Poesias do Leonardo da Vinci
“Prossiga. Pare. Retorne. Reavalie o percurso. Trace novas rotas. Não há verdade universal, assim como não há caminhos únicos ou soluções absolutas.”
“O certo não exalta, apenas pacifica. A verdadeira nobreza está em dormir em paz com as próprias escolhas.”
“O êxito não exige perfeição, apenas insistência. Quem persiste mais vezes do que recua alcança seus propósitos, ainda que por rotas inesperadas.”
“A vida é uma travessia sem garantias. Vencer os desafios nem sempre é possível, mas extrair sentido da jornada e reinventar-se a cada passo é o que nos torna humanos.”
“O desconhecido testa nossos limites, mas é na reação que se revela a maturidade. A experiência é o filtro que transforma impulsos em escolhas ponderadas.”
“Cada dia pode ser o último ato. Pergunte-se ao acordar: o que merece ser vivido? E ao dormir: posso partir em paz com o que fui hoje?”
“A zona de conforto é o cárcere do possível. Só se alcança o novo quando se dá o primeiro passo com convicção e se mantém o ritmo com perseverança.”
“O aprendizado, ainda que árduo, expande nossa consciência e constrói o repertório que nos sustenta diante da complexidade da vida.”
“A sobrevivência em épocas insólitas não está em negar o mundo, mas em absorvê-lo com discernimento, preservando o que em nós é núcleo e não ruído.”
“Há uma diferença entre ocupar um espaço e habitá-lo com sentido. Entre estar vivo e, de fato, viver. O valor de qualquer ideia reside naquilo que se realiza.”
“Resistir em silêncio é aceitar a dor como presença e ainda assim recusar-se a ceder o próprio eixo à dominação.”
“Nem todo sofrimento é falência; às vezes, é apenas o preço de ver o mundo com olhos despidos. Quem sobrevive à clareza excessiva emerge com mais verdade e menos ilusões.”
”Nem todo sofrimento é falência; às vezes, é apenas o preço de ver o mundo com olhos despidos. Quem sobrevive à clareza excessiva emerge com mais verdade e menos ilusões.” - Leonardo Azevedo. Nem todo sofrimento é sinal de falência emocional ou colapso psíquico; muitas vezes, ele representa o impacto inevitável de uma consciência que ultrapassa os limites do senso comum e da autodefesa simbólica. Filosoficamente, esse sofrimento é o eco do abismo existencial que se abre quando os significados prontos já não satisfazem e o indivíduo se vê diante do real em sua crueza. Psicologicamente, trata-se de uma resposta profunda ao rompimento das defesas que protegiam o sujeito da intensidade do mundo e de si mesmo, exigindo um novo arranjo interno para suportar o que foi revelado. Antropologicamente, essa vivência pode ser comparada aos estados de transição em rituais de passagem, onde o indivíduo perde temporariamente sua identidade anterior antes de ser reintegrado com uma nova configuração. Historicamente, figuras como Nietzsche, Kierkegaard e Camus traduziram essa dor da lucidez como etapa inevitável no caminho da autenticidade. Cientificamente, sabe-se que estados de sofrimento emocional intenso, quando bem acompanhados, podem induzir plasticidade cerebral e fortalecer circuitos resilientes. Poeticamente, é o momento em que os véus caem e o ser se vê nu diante do espelho da existência. Espiritualmente, pode ser interpretado como purificação, onde o excesso de luz cega antes de iluminar. Contextualmente, vivemos numa época que marginaliza o sofrimento em favor da performance, tornando ainda mais doloroso o ato de parar e sentir. Assim, sobreviver à clareza excessiva não é retroceder, mas atravessar um portal; e o que emerge do outro lado é alguém mais íntegro, menos iludido e mais próximo da própria verdade.
”A intenção marca o ponto de partida, mas é o propósito que dá direção e permanência ao ato. Sem propósito, a intenção se dissipa; sem intenção, o propósito não desperta. Ambos são eixos do movimento consciente.”
“A rotina é ponte e prisão. Enquanto umas sustentam o passo, outras enredam o caminhar. Saber que há rotas alternativas é acender a lanterna da razão em meio ao labirinto do costume.”
“Nem as sombras mais densas anulam a possibilidade de ser exemplo. Que algo em você floresça e inspire. Que alguém herde o que em você é valor. Porque no gesto autêntico reside a única tatuagem que sobrevive ao tempo: a da consciência que escolheu fazer o bem.”
”A organização externa frequentemente reflete o caos interno. Mudar móveis, cores, objetos e disposições é símbolo de um desejo mais profundo: reconfigurar a si mesmo. A ação rompe a estagnação, o movimento desobstrui a existência. E por mais que a fachada iluda, o que importa é o espaço que se habita por dentro. Esta reflexão, embora fale de uma casa, fala de quem a habita.”
”A casa, como arquétipo, representa o Eu. Limpar, reformar, descartar ou reacender cores internas não são apenas gestos domésticos, mas simbólicos: aludem à jornada de individuação. A alma, muitas vezes escondida sob a desordem, pede renovação. A fachada, tal como a persona, pode enganar; mas a sombra se revela nas tramas do interior. E por isso, esta conversa não trata de imóveis, mas da psique.”
“Até mesmo o servo mais nobre precisa recolher-se à fonte. Servir é sagrado, mas negligenciar a própria essência é dissolver o dom. O espírito floresce onde há equilíbrio entre entrega e preservação.”
“Esteja preparado… As pessoas que você ama partirão. Esteja preparado… No mundo em que vivemos, há mais ingratidão do que amor. Esteja preparado… Por mais que haja presença, no fim resta a solidão. Esteja preparado… Um dia, será o último.”
