Poesias Elogiando o Brasil
OITAVO HEXÁSTICO
poetas líquidos não enformam
voláteis são vãs plantações
semeadas em campos estéreis
espigas de milhos sem grãos
debulhadas não dar para o pão
não mata a fome de inférteis
NONO HEXÁSTICO
brisa cálida… envolvente
afasta de mim esse cálice
nunca mais o beberei
jamais quero a embriaguez
soberbia e sucesso vãos
póstumo caminho eterno
DÉCIMO HEXÁSTICO
desejo é toda potência
motor de toda existência
valor supremo dessa vida
intrínseco da natureza
convenções jamais o impedem
sagrado faz-se eterno verbo
DÉCIMO PRIMEIRO HEXÁSTICO
a dor me cobre a ossatura
invade a carne de tod’alma
s’instala na tumba da carne
alimentando pensamentos
desconstruind’identidades
valores morais sedentários
DÉCIMO SEGUNDO HEXÁSTICO
Onde some o ser humano
resta tão-somente o homem
prisioneiro do si mesmo
fluídico e sem forma própria
agrilhoado à sua caverna
é sombra sem a luz do dia
DÉCIMO TERCEIRO HEXÁSTICO
não bastais com incompetência
até quando há de sangrar
a miserável paciência
manada rum’ao precipício
metadestino imanente
glória do rei concupiscente
DÉCIMO QUARTO HEXÁSTICO
o discurso e a modernitude
túnicas de líquidas almas
escarros de um mesmo beijo
adubam todas mentes dóceis
sombras eternas do humano
presas na tumba do decano
A formação da personalidade de uma nação vem do seu interior.
Só quem nasceu, ou pelo menos morou, no interior pode conhecer a essência de um país.
DÉCIMO QUINTO HEXÁSTICO
canalhas de plantão venceram!?
‒ virtude e ética não se fazem dos seus atos ‒
dignidade só restará
quando só consciência plena
no horizonte fixar a pena
de toda liberdade eterna
Os sonhos de Deus são maiores que os meus.
Posso tudo Naquele que me fortalece.
Entrego em suas mãos todos os projetos do meu coração.
Tudo que Deus sonhou pra mim, vou conseguir.
Com dores, sem dores,
com dificuldade, com facilidade.
O que sei de verdade
é que vou realizar todos os sonhos que Ele para mim sonhou.
Vou persistir, sem desistir.
Vou continuar esperando e crendo.
E quando a incerteza se instaurar e lágrimas pelo meu rosto rolar,
manterei na alma a certeza da vitória,
que chegará.
DÉCIMO SEXTO HEXÁSTICO
minha boca tão assim calada
meu corpo tão assim distante
meu abraço jamais revelado
justificam minha desordem
imanência de qualquer nada
neste abstrato mundo líquido
DÉCIMO SÉTIMO HEXÁSTICO
baila com a modernidade
sem consciência quaisquer
como um anjo desgarrado
sem qualquer virtude ou ética
de toda sorte miserável
todo sujeito pós-moderno
DÉCIMO OITAVO HEXÁSTICO
homens de vidro… transparentes
andarilhos faltos… ocultos…
invisíveis todos... carentes…
estilhaçados na caverna
escravos de única pauta
que lhes oprimem e governam
DÉCIMO NONO HEXÁSTICO
transcende teu aqui e agora
conhecer faz-se necessário
muda de pele como a cobra
germina como nova espiga
nela todo milho é santo
onde todo verbo é vida
VIGÉSIMO HEXÁSTICO
todo desejo que me existe
cobre de possibilidades
toda vontade de potência
da natureza numinosa
que cria e recria criador
que me revela na ossatura
LABAREDAS
De João Batista do Lago
Minha poética ‒ chama eterna que arde! ‒
Movimento são de vívidas labaredas
Inquietas procuram todas as consciências
Seja nos casebres ou salões das nobrezas
É flecha mortífera que fere a destreza
Miserável luz de toda dominação
Capaz da subjugação sobre qualquer néscio
Incapaz de perceber sua escravidão
É bala de ouro matando a servidão
Do fiel encantado pelo vil discurso
Hóstia de fel ofertada como pão
Alimento de toda opressão miserável
Que mascara de toda vida o amargor
Encarcerando o ser na história de dor
Hoje minha vaca deu leite
Tá sol
É verão
Não tem sombra
Nem capim.
Mas chove,
E, na chuva,
a gente se molha,
mas a gente não bebe água
a gente se afoga.
A água desce morro a baixo
Mas a gente tá abrigado
Opa, caiu um ali
Acho que não tem mais casa
Porque foi levada
Ladeira a baixo.
Com a chuva
Não há mais casa
Talvez haja capim
Mas vamos ter que dividir
E nem vai nascer a jato.
Porque é Verão
Faz Sol
Não tem sombra
E nem trato.
DIAFANEIDADE
De João Batista do Lago
Essa vontade de potência rege a vida
Transmigrando almas para novas essências
Transgredindo toda a inútil moral servida
Nos banquetes de vetustas inconsciências
Essa moral enfatuada por certo é morte
Da sublime nobreza que sempre te reluz
Deseja enganar-te… quer ser litisconsorte
Oferecer-te a alcova que a tudo reduz
Foge de tão loucas e insensatas promessas
Jamais te deixará alcançar toda virtude
Roubará por certo o vigor da juventude
Corolário supremo de toda verdade
Que te premia a carne-vida desde o princípio
Alma pura retornarás se te cuidares
VIGÉSIMO PRIMEIRO HEXÁSTICO
soma do desconhecimento
alma política diabólica
anjo de guru pederasta
verme que se arrasta em palácios
“até quando, vulgo Catilina,
abusarás da consciência?”
VIGÉSIMO SEGUNDO HEXÁSTICO
o que importa a educação… o saber… a cultura?
vencedores desejam o subjugar da ideia
desejam degolar a nação sem paideia
formar a juventude sem qualquer arete
castrar a atitude da ética e da política
daí produzirão em toda nação a desvirtude
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