Poesias sobre Jardim
"Se a chuva ameaçar interromper seus planos, sobrevoe as nuvens e siga o rumo planejado."
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
As lágrimas expressam profundos sentimentos. Quando me emociono diante de um poema, de uma imagem, de uma situação, meu coração bate mais forte, minh’alma fala pelos olhos e se expressa pelos dedos, ao criar poéticas prosas, românticos contos. A lágrima é uma das expressões do amor incondicional. Quem não lagrimeja ao ouvir "Eu te amo?" Ao ver o dia amanhecer? Ao respirar profundamente com o sol a pino ou ao se enternecer, no magistral anoitecer?
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
... às vezes penso
deixar-me afogar nas profundezas
abissais da literatura,
flutuar nas ondas das letras,
ser levado no embalo das
correntezas das rimas...
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Qual o destino do poeta errante,
mero diletante ocasional, invasor sideral
qual distraído astronauta acidental,
um venturoso viajor incidental
à bordo do foguete sideral.
Um cometa tresloucado resvalando
pelas noites enevoadas,
qual Príncipe Valente adentrando tavernas medievais,
ora enfrentando os Dragões dos Reis de Espanha,
ora afrontando destemidamente
os mercenários da Legião Francesa,
até mesmo as hordas dos Hunos,
tendo à frente o próprio Átila,
o Flagelo de Deus.
Talvez o destino do poeta seja
o mesmo da rosca sem fim...
(Juares de Marcos Jardim - Santo André - São Paulo-SP)
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
"Continuarei versejando e voando entre as nuvens dos meus delírios, nos céus dos meus sonhos."
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
GENTE!!!!
Meu shampoo acabou, o cabelo grisalhou
Minha barba branqueou, a dívida cresceu
A preguiça se instalou
A barriga aumentou
A Aposentaria desvalorizou
A despesa cresceu
A geladeira, antes farta, está quase vazia
No armário pouca lataria sobrou
Antes, frutas e verduras, carnes, laticínios
Agora, quando muito, arroz, feijão e ovo
E então, meu povo?
Será que iremos comemorar o Ano Novo
Em 2022?
Juares de Marcos Jardim - Santo André - São Paulo-SP
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Podemos ajudar aos próximos e orar pelos distantes
Abraçar as pessoas com a alma
Apoiar, acolher, ter compaixão
Diante do caos manter a calma
Estender se preciso as mãos
Não custa disseminar boas intenções
Priorizar a paz, a compreensão
Reagir sem violência a provocações
Deixar fluir sinceras emoções
Devemos olhar ao derredor com os olhos do coração.
Juares de Marcos Jardim - Santo André - São Paulo-SP
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Vai Verão, vem Outono mais uma vez,
Outras nuvens, nova estação
No ar aquela esperança do talvez
No peito um aperto, uma certa emoção.
Céu encoberto, respingos de melancolia
Sons, imagens, tanta recordação
Há pouco euforia, agora calmaria
Na sintonia fina do coração.
Ligeira, vem e vai a tempestade,
Voltando o radiante sol a brilhar
Em instantes se esvai a efêmera felicidade
A saudade é eterna, veio para ficar.
Aquelas sementes em breve germinarão
Muitas perfumadas flores no jardim
Há de florescer nova paixão
Nessa busca sem fim.
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
SANTA PACIÊNCIA...
Muita gente curte postagens mas não comenta. E daí?
O Direito ao Livre Exercício do Silêncio é garantia constitucional. Mas, é bom saber que o Art. 2.171 da CFB proíbe expressamente "ignorar um Bom Dia" carinhoso em dias úteis, sábados, domingos e feriados. E o CPP tipifica a afronta, apenando os infratores com AÇOITE PÚBLICO, "nas nádegas dos rapagões e nos braços e pernas de mulheres, idosos e portadores de deficiência". Em seu alentado "Tratado do Bom Dia Civilizado" (ganhador dos prêmios Pulitzer, Lawrence das Arábias e Nobel de Civilidade na Web), o pranteado Zé das Candongas nos revela que, nos países onde se professa o Islamismo, é aplicada a Pena Capital, salvo no caso dos ascendentes, descendentes e colaterais de Homens Bomba, que tenham previamente registrado a intenção bombística no Cartório de Registro Bombástico da respectiva circunscrição catastrófica.
(Sacy Pererê do Balaco - Embaixador do Karamba no Brasil.)
Obs.: “CFB” é a Confederação dos Fuxiqueiros Bêbados. “CPP” é a Confraria dos Patrícios Pernetas.
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
A Revolta dos Gatos
QUANDO A CAÇA SE TORNA CAÇADOR...
A revolta da tribo dos Gatos do Parque. Cansados de serem perseguidos pelos cães, alguns gatos se reuniram e passaram a conjecturar como seria possível se proteger diante dos frequentes ataques dos cães. Um Gatinho sugeriu que houvesse uma lei, obrigando os donos a colocarem guizos nas coleiras de seus cães. Um Gato Marrom ponderou que havia muitos cães sem dono, os temíveis Vira-latas. Outro Gato Cinza descartou a ideia, justificando que não havia Gatos vereadores para aprovar tal projeto de lei. Um Gato rajado acrescentou: " - E além do mais, mesmo que tal lei fosse aprovada e sancionada, iria demorar muito para ser aplicada." A cada instante mais gatos chegavam e a reunião se transformou em uma Assembleia dos Gatos. Muitos oradores se manifestaram. Democraticamente quem quisesse miar, perdão, digo, se pronunciar podia ocupar a tribuna, improvisada em cima de uma barrica. Após muitas horas de assembleia, um Gato Preto subiu a tribuna, exigiu silêncio e dissertou sobre a importância de treinar artes marciais para enfrentar os cães. E ao final concluiu: Devemos andar em grupos e atacar em conjunto cada cão vadio que se aventurar em nosso território. " - Eu declaro aqui e agora GUERRA AOS CÃES VADIOS. Os cães domésticos serão poupados, vamos nos concentrar nos cães sem dono." O Gato Preto foi ovacionado e sua proposta aprovada por unanimidade. A partir de então, muita coisa mudou naquele distante vilarejo, situado a meio caminho de onde Judas Perdeu as Botas.
(Contos Inacabados - © J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Aos ricos e poderosos, tudo. Aos meros contribuintes, o rigor da lei.
PRIC.
P.R.I.C:
Publique-se, Registre-se, Intime-se, Cumpra-se.
São abreviaturas comuns nas sentenças judiciais.
Eu acredito na Justiça.
Mas os juízes são humanos.
"Errare humanum est, perseverare autem diabolicum."
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
As decisões monocráticas podem ocorrer sem a formação do contraditório.
Em que pesem diversas divergências jurisprudenciais.
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
CRIANÇAS, LEMBRANÇAS
"Naquela calçada tinha um formigueiro.
E crianças brincando e gente passando o dia inteiro.
Na pracinha em frente, todos os dias eu via um jardineiro.
Do outro lado da rua, um bar,
no balcão um "portuga" sorridente, hospitaleiro.
Ao lado, a Casa de Carnes do Expedito Açougueiro.
Mais adiante, a banquinha do "Seu" João Jornaleiro
e a oficina, do Paulo Funileiro.
Vez ou outra eu via passando,
alegre a cantarolar, o Zequita do Pandeiro,
que era primo do Nestor Marceneiro,
que era neto do "Seu" Waldomiro Barbeiro.
Vou ficando por aqui, feliz e altaneiro,
tenho gratas lembranças,
de fevereiro a janeiro."
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
LEMBRANÇAS...
O dia amanheceu sorrindo
O sabiá laranjeira saudou
O sol se espreguiçando
entre as nuvens esparsas.
Nos campos o orvalho reluzindo
A névoa colinas descortinando
Aos poucos o ronco dos motores,
caminhões, e tratores.
Na pequena cidade
a caminhonete do leiteiro
e a sirene da fábrica
rompem o silêncio.
Ecoam as buzinas dos motoqueiros,
outrora eram arrojados vaqueiros
parrudos sertanejos, alguns truculentos
tangendo gado, abrindo porteiras.
Sem pressa, levanto, abro janelas
Esquento água, preparo o café
Espalho pão-de-queijo, acendo o forno
Relembro o crepitar da lenha.
O tilintar de copos, talheres, louças
alvoroça os cães, alegres, ruidosos
querem entrar, também disfrutar
do aroma, do calor da cozinha tosca.
O pensamento viaja, ligeiro
Corre solto pelas trilhas
Entre a mata cerrada
À beira dos córregos,
Desbravando nascentes.
Ressurgem detalhes nítidos
Cheiros, cores, sons do passado
Não muito distante, em especial
Aquela linda jovem, diáfana,
Olhos brilhantes, sorriso franco...
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Que sonho estar ao seu lado...
Sinto saudades
Beijos que não beijamos
Abraços que não abraçamos
Carícias que não trocamos
Mas anseio tanto...
Sonho acordado com a doçura
do teu olhar
Com o calor do teu corpo
Com a melodia da tua voz.
Eu sei que você sabe
Mas não pode me responder
Nem eu te telefonar e dizer
Aqui não posso escrever
Não posso te expor.
Por respeito, por amor.
Mas você sabe
e encontrá como me responder...
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
Se é verdade que "...a vida é uma alucinante aventura da qual jamais sairemos vivos (Elbert Hubbard), por que a maioria se abstem de se atirar nas mais mirabolantes e arriscadas aventuras?
(D. Juan De Marco - filósofo espanhol Séc. XVIII)
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
ELA
Orquidou-se na primavera,
deixando-se admirar, sem receios,
antegozando os aplausos da brisa,
o deslumbre dos passantes,
os afagos das borboletas.
Altiva, majestosa,
apenas imperou.
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
A princesa perguntou: "Mas... Quem é você, afinal?" O cavaleiro apeou, estendeu os braços e ela docemente se aninhou. Após alguns momentos, um sentindo o bater acelerado do coração do outro, o desconhecido falou: " Sei lá quem sou... Vejamos: Piso estrelas, cavalgo asteroides, pego rabos de foguetes, sonho no mundo da lua, na floresta sou Lobo Mau, no embalo levo Red Hat Girl pra comer em casa, sou meio doido sim, meio melancia com abacate e leite condensado, mas perverso não sei que não sou." Ela o olhou, entreabriu os lábios carnudos. Beijos. Afagos. Carícias...
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
ETÉREA BORBOLETA
Eu exalava poesias
Ela nem aprendera a ler
Fui insistindo em prosas
Floreava poemas,
Declamava flores e mares.
E ela, nada.
Naveguei pensamentos e frases
Mergulhei romances e sobrevoei contos.
Ela disse não gostar de histórias e partiu,
Batendo suas lindas asas.
Foi a mais bela e colorida
Borboleta que eu jamais vira.
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)
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