Poesias Faceis do Elias Jose
A paz... essa promessa que, silenciosa, se esconde no amor que carregamos por aqueles que partiram. Às vezes me pergunto se a mereço, se um dia poderei repousar nos braços da tranquilidade. Mas sei, em cada batida do meu coração, que a paz vive no amor que permanece. Ela se esparrama nas lembranças, nos sorrisos que compartilhamos e na saudade que agora me envolve como um abraço distante.
Talvez a paz não seja um fim, mas um caminho. Um caminho que percorremos com a certeza de que, ao final dessa jornada terrena, o reencontro nos espera. Como uma brisa suave, ela toca nossas almas, prometendo que nada foi em vão. Que todo amor vivido é eterno. E que, após uma longa viagem, aqueles que amamos estarão lá, à nossa espera, como o pôr do sol que se esconde apenas para ressurgir, mais belo, no amanhecer.
E assim, sigo... Sigo com a certeza de que a paz não é apenas para quem se foi, mas para quem ficou, carregando no peito um amor que jamais se apaga.
Quase sempre apressado
Sou eu quem chego primeiro
No seu suspiro derradeiro
Eu quem estarei ao seu lado
E não serrei dissimulado
Te mostrarei aonde errou
As vezes que me ignorou
Sem conseguir me reverter
Vai notar que é meu dever
Esquecer o que não zelou
Nas sombras do tempo, ele caminhava solitário pelas ruas de memórias desbotadas. Seu coração, um mausoléu de amor, guardava o fogo sagrado por ela. Ela, a musa imortal de seus sonhos, vivia na penumbra de sua ausência, uma presença tão vazia quanto as ruínas de um templo esquecido.
Anos haviam se passado desde que suas vozes se entrelaçaram em canções de promessas e suspiros. Anos desde que seus olhares se perderam nos labirintos da alma um do outro. Mas para ele, o tempo era apenas uma cortina fina entre o que foi e o que poderia ser.
Ela era como a névoa da manhã, presente, mas intangível. Ignorava-o como se ele fosse uma sombra indesejada em seu horizonte. Seu silêncio era uma sentença, sua indiferença, uma espada que dilacerava sua alma a cada dia.
Mas mesmo na morte ficta de sua conexão, ele persistia, seu coração como um farol na escuridão, esperando por um vislumbre da chama que um dia ardeu tão intensamente entre eles. Ele a amava além das palavras, além do tempo, além da própria morte.
Em seu amor, ele encontrava uma imortalidade que transcende os limites do mundo físico. Seu amor era uma epopeia, uma saga de esperança contra toda a lógica, contra toda a razão.
E assim, nas brumas do esquecimento, ele continuava a tecer os fios do seu amor, esperando pelo dia em que a morte ficta que os separava se dissolveria, e eles se encontrariam mais uma vez nos braços do destino, onde o tempo não teria poder sobre o eterno laço que os unia.
Na dança efêmera da vida a findar,
Cada alma encontra seu término a vibrar.
Não são os anos que moldam a jornada,
Mas sim o viver, na estrada iluminada.
Em cada passo, um conto a tecer,
O tempo, efêmero, a desaparecer.
Importa mais a essência, a intensidade,
Do que a contagem fria da saudade.
A vida é um poema breve a declamar,
Cada instante, uma chance de amar.
Na fugacidade, a lição se revela,
O valor da existência, joia singela.
Assim, em despedidas que ecoam,
Encontramos sentido no que ficou.
Pois no palco efêmero da mortalidade,
A arte é viver com autenticidade.
Na penumbra da noite, onde os suspiros ecoam e os corações revelam seus segredos mais profundos, há uma história singular de amor e desconexão... Era uma vez um filho cujo coração era um labirinto de emoções contraditórias, um intricado emaranhado de amor e desafios.
Ele amava sua mãe, não por escolha, mas por destino. Nos laços intrínsecos que os uniam, nas memórias entrelaçadas de sua infância, ele encontrava o calor reconfortante do amor maternal. As noites em que ela o embalava com histórias de encanto, os dias em que suas palavras eram bálsamo para as dores infantis, tudo isso tecia os fios invisíveis do amor.
Contudo, em meio às sombras dos anos, cresceram as distâncias. Os caminhos da vida os levaram por trilhas distintas, onde as pedras da incompreensão se erguiam como muralhas entre eles. Os dias se transformaram em anos, e o entendimento se perdeu nas entrelinhas do tempo.
Ele amava sua mãe, mas não gostava dela. Nas complexidades da relação, encontrava-se um enigma de sentimentos que desafiava a lógica do coração humano. Pois, enquanto o amor fluía como um rio infindável, a simpatia tropeçava nas pedras da discordância.
E assim, na tapeçaria da vida, eles teciam uma história de amor imperfeito, onde os fios do afeto se entrelaçavam com os nós da discordância. Mas, apesar das sombras que pairavam sobre suas relações, havia luz nos recantos mais profundos de seus corações, uma luz que brilhava com a esperança de entendimento, de perdão e de aceitação mútua.
Pois no coração humano, mesmo nas sombras mais densas, há sempre espaço para o amor, mesmo quando o gostar se torna um desafio. E na jornada da vida, talvez seja nessa imperfeição que residam os laços mais verdadeiros e profundos, onde o amor, mesmo confrontado com a discordância, encontra seu lugar para florescer.
Um Encontro de Lembranças Ardentes
Na quietude da noite, uma lembrança tua veio como um sussurro suave, despertando em mim uma mistura de saudade e desejo. Recordo-me da nossa primeira vez, quando o tempo pareceu desaparecer, e apenas nós dois existíamos no calor da paixão.
A noite estava envolta em mistério, e nossos corpos ansiosos dançavam ao ritmo da luxúria, como se fosse a primeira e a última vez. No silêncio do quarto, tua voz sussurrava desejos, teus olhos refletiam o fogo da paixão, e eu me perdia na profundidade do teu ser.
Lembro-me vividamente do toque suave da tua pele, da forma como teus lábios buscavam os meus em busca de um amor ardente, e da maneira como te entregavas sem reservas, explorando cada canto do meu ser com ternura e paixão.
Na penumbra do quarto de motel, nossos corpos se entrelaçaram em um ballet de prazer e emoção, onde cada movimento era uma sinfonia de gemidos e suspiros, e cada carícia era uma promessa de amor eterno.
E naquele momento de êxtase, quando nossos corpos se uniram em uma dança divina, o mundo exterior desapareceu, deixando apenas o eco dos nossos corações batendo em uníssono, como se fossem uma só alma apaixonada.
Hoje, ao relembrar aquela noite de paixão desenfreada, sinto-me tomado por um desejo intenso de reviver cada instante ao teu lado, de mergulhar novamente nas profundezas do teu ser e de me perder nos labirintos do teu amor.
Que essa lembrança avive em ti a mesma chama de desejo e paixão que arde em mim, e que possamos nos reencontrar em um novo capítulo dessa história de amor que transcende o tempo e o espaço.
Com amor e saudade,
Ítalo do Couto Ferreira.
Em uma tarde silenciosa, onde os raios dourados do sol dançavam suavemente pelas cortinas entreabertas, eu me encontrava perdido em minhas lembranças. Os ecos do passado ecoavam em minha mente, cada riso, cada lágrima, cada momento compartilhado contigo.
Meus olhos se perdiam no horizonte, buscando a calmaria que só a lembrança do seu sorriso me trazia. Era como se você ainda estivesse ali, entre as sombras suaves da tarde, sussurrando palavras de conforto e promessas de eternidade.
Eu me via envolto em uma mistura de amor e dor, uma sinfonia de sentimentos que parecia nunca ter fim. Cada batida do meu coração era um eco do passado, uma melodia que só nós dois conhecíamos.
Seu sorriso, eternizado em minha alma, era a luz que me guiava através das sombras da saudade. Mesmo na ausência física, você permanecia viva dentro de mim, como uma chama que nunca se apaga.
E assim, na quietude da tarde, eu descobria que o verdadeiro amor transcende o tempo e o espaço, deixando uma marca indelével no meu coração. Seu sorriso, seu amor, sua presença, seriam para sempre minha fonte de inspiração, minha razão de ser. E assim, eu seguia adiante, carregando comigo a esperança de que, onde quer que estejamos, nossos destinos estão entrelaçados para sempre.
Teu rosto, teus cabelos, teu olhar,
A pele que ao sol se doura, teu ser,
Cada parte de ti é de encantar,
Uma obra-prima que me faz viver.
Quando as tuas fotos contemplo, em fervor,
Minha respiração se apressa, sem freio,
Meu coração dispara em ardor,
Num êxtase que não tem receio.
Até tua voz, em melodia suave,
Desperta em mim um desejo sem fim,
Como se os deuses, em momento grave,
Te tivessem moldado só para mim.
És sinfonia, és arte, és canção,
A personificação da perfeição,
Cada traço teu é inspiração,
Feita para mim, minha paixão.
A vida é como uma viagem de trem que nos leva a um destino inevitável,
as vezes, ficamos tão focados nas estações que esquecemos de apreciar a paisagem mas devemos lembrar que a viagem é tão importante quanto o destino final, então aproveite cada momento, mesmo nas paradas mais simples, pois são as paradas ao longo do caminho que nos moldam e nos ensinam.
Tutorial para perder tempo na sua vida, muitas oportunidades e afastar pessoas que se interessem por você:
imponha suas regras.
Amanhã volto com mais dicas.
Ele é um notívago, um ser das sombras que desperta quando a lua toma o céu. Enquanto o mundo dorme, ele vive intensamente, encontrando vida e energia nas horas mais escuras da noite. Como um vampiro, ele se alimenta dos corpos alheios, absorvendo cada momento com uma paixão única e feroz.
Nas sombras, ele encontra seu verdadeiro eu, vivendo e respirando a liberdade que a noite oferece. Cada batida de seu coração noturno é um pulsar de vida que desafia o silêncio da madrugada. Ele não teme a escuridão, mas a abraça, fazendo dela sua confidente e cúmplice.
Porque ser notívago não é apenas um hábito, é um estilo de vida, uma celebração do mistério e da intensidade que só a noite pode proporcionar. Se você também sente que pertence ao reino das estrelas e da escuridão, saiba que não está sozinho... Você é a vida enquanto os outros sonham.
Às vezes,galhos se entrelaçam com os de outra árvore. E nesse encontro, há uma dança delicada entre sombra e sol.Mas acontece que, há uma necessidade de podar esses galhos entrelaçados para que ambos possam crescer livremente na necessidade de preservar a própria vitalidade.
Isso não é sobre Árvores......
Com o tempo, nos deparamos com indivíduos que se enganam maquiando a verdade, criando narrativas na tentativa de explicar o inexplicável, forçando justificativas vãs numa cega aspiração em demonstrar pseudo caráter.
(Por Evaldo V. do Novo)
No silêncio do crepúsculo, onde as palavras se encontram e se entrelaçam como fios de luz, ecoam memórias de um amor que transcende o tempo. Ela disse palavras que fluíram como rios límpidos da alma, carregando consigo a promessa de um encontro futuro, onde as feridas do passado encontrariam a cura.
"É muito bonito e profundo, Ítalo... Não quero brigar, nem revisitar o que foi ou o que poderia ter sido. Um dia, nossa conversa final encontrará sua resolução, digna de ser eternizada em seu devido lugar."
Seu tom era um sussurro de esperança, uma melodia de confiança depositada nos fios invisíveis que ainda os uniam. Reconhecia nele um guardião de seu mais puro ser, aquele pedaço de sua essência que resistiu ao tempo e às tormentas da vida. Era a parte de sua inocência e genuidade que permanecia, resguardada nos braços dele.
Ele, por sua vez, respondeu com a serenidade de quem sabe que o tempo é um tecelão paciente de destinos entrelaçados:
"Quando estivermos novamente em comunhão, seremos resgatados ao paraíso."
Suas palavras eram um juramento de retorno à pureza dos sentimentos, à tranquilidade de um paraíso perdido e encontrado novamente nos laços eternos do amor verdadeiro. Assim, entre promessas sussurradas ao vento e esperanças entrelaçadas no firmamento, seus corações aguardavam o reencontro, onde a luz do amor os guiaria de volta ao lar que sempre pertenceram.
A pérola da noite escura.
O teu brilho branco me faz viajar
Por lugares que nunca achei querer estar
O teu contraste com a noite estrelada
Consola minha solidão alada
Tua distância quilometrada
Fortalece minha paixão platonizada
Se a paz estivesse disponível em mercados, e muito dinheiro eu tivesse, creia-me que dela faria estoque.
(FBN, 12.07.2024)
A C R Ó S T I C O - S A U D A D E.
Perguntaram-me : o que é a saudade ? Refleti bastante e escrevi este acróstico. Saudade para mim é um
S entimento de constante sofrência
A nte a ausência de um ente querido
U ma dor recorrente que traz no peito um ardência
D esejo recriador na mente da recordação do tempo ido
A gora sim, a lembrança é o lenimento
D e manter viva no pensamento
E sta tão grata vivência de nosso entretenimento.
Ou como diria um bom mineiro :
Saudade é saudade, uai...
"Deus tem sempre o melhor para seus filhos. É necessário, portanto, olhar para a frente, deixando para trás o que passou."
(Fabi Braga, 08/12/2024)
Quando nossos olhos se cruzarem novamente, será que o universo vai segurar a respiração como fez outrora? Será que meu coração, já tão calejado pelas tempestades, ainda encontrará em ti o abrigo que sempre procurou?
Eu me pergunto se o tempo, com seu pincel impiedoso, apagou os contornos do que fomos ou se, ao contrário, traçou com mais nitidez as linhas do que ainda somos. Será que tua voz, ao pronunciar meu nome, terá o mesmo tom de melodia que embalava meus sonhos?
E se, ao nos vermos, o passado decidir se erguer como um sopro de brisa, trazendo de volta os sorrisos, os toques, os olhares que falavam mais do que mil palavras? Serei eu ainda aquele que fazia tua alma dançar? E tu, serás ainda meu refúgio, meu norte, minha paz?
Sei que o amor verdadeiro não teme a distância nem a poeira dos dias. Ele dorme em silêncio, mas desperta em chamas ao menor vislumbre de sua razão de existir. Quando nos encontrarmos, não quero que sejamos como fomos. Quero que sejamos mais. Quero que o tempo se curve diante de nós e que, entre o hoje e o outrora, descubramos que sempre fomos infinitos.
Diante do espelho, tu és um poema vivo. Cada fio de cabelo que desliza pela escova é como um verso, tecido com a suavidade dos ventos que sussurram amor. Os teus olhos, que refletem no vidro, parecem guardar um universo inteiro, e eu me perco, feliz, entre constelações de mistério.
Por mais que as tempestades de nossas brigas tentem apagar a chama que arde em mim, meu coração insiste em ser teu farol, te guiando de volta, sempre, ao porto do meu amor.
Te observo com o encanto de quem lê a mais bela história jamais escrita, e cada movimento teu — tão natural e tão teu — reaviva em mim a certeza: sou louco por ti, pelo teu jeito, pela tua essência.
Se o espelho pudesse falar, ele diria o quanto és arte, o quanto és musa de tudo que é belo e eterno. Mas enquanto ele silencia, eu grito, mesmo em silêncio, que tu és o amor que escolhi viver, mesmo quando o mundo desmorona ao redor.
És minha brisa, minha tempestade, meu caos e minha paz. E mesmo quando brigamos, eu sempre volto a este lugar em mim onde tu és tudo: o início, o meio e o fim.