Poesias de Gregorio de Matos Guerra
Há uma diferença entre ter a posse de bola para evitar o gol — tocando de lado e para trás, esperando que o adversário ceda espaços — e ter a posse para atacar, movimentar e criar chances de gol.
A linguagem antes censurada para excluir e não existir, hoje é fabricada para iludir, distrair, sugerir e conduzir.
Se antes o sistema ordenava “você não pode falar isso”, hoje os algoritmos induzem “você deve falar isto”.
Diagnósticos falsos, ditos, ouvidos, aprendidos, difundidos e confundidos em um mundo de aflitos e malditos.
Escutar a dor do outro sem ceder ao impulso de rotular, julgar, condenar, enquadrar, e sem a pressa de medicalizar.
A mente é um enigma que sussurra no silêncio; quem escuta o que não cabe nos manuais encontra sentidos que nem sempre têm nome.
Afeto com entrega é escuta que acolhe sem perder a leveza; é cuidado que abraça; é presença que compreende antes que a mente se apresse e o olhar condene.
Para o utilitarismo, o certo é o que reduz o sofrimento e nos faz viver mais felizes — fugir da dor e buscar o bem-estar define o caminho moral.
O capitalismo transformou o mundo num parque temático de realidades fabricadas e subjetividades capturadas, onde nada escapa nem mesmo a alma.
Na ONU, cinco vozes têm veto e poder, com esse freio, a justiça tende a esmorecer. Estados Unidos, Rússia, China, França e Reino Unido, no jogo do silêncio, guerra e paz dependem de interesses bem definidos.
Viver sem moldura nem armadura é deixar a dor chegar, chorar sem receio, sentir no peito, permitir-se ser ferido, partido, refeito.
A vida não se anestesia, se atravessa, se arrepia, é luto, é riso, é ferida que ensina, é tristeza que ilumina.
Uma vida bem vivida não veste fantasia, não cabe no sorriso forçado, na vitrine da alegria, não se vende em propaganda, mas se derrama pela varanda.
Vida é risco abraçado, desejo ousado, feito comemorado, peito marcado, velório demorado, luto chorado, no tempo dedicado.
Viver é estar no agora nos risos, nos gritos, nos imprevistos, no abraço do tempo, no passo torto, no susto, nas dores e nos sabores.
Viver não é editar a vida para caber no aplauso, mas ousar ser, sem rótulo e sem disfarce, mesmo que doa, mesmo que desagrade.
”As ações boas não precisam serem vistas pelo homem, DEUS conhece os corações, o resto é aparência, faz a sua parte pois o Senhor vê a nossa essência.”
O desafio de estar inteiro no presente, sem deixar a mente escapar -entre os ecos do passado e as promessas do futuro -requer exercício diário.
Na depressão, muitos desejam a morte, no pânico, muitos temem a morte, vazios sem norte, sem nada que os conforte.
Caminhar é remédio que alivia: endorfina que liberta, dopamina que desperta, serotonina que equilibra.
✨ Às vezes, tudo que precisamos é de uma frase certa, no momento certo.
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