Poesias sobre a Cultura Indigena
ERROS
E se desconhecemos o real sentido de um ato falho?
E se além de dor ele trouxer ordem?
Um ato desdém tão quanto valho
Com força de adir tão quanto tardem
E pelas primeiras palavras póstumas
Silenciadas por puro pavor,
Têm-se piores apelos pálidos
Por pêsame ao paralelo pudor.
Então faço-me de um erro, o fim.
Desolado pelo imaginário inócuo,
Inquiridor inquieto de sua culpa árdua.
E então, enriquecido do amargo fruto
Que colheis mas não tornais assíduo
Faz-se aluado o maior astuto.
A mão que movimenta águas em um riacho,
joga areia aos ventos,
afaga os cabelos,
alimenta de limão minha bebida.
No apogeu de minha vilania,
apenas poderia proferir que era perfeito,
insano e macabro,
ver lágrimas jorrarem,
olhos inchados de desgosto.
Belo jarro partido,
Jamais poderá ser reconstruído,
Apenas colado,
Sempre será,
Jarro partido,
Jarro colado.
Aquele que fazia você rir,
que te levaria nas costas.
O que houve agora?
Porque estou perdido?
Não sou mais eu,
os erros me mudaram,
mas o que eles mudaram?
Se ao menos eu soubesse.
Foi a última lição,
um pancada forte..
a retribuição.
É a vez dele chorar,
É a vez dele sangrar.
Caiu duro no chão,
a força de meus punhos cerrados,
fortalecidos.
RAIVA!
Deitado em minha cama,
meu travesseiro transborda,
as lágrimas de meus olhos rubros.
É tão confuso.
Não conseguir lembrar
Exatamente o que temer.
Deixa ela pra outro cara
sua vida é muito complicada,
seu passado é uma furada,
mesmo que esteja apaixonado,
o medo de fazer ela sofrer maltrata,
ela não merece esse suplício.
Esse fracasso não me partirá ao meio,
a vida é um jogo,
farei minhas jogadas,
atrevo-me a recomeçar.
“Ressonhar”,
tudo outra vez.
Tenho ciúmes...
...Da tua caneta.
da maneira que tuas mãos, a acariciam,
desta maneira que tu nunca acaricias meu corpo.
Luz opaca, madrugada
Alma errante tenaz, só.
pendurando fantasias,
sonhando que virem pó.
Ah! essas tolas manias
sujando meu paletó
permaneço sendo nada.
Ergam seus copos por quem vai partir.
Honrem os que não estão mais aqui.
Se afaste em respeito a tudo que eu vivi.
A morte está a me seguir...
Que o vento sopre forte pra onde você for.
Que a sorte esteja sempre ao seu favor.
Que nunca conheça todo esse horror.
Lute por amor...
Quando eu partir...
Quando eu partir, o dia não será mais a mesma coisa, nem a noite também;
O sol não terá o seu calor, e nem a lua o seu brilho.
Quando eu partir, as flores não serão mais coloridas e nem exalarão o seu perfume;
Os beija-flores e as abelhas não farão diferença alguma.
Quando eu partir, a criança não mais chorará, e nem o velho há de reclamar;
O brinquedo perderá seu valor, e a falta de atenção não será percebida.
Quando eu partir, a terra estará a espera ou as nuvens dirão: vem!
E eu irei, pois, de tudo o que importa, e a minha ida.
Amor Morto
Estive num sonho incrédulo
Sem ter-te por perto
Não sentia-me concreto
Faltava-me algo, talvez um remédio
A solidão já estava presente
Diferentemente de você
Que sumiu
E eu nem se quer sei o porquê
Mas tudo bem
Quero ver-te engrandecer
Os dias passam-se
Com, ou sem ti
E eu, estupidamente, continuo aqui
Esperando você
Mas eu sei:
Teu caminho não mais cruzarei
Saudades e lembranças
Foi o que você deixou
Deitou-me no amor
E depois, sem compaixão
Me matou
Vi na fachada de uma igreja "Quer parar de sofrer?", bem que poderia ser "Quer sofrer pelo que realmente vale a pena?"
G. A. Ferreira
Você já parou para pensar que somos momentos, e nada além disso? Que quando morremos deixamos lembranças, mas só basta alguns anos passarem-se, para sermos esquecidos?
A vida é uma incerta, a única convicção que temos é a morte. Então, que vivamos o agora, antes que o amanhã desapareça.
Tempo malquisto
O hoje é sombrio
Nesse momento, não há sabor
Não foi suficiente o seu labor
A vida o mostrou
Que não existe amor
Onde todos morrem, todos os dias
E ainda assim
Continuam a respirar
A cada amanhecer , o novo estarrecer
Em cada crepúsculo, um mesmo esmorecer
A morte o acompanha
Sem cerimônia, assim segue
Peregrinando por caminhos inférteis
Minha garota
Quero sentir o calor
Não o do verão agoniante;
Mas o do teu corpo aconchegante
Arrepiando da minha pele à glande
Deitar-me-ei em teus braços
Deixando de lado
Toda euforia de um mundo apressado
Que insiste em deixar-nos cansados
Meu bem
Eu não importaria-me com a tempestade
Desde que você estivesse comigo
Em seu coração
Trancado a sete chaves
Fizeste sentir-me livre
Preso apenas ao amor
Que transborda do teu ser
E que foi capaz de trazer vigor
A quem o mundo despedaçou
O velho e o garoto
O velho e o garoto são iguais:
Feitos de carne e ossos
Diferem-se pelos extremos:
O início; e o fim da vida que se faz
O garoto anseia pelo amanhã;
O velho aguarda seu sepulto
E ambos estão suscetíveis
Às consequências do descuido
O garoto é entusiasmado;
O velho é angustiado
O dia agrada o garoto
A noite deleita o velho cansado
Uma breve vida; ao velho resta
Ao garoto; vasta descobertas
Mas o fim é o mesmo
Triste e a esmo
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
Receba no seu WhatsApp mensagens diárias para nutrir sua mente e fortalecer sua jornada de transformação.
Entrar no canal do Whatsapp