivo
até mesmo nos lances de silêncio.
A explicação rompe das nuvens, das águas, das mais vagas circunstâncias:
Não sou eu, sou o Outro
que em mim procurava seu destino.
Em outro alguém estou nascendo.
A minha festa,
o meu nascer poreja a cada instante
em cada gesto meu que se reduz
a ser retrato,
espelho,
semelhança
de gesto alheio aberto em rosa.

Inserida por MarthaDuarte

Balanço

⁠A pobreza do eu
a opulência do mundo.
A opulência do eu
A pobreza do mundo.
A pobreza de tudo
a opulência de tudo.
A incerteza de tudo
na certeza de nada.

Inserida por rafaelnovaes

⁠"Como as palavras se torcem
Conforme o interesse e o tempo"

Inserida por dia_marti

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