Poesias sobre o Chamado de Deus
Deus é o maior processo imaginário da humanidade. A Bíblia é o maior conjunto de fábulas e deuses mitológicos. Pelas duas causas o Humano, o maior dos seres, corrompe e se corrompe.
Cristo se alienou tanto a Deus quanto ao Diabo, foi posto a diversas provas inclusive a de não se salvar das maldades do homem, de nada adiantou foi à morte e a crucificação, Para Nietzsche “Cristo não ressuscitou, então é vã a nossa fé. E, de súbito, o Evangelho tornou-se a mais desprezível de todas as promessas irrealizáveis”. Pois ainda o homem tornou capaz de ressuscitá-lo para uma futura vingança ou uma nova crucificação.
Toda a imbecilidade é capaz de torná-lo poeta e ou gênio. Em rituais místicos se pede: “DEUS NÃO ME LEVE AGORA”, pois ainda convém às modinhas das vitrines. Como dizia Raul: “Viva a sociedade alternativa”.
Se para o homem a causa da sua existência é Deus, logo para a existência de Deus não tem causa. A ideia de Deus é necessária e obrigatória para dar asas à imaginação. Entende-se que o mais surpreendente no humano são os defeitos, algo tão comum, mas que a milhões de anos a onipotência não da conta, também não conseguiu criar nada melhor que o humano segundo o humano.
O processo dogmático, venerado que condena o próprio homem em seus atos provém do mesmo deus que permite a morte de milhares de filhos por fomes e guerras. As permissões das maldades duram milhares de anos e podem ser infalíveis. Criou-se o ilusionismo e metaforismo em torno de um todo poderoso, tão desumano quanto o humano. Conota-se a ideia de que os filhos sigam os ensinamentos e exemplos do pai. Para toda a lição de moral dada a uma criança se carrega a ideia do castigo de deus, logo deus é bom e mau. ( A. Valim)
Se cada folha e gota que cai é comandada por deus então o processo de disseminação dos macacos da mata atlântica (2017) é uma maldade dele ou é apenas um desastre ecológico na natureza?
Deus não controla o homem nem a transgressão por seus instintos de maldades, nem mesmo anuncia a tragédia dos eventos da natureza. Por tanta força atribuída a deus deveria ele no mínimo conceder a paz depois da maldade ou se fazer presente antes de qualquer tragédia para dar o veredito de sua existência, fazendo jus as súplicas do homem. Não sendo perceptível a sua ação e nem palpável a sua onipresença, desdenho olhar de modo a não crer na sua existência.
Se estou apto a entender as escritas por que alguém tem que me explicar? Logo o deus que está nele não é o que está em mim.
Deus não pode resolver para mim aquilo que eu não resolvi. Na busca incessante da felicidade todas as súplicas são insuficientes e para o entendimento da vida o homem necessita de alucinógenos para aumentar a sua compreensão. Obtém-se o ilusório e o surreal ao mesmo tempo quase tudo é incompreensível e insatisfatório, Deus se manifesta apenas no imaginário pela conspiração religiosa, onde há um respeito exagerado dado as causas sem causas.
Deus talvez seja o personagem mais desagradável da história, a maior ficção da mente humana em fábulas pitorescas, medievais dos relatos bíblicos, mas na contemporaneidade é impossível e inviável abandonar a ideia de um deus beneficente dada pela promoção da igreja. Entende-se que a teologia aliada à filosofia, tem-se delas a compreensão lógica sobre a didática religiosa em um plano infalível do pensar, agir e coagir. “Toda a verdade deva ser no mínimo tediosa”.
O homem criou um deus, passou-se então a partir dele existir o supremo e a determinar a existência do bem e do mal, do certo e do errado, e para a maior veracidade o homem fez dele o criador de todo o universo atribuindo poder de regência. Para essas formas de argumentos é necessária à existência de deus para então conhecermos a injustiça, o castigo, o medo, e toda a forma de benignidade, arrependimento como forma de recompensa, sempre em nome da sua criação. Fomos ensinados a prática da crendice desde a mais tenra idade por todas as gerações, desde o colo da mãe aprendemos a desempenhar um papel da mais alta influência do desejo de crer, independente da verdade ou da existência de deus.
Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, isso tudo explica, isso nada explica, mas é em todos os sentidos uma verdade entediante.
Um dirigente de uma seita me falou: que o povo é guiado por deus e que o ser humano é perfeito como o criador. Então eu perguntei: quem “inventou a MERDA do livre arbítrio” para dar causas e justificativas aos erros?
Os pobres injustiçados fazem parte da paisagem de deus no cenário religioso. Para a garantia da sobrevivência da religião é bom que os problemas não se acabem “porque deus quis assim”.
O deus bondoso afundou o Titanic, derrotou Nietzsche, John Lennon e Raul Seixas, enviou chuvas torrenciais e terremotos, porque tudo é pela vontade de deus. O homem apenas faz guerras e outros males quaisquer.
O homem é o ser mais temido da terra, transformou o cachorro, inventou deus e ainda deu a ele poder de destruição da sua próprio espécie.
O diabo mesmo dominado pelos poderes de Deus e de um santinho qualquer continua operante. Acredita-se que não haverá nenhuma transformação transcendental, ou aparição lunática sobre as nuvens, nenhuma vinda gloriosa de um Cristo salvador para não correr o risco do fim de toda a sobrevivência do mal da religiosidade.
Em uma grande catástrofe, se deus salva uma pessoa, porque ele não salva as outras, seria maldade ou seleção?
No aforismo religioso se cultiva a ideia de um Deus máximo, uma felicidade satisfatória para quem atravessar a vida através dele. Nessa natureza própria da humanidade se revela o testemunho eufórico das experiências com Deus em cada ser como deva aceita-lo, acima da compreensão dada como razão e ciência da vida terrena. O materialismo existente na cientificidade afirma uma realidade contrária ao plano metafísico da religiosidade, porém condizente com a forma de vida humana. A explicação materialista sobre a existência de Deus requer uma verdade material, mas ainda, até que aconteça, considera-se Deus um mito.
O homem é naturalmente mal, mas quando lhe convém se torna bom. Neste caso a ideia de deus é boa, pela atribuição de castigo ao homem mal.
