Poesias Minha Mãe e Tudo o Mais
Por minha mãe eu desde cedo sempre aprendi e acreditei muito mais na constitutiva generosidade do que na proposta autorialidade financeira. Talvez por isto não tenha escrito um só livro, mas permaneço a semear livres bons pensamentos, fluir energias curativas, criativas e transformadoras na reconstrução de caminhadas existenciais norteadas pela luz e a felicidade de viver em abundância por tudo e por todos os lugares que já passei e ainda vou.
quando senti uma dor no peito, não pensei mais em mim, pensei em minha mãe, me senti perto do fim e ser mais um que passa, sem ainda poder fazer feliz quem realmente na vida devemos amar...
Para minha mãe a felicidade era esforço, repetição, e se nos esforçássemos em ser felizes, de tanto fingir, em algum momento nos pegaríamos sendo realmente felizes, assim, desavisados, por puro hábito.
Já dizia a minha mãe, a sábia Dona Cotinha: “Dinheiro ganho honestamente, sempre traz bem-estar e tranquilidade e, isso, é um pouco de felicidade; porém dinheiro que vem de atividades fraudulentas, sempre nos traz dissabores, não importa onde você esteja"!!!
Vão se fazer três anos desde que perdi a pessoa que mais amava na vida, minha mãe. Aquela que eu prometi dar o mundo, mas não deu tempo. Deus a levou cedo demais, porém, quem sou eu para questioná-lo, Ele sempre soube de todas as coisas e o melhor para nós. Sinto muita saudades, uma dor no peito que só quem já perdeu uma mãezinha, sabe como dói. Essa dor machuca, aperta até a alma. Como desejaria revê-la novamente. Antes, questionei muito Deus o porque de levá-la. Mas hoje, compreendo que cada um de nós possui uma missão na terra, e ela, cumpriu a dela. Sua missão foi linda, uma verdadeira mãe, mulher guerreira, forte, humilde e delicada. Após, um ano do seu falecimento, Deus me abençoou com um filho e nele veio as características da minha mãezinha. Como não amar, as maravilhas que Deus faz?! Me levou um tesouro, e me trouxe outro. Para amenizar aquela dor, que jamais vai ter fim. Não são amores iguais, mas são os amores mais fortes que existem na vida. Guardo no coração e na lembrança a imagem perfeita daquele que eu sempre amei e vou continuar amando. E vou criando a pessoa que um dia vai saber como é esse amor, de filho para mãe.
Me sinto sozinha,todas as minha irmãs casaram e foram embora só tenho minha mãe e meu pai, mais quase nunca fico com meu pai ele volta do trabalho muito tarde e quase não vejo ele quando volta,só fico com ele sábado e domingo mais passa Tão rápido que nem parece que fiquei com ele, só queria um cachorro para ter de companheiro mais minha mãe não quer me dar um 😭 eu não aquento mais chorar de solidão. Passo a noite chorando dormindo sozinha no meu quarto, e quando minhas irmãs dormem aqui elas perguntam porque eu quero ficar Tão agarrada com elas ,mais elas não me entendem pois elas são casadas e tem os filhos delas é o marido já eu não é horrível ser a irmã mais nova m😭 vou perder todas elas no futuro e vou ficar sozinha no mundo😭 só de pensar nisso já da um aperto no coração 💔 espero que um dia elas voltem para casa (queria mto um cachorrinho) para dar banho para brincar com ele, dar comida,colocar roupinhas e etc... que pena que não posso ter um😭 Ninguém sabe como é se sentir assim 😭
Ah sofri muito quando difamaram minha mãe, cuspiram na dignidade de minha mãe, foi uma das maiores dores de minha vida, feriram a pessoa que mais amo na vida injustamente, pela primeira vez vi o desenho da depressão mas que bom que não conheci sua face. Minha mãe pra mim é meu tudo, a parte que me completa, entreguei à Deus e como advogado tentei fazer justiça nesse mundo jurídico de incertezas. Sofri e muito, ansiedade aumentou, preocupação aumentou e meu pior medo - perder a minha mãe
E o tempo ia passando, as dificuldades aumentando, meu pai enfraquecido e minha mãe do mesmo jeito. Apesar de 7 filhos, apenas eu,a caçula de 13 anos convivia com a tal situação. Meu pai cortava cana para um fazendeiro, roçava os pastos ,era o dinheiro que entrava. Os frangos que tínhamos no terreiro era pra vender na cidade, os ovos, as bananas também. Eu procura no bananal algumas antes do meu pai ,lembro que amassava em uma caneca com água e açúcar rsrs ,saboreava como vitamina. Em setembro era a época de preparar a terra para o plantio, eu amava essa época. O canto do sabiá, ate hoje quando ouço, me vem a saudade. Quando o arado passava,eu achava batata doce. No plantio meu pai cavava a cova, e adubava,meu irmão colocava o milho e eu o feijão. Era legal! Mas quando a plantação brotava, aí sim eu sofria,eu passava dias no alto da colina com uma lata e um pau na mão, quando o bando de pássaros deciam eu batia na lata e gritava ,puuuuulêeee ,assim eles não conseguiam arrancar nossa plantação. Não era fácil. Minha casa era simples, os quartos era de assoalhos de madeira bruta, a cozinha era de chão. Toda sexta eu passava argila amarela nas paredes para cobrir a parte escura que o fogão a lenha fazia, e no chão também. As vezes passava cocô de boi,o chão ficava verdinho e quentinho. E eu fingia que era carpete. Na minha casa não tinha banheiro, a noite usávamos o penico, e durante o dia era no mato . Muitas vezes eu encontrava cuecas do meu pai penduradas nas bananeiras kkkk,acho que não dava tempo dele chegar num lugar reservado, então já cagado ele abandonava por la mesmo. Ahhh tenho muitas historias pra contar...
Minha mãe tinha se tornado uma obsessão para mim, uma religião, e apenas pensar em me referir a outra mulher como Mãe me parecia um sacrilégio, uma traição à mulher que abrira mão da própria vida por mim.
Embora humanos não sejam super-heróis e não tenham poderes mágicos, a minha mãe foi, é e sempre será, a minha mulher maravilha. Aquela que busca, no fundo das suas memórias mais cândidas, a criança que um dia eu fui, para beijar-me com a pureza do seu olhar encantado.
Vocês preocupados com a cor do próximo ao lado, eu preocupado com minha mãe se acabando indo pro trabalho.
Perdi minha mãe a um ano e hoje tive um sonho mais que especial. Sonhei que ela me dava colo, perguntei a ela se eu podia morar junto dela e ela disse que sim.
Biofobia eu devo ter desde que estava no ventre da minha mãe,acho que quando ela ia fazer ultrassom meus braços estavam na cara.
Saudade da época que eu ficava na rua brincando com os amigos, e minha mãe ia me buscar porque eu tinha esquecido da hora.
No tempo da minha avó e no tempo da minha mãe. Mas e o meu tempo onde está? No tempo da minha avó era o tempo do sacrifício. Imagine só, passar roupa com ferro de brasa, pegar água da bica para tomar banho e lavar louça, lavar roupa no rio... que sofrimento! Mas eu acho que era gratificante, pois naquele tempo as moças eram muito prendadas, as crianças se divertiam com brincadeiras mais saudáveis, pula-pula, amarelinha, pega-pega e muitas outras. Elas se exercitavam com essas brincadeiras. Mas hoje em dia está difícil só praticamos brincadeiras eletrônicas que só deixam a gente engordar. No tempo da minha mãe eu gosto de ouvir de quando ela era criança, ela dizia que gostava de ir na casa da tia Irene que morava na fazenda, ela fala que se divertia muito com suas primas. Aprendeu a andar de bicicleta e quase atropelou a tia Irene no terreiro da fazenda. Quando ela tinha uns 5 anos mais ou menos um porquinho comeu seu copinho de canudo e ela chorou muito. E agora no meu tempo é muita modernidade, tem água na torneira, tomo banho de água quente no chuveiro, a roupa é lavada na máquina e o ferro é elétrico. Agora eu penso: “Quanto sofrimento elas tiveram,mas de uma coisa eu tenho certeza, elas foram muito felizes.” 15.11.08
Mãe, você me ensinou a amar e ser amado, a respeitar e ser respeitado. Minha mãe não foi aquela que me apoiou em tudo, mas aquela que me ensinou a não me apoiar em ninguém!
" Perdi o meu pai , perdi a minha mae, sofro com isso sim, sofro com aquilo que nao tenho sofro sim, sofro todos os dias , sofro a cada segundo quando me lembro deles, ja passou tanto tempo e parece que foi ontem , parece que foi agora, sinto saudades daquele sorriso, daquele cabelo comprido a olhar para mim a sorrir para mim, aquela brisa de amor e sinceridade "
Todo mundo beijando, todo mundo namorando, todo mundo sendo correspondido, mas como diz minha mãe, eu não sou todo mundo.
Lembro-me da minha mãe fumando seu cigarro sentada próxima a janela, olhar distante, perdida em pensamentos, imersa em um mundo secreto, lembro-me de observa-la e procurar no horizonte o que prendia a atenção de seus olhos, lembro-me da voz de Roberto de fundo se fazendo presente, lembro-me de querer compreender aquele silencio que emanava dela, lembro-me que seu silencio me deixava irrequieta. Hoje olhei para ela novamente e consegui vê aquela mesma mulher de 15 anos atrás, vi em seu rosto as marcas deixadas pelo tempo, vi o mesmo olhar distante, em sua cadeira próxima a janela, a voz de Roberto ainda presente, era como voltar ao tempo à diferença é que a olhei e vi que ela não estava ali por obrigação ou arrependimento, mas somente perdida em memórias de um tempo além da janela.
E quando eu parti, minha mãe vai chorar mais depois vai sorri, e agradecer a Deus por mim permitir ta hoje aqui nessa função, quendo ele descidir o dia a hora de eu subir.
