Poesias que Falam de Amor do Seculo Xix
Chave
Desde quando precisa de chave
Para abrir seu coração?
Pode deixar
Eu espero aqui na porta sentado
Trouxe umas cervejas,
Talvez eu fique bêbado
Mas uma hora aparecerá,
E só pra você saber
Quando aparecer.
Eu estarei lá.
Os traços dela
só revelam
o que há
de bonito
por fora.
Mas
acredite.
Eles não
conseguiriam,
nem em partes,
mostrar
o quão linda
ela é
por dentro.
E por ela eu mato !
Se preciso for eu morro.
A dor dela é minha dor em dobro.
E se as lagrimas caírem do seus olhos,meu coração vai sangrar.
Mas quando sorri, meu mundo ela sabe iluminar.
O amor que sinto por ela,é tão grande ; coração lateja que sinto seu pulsar.
Ah, esse tal de "Amor Incondicional"
Só quem é "mãe de verdade"
Sabe...Sente!
Adriana de Paula
Sem você o mundo fica chato,
Preto e branco, mudo, abstrato,
Pois cada som seria chiado sem você ao meu lado.
Você é melhor do que eu poderia ter imaginado.
Está sempre me apoiando.
De mãos dadas vem me guiando, auxiliando,
muitas vezes erramos, mas vamos nos transformando.
Evoluindo juntos e sempre lutando.
Não importa a batalha,
te amando,
sempre vou sair ganhando.
Que não faltem sonhos
Que não faltem sorrisos
Que não falte paz
Que não falte reciprocidade
Que não falte felicidade
Que não falte amor
Que não falte nada que faz bem
Acima de tudo, que não falte a fé...
Uvas
Ó tempo
deixai de ser
o que não é,
ser parcimonioso,
até por que não és
não passas
de uvas
esquecidas,
de fato,
determinas tudo ...
Não é?
Caro tempo ...
Tempo
Incrível a capacidade do tempo de nos surpreender.
Em um breve segundo podemos ser, no outro deixar de ser.
O tempo nos faz lembrar e ao mesmo tempo esquecer.
O tempo nos traz à vida e por ironia nos faz morrer.
Não sabemos quanto tempo teremos realmente para viver.
Apenas pode-se viver como se no amanhã fosse morrer.
Albatroz
Albatroz quero barganhar
Com a minha inércia o teu revoar
Preciso dele pra encontrar
O meu amor neste mar
Do destino tão extenso
Tão denso
Que não consigo enxergar
Onde ele se encontra
Em qual onda ele navega
E se me espera.
Ensina também pro meu bem
A ter somente um amor
Da maneira que procedes.
Que para ele ser feliz basta ao meu lado
Permanecer até o fim.
E com igual sorte
Tua. Até a morte.
Troca de lugar comigo
Seja meu amigo.
Necessito sondar o céu.
E voar pelo infinito
Pro meu grito
De amor chegar onde ele está
E fazê-lo entender que estou solta e só
À espera de um único abraço
Mas, eterno.
Natal de Luz
Que o Natal extinga toda a melancolia
Que não sobre nem uma pequena nostalgia
Pela falta de um bem-querer
Que seja sempre um renascer
De coisas boas e conquistas
E que se estenda pela vida
Inteira. Todos os dias do ano
Sejam de um desejo soberano
De paz e amor
E seja como for
A caminhada humana
Que ela aconteça sempre
Dentro dos planos Divinos.
E que o Natal que traduz
Alegria seja repleto de luz.
A Tragédia do Paquistão
Que sonho foi brutalmente interrompido?
Como Malala o de um ativista destemido?
Como Sharif o de um Primeiro-Ministro?
Ou um cantor como Kamal?
E não há nisso nenhum mal.
Qualquer que seja o sonho
Foi medonho
O interrompimento do desabrochar
De meninas e meninos paquistaneses.
Pelo ataque hediondo.
A poesia estancou nas ruas
Da triste Peshawar
E a dor espalhou-se no ar
E nos corações de pais
Que nunca mais terão de volta
A visão do seu amor
Seu pequerrucho se assomar na porta
E gritar respondendo um “ei”.
Mamãe! Papai! cheguei.
Sabiá da laranjeira
Sabiá da laranjeira
Teu cantar me deixa triste
Remete-me ao passado
Com sabor de meninice.
Sabiá da laranjeira
Teu cantar me enternece
Devolve-me em idos dias
Daqueles que não se esquece.
Sabiá da laranjeira
Teu cantar me faz reviver
O amor que foi embora
Que nunca pude esquecer.
Sabiá da laranjeira
Faz pra mim maior favor
Voar de volta pro ontem
E encontrar meu amor
Sabiá da laranjeira
Se me queres dar consolo
Vá dizer pro meu amor
Se ele não volta, morro.
Sabiá da laranjeira
Diga também assim
Que eu vivo pensando nele
Que minha dor não tem fim
Fogo Fátuo
Fogo Fátuo
Feito foto
Fotografa
Fere e foge
Olhos. Molhos
Brotos rotos
Brotos novos
Brotos outros
De amor.
Fogo Fátuo
Fere e foge.
Só não fere o meu amor.
Fogo Fátuo
Fulgurante
Feito fonte
Descerrante
Fogo Fátuo
Fulgurante
Não atinja
Meu amante.
Fogo Fátuo
Restos mortos
Te acenderam
Fogo Fátuo
Vivos medos
Me devoram
Me consomem
E me apagam
Fogo Fátuo
Festejante
Celebrante
Com esplendor
Fogo Fátuo
Delirante.
Ô, devolve
Meu amor.
Fogo Fátuo
Atrevido
Aparecido
Faz aparecer
Pra mim também
Um grande amor.
A Minha Espera
Caminho solitária porque minha estrada tem
Bordas de sonhos
Que penetram nelas apenas quem escuta
A minha voz que não solto
Em palavras.
Elas se espalham com o vento
Na leveza das plumas alvas
Da minha alma
E se alguém ouvi-las
É porque entendeu que a minha escada
Espiralada
Tem degraus construídos de emoções
Todas nascidas de uma vontade
Suprema de estar só
Pra esperar o que ainda não decifrei
Não reconheci de meu
E espero fazê-lo
Num único olhar
Que irá tragar o meu eu e
Entranhada nas entranhas desse amor
Não causar estranhezas para o Meu Amado
SOU EU
Fiquei perdida entre as tuas coisas
Magníficas ou pequenas. Por pouco
Achavas o meu riso solto ou embrulhado
No papel que escrevias os teus versos.
De amor não pude tecer nosso namoro
Debruçada na janela da tua alma embebida
Nas paixões que entornaste toda a tua vida.
No trovejar da voz que soltas quando atinges
O ápice do amor. Então, navego por telepatia
Na mesma magia.
Não é comigo, mas atinjo, também, grande ironia
O auge de ser troca, ser o outro, ser um só.
E quando sentes o arrepio de uma alma que te busca e
Beija-te até secar todo o desejo.
Afaga-te tanto que desemboca noutro lampejo
De mais querer. E tudo se repete.
Infinitamente,
Em pensamento apenas, lamento.
Ai sou eu. Apenas eu.
Morte
O mundo mudou, com medo e muda/
Escondi-me na despensa atolada/
Da minha alma covarde e reclusa/
Cheia de entulhos e assombrada.//
Estendi minha mão para segurar a flor/
Que despontava envergonhada/
Do meu débil e frágil amor/
Qual cadela faminta e enxotada.//
Vaguei desnorteada pelos caminhos/
Tédio e dor me acompanharam pela estrada/
Feriram-me sem trégua os espinhos/
E eu morri antes de ser purificada
Sentado à beira da minha vida, observo-a passar,
Procuro os momentos em dela participei,
Esmiúço minhas lembranças procurando os atos que conduzi,
Nas atitudes que tomei para chegar ate aqui,
O incrível que descobri,
É que na trama da minha vida,
Não tive o papel principal!
Não atuei na vida que escrevi...
Por isso, sentado aqui,
Continuo a olhar, vendo minha vida passar,
Não há papel principal, nem texto à decorar,
apenas na plateia, assistindo minha vida passar!
Para ser poeta
Um Anjo me segredou que para ser poeta
Tem-se que se embriagar de pores do sol.
Contemplar estrelas.
Possuir um coração leve como plumas.
Amar pessoas
E não ter vergonha de ser intensa
Densa
Cheia de sonhos.
E saber chorar e rir demasiadamente
Com a alma quente
E ser capaz morrer de amor
De repente
Tal qual Fênix
Milagrosamente
Simplesmente
Renascer na magia
Da vida
Coração traidor
As paredes do meu coração
Ainda têm os rabiscos ardentes
Quentes, ferventes
Que imprimistes quando
Eras pequeno na arte de amar
E nem tiveste zelo
De não derramares todas as tintas
Que ficaram espremidas e exprimidas
Em borrões de variadas cores
E temores e dissabores.
Não decifrados pela
Minha indecisão de entrar ou não na tua história
E captar toda a fragrância
Dos teus desenhos na memória
E reter pra mim toda a essência
Dos teus gestos
E manifestos
Que eu fiz questão de fingir que não estavam lá escritos
No teu olhar
E na tua dor
De me ver partir
Sem ao menos nos permitir
Chorar de amor.
Choro agora o que não pode mais voltar
O que não posso mais vivenciar
Por que só nesse momento
Lamento
Sei que eu te amava lá.
Ah! Coração, que só me prega peça
Tolo! Traidor da tua dona
Por que não atinaste em tempo
Que meu amado verdadeiro só podia
Ser mesmo o primeiro?
"!Cada pétala desta flor, para um amigo poeta compor!
Com carinho do beija-flor!!"
Geilda Souza de Carvalho
05/03/2016
