Poesias sobre o Brasil
Amada mãe.
Pátria amada, desalmada, filhos seus nem tão gentis.
Desbravada e ocupada, terra de índios guaranis.
Liberalismo desordenado, lixo, fogo, destruição.
Amazônia desmatada, tudo em nome da produção.
Corrupção estabelecida, política sem solução.
Estarrecidos, desgovernados, gente boa de pés no chão.
Filhos humildes, trabalhadores, desta pátria em dissolução.
Triste e desamparada é a mãe desta nação.
Uma amada mãe, não tão amada, Brasil.
RECIFE ITALIANA
Falam muito que Recife
É a Veneza brasileira,
Expressão tão repetida,
Virou frase costumeira.
Mas a urbe italiana
Imita a pernambucana,
Tem até leão na bandeira.
Veneza tem rios e pontes,
É banhada pelo mar,
Situada no Nordeste,
Tem belezas de encantar.
Rico acervo arquitetônico,
Um clima belo e romântico,
Muito bom pra navegar.
Veneza tem multidão,
Cidade de grande massa,
Que tem em sua região
Comuna, ruela e praça.
Lá também tem carnaval,
Agitando a capital,
Viver lá nunca é sem graça.
Tem tanta água em Veneza,
Chuva é diluviana,
Gôndola, embarcação,
Tradição veneziana.
Tal qual gêmea siamesa,
Concluímos que Veneza
É a Recife italiana.
Ser e Não Ser
O racismo que existe,
o racismo que não existe.
O sim que é não,
o não que é sim.
É assim o Brasil
ou não?
MELANCÓLICA CANÇÃO
Encontro - me só
Em pensamentos inseguros ,
Sendo mais seguro não
expressá - los
Contemplando - os , consigo
abraça - los.
Por onde recorro há prantos , desgraça e destruição ,
Em lugares destinados para educação
Empossado estar a corrupção ,
Como refrigério o povo declama uma melancólica canção.
Esgotado de tudo , clamamos
por proteção ,
Inibidos pelo rancor da injustiça
Paralisados pelo medo da tensão
Presos nesta infinita cadeia de emoções.
Findando está repressão
Mergulhamos numa profunda
depressão ,
Por fim , migalhas comemos tornando-se porcos ,
com intuito de sobrevivermos
uma grande solidão
Minha essência
Minha essência
Minha etnia
A minha vivencia
Vem do dia-a-dia
Se minha cor não te julgas
Por que tu julgas a minha?
Sou negra, mulata, preta!
Sou tudo isso sim
Tudo isso é minha essência
E tenho orgulho de mim
E quanto ao padrão de beleza
Pra que rotular?
Tem gente bonita em todo lugar
Esse papo da sociedade
De defender e defender
vem viver nosso perrengue
pra saber se vai doer
Cansamos de ser rebaixados
Todos nós temos direitos
E pra que preconceito?
É hora de mudar
Esse tempo já passou
Ser ignorante não vai rolar
Já dizia a princesa
"Se mil tronos eu tivesse, mil tronos eu perderia para por fim a escravidão"
Então pra que protestar irmão?
E por fim vou deixando minha mensagem de paz
Pra te conscientizar
Que ser negro não é defeito
Afinal somos todos iguais.
Fractais
Paciência, paciência, paciência , paciência.
Onde está o seu tesouro. Ali também
Estará seu coração. Paciência, paciência,
Saúde, paciência, paciência, paciência
Paciência, paciência , paciência, Paz,
Paciência, amor, paciência, paciência,
Paciência, virtude, paciência, paciência,
Paradigma, paciência, paciência, paciência,
Paciência, o nome do jogo, paciência, paciência..
Marcos fereS
Gosto muito de chuva,
mas ela não gosta de mim,
sai debaixo de uma bem miúda
e agora veio o atchim !
Que nos corações conservadores possa existir o humanismo para poder chamá-los de homens.
Que o ódio seja ponderado no calvário do bem.
Que não sejamos indiferentes ao aracati tardio de um crepúsculo sem estrelas.
Somos o "eu te amo" no leito das amantes. Um apátrida cantando hinos nacionais.
Declame o horizonte do Brasil sem ser poeta.
Breve destino
Manifestações verbais. Oscilando em alta pressão.
O tundando , o quanto podem,
As intempérie dos pesos das ações
Para qual não estavam arrumadas.
Para alvidrar decisões quantitativas.
Que transfaz para o mundo.
O poder do mais lacônico.
De boa intenção, porem quimérico.
Desvirtuando o andamos,
Do melhor viver.
E por serem maioria.
O colegial, outorga
Ascendência.
Sobre o todo.
E quando chega a hora,
Emerge-se a superficialidade dos
Pensamentos condensados.
E calam-se inocentes e com
Ignava, como infantes.
Sem conceberem o rumo,
Que as circunstancias,
Deverão tomar.
Marcos fereS
Elite Brasileira
Elite brasileira
Egoísta e egocêntrica
Sempre se sentindo superior aos pobres
Elite brasileira
Sempre propagando e defendendo a desigualdade
Sempre sendo o retrocesso do país
Elite brasileira
Que pensa como os escravagistas
Que age como se fossem deuses
Elite brasileira
Que tem nojo de pobre,
Pois saibam que nós temos repulsa de vocês
Elite brasileira
Onde se encontra muitos conservadores ignorantes
Falsos moralistas
E cristãos que não seguem os preceitos de Cristo
Elite brasileira
Que são como parasitas
Explorando os mais pobres
Elite brasileira
Que enriquece às custas do trabalho dos pobres
Que vivem com regalias
Enquanto os trabalhadores passam fome
Elite brasileira
Que são a vergonha do País
Lobos em pele de cordeiro
24/04/2021
Corruptos e corruptores do passado, do presente e, fatalmente, do vindouro.
Ponham suas barbas de molho, ponham-nas de molho, mesmo as mulheres sem barba.
A pátria Brasil caminha a galope ligeiro, ordeiro, vanguardeiro, alvissareiro e justiceiro.
Montada numa verdadeira e necessária democracia do povo, pelo povo e para o povo!
Para terminar, em bom e claro português apenas digo:
Isso, com exclamações, sem qualquer reticência para o futuro.
Companheiros, camaradas e comparsas – cambada essa que acha que são – vamos lá!
E isso dá o que falar, não é um determinismo, pois o poder na língua portuguesa chama-se DESEJO.
ODE AOS PEIXES DE VERA CRUZ
Aos peixes em solo firme eu digo:
Saltou para a terra em criatividade
Rastejou em lama em sua vitalidade
Sempre esteve comendo fora d'água comigo.
Esperançosos ao rio do futuro
Elegem anzóis ao topo da cadeia
Lembram-se e esquecem-se que já foi de aldeia
Adaptam-se milhões de anos ao muro.
Permanecem na esperança desde os antepassados
Antigos que um dia nas águas rasas nadaram
Ancestrais que todos os dias aos poucos andaram
Nas azedas poças estavam sempre adoçados.
O samba na nadadeira antes do pé!
A novidade das mãos sempre em toque
Afluentes culturais do Chuí ao Oiapoque,
Folclore, danças polonesas e arrasta-pé.
Tantas cores no manto verde e o cantar alto,
Falam como araras, e que saudade da ararinha azul
Reco-reco forte como vós do norte ao sul
Amo odiar e odeio amar este mar alto.
Vontade tenho de puxar-lhes as escamas
Comem iscas na água, comem incas no solo
Pirajuçara do bem, fisgada no no colo
Namorado nas ideologias em chamas.
Em redes antes dos coronéis
Pescas nas caravelas de Portugal
Escravidão em embarcação surreal
Repetem golpes nos futuros papéis.
Ó peixe que usa calças e é anfitrião
Simpático este cardume que agrada
Criatura gloriosa que por troca degrada
Luta lá de longe sem ver que é em vão.
Com cuidado, elevados peixes, sobreviveremos!
Brigamos, amamos, será que também sou assim?
Como os ratos de Noronha, a dor terá um fim
Cuide das águas, Linguados terrestres, pois evoluímos!
O vento leva a nuvem e a desmancha
e muitas vezes a chuva cai,
a vida leva a gente e deslancha,
mesmo sem querer a gente vai...
A vida, as vezes nos dá um presente, mas que por vezes nem sabemos como desembrulhar.
A vida é dramaturga, também sabe pregar peças.
A poesia nos dá a liberdade para viver em letras o que o coração nos nega possuir de fato.
Parabéns para Recife
Olinda também faz ano
Cidades que são irmãs
No Estado pernambucano
Do Nordeste são riquezas
Do Brasil são duas belezas
Nesse solo americano
Se ao menos eu pudesse dizer,
Tudo o que há em meu coração,
Uns vivem acorrentados,
Enquanto outros se libertam da opressão.
Onde foi parar nosso Brasil,
Com tantos problemas a resolver,
Mas muitos lutam por justiça,
E uma nova visão para o nosso viver.
É tempo de um novo olhar,
Para desfazer a dor e a aflição,
Novos passos para caminhar,
Com a força do amor em nossa expansão.
Ergamos nossas vozes,
Com a coragem de um trovão,
Para que o mundo ouça,
A melodia do nosso coração.
O que somos em meio ao caos?
Perdidos em nossa própria voz,
Sombras no meio do nada,
Deixamos a vida passar sem honrar nossa jornada.
Vivemos em um mundo distorcido,
De medo, angústia, oprimido,
Onde a verdade é escondida,
E a mentira espalhada como uma ferida.
Mas ainda há esperança,
Em cada um de nós, uma chama,
Que pode iluminar o caminho,
E fazer a escuridão se dissipar em carinho.
Levantemos nossas vozes,
Gritemos pela mudança,
Pedindo por justiça e igualdade,
E mostrando nossa força e potência.
Não deixemos nossa existência passar em branco,
Ao invés disso, deixe cada escolha fazer seu avanço,
Vivamos em amor, com coragem e sabedoria,
Deixando cada dia moldar nossa história.
No chão de terra seca e sofrida,
No Nordeste a luta é diária, tão sentida.
A pobreza bate à porta com vigor,
Mas o orgulho nordestino floresce, com amor.
Erguemos nossas mãos calejadas,
Na busca de um novo amanhecer, cheias de esperanças renovadas.
Nossos passos firmes nas estradas áridas,
No peito, a força que não se intimida.
Entre canaviais e mandacarus,
Resiste o povo com garra, mesmo nas agruras.
No sertão, a seca que castiga e desafia,
Mas o sorriso nordestino transborda de alegria.
Nosso forró é a dança que contagia,
Embala corações e traz melodia.
No arrasta-pé, esquecemos as agruras,
Celebrando a vida com festa e doçuras.
Somos cordelistas, contadores de histórias,
Versadores da vida, da graça e das glórias.
Nas rimas e nos versos, a expressão sincera,
Do amor pelo Nordeste que nos espera.
Pois mesmo com dificuldades, jamais nosemos,
Somos destemidos, guerre que não tememos.
Alegria e resistência são nossas bandeiras,
Somos nordestinos com toda a fidalguia.
Nordeste é sinônimo de superação,
De um povo valente, de persistência e ação.
Apesar da luta, somos felizes e vaidosos,
Orgulho pulsante em nossos corações amorosos.
Do sertão ao litoral, nossa cultura reluz,
No batuque do maracatu e no frevo que nos conduz.
Somos nordestinos, da poesia à culinária,
Resplandecendo em cada gesto e artesania.
Então brilhe, nordestino querido,
Com esperança e fé, em seu caminho atrevido.
Lute pela sua terra, com amor e fervor,
Seja feliz e orgulhoso, meu nordestino, com todo ardor.
Puts...
Esse "trem"
Virou coisa
E essa coisa virou nossa
"Capaz" de terminar tristes
Depois de tantas "joças"
Mesmo com muitos "manos"
Ainda falamos "oxi"
Em rolês insanos
"Caô" seria levar em nada
Me deixaria "bolada"
Um "piá" sem o dedo arrancado
Ainda vivemos num mundo
Cheio de cacetinhos e de chimas
E que isso tudo
Dure em idas e vindas
Você já teve aquela sensação de “era isso que eu precisava ouvir hoje”?
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