Poesias de Pedro Bandeira Mariana

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MEUS ANJOS
O Anjo me olha de novo,
seu olhar de conta colorida,
onde os azuis pintaram
céus tranquilos,
sem presente,
passado ou esperança...
Olhar de não sofrer,
Olhar de ser apenas
o Anjo que iluminou ladainhas
e que ainda ilumina preces...
No cheiro de minhas saudades
se misturam o fim de velas
em fim de missa.
Missa de ontem:
Vestido azul,chapeuzinho branco,
terço de contas de prata,
e a gente rezando contrita,
acreditando sem perguntas...
No cheiro de minhas saudades,
as angústias de então:
pequeninas, feitas de nada.
Angústias que eu queria de volta.
Meus olhos de hoje
encontram seus olhos de ontem...
o mesmo azul,
a mesma face tranquila,
guardando céus que imaginei tocáveis.
Nada mudou no tranquilo rosto de mármore
que me escutou em preces,
barganhando sonhos por ave-marias.
Tudo é como sempre foi,
mas, o anjo já não me escuta mais.
Acho que nem me reconheceu...
É infinito o espaço
entre meu jeito de hoje
e os olhos azuis de meu anjo.
Mudei ?
ou mudaram meus olhos ?
Não há como encontrar-me,num tempo corrido,
dentro do espaço de viver.
Mas,é bom voltar no tempo
para encontrar você,meu anjo de pedra,
de olhar azul,igual como sempre,
Sem dúvidas que hoje,como ontem,
ainda ilumina ladainhas.
Perpétua Santiago

Inserida por CikaParolin

⁠MEDICINA E MULHER
A medicina nos mostra que o coração
É o músculo fundamental do corpo humano,
E a mulher faz emprego dele, em mesmo plano,
Tendo em vista o desenrolar de uma paixão.
Se tal órgão tende a cessar a pulsação,
A medicina anima. . . salvo algum engano.
A mulher encoraja. . . dando ao desengano,
Leve e perspicaz toque de conformação.
A mulher acomoda — a medicina ensina;
A mulher faz uso adequado da doutrina,
E a medicina a usa com intrepidez.
E dessa dupla, que ao nosso ser disciplina,
Finalmente concluímos que a medicina
É como a mulher — Nunca sim. . . sempre talvez!

Sou do tipo falastrão, pois não gosto de mentiras, falsidade ou de gente que se apega na ilusão...

Às vezes peco pela sinceridade, coleciono alguns inimigos, pessoas que não gostam da verdade, a maioria se apresenta como gente manipuladora, que não se aguenta em pé diante de um fato, de uma realidade...

Não me escondo, pois a minha vida é como um livro aberto, exposto, em cada página registrada...

Brinco, me divirto e dou inúmeras risadas, sou feliz e adoro mostrar a minha história, a minha jornada, enfatizando que sou fiel e que não tenho medo de nada...

A vida é feita com etapas, já tive momentos tristes, com choro e lamentos, com pedras que já me foram atiradas, mas em contrapartida, recebi muito mais flores perfumadas...

Este é o desabafo de um menino que cresceu na estrada, que já brigou com o mundo, mas que nunca perdeu o rumo da jornada, pois Deus sempre esteve com ele, e estará por toda caminhada, pois a vida não termina, ela apenas segue para uma nova etapa...

E, em vão lutando contra o metro adverso,
Só lhe saiu este pequeno verso:
"Mudaria o Natal ou mudei eu?"

Machado de Assis

Nota: (trecho extraído do livro "Poesias Completas - Ocidentais", 1901, pág. s/nº. – Projeto releituras)

...Mais

Amo Chocolate,
chocolate libera a serotonina
uma dose, o mau humor rebate,
liberando o hormônio da felicidade,do prazer.
Gosto de chocolate desde menina,
por que sempre vem acompanhado de amor.
Chocolate quente, rebate o frio,
acalenta o coração e a alma.
Chocolate tem gosto de beijo roubado
que derrete na boca e se vai,
com gosto de quero mais!!!

⁠Deixa-me navegar em sua alma,
na sua intensidade a flor da pele.
Passear pelos seus quatro cantos
pele, corpo, mente e coração.
Deixe eu ir bem devagarinho
não apresse meu remar
essa pode ser a melhor viagem
para nós dois, é tudo novo para mim
conhecer um novo sentimento reprimido
explodir de desejo, em suas águas profundas;
me perder em você, me reencontrar em você,
entrando em águas desconhecidas para mim
Vou remando... e amando devagar,
mantenha as águas calmas,
pois o final é uma incógnita!

Folha Morta

A manhã de outono, varrida pela ventania, anunciava o inverno que daqui a pouco chegaria, o salgueiro quase desfolhado, um estranho "Ser" parecia, já era tardinha e sua última folha caia.

Outrora verde, macia, agora, sem vida, sem cor, a última folha morta, do salgueiro se despedia, sem destino certo, levada pelos ventos, perdida entre prados e cercanias, uma nova história escreveria.

Nessa viagem que a vida é, nas breves paradas, transformada, muitas coisas viveu, a folha morta, da chuva o besouro protegeu, um casulo em sí, a lagarta teceu, com outras se juntou, o ninho da coruja se formou.

Folha morta largada ao léu, entre a terra e o céu, se fez leito pro viajante errante que sua amante deixou, amanheceu o dia, o vento que nada sabia, pra longe a levou, a folha morta, do salgueiro lembrou.

Nessas andanças, arrastada de lá pra cá, a folha morta seus pedaços, aos poucos perdia, não reclamava, ela sabia que outras vidas servia, lá no fim da tardinha, solitaria, em algum lugar se escondia.

Ela mesmo morta vivia, levada pelos ventos pra casa voltou, debaixo do salgueiro, em mil pedaços se deixou, adubando a terra, o salgueiro alimentou, na sombra frondosa sua história terminou.


Autor
Ademir de O. Lima

⁠ÊXODO
Vou-me embora… vou-me embora…
Já cansei de ser semente.
Vou tentar buscar saída,
Vou partir contra a corrente.
Com roupagem de esperança
Visto meu corpo dormente,
Renuncio ao meu passado
E parto tão de repente,
Que nem mesmo a minha sombra
Há de ver-me pela frente.
Quero andar pelo infinito
Por caminho diferente;
Quero andar por uma estrada
Onde não possa ver gente,
Sem ter fim, sem ter começo,
Sem ter nada que me oriente,
Só sentindo em meus cabelos
Esta chuva persistente…
Esta chuva que ora cai
Sobre meu corpo indolente
Refrescando os pensamentos,
Ordenando minha mente,
Carregando na enxurrada
Toda a tristeza insistente
Que se apoderou de mim,
Que em mim se fez presente
Desde o momento em que a terra
Num soluço penitente,
Vacilou sob os meus pés
Tragando a emoção tão quente,
Tão pura, tão generosa,
Tão viva, tão eloquente,
Que bailava no meu peito,
No meu peito bem-querente…

Inserida por SaulMariano

⁠ESTÍMULO
Madrugada - - frígido espectro da manhã;
Esperança os teus olhos suprafixos têm;
Semifluídas lágrimas já se antevêem
Brilhando impuras sobre tua face louçã.
Incauta aguardas, numa ansiedade vã,
Que os loucos sonhos que tua mente entretém,
Qual lenitivo as paraciências contêm,
Possam sorrir-te e te trazer sorte sã.
Não te amofines! Ergue tua fronte e desperta!
Desencilha-te dessa vida-pó incerta;
O novo dia é hoje, é já, é agora!
Aspira aromas, cores, sons, a vida enfim!
Vive o presente -- Ama! — pois agindo assim,
Venturas ficam. . . e tudo o mais vai embora!

Inserida por SaulMariano

⁠ENTRE PEDRAS E ROSAS
Por que razão felicidade é tão difícil?
Por que viver se torna às vezes sacrifício
Para dois seres que se adoram, como nós?
Que culpa temos de gostar-nos tanto assim?
E vamos gritar, rogar, lutar até o fim,
Vencer a angústia que sufoca a nossa voz!
Que importa o tempo de distância em nossas vidas?
Que importa a sombra de um passado de feridas,
Se nossas almas são ligadas na paixão?!
Que importa o espaço que separa nossos sonhos?
Que importa o curso de caminhos tão tristonhos?
Nem tempo e espaço, um grande amor reduzirão!. . .
Você se oculta sob o medo do passado!
Você confunde o nosso estado com o pecado!. . .
Não se atormente com a censura que nos pune!
Não se impressione com o desprezo dos mais frios,
Dos que do sentimento puro estão vazios!
Importa mais é a chama ardente que nos une!
Que importa a prova que contenta a sociedade?
Que importa o culto onde se esconde a falsidade
De dar-se o sim, sem ter certeza de o lucrar?
Que importa o brilho da aliança sem direito?
Que importa a marca dos tabus, do preconceito?
Importa mais é que possamos sempre amar!
Vamos unir os corações num só desejo!
Vamos calar nossa paixão num longo beijo,
Fazer do mundo um colossal jardim em flor!
Vamos viver a nossa vida sem receios!
Sejamos dois amantes de alma e corpo cheios
De muita luz!. . . De muita paz!. . . De muito amor!...

Inserida por SaulMariano

⁠A ESPERANÇA É A ÚLTIMA QUE CORRE!
Vesti meu terno de domingo singular;
Botei perfume de alfazema pra agradar;
Corei meu rosto de cobiça de encontrá-la;
Saí de casa com meu passo de esperança;
Cheguei bem cedo na pracinha sem tardança;
Sentei num banco do jardim para esperá-la;
"Tem que ser hoje! Vou dar fim ao meu anseio!"
Colhi três ramos de determinada flor;
Lembrei palavras pra dizer com muito amor;
Provi meu peito do frescor daquele instante;
Cantei poemas e canções por distração;
Contei estrelas no horizonte em oração;
Sorri pra lua, com prazer no meu semblante.
"É só esperar pra ser feliz! Verá! Verá!"
Traguei fumaça de cigarro como um louco;
Senti pontadas de suspeita pouco a pouco;
Cruzei as mãos, adivinhando a má verdade;
Baixei meus olhos carregados de certeza;
Desfiz meu peito com soluços de tristeza;
Deixei cair três ramos murchos de saudade.
"Ela não veio! Santo Deus. . . ela não veio!"
Sequei meu rosto amolecido pelo pejo;
Ergui meu vulto fatigado de desejo;
Rumei meus passos no retorno à solidão;
Despi meu corpo umedecido da garoa;
Deitei meus sonhos num colchão largado à toa;
Dormi com a dor do desengano, da ilusão.
"Ela virá! Sei que amanhã ela virá!. . ."

Inserida por SaulMariano

⁠AMOR VERSUS AMOR
Olhei teu rosto e então eu vi!
E te confesso — estremeci;
Me perturbei, me comovi.
O que de há muito eu carecia
Ali floria, tão patente,
Tão nítido, tão eloquente
Que eu temia ficar demente
Se não fosse vero o que eu via!
Se fossem palavras apenas,
Alguns gestos, algumas cenas
A traduzir ideias plenas,
Tranquilo eu podia ficar.
Pois palavras no ar se apagam;
Gestos. . . se diluem, se vagam;
E cenas. . . somente propagam
O que é simples, preliminar.
Mas o mais puro, o mais profundo,
O amor que aspira neste mundo,
Ali no teu rosto rotundo
Se espelhava, em todo esplendor.
Teus olhos, nos meus cravejados,
Lançavam apelos velados;
Rogavam que fossem amados
Com igual parcela de amor!

Inserida por SaulMariano

⁠TEM QUE SER ASSIM?
já cansei!
já cansei!
Quanto custa o amor? Onde comprar?
Em que mercado o posso encontrar?
Se não, quem pode, pra mim, fabricar?
Já cansei de investigar. . .
Em que loja posso achar um querer?
Quem pode, por caridade, vender
Tal virtude, tal bem, esse prazer?
Já cansei de buscá-lo. . .
E alegria? Como hei de conseguir?
Que arquiteto há de, dela, me cobrir?
Que feitiço fá-la sempre sumir?
Já cansei de almejá-la. . .
Quem pode, a paz, ao meu peito transpor?
Que súplicas devo orar, por favor?
Que preço pagar e granjear amor?
Já cansei de pesquisar. . . já cansei!
Amor, querer, alegria e paz;
Meios de consumo que não têm mais.
Jóias raras -- saíram de cartaz!
Já cansei de procurar...
já cansei!
já cansei!

Inserida por SaulMariano

⁠TODOS AMAM AS CORES
Muitos gostam do vermelho, a cor da vida;
Da chama ardente, que corações balança.
Muitos gostam da cor verde da esperança;
Da ramagem donde brota a flor querida.
Muitos escolhem o azul do céu sereno,
Que refresca os olhos e acalenta as almas.
Muitos preferem o branco das nuvens calmas;
Da paz tão rogada no globo terreno.
Preferências variam, pelas mil cores,
Revelando os mais diferentes valores
De tons, que reflete o arco-íris composto.
Só uma questão se faz no mundo aquarela:
- Afinal. . . o que seria do amarelo,
Se todo indivíduo tivesse bom gosto?!

Inserida por SaulMariano

⁠PENÚLTIMA ORAÇÃO
Salve, minha Rainha, onde quer que estejas!...
Minha Rainha antiga, de um reinado antigo,
De um sonho deslumbrante que eu vivi contigo!
Quando naquela véspera, sob as cerejas,
Qual anjo enfurecido tu alçaste voo,
Desmoronaste o templo. . . mas eu te perdoo!
Perdoo pois pressinto que ainda voltarás,
Pois nosso amor foi grande, foi belo, foi puro,
Foi algo que não morre, não se esvai no escuro.
Não sei por onde andas, nem sei como estás,
Mas sei que sentirás toda a palpitação
Que sai deste lamento em forma de oração:
Não quero ser o elétrico azul celeste
A coroar planícies de um futuro bem.
Bastava ser um ponto, pra não ser ninguém!
Não quero ser a noite, que as angústias veste,
Ou mesmo a madrugada que lhes dá guarida.
Bastava ser um instante dentro em tua vida!
Não quero ser o banzo, ou mesmo a nostalgia,
Martirizando a fonte da felicidade.
Bastava ser um leve sopro de saudade!
Não quero a pretensão de ser pura alegria
Exposta em gargalhadas, mas de ser, no entanto,
Sorriso refletido no teu rosto em pranto!

Inserida por SaulMariano

⁠SE EU MORRESSE AMANHÃ
Quantas vezes alguém perece em vida
Sofrendo a angústia de um amor desfeito!
E muito embora a dor lhe aperte o peito,
Consola-se na lágrima vertida.
E cerra os olhos (lembrança sentida).
Rememora o passado, satisfeito
De carregar um coração estreito,
Porém saudoso da paixão perdida.
Por isso é que eu me enlaço na paixão.
Por isso é que eu creio na salvação
Da alma, pelo amor que se perdeu.
Porque quem vive sem paixão. . . não vive!
Quem a domina. . . só metade vive!
Quem por ela morre. . . ao menos viveu!

Inserida por SaulMariano

⁠TEMPO SEM TEMPO
Três meses passam... mas não passa a nostalgia.
Três meses passam... vai crescendo dia a dia
Uma revolta... uma saudade... uma esperança...
Três meses passam... e esta espera me atordoa.
Três meses passam... e a cidade me magoa
Com o mesmo chão... mesma rotina... igual lembrança...
Três meses passam pelo tempo e vão passando...
Três meses passam... e um de nós dois vai ficando
Sem mais revolta... com saudade... com esperança...
Três meses passam... três estágios da partida.
Três meses passam... fica apenas a sentida
Dor do tempo. Dor da espera. Dor da privança.
Três meses chegam... a alegria quase vem.
Três meses chegam... e um de nós agora sem
Uma revolta e uma saudade... só esperança...
Um ano passa... pouco tempo vida nessa.
Um ano passa... passará muito depressa
Com um ficando com coragem e confiança.
Três meses passam... passa tudo e nada volta.
Três meses chegam... despedida da revolta.
Tempo sem tempo... sem surpresas... sem mudança...
Um ano passa... passa a prova da saudade.
Ano de amor... ano de busca... de amizade...
Tempo de dar... de ter... de amar... sempre a esperança!...

Inserida por SaulMariano

Quando você joga uma pedra em outra pessoa, isto também pode ser interpretado como uma energia ruim, esta mesma pedra tem o efeito de uma bola de pingue-pongue, ela bate e retorna para você! Então antes de fazer ou falar algo direcionado á alguém, pare e reflita. Será que você gostaria de ouvir o mesmo?
"Não faça aos outros o que não gostaria que fizessem á você"

Inserida por JeanCarlosdeAndrade

Tenho respeito por suas ideias e opiniões, não significa que concorde com elas...
Pois também tenho as minhas! Fale, grite se for preciso, mas nunca deixe de expor a sua opinião e o seu ponto de vista, é o direito de todo ser pensante!

Inserida por JeanCarlosdeAndrade

Cada um é dono de sua consciência e sabe de suas próprias faltas...
A partir do momento que começarmos a acusar este ou aquele de algum suposto erro, nos tornaremos cruéis julgadores, consequentemente o pecado passará a ser nosso, pois não sabemos o que se passa no íntimo de cada pessoa.

Inserida por JeanCarlosdeAndrade

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