Poesias sobre os Cinco Sentidos
A voz vai invadindo a mente, possuindo o corpo, estremecendo os sentidos e virando realidade dentro de nós!
E assim ... como mágica a realidade se torna insignificante diante da fantasia.
Olharam juntos,
Olhares vistos,
Olhares sentidos,
Olhares quase vistos,
Dois corações acelerados,
Um beijo quase dado
Porém lábios nunca tocados.
Brindai aos olhos feridos de lágrimas que ontem vibraram de amor
Entorpecidos estão os sentidos daquele que outrora amou
a doce e fulgaz paixão em alusão a uma paixão que jamais existiu
Sentidos
Quando vejo o seu olhar compartilho de um carinho especial, me fazendo sentir muito desejada;
Quando ouço a tua voz o desejo de estar perto me invade, correria léguas para sentir o seu corpo no meu;
Quando sinto o teu cheiro a minha imaginação aflora, me fazendo lembrar o quanto sou apaixonada por você;
Quando sou beijada por você, verdadeiramente, eu penso: como valeu, vale e valerá apena lutar e viver por esse amor;
Quando te abraço parece que todos os problemas deixam de existir, me sinto tão segura;
Quando conquisto o teu sorriso posso enxergar que sou uma mulher privilegiada por ter você não só como um amigo, companheiro, amante, mais também como um grande, único e eterno amor.
Litoral em memorial
Há navegar no mar a amar,
sem pressa por expressar os sentidos,
sentir a brisa do lamentar,
nas gélidas lágrimas da chuva,
em meu barco ao vento a rebocar,
cortando as ondas,
criando vida aos traçados a me levar,
esse foi o meu penoso caminho,
tortuoso em lhe buscar,
acanhadas ondas proferem ditosas,
contorno aos lençóis a profetizar,
aquele oceano desbocou meus horizontes,
fora azuis seus olhos a me ludibriar,
ofuscam-se meus medos,
daquelas terras um dia voltar,
por conhecer alguém,
aquela de quem eu possa junto estar.
LATENTE LOUCURA
Ferem-me os sentidos
Revividos num instante
De sanidade latente
Acabrunhada...
Doce loucura
Que me priva do verossímil
Conduzindo mi'alma
Sem amarras ou grades
Viajante espectro
Livre de acepção
Mergulhando em rios
Correndo pros mares
A culpa destoa
Da santa loucura
Quando emerge do nada
A mais (ainda) louca sanidade
Ferrolhos trancafiados
Pesando na alma
Aflita que vaga
Encarcerada no corpo
Sou meio e tudo
De um inteiro partido
Na luta perdida
Do certo e o errado
Vago na minha sanidade
Contida em meus desejos
Enquanto na minha loucura
Vivo o meu bem querer
(Nane-16/05/2015)
Dizer palavras,falar em versos, narrar sentidos, ter ordem e progresso,propor amor,tentar amar,viver da dor e não saber perdoar,podemos esta assim ... vivendo por viver ... sorrir só por sorrir, sofrer só por sofrer.
Seja onde estiver ouvindo essa canção,abra o coração e deixa ecoar,Lembranças virão se for amor será amado ,se for pra sarar será sarado,se por crer creia pra sempre, se for verdade eternamente
04.18 (23/05/2015)
É depois de tanto tempo eu me deparo escrevendo pra você, é difícil falar dos meus sentidos ainda mais diretamente pra pessoa. Eu não consegui até hoje esquecer o que vivemos, o que senti ... Fica até difícil acreditar que acabou apesar de ambos não terem colocado um ponto final no caso.
Não vou mentir pra você dizendo que não conheci outras pessoas, que não tentei te esquecer, por outro lado isso foi o que mais fiz, mas infelizmente (ou felizmente) por burrice as tentativas foram sem sucesso.
É cômodo ir nós lugares que fomos juntos é como se passe um filme na minha cabeça, não vou negar que sinto saudades de cada minuto.
Eu sei que você também seguiu sua vida e que deve tá me achando uma idiota ao te mandar esse texto, mas eu confiei em você, eu te amei de um jeito tão diferente e tão profundo que fica difícil acreditar que acabou.
"São fantasmas que perseguem sua sombra,
São lembranças que entorpecem os seus sentidos
São erros tão presentes que desfalecem a realidade
E se tornaram uma rotina, tão errada que originou
O que nos tornamos.
"Sentidos vagando em dispersão,
Olhos abertos apenas para ver,
Te ler feito um livro,
Ouvir tua doce voz e crer que tornei-te minha dimensão.
Desgovernada mergulho em planos incertos,
Incerta me desgoverno.
A relação desse agora sem méritos,
Me aquecendo no frio do teu inverno."
POEMA DAS PALAVRAS AUSENTES
Hoje, embebedado de sentidos, resolvi escrever sobre você.
Quis narrar como sua beleza agressiva furta toda a atenção
e como seu olhar está sempre a pedir um afago
e breguices de amor, que adoro dizer ao seu ouvido.
Decidi descrever como seu desajeito é todo complexo,
querendo ser companhia para o meu descompasso.
Quis divulgar como suas curvas delicadas revelam desejos meus
e se exibem de maneira solar à meia-luz.
Cambaleei entre palavras relembrando
como seu sorriso me traz um futuro bom
e como tenho em mim uma tempestade de você.
Recordei cada instante, todo o tempo,
calando meus versos, por breve momento.
Percebi que para você nenhum verso é decente
e que palavras não seriam suficientes.
Para falar de você
minha poesia deveria ter o cheiro da primavera
e a tenuidade de uma manhã de inverno;
teria de ser bela como um pôr-do-sol sobre o mar
e quente como um abraço de saudade.
Pediria a transparência da água de uma nascente
e a pureza de lugares desconhecidos.
Para falar de você
minha poesia deveria ter o gosto ingênuo das nuvens.
Não bastaria uma canção,
seria necessário compor uma sinfonia.
Eu teria de divulgar segredos
– sagrados segredos –
que te fizeram assim: tanto!
Para falar de você
eu teria de desvendar o encanto
que nos cerca e que nos uniu:
teria de justificar o incompreensível.
Por isso, para você eu escrevo sem palavras
e te dedico um silêncio profundo,
porque só o silêncio pode falar
quando as palavras não podem descrever.
Dei os primeiros passos
em campo aberto, e decidi
sentir o que a terra falava
aos meus sentidos.
E com suavidade tornei
meus gestos plácidos
e brandos.
Na concordância delicada
abracei-me a brisa ,retirei-me
do corpo à acarinhar
pelas nuvens.
Enfim sou alma livre a
perpetuar meus sonhos
em sintonia com o que
me rodeia.
Assim escuto o cantar
das rosas, ouço a melodia
dos ventos quando acariciam
as flores.
Tudo tornou-se mais sensível !
Agora acredito que alma leve
e livre pode muito mais;
No sentir,
No falar,
No tocar.
Sou o vento, sou a brisa,
Sou os raios de sol, e não
quero mais o peso do corpo.
Mas, tenho de voltar e esperar
no tempo minha ida ao leve,
puro e inocente para ser livre
ao infinito.
Para sentir as melodias dos
pássaros a tocar-me.
E saber que um dia voarei
igual ao beija-flor trazendo
comigo penas o doce da vida.
Amar alguém é encontrar dentro de si mesmo, todos os sentidos que te levam a acreditar no propósito vida!
Um encontro de duas almas em um único corpo, absurdamente envolvidas por um só sentimento: amor!
DIA DO BEIJO
Beijo bom é dado com os olhos,
desejado, tocando a alma,
acelerando os sentidos.
Beijo de boca é tudo igual.
No efervescer dos olhares
As retinas são mais reluzentes
Acariciando os desejos aos sentidos
Que perpetuam numa corrente dilatante
Fluindo em contatos do coração a alma...
Sentir o toque das palavras como dedos que se agitam na nossa pele, é saber interpretar os sentidos nelas descritos.
Antonio Almas
Reflicto sobre a essência dos sentidos, as ligações cósmicas que nos levam a deduzir sensações, que nos aproximam de certas almas e provocam nelas avalanches de emoções. Percebo que há uma rede de conexões que são fios invisíveis que nos unem, que nos ligam numa torrente saborosa de sentimentos. Esta ligação não acontece sempre, não acontece com toda a gente, apenas com aqueles que como nós partilham duma capacidade sensorial diferente. Aqueles, como nós, que presentem numa palavra a fonte que a jorrou, que deduzem numa frase o intuito para que foi escrita. Afinal, no principio foi a palavra que nos juntou, que nos abraçou num afago terno, que nos fundiu numa corrente tórrida, que fez diluir-nos em oceanos de prazer. O prazer de ler, mas também a capacidade de o sentir na pele, de provocar o corpo que reage ao estímulo da verbalização dos sentidos.
Recebo em mim o retorno das emoções que dissemino, percebo que não estou sozinho, que lá fora há muito mais seres que percebem nas palavras aquilo que digo com a alma, este é o reflexo duma alma colectiva que se estilhaçou em mil pedaços no início dos tempos e que agora se reencontra em cada grão de areia desta praia celeste.
Meu sangue ferve,
Minhas garras se levantam,
As presas doem,
Meus sentidos se aguçam
E meus olhos sangram,
A besta então toma
Minha alma à luz da lua,
E aquilo que eles chamam de monstro...
Vem à tona!
Há sim para sempre...
Vivemos uma era onde tudo se faz rápido, consumimos com todos os sentidos e fazemos várias ações em paralelo nessa existência frenética.
Com tanta pressa deixamos muito passar sem bem dimensionar e pouco ou nada saborear no complexo milagre da vida.
Vamos repensar um pouco, olhar no retrovisor do tempo e constatar, do primeiro segundo de vida até aqui, quanto já foi sem que nos déssemos conta?
Horas há em que é preciso correr, mas não podemos desprezar sorrisos, afagos e colos sinceros, esses momentos, cada vez mais raros, compõe nossa trajetória individual que, mesmo se juntando ao coletivo, é a história de cada um.
Olhando para os ontens, recupero sensações de mãos e dedos delicados abrindo caminhos em meus cabelos, sussurrando entre beijos mágica melodia, sem pensar no amanhã, mesmo após adormecer sei que ela, minha mãe querida, minutos mais ali permanecia.
Dividimos apenas 37 anos, nada ela deixou de fazer, seu amor, que continua, faz parte do que é para sempre.
Mantas da vida..
Quando inquietos, o que hoje não é raro, talvez estejamos a buscar sentidos no que ainda se faz oculto, mas está presente em nossa caminhada.
Difícil, mas necessário aprender com o tempo que o melhor é não escolher atalhos afoitamente, embora aparentem encurtar caminhos, apenas ensejam e alimentam a ânsia de chegar mais rápido, onde estão nossas entranhas para lá nos fartarmos de todos nossos segredos.
Apenas engano, necessário jornadear por onde tem que ser, assuntando os sinais, sons e cheiros que, por menores e supostamente desconexos que sejam, na verdade são significativos retalhos das mantas das vidas, estas sim, entrelaçadas com um único fim que ainda desconhecemos...
