Poesias de Pedro Bandeira Mariana
Amigos
Na glória e na riqueza eles se multiplicam e no fracasso e na derrota somem como nunca tivessem existido.
Quanto de Ti, Senhor, espera ainda por me iluminar?!
Que o Senhor não espere mais,
Que esteja a vossa paz em minha alma!
E a vossa infinita luz em meu coração!
Um amor quase tudo suportou,
distância, tempo, impossibilidades
Se fez calor, vida plena em amizade
Porém, vento triste soprou
e sua porta fechou
Fel dilacerante na alma e no coração
Vil mentira: névoa traiçoeira da escuridão.
Pelo menos, se viesse de tua boca
o humilde som da pungente verdade
ele teria sido capaz de curar o amor ferido,
porque amor também é perdão.
Contudo, assim ficou:
amor descrido, amor perdido.
Mas se a mentira venceu
então não foi amor,
Pois amor só é amor
se for amor de verdade!
Sou responsável pelas minhas escolhas
estejam certas ou erradas.
Sou livre, e livre escolhi
Só não sabia que seria assim.
Fui, e quando lá cheguei
vi que não era para mim.
Não estou triste pelo fim,
pois o fim, não foi o fim da estrada.
Sei que ainda existe a dor,
mas sei também que ela vai passar
e um dia, a lembrança da dor vai me ajudar
a tecer novas rotas, alterar velhos caminhos.
Tudo bem que seja assim,
não tenho respostas para tudo
não tenho respostas para nada
apenas sigo, e continuo na estrada.
Não guardo mágoas,
já tenho muito o que carregar:
FÉ, ESPERANÇA E AMOR!
Palavras minhas, palavras suas
misturaram-se
derramaram-se
espalharam-se
perderam-se pelos vãos.
Para cada sim perdido,
calado em mim
Convenço-me e disparo
ao longe um não.
E quando as luzes se apagam
Os ecos de tua voz
ainda me acordam em sonhos.
A lua sabe de todas as minhas saudades,
mas foi você que me ensinastes a contar estrelas.
Infinito por infinito.
Assim como um Anjo que se tem por perto
Na dúvida ou na decisão, o amparo certo.
Não sei como és...
Apenas sinto e imagino ver-te.
Vacilo e me engano ao tentar descrever-te.
Teus traços não se delimitam
espaços se rendem, a ti não limitam.
Ainda e enquanto, ouso arriscar:
Tal qual clarão de Luz sublime
És vento, força, amor que redime.
Asas que envolvem tão belo ser
Acalentam a alma, aquecem e confortam
Razão/emoção: conflito do viver.
Mas quem foi que disse
que Anjo não precisa de cuidado?
Sei que não posso voar,
mas por ti, Anjo amigo,
Eu tento, eu tento alcançar:
A flor que te faz sorrir,
carinho que lhe entrego ao coração.
Recorto estrelas a iluminar tua noite
beijo de luz a iluminar doce canção!
Quando criança, assim como quase todas as crianças, desejei profundamente alcançar as estrelas. E isto era tão forte e imperativo, tão mágico em mim.
Em meio há tantas, apenas um pequeno brilhinho em mãos já seria o suficiente...
Mais tarde, com os estudos de Física, descobrir que aquele brilho ao longe, na verdade, é de uma estrela que nem sequer existe mais... Confesso, perdeu-se um pouco do encanto.
Mas... que nada! Fechei os olhos e percebi: estavam todas em mim, infindável via-láctea em meu coração!
Mas ainda há um lampejo
De luz oculta
Uma reminiscência
Que a guarda e a salva
E faz com que ela surja
Toda vez que seus lábios sopram uma canção
Toda vez que suas mãos desenham seu rosto em lágrimas...
Suave cantar em meus ouvidos
Vento que te leve a bruma breve
Vento que me leve a vida leve
Vento que ascende a alma num sorriso
Vento que espalha plumas de avisos:
Hoje é o dia de tua alegria!
Hoje é o dia de tua alegria!
Prometa-me que vai calar-me com um beijo
toda vez que eu falar tamanha bobagem,
toda vez que eu disser que vou embora.
Prometa-me esconder as chaves do carro
toda vez que um desatino tomar-me por hora,
toda vez que meus olhos trovejarem desesperanças.
E me abrace sereno e forte, constante
e me lembre do quanto gosto de lhe ter por perto
do quanto me sinto segura em teus braços.
E afague meus cabelos, meus anseios, minha alma.
Sem igual ternura, e me lembre do quanto sou tua.
Sem igual medida, e descubra o quanto és minha vida!
Já não tenho medo do escuro.
E na escuridão deste caminho,
onde antes,
tanta coisa agora é pouco
para me apavorar.
Deve existir algo além do que procuro...
Apesar de que, por hora,
possa parecer tão pouco.
O que posso vir a encontrar
está além do inimaginável futuro...
Para isso,
preciso atravessar outras pontes,
outros desafios...
Mas já não tenho medo do escuro.
E fico eu a imaginar
Quando a noite separa o dia
Se também pensas em mim
Luz intensa de minha vida.
Em meu coração plantaste um jardim
Profusão de aromas, cores, magia
Minha alma tingiu de flores.
Borboletas dançam alegrias.
Sonho é feito borboleta:
Voa ao longe, encanta, hipnotiza...
Quando pousa em nossas vidas,
renova o brilho do olhar,
torna a pulsação acelerada,
a surpreendente incerteza da conquista.
Ter um sonho, por si só,
livre e solto por aí,
mesmo assim, já é uma delicia
seguir a procurar
cada uma de suas pistas.
E quem sabe - e por que não?
Até mesmo voar!
Arrumei a casa, fiz uma faxina:
Tirei a poeira dos livros que nunca escrevi
Guardei cada lembrança esquecida em seu álbum
Separei e selecionei cada filme que vivi e revivi.
Organizei meus “antigos novos” sapatos,
aqueles que eu não usei em todas as festas que recusei.
Desfiz as malas de cada viagem perdida
Repassei as horas marcadas
em meio a tantas outras escondidas.
Enxuguei toda a tristeza que da janela escorria...
E a despachei.
Não quero encontra-la tão cedo.
Hoje, minha casa está aberta apenas à alegria.
E que seja bem vinda e bem vivida!
Minha Grande Ternura
Minha grande ternura
Pelos passarinhos mortos;
Pelas pequeninas aranhas.
Minha grande ternura
Pelas mulheres que foram meninas bonitas
E ficaram mulheres feias;
Pelas mulheres que foram desejáveis
E deixaram de o ser.
Pelas mulheres que me amaram
E que eu não pude amar.
Minha grande ternura
Pelos poemas que
Não consegui realizar.
Minha grande ternura
Pelas amadas que
Envelheceram sem maldade.
Minha grande ternura
Pelas gotas de orvalho que
São o único enfeite de um túmulo.
Luzes que encantam,
deslumbram nossos dias
Velas acesas,
chamas de alegria
Fogo brando que recria
histórias esquecidas...
Sim, o tempo não volta.
Talvez até não seja importante chegar...
Mas sempre há os que buscam
e os que esperam,
e às vezes, há os que sejam os dois.
Tentando achar o que faça seu coração realmente pulsar...
Algo que valha a pena.
Não para retroceder relógios,
mas para que se sintam vivos
ao criar novas horas.
E até que enfim,
pelo menos,
chegar-se a este tempo.
Porque senão, viver terá sido em vão.
Sinto sua falta.
Falta do seu sorriso
Falta do seu olhar
Falta do seu cheiro
Falta do seu beijo
Sinto falta de como conversamos
Falta das discussões
Falta de nossos sorrisos.
Falta de desse amor. (GB²³)
Passei em frente à sua casa
e ouvi todo o seu silêncio.
Pela rua ecoava...
Percebi a sua ausência
Portas e cortinas fechadas
Folhas e poeira ao chão
Esperei algum tempo
Cansei, sentei na calçada
Relembrei fatos, doces momentos:
Quando trocamos os nossos livros,
escolhemos as nossas flores,
recriamos as nossas canções.
Não sei se já os esquecestes
mas, pude ver da janela de seu quarto
pendia toda a nossa história...
Os livros que nós dois lemos,
as flores que tantas vezes,
plantamos e colhemos.
Mas, quanto a nossa canção...
Ah, essa! Não deixou de tocar.
Segredo do meu coração...
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