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Ligo o som, e aumento. Já faz algum tempo, não me recordo quanto, me perdi entre números que não faziam nenhum sentido. O que importa contar quando há uma voz de dentro que grita tão alto e, posso ouvi-la em qualquer lugar, mesmo com os dedos nos ouvidos e a música muito mais alta?
Confuso, andei em lugares estranhos e as pessoas me falavam de desejos que eu não tinha, e faziam coisas sem saber porque, diziam que eu deveria tentar, que perco tempo demais em descrições. Imaginei quantas histórias escondidas em todas aquelas marcas no rosto e no resto do corpo, diziam mais do que sua boca fechada, olhar devagar, apático, insinuando cansaço, entregue em rotinas que mandam pro inferno todo o mundo. Poderia por horas observar, reproduzir no papel o real sob a minha visão, e seria expulsar tantas lembranças que não se cansam de repetir e se juntar até formar tantos pensamentos desconexos, ou ligados de maneira que raramente entendo.
Decepção e solidão fazem parte de meus passos; e pra onde vai esse caminho? Eu queria anos atrás saber, antes de começar a caminhar, mas agora nem há como parar, já não consigo descansar, não sinto o ar. Já posso dizer que não importa tanto o passado, nem o que me fez chorar aqueles dias por dizer adeus. Eu tô deixando de ser eu pra ser alguém melhor, e talvez assim te reencontre.
Por mais forte que seja o sol, a noite sempre vem, escurecendo tudo que podemos ver e tocar. Até o conhecido se torna perigoso um segundo antes do alívio que antedece a certeza de que era desnecessário o receio - (mascaramos o medo de diversas formas e em palavras como essa). Na escuridão a visão se limita e compromete outros sentidos, que se aguçam na tentativa de ir mais longe. Tocar o impalpável, o fisicamente distante, o mentalmente inimaginável, mas que está lá, involuntariamente, e confunde, consequentemente entristece. Permanece a melancolia quando esses dois sentimentos se cansam de questionar, e não vem nenhuma resposta sequer.
É tentar explicar o inexplicável, ao risco grande de incoerências. No tempo curto indefinido é possível sentir em oposição amor, ódio, alegria, felicidade, mas a dor é somente a dor... não se engana, não se expulsa e nem se conceitua em racionalidade o que somente se sente. Variando a intensidade, mas sempre lá, imperceptível as vezes, acostumamos... Mas machuca quando nem esperamos, em datas que trazem lembranças, lugares que fazem reviver histórias, sons, gestos, olhares, palavras, o vento, céu cinza, a calçada molhada, chuva, poças... e até em detalhes banais estará o que acorda a dor presa dentro de nós.
O que pode ser além disso talvez não faça sentido depois. Bom seria poder repetir sabendo o errado, mas sem lembrar que errou. Um amor depois da dor não é igual ao primeiro amor. Algumas coisas na vida tem impacto tão grande sobre nós, que mesmo depois de tanto tempo só sabemos que nunca vai ser como antes. Minha chance passou, agora eu sou amor e dor.
Me perdi em um sonho de amor.
E entre olhares e sorrisos quis chorar,
mais uma tentativa e vi tudo acabar,
quando me sinto sozinho é inevitável não lembrar.
Os dias de sol secaram meu coração,
as noites em que vontades só formam saudades,
e eu não sabia onde estava você.
Te esperei ansioso mas não te vi chegar.
Essa agonia atormenta e eu não sei
se tu é solução pra todas das feridas que doem.
Aqui dentro não são tuas medidas exatas.
Esse teu jeito nunca me completou.
Eu seria ao menos consolo pra tuas tristezas,
momentos tranquilos de minha aflição,
mas preferiu tornar tudo só decepção.
O teu vazio sou eu.
Solidão é conversar em silêncio, não perguntar por não ter ninguém pra responder, já decorar essa resposta...
A melancolia da madrugada em versos simetricamente tristes, misteriosamente subsiste em ecoar nos meus ouvidos. Não há como correr do que vem de dentro. Qualquer canto não faz cessar o pranto se o choro é interior. Quem vai me dizer que o passado passou? Eu fiquei parado no tempo, disperso num instante, me perdi da vida.
Onde fica o lugar que posso voltar? E seria o futuro como se nunca te conhecesse ou fosse apenas mais uma. Destilo a agonia, insurreto, não sei se são rimas ou só um amontoado de palavras vazias. Posso descrever todos os problemas como posteriores a esse, e mais uma vez teu silêncio me ensurdece. Daria tudo pra adivinhar um pouco dos teus pensamentos agora ou nos momentos de solidão. Dentro de você eu não fui tanto assim, mas sei que tua vida impassível não fez esquecer-se de mim. Todos vagamos por aí à procura de um alguém, invejando os que podem falar e ouvir 'meu bem', é isso...
Desperdiçamos o amor, se esvaziou dos nossos corações e evaporou. Um vazio impreenchível, só o que restou. Quem pode me levar daqui? Me diz, se não for você, se não eu, eu vou fugir para o invisível além de mim. Parece inevitável...
Faz algum tempo que tudo é escuro por dentro e por fora.
Já é quase dia, se aproxima o último amanhecer... Susurro baixo em teu ouvido declarações de uma jornada obscura, e de todas essa foi minha maior certeza, na indecisão vaguei por aí e em tanta confusão era só isso que eu tinha.
[...]
"Te levei comigo onde andei, fragmentos de meu coração ferido, que ainda vivo, se decompõe lentamente, até que a terra consuma por inteiro, e em cada parte um pouco do que era você em mim. O orgulho nos levou pra longe, nem sei como, mas sempre lembro do teu olhar e teu sorriso pra saber que foi feliz".
[...]
Chega mais perto, pensamentos se embaralham e a lucidez se afasta, mas me esforço em puxar o último fôlego... Dispense o entender, só preciso que saibas que por detrás da raiva sempre guardei seguro o seu amor, distante de todos os sentimentos inferiores, mas que juntos nos afastaram pra tão longe.
Adeus, meu amor.
Hoje, eu escrevi uma carta. Sem destinatário, seu destino seria somente ir, a lugar nenhum, a todos os lugares. Se espalharia pelo mundo, entre o invisível impalpável, o sobrenatural, e depois, ao divino, e o infernal, em mundos diferentes, inimagináveis, ilocalizáveis e impenetráveis, que em qualquer fraqueza nossa somos proibidos de enxergar um pouco, e ver-se tudo do nada, a calma que nos mantém por tempo indeterminado aqui e lá não-sei-onde no lugar que demos alguns nomes.
Ao tempo que me conta consta tão profundas decepções diminuídas ao nada em comparações, o que passa e o que vem não é real faz parte da lembrança e do desejo, o presente é ilusão, só tentativa de motivação. É êxtase ao meu coração, indescritível a sensação quando os olhos se cansam e são tons de cinza o céu, o sol. Cores, do horror, do amor, a dor, ardor que incomoda meus sentidos aos segundos sincronizados ouço a batida do relógio, só ele ao me torturar na memória de um tempo futuro onde talvez seja tudo mais escuro, e me incomoda não poder andar nem enxergar. Anseio desolado que a morte seja maior agrado, quem nunca sentiu e ignorou pensamentos considerados loucos abafados pelas palavras imediatas de repreensão do desgosto de não ter que escolher somente o fim, e só o fim.
Passos curtos, cabeça baixa, somente sombras sem cadência, indiferença, ninguém vê, só números e as vezes nem isso...
Que essa luz no fim de alguma coisa possa ser o alívio, ou o precipício, que dê fim ao imperfeito físico e ao espírito, se decompõe em processo lento quase que em pesar fúnebre e lágrimas de vento soprando aos pedaços engolidos ou levados, dissipados ao nada até não poderem mais se recompor, projetando o que sou na representação mais fiel da insignificância dessa minha existência tão confusa.
Falam de amor e amizade como se existisse sinceridade
A fraqueza que me busca me enforca e maltrata
Do que foram tantos bons momentos e agora nada
Se muitas palavras não valem uma atitude
Pensei ser nossa amizade uma virtude
Mais do que as dores do coração por romances
A decepção foi ainda maior por não esperar
Como pode de tantos abraços não lembrar
As várias histórias de cumplicidade, não enxergava falsidade
A vida afasta as pessoas ou somos nós que nos afastamos
Cansei de te avisar por palavras ditas e escritas
O que eu me tornava não queria pra tua vida
Mas teu caminho foi mais curto e eu me culpo por te deixar
Distante fazia questão de me aproximar
Mas te perdia para presenças e emoções constantes
Me conhecia tão bem mas não se importou
Teu egoísmo te transformou, me machucou
Hoje o lamento e comodismo toma conta
Só posso seguir, sem lembrar, nunca esquecer
Tuas desculpas nunca vão me convencer
Prossigo a passos curtos para lugar nenhum
Por tantas vezes me entristeci em ser só mais um
Perdi a noção do que se faz segundos sem ti
E por mais que tente desses pensamentos não consigo fugir
Poderá o sol que aquece e clareia me dar razão pra esse dia?
Ou as nuvens ao céu, nunca paradas, dissipadas, inconstantes
Como a vida que se passa e nunca pára, dissonante
Eu só queria voltar e viver todos os anos em um segundo
Mesmo que todo o resto não se movesse
Te olharia e te tocaria, sem retribuição
E não seria tudo novo te querer sem reação
Me serviria como fuga desse meu mundo de aflição
....E a(h)orta do seu coração se fez jardim...
Quando arranquei toda a dor... E plantei sementinhas de Amor perfeito e laços do amor...
Que minha esperança nunca se desbote...
Que não amarele as minhas folhas...
E que nenhum vendaval ou o Outono
Consiga desprende-la de mim..
...E quando o bate o amor, a gente perde o chão, se perde nos pensamentos e na concentração...
Nas horas, no tempo, nos olhos, no sorriso, no cheiro...
Quando bate o amor, se perde a explicação e o conceito...
E o sujeito simples vira composto...
E com o oposto determinado
A se encontrar nos no mesmo espaço e no mesmo mundo!!
Na arquibancada da vida o importante não é quem está torcendo por você no início da partida
E sim quem permanece com você até o fim independente do resultado.
Quanto mais o tempo passa...
Permaneço acreditando que algumas pessoas certamente são resultados de suas convivências.
A decepção vem sempre de quem menos esperamos...
Por mais que o tempo passe há feridas que nunca cicatrizam.
O amor de Deus é o bem maior para todos nós.
Viva o amor, plante o amor. perdoe, reconciliar-se com seu próximo.
Volte ao primeiro, volte para Deus.
Deus enviou a luz ao mundo e as trevas não suportará a luz que é Jesus.
Jesus é a luz do mundo, quem nele crê não ficará nas trevas. Ele veio clarear a sua vida. Ele veio iluminar sua direção. Ele é o brilho para sua salvação.
Durante minha infância, depois de uma brincadeira de barra bandeira, prometi a três amigos que os defenderia, que lutaria por eles.
Eles olharam pra mim cansados, porem seus olhos brilharam e o sorriso tomou conta dos seus rostos, me abraçaram e apertaram minha mão, confiantes, e em conjunto falaram confiamos em você.
E desde aquele dia luto e acredito no que há verdadeiro dentro da amizade. Literalmente dou o meu melhor, dou meu amor. Acredito na amizade especialmente quando o alicerce desse laço é a verdade. Tem que existir cordialidade e respeito. É necessário anular a mentira para que uma amizade seja forte, confiante.
A vida é como um rio que corre devagar e se renova a cada vão um segundo, e se prestarmos bem atenção não dá tempo para olharmos o que está passando junto, a não ser que seja algo leve tranquilo e homogêneo que possa acompanhar o trajeto dessa correnteza, até onde possa abraçar algo maior como a imensidão do mar. Fora desse processo tudo fica para trás e esquecido nas curvas do que não se aproveitou. A vida é o agora, com ou sem o que se perdeu...
Kleber Abdul A-Nasr
