Poesias que Falam de Amor do Seculo Xix

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⁠LANÇADO AO CHÃO

Nessa toada toda feita de arranhão
de suspiro e sussurro, de saudade
é que eu vejo toda uma tonalidade
distante, mais que dor, sofreguidão
Não é um sentido duro da emoção
nem o odor regular da acerbidade
é outra trama, outra sensibilidade
que até nem sei se há no coração

Num místico sentir, uma procura
feito só de agrura, só de loucura
ruminando a quietude pela beira
Ó prosa, prosa triste, triste condição
cá nesse soneto lançado ao chão...
cortado. Sem deixar a ilusão inteira!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
15 agosto 2024, 16’45” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠OCASO DA VIDA

Vai, folha seca, vai, desgarrada
Ao vento em fascinante magia
Vai, que o outono, já evidencia
No fatal balé, de poética toada
Cumpre o destino, meta sagrada
Mudada: sem cor, árida sinfonia
Sem viço, sem a gala da energia
E, a tua pálida força, já crestada

No tempo, a tua mocidade palia
Deixando-te no calor da saudade
Vai, folha delicada, doce poesia
Baila pelo ar desta final liberdade
Realizou a sua crucial biografia...
Ímpar e, cada um de nós há-de.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
26 agosto 2024, 16’23” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SOBRE A VIDA

Abri o meu sonho ao raiar do alvor
E ideei, veio a sorte, então, segui-a
Na ilusão, maciça de colorido vigor
E tão mais venturosa e, com poesia
Fui criando momentos e alquimia
Aos pés da emoção, no tom maior
Assim, no jogo do fado, robusto ia
No sentimento, caminho, no louvor

A gente é realidade, fantasia: lança
Avança, recua e vai na imensidade
Dentro da incerteza e da confiança
No viver tem uma vasta diversidade
Larga vitalidade, tão cheia de dança
Já o passado, uma estreita saudade...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
01/09/2024, 14’27” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠PÔS-SE O SOL

Pôs-se o sol. Cá pras bandas do cerrado
da tarde o fulgor pouco a pouco esvaece
o encarnado entardecer, geme em prece
desmaiado o poente, num tom desafiado
E no horizonte, o luar obscuro reaparece
encapotado, embaciado. E desmantelado
o dia, tudo em silêncio está. Sombreado
rubro, taciturno, o escurecer resplandece

E no mistério das trevas, poético recanto
sinfonizando em uma melancólica sangria
faz-se noite, que vai cantando o seu canto
E ainda, ter toda a magia, faz-se a poesia
enchendo o sentimento de tanto encanto
assim, vem a noite, e amanhã é outro dia!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
04/09/2024, 18’46” – cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠A ti, todas as fotos, eu grito ódio contra sua incompetência.
Pois os momentos que mudaram minha vida
parecem banais em suas telas frias.

Surdas, mudas, cegas e alheias ao que realmente importa,
incapazes de guardar o amor que tenho,
indiferentes ao meu medo e minhas angústias.

E, mesmo assim, vocês se encontram soberbas, emolduradas nas paredes,
enquanto nós nos enganamos sobre suas capacidades de realmente guardarem algo.

Além de uma imagem estática, fria e vazia,
sem significado algum, exceto
o de ancorar nossas ilusões.

Inserida por Prado008

⁠TEU APARTE

Não repara nunca? pelo sonetear
Dores sussurradas na madrugada
Que cantam, suspiram, mais nada
E, nas rimas, aquele tom de amar
No entanto, a saudade neste lugar
Tenteia, deixando a emoção alada
Em uma sensação tão encantada
Amor que, às vezes, põe a chorar

Poética! emotiva. Frágeis sentidos
Sentimentais. Beijo-te! perdidos!
O soneto, então, assolador. Vem!
E as treitas, bem se importam elas
Continuam soneteando, tagarelas:
Assim, teu aparte, deve ser também.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
08/09/2024, 05’39” – cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SUSPIRO SEM CURA

A saudade é terebrante, d’alma saudosa
Do vazio em tal condição, com soberania
Uma sensação que estoura em alquimia
Explodindo no peito numa dor poderosa
Ó cousas, todas vãs, ao sentido curiosa
Qual é a tal emoção que em vós confia?
Ora a alegria, ora outra prosa, outro dia
Vacilantes todos, mas, à poesia formosa

Eu vi já por aqui comparência e flores
Vi olhares, preciosa cortesia, aventura
Versejar, vi cantar cânticos de amores
Na poética, um de tudo, vivi loucura
E adequando-me eu, fui os ardores
Da solidão... este suspiro é sem cura.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
08/09/2024, 16’27” – cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠SONHO, QUE SONHA TANTO

Embalara a rima em um cântico
do sentimento, que d’alma salta
a minha paixão, e que se exalta
e vê arfar o coração, romântico
Como o delírio corre semântico
na ilusão, cantam eles na ribalta
e nem uma saudade ali me falta
compondo o encanto gigântico

Deixe-me cantar o ardor infindo
amar e reviver. Quero, sentindo
pressentir o meu verso sedutor
Não me despertes, até quanto
houver sonho, que sonha tanto
pra não tirar da poética o amor.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
11/09/2024, 19’54” – cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠PELO CERRADO POETANDO

Pelo cerrado poetando vai contente
o poeta seguindo o verso encantado
e canta com o coração, tão ajustado
ao alegre tom de um versar ardente
Aquele, cântico alegre, docemente
no intenso som de um apaixonado
este, para contentar qualquer fado
com o canto que encanta e sente

Está poesia, também, é de alegria
qual o poeta, canta com tal doçura
prosando prazer cheio de alquimia
Assim, de amor na emoção pura
com canto mostro toda a euforia
por amando sufocar a amargura.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
12/09/2024, 10’54” – cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠VERSOS CONTENTES

Eu cantarei o estado da satisfação
por uns termos plenos e jubilosos
que deixem aos tristes invejosos
a suspirarem o que lhes não são
Exaltarei a totalidade da emoção
exalando sentidos tão amorosos
e ao coração ritmos cadenciosos
num cântico de amor e sensação

Realizações, saudades, enredos
aquele sussurro d’alma contente
comigo hão de cortar os medos
Então, sentir o prazer que sente
naqueles momentos tão ledos...
fazendo as rimas mais contentes.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
14/09/2024, 13’18” – cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

"Tem um tempo de maturação para projetos de grande magnitude.
A gente tem que aprender a necessidade de praticar essa maturação."

Inserida por BRAZILHEADBANGER

⁠DIA DE CALOR

Eu trovarei um dia de muito calor
No cerrado tão árido e tenebroso
Num mormaço trincado, rigoroso
De aquecer o verso no tom maior
Cantarei do desânimo ao travor
Da tempera, num ritmo viscoso
Exalando o suspiro vertiginoso
Num compasso cheio de rumor

Um horizonte rubente, incendido
Acalorado, picante, bafo quente
Hão de estar no verso ressentido
Hei de cantar o fervor que se sente
Urente, cadenciando o suor fluido
Em um acorde de um dia ardente.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
20/09/2024, 17’35” – cerrado goiano

Inserida por LucianoSpagnol

⁠O DIA DE FEVEREIRO

Então, em fevereiro, “mesversário” meu
Nesta divisão do ano há um singular dia
Claro o dia 27, cheio de exclusiva magia
Entrou em mim, no seu rumo entrou eu
Guia-me, a satisfação, pulsante, apogeu
De minh’alma, cheio de alegria e poesia
Em meu peito, tão festivo, uma nova via
Faz-se comemoração, gratidão... valeu!

Já não é um nenhum sobre um nada
Mas gestos, suspiros, sentidos, flamas
E olhares, horizontes, toques, um hino
É a vida sussurrante, mais apaixonada
Abundante, e válida, que pelas chamas
Do 27 de fevereiro: - assinala o destino!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
15 fevereiro, 2024, 18’57” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠NÃO MAIS O VERSO TRISTE...

Aqueles versos que em pranto soavam
Rasgando a alma em poética convulsão
E as toadas e os acordes já imaginavam
Que vinham do mal do partido coração
No carecido verso, desagrados estavam
Pedintes, largados, vãos, ali pelo chão
Os cânticos de outrora, escalpelizavam
O sentimento... Dedilhando a emoção!

Chegou ao fim! Não mais o verso triste
À espera duma inspiração que ensecou
Cada afiada sensação, que, no entanto,
Não mais, no palpitante encanto, existe
Então, a satisfação o versar encontrou
Antes agoniado, agora, glória e canto...

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
22 fevereiro, 2024, 16’53” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠NAS ASAS DA SAUDADE

Foi em vão os versos para me serenar
Na treva afiada do sombrio sentimento
Cada rima tentou, assim, desencontrar
De ti... e mais e mais, se fez momento
A prosa insisti em versos para te amar
Na poética somente pesar e tormento
Pois, cada estrofe escreve o teu olhar
E cada suspiro aquele sonoro lamento

Pranto, sussurros, sensação e agonia
Foi-se sonhos sonhados com paixão
E agora somente está sentida poesia
Que pronuncia, tão cheia de vontade
Em um momento referto de emoção
E, tudo, então, nas asas da saudade!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
23 fevereiro, 2024, 18’35” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠O CERRADO ABRAÇA

Tais como enigmas densos, viscerosos
Os quais o cerrado, que a poética canta
Os segredos são dum fascínio calorosos
Contradizendo o torto que nele implanta
Uma imensidão, o horizonte se agiganta
Os rubores em um entardecer veludosos
Dão lugar à beleza onde o vário encanta
Trazendo vida com mais tons nas prosas

E aquele espanto, se fazendo momento
Esvaindo da admiração, ó coisa formosa!
Bendito seja, pois, cada bom sentimento
Que chega à emoção, propagando graça
Vai contaminado a condição maravilhosa
Onde cada sentido do cerrado nos abraça.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
02 março, 2024, 18’57” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠PARADOXO

Minha poesia é abatida e intensa
Sempre a trovar o choro e alegria
Vazia, mas também há presença
Uma redação tão cheia de magia
Tu quem és? Nesta tal sentença?
Chegada, partida, amor ou arrelia
Versos de aceitação e despensa
Quanta contradição, triste ironia

Clara, obscura, não sabe decidir
Qual tom de mistério a versejar
Se poética da dor ou do prazer
Ah! poesia inquieta... sabe sentir
Fartamente. E se põe a devanear
No paradoxo que é o nosso viver!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
07 março, 2024, 07’00” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠QUANDO O SONETO CHORA

Nas estrofes do soneto, a tristura
Suspira, choraminga na dura dor
Unhando no verso afiada ranhura
Dês que dá à sensação, dissabor
Quando o verso lacrimeja, e figura
O desagrado, o pranto é um temor
Sente o desencanto, beira loucura
Duma poética desiludida no amor

Há pesares extensos no caminho
Saudade, embatucando o sentido
Martelando o que não tem alinho
Chora o soneto o instante partido
Da vida, versando cada cadinho
Protelando o versejar tão doído!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
10 março, 2024, 14’20” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol

⁠ALVORADA TRISTE

A alvorada rompeu melancolicamente
Carrancudo o dia, disperso no outrora
A alma vazia, a apertura o que sente
Pendente, onde a sensação é demora
O cortejo das horas, tão lerdo, agora,
Canta friamente um canto descontente
E na mente vozejos que dá vida chora
Desroscando a tristura à minha frente!

A manhã vem chegando, tudo um nada
A procura do que é vão, nem ninguém
Pois, tudo faz da situação tão delicada
A prostração onde a emoção é atada
Cutuca, cá no cerrado, não sei quem
Ou o que, vem, compassar está toada!

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
13 março, 2024, 13’55” – Araguari, MG
À Fernanda Beregeno pelo dia de hoje

Inserida por LucianoSpagnol

⁠Sensação térmica (calor no cerrado)

O cerrado está com palpitação ardente
Enquanto o sol avança com seu calor
Embalado na sede que arde na gente
Trazendo o desânimo com árido rigor
Sem nuvem o sertão é abafadamente
Fundando na mente acalorado rubor
Inflamando o horizonte, vorazmente
Dando a cada canto calmoso fulgor

Sensação térmica com cálida oratória
Dá piedade, dá alívio, nesta trajetória
Dá refrigério, conforto, harmonização
Porque chegamos no limite, no limiar
Ah calor! Fervente, tenha compaixão!
Porque és suor no verso a transpirar.

© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
17 março, 2024, 13’37” – Araguari, MG

Inserida por LucianoSpagnol