Poesias que Falam de Amor do Seculo Xix

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HOJE EU CHOREI (soneto)

Hoje eu chorei porque tive vontade
Se foi saudade, aflição, eu não sei
Apenas chorei, e o peito desabafei
Chorei quem sabe duma felicidade

Se separou, se a vida amargou, ei
Apenas chorei. Choro de verdade
Não o sufoquei n'alma, liberdade
Num grito com lágrima, então dei

E neste pranto sem ter valeidade
Choro... Chorei... e sempre darei
Pois eu não sou no todo, metade

E se chorei, não é porque afazei
Um choro de qualquer fatuidade
Onde eu chorando, hoje chorei!

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano p

Inserida por LucianoSpagnol

ALADOS (soneto)

O largo cerrado é um efeito alado
De asa tingida e horizonte intenso
Duma flora varia e chão rebelado
Encarnado em um céu tão imenso

O teu cheiro num diverso intenso
Acoplam o raro em sinal denodado
Feiticeiro, espantoso e tão denso
Em um plural do árido cascalhado

Onde vemos empoar os passos
Entrelaçados entre tortos traços
E prados de dourados alumiados

Aos poucos sucumbimos por ele
Num pouso instável, caindo nele
Suavemente, de encantos alados

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

O QUE

O que fiz ao silêncio para silenciar assim
me deixar silenciado no vácuo da solidão
tocar sem que eu possa ouvir o teu clarim
ruidar, abafando a presença no coração...

O que fiz eu a solidão pra tê-la no silêncio
quando lá fora até o vento se calou, enfim,
onde está a vida, que aqui respira pênsil
e emudece o cerrado num tom carmim...

O que é este silêncio, que se cala tênsil?
É "o que", em uma indagação sem fim...

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

CANTIGA

Ah, se fico ou se passo, se vou no compasso
da vida, devorante no tempo, amiga e inimiga
porém, se o que intriga é todo este embaraço
de gente a gente que na maldade prossiga...

Dá um cansaço, fadiga, de ver e ouvir,
angustia, e faz da existência rapariga...
Então, me resta neste murmúrio, sorrir!
Ser, resistir e ter o amor em doce cantiga.

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Cerrado goiano

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Caminho no cerrado entre o perfume das flores e os sonhos...

Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano
Julho, 2017

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AFORA DA JANELA

Plumas de nuvens no céu profundo
De Brasília, alvos lençóis esvoaçantes
Se desfazem num piscar do segundo
Ao sopro dos áridos ventos uivantes

Ali, acolá, riscando devaneio facundo
Na imaginação, e sempre inconstantes
Vão e vem tal desocupado vagabundo
Ilustrando o azul do céu por instantes

Em bailados leves e soltos, voejando
Na imensidão do horizonte em bando
Vão em poesia na sua versátil romaria

E num ato divino, faz-se o encanto
Tal como flâmulas por todo o canto
Tremulando no cerrado com euforia

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho
Brasília

Inserida por LucianoSpagnol

À Nossa Senhora D'Abadia da Água Suja

Ave Maria, Senhora D'Abadia da Água Suja
Mãe eterna, essência, flor, afeto acolhedor
Maria de Nazaré, e que na nossa fé, maruja
Louvor, aumentando a confiança no Criador
Tu que és a Imaculada Conceição
Que não nos deixa sozinhos, és amor
Tua paz reina no nosso coração!

Ave Maria, mãe de Jesus
Mulher acolhedora, eterna devoção
Ser seu servo é o que nos conduz
Na verdade de seu filho, nosso irmão
A quem louvamos nos pés da Santa Cruz
Em oração de misericórdia e gratulação...
Ó Maria concebida sem pecado, volveis a nós a tua luz!
A tua proteção!

VIRGEM MARIA SENHORA do BEM
nosso guia. Te aclamamos... AMÉM.

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
2017, julho

Inserida por LucianoSpagnol

GRATIDÃO

É preciso agradecer o tempo
Que no fragor foi-se o sossego
E do silêncio achou-se alento
No barulho fez-se o desapego
Que se fez poesia
Que se fez essência
Flores nas dores, harmonia
Em Deus, na fé evidência
É preciso a gratidão
Da vida, do ser, Divina providência
Pois tudo é amor, é união...
E na diversidade o vário em cadência.

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Agosto de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

CERTOS VERSOS (soneto)

Letras ranzinzas de certos versos
Olham no vazio do papel em branco
Nodoando o imaginar nele dispersos
Do alquebrado fado em um tranco

O amarelado do tempo ali imersos
Adentra a saudade no peito manco
Rindo e chorando em tons diversos
Em um alvoroço dum soluço franco

Onde estariam tais agrados reversos
E assim o versar sair deste barranco
E então deixar de serem perversos

Ah! Rumo sem margem, sem arranco
Que cria na alma nublados universos
Deixando o sonho nu e sem tamanco

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Agosto de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SAUDADES DO RIO

Rio, de longe, uma saudade
Amizade, eterna recordação
Das cidades sua majestade
Tu pulsa no meu coração...

Tuas ruas, varia a felicidade
Vivo bem longe, de ti solidão
No bem querer, divindade...

Se algum dia voltar, será enfim,
Pra nunca te deixar,
E bem junto há ti. Ficar assim!

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Agosto de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

SOLIDÃO EM VERSOS

Os versos que não pude criar
E que não redigem o tal verso
Na saudade é verso perverso
De um tal silêncio a me fincar

E nesta vaga do verso, o olhar
Perdido, e na quimera imerso
Áspero, de um vário universo
Que faz meu verso, um vagar

Suspiros em versos, reverso
Ao poeta do cerrado a poetar
Pois, o amor na alma, é terso

E de todos, o verso a me julgar
O infortúnio, me foi inconverso
Deixando a prosa sem seu par

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Agosto de 2017
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Até Logo!

Despediu. Assim onde outras coisas
estão,
poisas.
O céu tranquilo, silêncio, imensidão.

Num caminho sonoro,
de toadas e paisagens
vai-se em coro,
outras miragens...

O maestro de batuta na mão
regendo o espírito.
Ovação!
Saudade assim é escrito.

É fração do infinito!
Amanhece triste o cerrado erudito…

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
26 de abril de 2018
despedida ao primo Guilherme Vaz,
compositor, músico, maestro.

Inserida por LucianoSpagnol

Cada azulejo do azul do céu do cerrado
Colorem em poemas de Athus Bulcão
As paredes da Igrejinha, num agrado
Encantando e musicando a emoção...

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado

Inserida por LucianoSpagnol

na esquina do cerrado
com a sequidão
me perdi calado
me vi na imensidão
me tornei alado
na abstração
na poesia
na imaginação
da noite vazia...
Virei um sobrevivente
me vesti de fantasia
a lua tornou-se confidente
enquanto ruminava ousadia
de uma solidão presente.

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Maio, 2016
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Vaso Chinês

Porcelana frágil, bordado ao acaso
Com um tal dragão nele cunhado
Em perfumado luzidio dourado.
Delicada forma, reflexo Parnaso.

Vaso chinês, arte, audaz talvez,
guerreiro, porém, alma de vaso.

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Maio de 2018
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Bora tomar café e enfrentar o fado com fé!
Bora, ser feliz!
Aprendiz.
Afinal, doutrinar é dia a dia.
Então, Paz e Bem, harmonia,
e também amor sem tirania.
Pois assim, damos asas à fantasia
e a vida, rimada poesia...
BOM DIA!

© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

BANGALÔ

De canto a canto, a poesia
poetando,
se isolando, fazendo a travessia...
do fado...
E neste poético bistrô
o cerrado
e um bangalô
de moradia.
Conquistando sentido, sempre de partida.

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

ABACAXI

Espinhada coroa
Casca grossa, fonte tupi
De versos tão atoa
Um poema, um abacaxi!

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Vaso na janela

Ela uma janela
Ele um vaso
Dê uma espiadela
Não tenha descaso
E nesta aguarela...
A janela e o vaso.

© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

Escultura de Barro

Nunca sabemos sobre o final; nunca soubemos o que é, de fato, um fim. Sempre sonhamos com o futuro, mesmo não sabendo se este, será um tempo para cada um de nós feliz.

Já viajamos descalços, solas dos pés sobre uma terra acolhedora; barro frio, gostoso, cheio de sentimentos, que hoje não existem mais, devido aos “asfaltos”, ignorância, disseminados com o passar do tempo.

Sentir saudade de tudo aquilo que se foi, não seca as lágrimas que escorrem em nossas faces, por lembranças, momentos tão únicos, marcantes, individuais.... Nossas fases.

Muitas vezes, pode até parecer normal, ver como a vida nasce e se passa, levando sem permissão as nossas histórias, as essências da gente, que sofrem mutações; eis que devemos entender, elas pertenciam àquele tempo, àquela época, e àquele presente.

Nunca sabemos sobre o final; nunca soubemos o que é, de fato, um fim. Sempre sonhamos com o futuro, mesmo não sabendo se este, será um tempo para cada um de nós feliz.

O tempo de vida é o devido, porém, carregamos pouco de tudo o que vivemos; o tempo arrasta, leva embora, apaga, e se não aprendemos a cultivar todos os dias nossas lembranças e histórias, eis esse fim, um final tênue; ambíguo; fabuloso ou deprimente.

Inserida por MayconHalss